"HOLODOMOR - MORTICÍNIO PELA FOME NA UCRÂNIA - 28/11/2020"
Por Heitor De Paola
Homenagem do Heitor De Paola à todo o povo ucraniano
Seja bem-vindo! Este blog defende uma Ucrânia livre do comunismo e do jugo moscovita.
"HOLODOMOR - MORTICÍNIO PELA FOME NA UCRÂNIA - 28/11/2020"
Por Heitor De Paola
Homenagem do Heitor De Paola à todo o povo ucraniano
Memorial do Holodomor em Kiev - Ucrânia |
Olhares mortificados que interrogam: "O que fizemos nós? O que está acontecendo? Perguntamos nós: Onde estava o resto do mundo enquanto isso acontecia? |
AUTOR: Dupuy, Jean-Pierre
TRADUÇÃO: Pedro Sette-Câmara
Editora: É Realizações
Gênero: Ciências Humanas e Sociais
Subgênero: Antropologia
Número de Páginas: 176
Ano: 2020
Após embarcar em missão para Chernobyl, Jean-Pierre Dupuy, cientista renomado convertido à filosofia, descobre o que está por trás deste nome tornado familiar. Lá, se depara com aquilo que ele denomina “a invisibilidade do mal” – a catástrofe não deixou para trás nada além de campos devastados, povoados arruinados, casas inabitadas. Sem traço de vida. A única residência é o sinistro “sarcófago” – essa tumba que recobre o reator – e continua transmitindo suas radiações... De regresso a Paris, o autor é confrontado com a disparidade escandalosa entre o balanço oficial da catástrofe , confirmado por um relatório da ONU apresentado como definitivo, e aquilo que ele crê ter visto ou aprendido no lugar. O número de mortos em Chernobyl foram dez ou dez mil? Os bebês monstros são fato ou farsa? Face a estas contradições, Jean-Pierre Dupuy pesquisou acerca do universo mental da tecnocracia mundial. Ele mostra que todo o balanço de catástrofes deve sofrer intervenção de dimensões éticas e filosóficas que escapam aos especialistas. A questão do mal, atualmente, se coloca de uma maneira nova. Agora temos a temer tanto os arautos do bem quanto os do mal.
Mykhailo Maksymovych (retrato desenhado por Taras Chevtchenko) fundador do folclore ucraniano.
Posted: 29 Mar 2020 01:30 AM PDT
Em entrevista para a Catholic Radio and Television Network, o
Arcebispo-mor de Kiev-Galícia e de toda a Rússia, Dom Sviatoslav Shevchuk,
Primaz do Rito greco-católico na Ucrânia, fez reveladoras confidências sobre
sua formação eclesiástica acontecida sob o socialismo soviético. “Zenit”.
O rito greco-católico é o maior dos ritos orientais da Igreja Católica: mais
de 10 milhões de fiéis, incluindo a Ucrânia e a diáspora. Cerca de meio
milhão deles reside no Brasil, especialmente no Paraná e em Santa Catarina.
Dom Sviatoslav explicou que cresceu numa sociedade totalmente ateia. Na
escola “nos ensinavam que Deus não existia”. Só a família transmitia a fé
crista.
O jovem arcebispo disse que a primeira vez que viu um padre foi por ocasião
de um enterro.
“O sacerdote veio na calada da noite
para celebrar o funeral e depois desapareceu velozmente. Como menino, fiquei
curioso de saber quem era o sacerdote e o que estava fazendo. Eu entrevia
nele um reflexo da presença de Cristo”.
“Esse sacerdote tinha estado duas vezes no cárcere por praticar seu
ministério e através dele descobri verdadeiramente Alguém e alguma coisa pela
qual vale a pena dar a própria vida”.
Foi assim que o futuro bispo decidiu ir para o seminário. Mas não tinha nada
a ver com os seminários atuais.
A entrevista abaixo foi concedida quando Dom Sviatoslav era
administrador apostólico da eparquia (diocese) de rito ucraniano em Buenos
Aires. Foi concedida à associação "Ajuda à Igreja Necessitada" e
tem a vantagem de estar dublada em português:
Funcionava assim: “O sacerdote que encontrei também era reitor do seminário
secreto, clandestino. Para mim, foi a descoberta de um mundo completamente novo.
“Meu modo de
estudar era bem estranho. Raramente encontrava meus professores do seminário
– pelo menos uma vez cada dois meses.
“Quando os encontrava, davam-me sempre um livro, que tinha de copiar e
estudar durante dois meses. Assim começou minha formação sacerdotal!
“Nem minha mãe nem meu pai estavam ao corrente. Se eu fosse descoberto pela
polícia secreta, minha mãe, que era professora de música, e meu pai, que era
engenheiro, teriam perdido o trabalho.
“Muitas pessoas na Ucrânia que foram descobertas acabaram detrás das grades
ou no exílio.
“Graças a Deus não aconteceu nada. Para mim e para meu plano de me tornar
sacerdote, a Mãe de Deus tinha que destruir a União Soviética.
“Eu me lembro que rezava: é impossível para os homens destruir o mal, mas
para Deus nada é impossível.
“A Sagrada Eucaristia era o ponto
central da nossa vida.
“Lembro-me de um sacerdote que encontrei certa vez: ele jamais falava muito
dos sofrimentos, das perseguições e das torturas; ele me contava que certas
vezes na prisão todos os sacerdotes celebravam a liturgia.
“Nós ficávamos pasmos: como é que isso era possível? De onde vinham o
cálice e a patena?
“Ele tirou os óculos e disse: ‘Eis o que nós usávamos: uma lente servia de
cálice com uma gota de vinho, e na outra, que servia como patena, púnhamos um
pedacinho de pão. Assim nós celebramos a liturgia na prisão ou nos campos de
concentração”.
O atual arcebispo Sviatoslav participou pela primeira vez de uma missa no ano
1991, quando acabava de servir como conscrito no Exército Soviético.
Quando ele entrou no Exército Vermelho toda a vida religiosa acontecia em
segredo, mas ao sair a União Soviética estava caindo. Ele assistia à divina
Liturgia na igreja de sua cidade natal de Strait, na Ucrânia.
“Era maravilhoso, sentia-me como no
céu! A liturgia bizantina de São João Crisóstomo é um símbolo da liturgia
celeste”, exclamou.
Dom Sviatoslav explicou que “o comunismo destruiu a nossa sociedade e que só
por meio da graça do Espirito Santo é que a Igreja pode curar essas feridas.
“Durante a ex-União Soviética era perigoso ser cristão. Hoje na Europa o
importante é não ter medo de ser cristão, ainda quando isso pareça não ser
‘conveniente’”.
Só o heroísmo na Fé – como o de Dom Sviatoslav e o de tantos outros
sacerdotes e bispos que padeceram e até morreram sob a opressão comunista –
leva à vitória os verdadeiros filhos da Igreja Católica.
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