terça-feira, 30 de agosto de 2011

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Expandindo os tentáculos
Ukrainska Pravda (A Verdade Ukrainiana), 29.08.2011

Europa teme que os tubos condutores de gás alemães possam ser comprados pela Rússia. Será difícil explicar aos consumidores porque a decisão sobre o aumento do preço do gás em Düsseldorf será em Moscou.

A decisão da chanceler A. Merkel para fechar toda indústria de energia nuclear de seu país até 2022, trouxe inesperadas consequências no setor de energia da Alemanha, que poderão afetar toda Europa.

Uma das maiores empresas energéticas do país, a E.ON AG disse que venderá o seu sistema de gás, de 12 mil quilômetros de comprimento, devido a permanentes perdas financeiras que a corporação sofrerá com o fechamento de suas centrais financeiras.

O principal comprador, segundo os especialistas é o "Gazprom" russo, embora o monopolista do gás, por enquanto, se recusa a comentar o assunto. A compra de parte ou de toda a rede proporcionaria à empresa russa um preço desejado.

Rússia constantemente lembra que o preço de 1000m³ deveria ser de 500 dólares (hoje Alemanha paga 402 dólares). E.ON AG vai promover um leilão.

O Comitê do Parlamento Europeu está preocupado.

A crise na E.ON AG mostra que as companhias energéticas européias não estão mais interessadas em gerir o sistema de transmissão. Elas querem focar nas vendas da eletricidade e sua produção ecológica. Especialmente na energia solar e eólica.

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Pedido por Tymoshenko


Os deputados encaminharam ao presidente Yanukovych uma carta com 23 mil assinaturas de cidadãos ukrainianos para libertar Tymoshenko. O assunto foi transferido para Procurador Geral, que tem o prazo de 30 dias para dar a resposta.

Durante o intervalo na sessão do tribunal, Tymoshenko soube da ação dos deputados e não aprovou. "Só tenho uma pergunta: por que vocês foram até o presidente? Ele - pessoa que nada lê. E este pedido de misericórdia, para esta pessoa, vai parecer fraqueza".
"Melhor tribunal europeu", - acrescentou ela.

"Quero transmitir a vocês meu bom humor. O principal é vocês executarem o seu trabalho. Não percam tempo", - disse ela, no final, aos deputados.

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Manifestação - Dia da Independência
 
Manifestação pacífica [porém proibida pelo governo] comemorativa ao Dia da Independência da Ucrânia - 24-08-2011
Após os discursos dos líderes da oposição a manifestação rumou, pacificamente, pelas ruas da cidade festiva. Mas,não conseguiu ir longe . Primeiro foi preciso superar a primeira fronteira - milícia. E já após poucos metros - a última barreira: a cerca de metal que dividia a rua Volodymyrska entre o edifício do Conselho Central e Academia de Ciências.

Aprisionaram dois participantes da manifestação das oposições no dia 24.08.2011, em homenagem ao aniversário da Independência da Ukraina.


Como já foi noticiado a manifestação das oposições foi proibida nas principais ruas de Kyiv. Somente poderia acontecer no Parque Taras Shevchenko e na rua Volodymyrskaia.

Não foram divulgados os nomes dos aprisionados.

Tropa de Choque na barreira de contenção
Estes "exterminadores" deveriam assustar com sua aparência de criminosos, mas lhes dão outras ordens. Esclareceu-se, que os organizadores da marcha (em particular, o microfone estava nas mãos do vice-presidente do partido "Batkivshchyna" [Pátria] Oleksandr Turchynov) não tinha nenhum ouro plano, que adentrar entre as fileiras milicianas.

Nos últimos dias a milícia tem convocado os participantes da ação. Especialmente foi citado em juízo o vice-presidente do Partido "Batkivshchyna" (Tymoshenko) Oleksandr Turchynov, o líder do Partido "Pela Ukraina" V'iacheslav Kyrylenko e o deputado Levko Luk'ianenko.

Ao todo já foram convocados 18 deputados, vários ativistas da sociedade e também simples participantes.

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Caso Lutsenko
Lutsenko, ex-ministro dos Assuntos do Interior do governo passado, continua preso. Está preso desde 2010. Ele está sendo julgado porque promoveu, duas vezes, comemorações no Dia da Milícia, e porque contratou um motorista, ilegalmente, sugundo a acusação.

Ainda serão convocadas mais 148 testemunhas!

Na sessão de 28.08.2011 duas testemunhas declararam que o motorista foi contratado de acordo com as disposições legais.

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Tradução resumida: Oksana Kowaltschuk
Foto formatação: AOliynik

domingo, 28 de agosto de 2011

DO AUTORITARISMO À PERDA DA SOBERANIA

Do autoritarismo à perda da soberania
Tyzhden (Semana), 15.08.2011
Andrii Duda

O exemplo da Bielorrússia convence, que nenhuma concessão linguistica, ideológica e econômica pode ser capaz de satisfazer os apetites da Rússia do Kremlin.

Por um longo tempo Bielorrússia foi vitrine da política pró-russa no espaço pós-soviético. Uma equipe jovem e enérgica do escolhido em 1994 presidente Aleksandr Lukashenko em poucos meses liquidou todas as anteriores conquistas nacionais do Estado bielorrusso criados pelo governo Shushkevich. Em menos de cinco primeiros anos de seu governo o novo chefe de Estado conseguiu assinar vários acordos com a Rússia, devido aos quais no século XXI, esses países entraram na composição do único Estado sob a forma da União Monetária. Desnecessário falar que, em Bielorrússia nos últimos 17 anos, a nível oficial, ninguém distinguiu "antirrussos " eventos (no entendimento do Kremlin). Os manuais de história se enquadram completamente no conceito de história e filosofia leais à Rússia, a língua bielorrussa praticamente desapareceu do uso.

Rússia quer tudo

Acordos de integração, assinados durante os tempos de Boris Yeltsin, tiveram "nova interpretação" durante a presidência de Putin. Por exemplo, art. 13 do Tratado sobre a criação do Estado da União prevê a implantação de uma moeda única na Rússia e Bielorrússia. Em interpretação de Putin é uma simples entrada da Bielorrússia na zona do rublo russo com um único centro de emissão, em Moscou. Quando se trata de tempo, quando o país da União não passou a fase do mercado comum, quando o desenvolvimento da economia, o sistema tributário, enfim os preços internos e os salários na Rússia e Bielorrússia, para dizer o mínimo, são muito diferentes (por exemplo, em 2005 o salário médio era, respectivamente US$ 393 e US$ 261).

De acordo com os cálculos do Banco Central bielorrusso, realizados em 2003, os prejuízos diretos para o Estado como resultado da adesão à zona do rublo foi de, aproximadamente, US$ 1,9 bilhões ao ano. Também os analíticos bielorrussos prognosticaram o exército crescente de desempregados em 200 mil (para comparação: o número total da população em idade ativa no país para este período - próximo de 4,8 milhões de pessoas). Assim com a condição da adesão à zona do rublo Bielorrússia avançava, anualmente, no orçamento russo, no valor de US$ 1,9 bilhões e crédito técnico de US$ 200 milhões) calculados pelo Banco Central por analogias em processos semelhantes na UE). No entanto, o máximo que a Rússia concordou - compensação de IVA até US$ 140 milhões.

Lukashenko, por um bom tempo insistia na garantia em políticas públicas de emissão. Inicialmente, o lado da Bielorrússia exigia a criação de dois centros de emissão: em Minsk e Moscou. Mais tarde, sob pressão da Rússia concordaram em apenas um único em Moscou, mas sob a condição de que a formação do banco central deve ser a fórmula 50 - 50. No entanto, em outubro de 2010 Putin deu a resposta "ao desejo de Minsk": "não há dois centros de emissão, não há dois bancos centrais 50 -50, porque o volume da economia beilorrussa, em minha opinião é 3% da russa", disse desdenhosamente Putin.

Hoje os russos, na base da crise econômica russa atualizaram o tema da adesão do país à zona do rublo russo. Não é impossível, que brevemente ouvir-se-ão propostas mais concretas, das quais a um Minsk em crise será muito difícil de recusar.

Abraços do naftogás

Especialmente perceptíveis "amistosas" e "aliadas" são as relações dos países do ramo energético. A guerra do gás entre eles trava-se conforme cenário tradicional. Bielorrússia tem necessidade de importar mais de 20 bilhões de metros cúbicos de gás russo, mas a FR, de ano em ano dita-lhe um novo preço. Por sua vez, através do território bielorusso Rússia fornece gás natural à Lituânia, Alemanha e Polônia, representando 6,5% do seu consumo total na União Européia. Obviamente que para os países que pertencem à União-Estado a chantagem mútua sobre a questão do trânsito é um disparate. Mas trata-se da formação, onde um dos membros é Rússia...

Depois do fato de junho de 2002, quando Lukashenko rejeitou a oferta de Putin para o ingresso da Bielorrússia à FR, desde 2003 Kremlin através do subordinado Gazprom começou ativamente perseguir o tema da compra de seu sistema de transporte de gás que permanecia em operação do Beltransgas (companhia de gás bielorrussa), conseguindo inicialmente 50% das tubulações bielorrussas, mas agora está se aproximando de assumir sob controle total.

Hoje o acordo da Bielorrússia sobre o gás é muito curto, nada de contratos de longo prazo entre Gazprom e o lado bielorrusso para fornecimento do gás. No terceiro trimestre de 2011 o custo do gás russo para país "irmão" - próximo de US$ 260 o m³, no quarto trimestre já será US$ 300 - 305. O preço para 2012 ainda não está decidido, mas Rússia já anunciou que pretende aumentar, novamente o preço. Então, é possível que em breve o status quo seja perturbado. A nova guerra do gás pode terminar com a transferência do sistema do gás da Bielorrússia para o controle completo de Moscou.

Para a participação remanescente de 50% de ações da Beltransgas (os outros 50% já são da Rússia) Rússia declarou a sua disponibilidade de cobrir com US$ 2,5 bilhões, mas "sem condições complementares". Em outras palavras, nenhum bônus na forma de preços mais baixos do gás. Bielorrússia, atualmente, precisa desesperadamente de divisas para minimizar os efeitos da crise financeira.

Outro conflito permanente entre os países "aliados" - no ramo do petróleo. Os países fazem uma combinação quase ideal de extração e trânsito de ouro negro. A Rússia exporta 90% de todo petróleo que é processado nas refinarias da Bielorrússia ( em Mozyr e Novopolotsk). No entanto, o trânsito de sua matéria-prima para Europa através da seção bielorrussa "Druzhba" (Amizade) é de 70 milhões de toneladas por ano. Por uma questão de objetividade deve-se notar que, em meados dos anos noventa Minsk teve grandes preferências. Nos anos 1995 - 2000 Rússia não taxava o petróleo que entrava na Bielorrússia, enquanto esta ativamente exportava o ouro negro aos países europeus. No entanto, de 2007 Moscou exigiu a devolução dos direitos aduaneiros de 85% sobre os produtos petrolíferos, que são direcionados para Europa. Em resposta, Minsk estabeleceu taxas de trânsito. O processo de negociação em janeiro de 2007 foi muito tenso e teve lugar na quase cessação das entregas de matérias-primas russas para UE.

Finalmente um acordo foi alcançado - Rússia recebe US$ 53 por tonelada de produtos de petróleo exportados pela Bielorrússia, e esta cancela as taxas de trânsito.

Posteriormente, após a adesão à União Aduaneira, os países ajustaram esta questão. Rússia fornece a Bielorrússia, sem as taxas de importação todo o ouro negro e esta, por sua vez, transfere para o orçamento da Rússia todo o volume de direitos de exportação sobre os produtos petrolíferos feitos a partir de matérias-primas russas. Mas isso não resolve o problema - as refinarias do país, atualmente não estão funcionando a plena capacidade. Note-se que no primeiro trimestre de 2011 a produção em Mozyr e Novopolotsk estavam liderando a deficiência entre as empresas bielorrussas.

Lukashenko ativamente procura alternativas de fornecimento de petróleo à Bielorrússia. Foi introduzido até o experimento de importação da Venezuela. No início de maio de 2010 para a refinaria de Mozyr vieram as primeiras 4,4 mil toneladas de um lote experimental de 80 toneladas. Havia até a "proibição" de direcionar para Rússia os ingressos da industrialização do ouro negro venezuelano (embora seja difícil manter afastados 42,5% de propriedade de Mozyr da companhia russa "Slavneft"). Na primavera de 2011 a fábrica foi a reparos. Na imprensa notícias de diversas "fontes do governo bielorrusso" sobre a "recusa" às alternativas venezuelanas. Provavelmente, esta será uma das exigências do lado russo durante as próximas conversações "amigas" com Minsk.

Ocorre a guerra do leite

Em 6 de junho de 2009 Rússia iniciou uma intensa guerra do leite contra a Bielorrússia proibindo a importação do produto porque os produtores não reformaram a documentação, em conformidade com os regulamentos técnicos Para um país que exporta 2/3 de produtos lácteos para Rússia, este é realmente um golpe sério.

A guerra comercial foi em resultado de vários escândalos internacionais em conexão com os termos adicionais da Rússia à Bielorrússia da terceira quota no valor de US$ 0,5 bilhões (que faz parte do empréstimo de 2 bilhões). Os especialistas ligaram ao problema do não reconhecimento da Ossétia do Sul e Abkhásia e a sua recusa em vender 12 de suas fábricas a investidores russos. Na escalada das batalhas lácteas o fato é que Lukashenko recusou participar da cimeira da organização do Tratado de Segurança Coletiva (Um dos projetos de integração do Kremlin, político-militar, organização política que inclui Rússia, Armênia, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão e Uzbequistão) que aconteceu em 14 de junho de 2009 em Moscou.

Em maio de 2011 Rússia limitou a importação apenas do soro de leite e leite em pó.

No entanto, neste ano em Bielorrússia apareceram problemas muito mais graves: o sistema econômico está demonstrando sua pouca resistência. No auge da crise Lukashenko apelou a Moscou solicitando o empréstimo de US$ 3 bilhões para apoio à taxa de câmbio do rublo bielorrusso. No início de junho foi tomada a seguinte decisão: Os US$ 3 bilhões serão alocados no decorrer de três anos. No entanto, o Kremlin espera receber em troca as ações estratégicas das empresas do país, especialmente os 50% restantes da Beltransgas. Aleksandr Surikov, embaixador da Rússia em Minsk, chamou tal extorsão "combinação inteligente de ativos de empresas russas e bielorrussas".

Os representantes das forças pró-Rússia na Ukraina, os conflitos com seu vizinho do norte, frequentemente associam com diversoos "não amistosos " passos das elites pátrias do poder. Entretanto a experiência bielorrussa demonstra: nenhum passo "amigável" não saciará os apetites de Kremlin. E, para manter-se livre em seu país, nosso governo deve lembrar a experiência dos vizinhos: qualquer rendição (sua história, idioma, patrimônio, etc) Moscou considera apenas como um passo à próxima conquista.

Tradução: Oksana Kowaltschuk

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

A RAPOSA NO GALINHEIRO

PROMESSAS DO PRESIDENTE


Yanukovych: É importante ter amizade com todos, mas nós vamos para Europa
Ukrainska Pravda (A Verdade Ukrainiana), 19.08.2011

Sobre isso ele diz em seu artigo para o jornal "Dzerkalo Tyzhnia" (Espelho da Semana), dedicado ao 20° aniversário da Independência.

"Apesar das dificuldades, o passo principal já está feito: nós definitivamente decidimos o nosso futuro. A escolha pela Europa tornou-se fundamental na identidade política externa da Ukraina. E os valores europeus - a base do nosso desenvolvimento" - diz Yanukovych.

"Estamos confiantes de que o Acordo de Associação e do estabelecimento profundo e universal de zona de um comércio livre - é o que hoje precisam Ukraina e os nossos parceiros", - declara o presidente.

"Ukraina não quer apenas ser um país europeu. O fato geográfico não precisa de excessivas afirmações. Nós queremos nos juntar ao grande projeto europeu - construção de uma Europa unida com base nos valores da liberdade, democracia e direitos" - disse Yanukovych.

"Unir-nos em tempo difícil, não desejando receber subsídios e condescendências, mas possibilidades e direitos. Unir-nos a despeito da pressão brutal e consciente inibição, sobre direitos de parceiros iguais. Unir-nos - em prol do nosso futuro comum", considera o presidente.

Concomitantemente, ainda escreve Yanukovych, Ukraina percebeu que o progresso europeu "é impossível sem boas relações com a vizinha Rússia".

"Os anos de independência indiscutivelmente provaram, que tais relações são possíveis apenas com base clara de equilíbrio dos interesses nacionais e no respeito mútuo. O Estado e sua liderança farão tudo ao seu alcance para construir esse equilíbrio", declarou ele.

Também Yanukovych destacou a importância das relações com USA e a República Popular da China.

Segundo suas palavras Ukraina continuará no desenvolvimento e cooperação com a OTAN e outras instituições pertinentes à segurança na Europa.

"Pragmatismo Nacional, com base em interesses inerentes aos cidadãos ukrainianos, - é a nossa orientação na construção de nossas relações com outros países" - disse Yanukovych.

"O tempo passará, e Ukraina após 10 anos na União Européia entrará no círculo de países desenvolvidos. Eu estou convencido disto". resumiu Yanukovych.
 
Nota do Editor do Blog:
"As raposas perdem o pelo, mas não perdem o vicio"

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Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 20.08.2011

Segundo escreve o Presidente da Comissão Européia José Manoel Barroso em seu artigo para "Dzerkalo Tyzhnia" (Espelho da Semana) Ukraina precisa trabalhar bastante para reforçar a democracia, a superioridade da lei, a independência do sistema judicial, a liberdade da imprensa e a luta contra a corrupção.

Segundo palavras de Barroso, nos anos da independência Ukraina conseguiu muito, mas por outro lado, Ukraina apenas iniciou na realização de seu potencial. "E nesse caminho ainda a espera grande e pesado trabalho.".

E principalmente, destaca o comissário europeu, exigem atenção a superioridade da lei, luta com a corrupção, independência do sistema judicial e liberdade da imprensa.


Tradução: Oksana Kowaltschuk

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

INDEPENDÊNCIA DA UCRÂNIA

Hoje, 24 de agosto de 2011 comemora-se na Ucrânia o 20º Aniversário da Independência. Os editores deste blog homenageam o evento com o Hino Nacional Ucraniano.
Oremos a Virgem Santíssima que interceda junto a Deus Todo-Poderoso para que a Pátria seja, efetivamente, independente e livre do jugo dominador e opressor russo.



Agradecemos a conterrânea IZA OLANCZULKI KOZAN pelo envio dos videos. Que Deus a proteja sempre. VIVA A UKRAINA !!!

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Comemoração da Independência

Urainska Pravda (A Verdade Ukrainiana), 23.08.2011

Segundo anuncia o vice-presidente do partido "Batkivshchena" Oleksandr Turchynov, os representantes e simpatizantes da oposição, apesar de todas as proibições, reunir-se-ão no centro de Kyiv para as comemorações do Dia da Independência da Ukraina.

Como foi anunciado anteriormente, pela presidência da República, não haverá desfile militar devido a contenção de despesas.

(Para altos salários de parlamentares e funcionários, construção e reformas de várias residências presidênciais e de ocupantes de altos cargos atuais e de governos anteriores "Koncha Zaspa e Pushcha Vodytsia", enfeites banhados em ouro no banheiro do presidente em sua residência, compras de helicóptero e avião mal explicados, através de paraísos fiscais das Ilhas Virgens, construção de vários helipontos, etc, etc, não há necessidade de contensão de despesas. A independência da Ukraina, é claro, nada significa para o presidente - O.K.).
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Saúde da Tymoshenko

A equipe médica prisional, incluindo o médico particular e a enfermeira solicitados novamente pela aprisionada, visitou Tymoshenko. Não houve novas constatações referentes à sua saúde.

Segundo comentários anteriores de seus correligionários, o problema existente (rompimento de vasos sanguíneos terminais, o que ocasionou várias manchas no corpo, seria causado pela alergia aos preparados passados nas paredes da prisão para evitar a proliferação de baratas.

A equipe médica vai averiguar esta possibilidade.

Tymoshenko se alimenta apenas com os produtos enviados pela família.

A direção da prisão esclarece que a desinfecção e desratização do prédio realiza-se normalmente uma vez por semana, e que o procedimento é certificado pelos especialistas do Ministério de Proteção à Saúde.

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Na cidade de Odessa a justiça distrital proibiu a realização de reuniões pacíficas no dia 24.08, em comemoração à Independência da Ukraina, alegando a possibilidade de conflitos.  Assim os cidadãos ficaram privados de seu direito constitucional.

A organização "Batkishchena" planejava, apenas, a colocação de flores no monumento a Taras Shevchenko e passeata pacífica.

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Em Rivne a justiça distrital mandou recolher as tendas dos oposicionistas no período de 23 a 29.08, para que não acontecessem desordens e provocações. As tendas foram organizadas pelos partidos das oposições, em defesa da Y. Tymoshenko e Yurii Lutsenko.

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Em Lutsk foi dado o nome de Yulia Tymoshenko a uma rua da cidade.

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Resumo e tradução: Oksana Kowaltschuk  

terça-feira, 23 de agosto de 2011

POETISA DENUNCIA CRIMES NA UCRÂNIA

Lina Kostenko propõe trazer para o desfile da Independência (24.08) todos que roubaram Ukraina.
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 19.08.2011

O desfile no Dia da Independência é necessário, mas dele deve participar o exército de estadistas-criadores, para que a Nação possa ver quem ela alimentou e manteve durante 20 anos.

Tal proposta fez a eminente escritora e poetisa Lina Kostenko em seu artigo no jornal "O Dia".

"Em linhas retas devem passar os deputados de todas as legislaturas, liderados pelos seus presidentes, auxiliares e substitutos, com todos os seus quadros e aparelhamentos da "Verkhovna Rada" (Conselho Superior), tushkas [1] e trânsfugas. Secretarias e administrações de todos os presidentes... Todos os frondosos galhos do governo, nos quais abundantemente assentaram os dirigentes e gerentes de todas as graduações e especializações", - diz ela.

"Em suma, todo aquele exército, através do qual Ukraina, triunfalmente, conseguiu o quarto lugar entre as piores economias do mundo e, através de vários índices alcança Honduras", - anunciou a escritora.

O Poder judiciário, de acordo com Kostenko, deve carregar, bem alto sobre suas cabeças... retratos de Gongadze, Chornovil e Hetman". [2]

"Todos os mortos e torturados em delegacias de polícia, falecidos e desaparecidos em circunstâncias inexplicáveis. E o "suicida" que conseguiu dar dois tiros na própria cabeça, Kravchenko, e Kyrpa e Kushniarov [3], cujas mortes misteriosas muito esclareceriam em cruzadas negras de nossa justiça" - escreve ela.

Devem desfilar os que foram apanhados, e os que não chegaram a ser, no "quente", funcionários e os corruptores, "cada um com a marca de seu delito, mantendo a equação para os presidentes de seu país, os quais também estão no pódio com tabuletas nos pescoços - quem o que entregou nestes 20 anos: Um a frota e armas nucleares, outro a indústria e empresas estratégicas, outro os ideais da "Revolução Laranja", outro, em geral a Ukraina", menciona Kostenko.

E, para concluir, toda essa "festiva fantasmagoria", segundo as palavras da escritora, deve seguir "um camburão cinza, coberto com retratos da Tymoshenko, o qual procuram impelir através da multidão protestante os milicianos do "Berkut" e "Hryfon" colocando nele, como caviar preto, com seus capacetes, para alguns quebrando as costelas, a outros derrubando no chão e outros ainda arrastando pelo asfalto".

[1] Tushkas significa carcaças - assim o povo denomina os deputados que aderem ao partido dominante.

[2] Gongadze - jornalista ukrainiano que denunciava os mal feitos do governo do ex-presidente Kuchma. Foi assassinado no ano 2000. Seu corpo sem cabeça foi encontrado na mata. Até hoje, sabe-se quem matou executando ordem, mas não se sabe quem a deu. Fortes suspeitas recaem sobre pessoas importantes do governo, mas nada foi provado.

Chornovil - Político, jornalista e um dos fundadores do Movimento Nacional da Ukraina, de 1989, cuja meta principal era lutar pela independência da Ukraina. Morreu em consequências de um desastre automobilístico, mas há suspeitas que o acidente foi provocado e que ele e seu motorista, feridos, foram liquidados imediatamente após o acidente. Em 25.03.1999. Atualmente exumaram o corpo para novos exames. Aguardam-se resultados.

Hetman - Político e financista. Modernizou o sistema bancário ukrainiano. Morreu em consequência de fuzilamento no elevador do prédio em que morava.

[3] H. Kyrpa - Ministro de Transportes. Teria cometido suicídio? Existiram dúvidas, o corpo foi cremado contra a vontade dos familiares.

Y. Kushniarov - Político importante do Partido da Regiões (partido do Yanukovych). Foi fuzilado durante uma caçada, mas o Partido das Regiões tentou atribuir o crime a Tymoshenko, o que, devido ao absurdo das circunstâncias não conseguiram, e logo abandonaram.

Kravchenko - General. Exerceu inúmeros cargos no governo e também o cargo de Ministro do Interior. Organizou profissionalmente a milícia e conseguiu neutralizar os bandos terroristas que, a exemplo de todas as ex-repúblicas soviéticas, graçavam também na Ukraina. Morreu com dois tiros (lhe atribuíram suicídio) porque sabia demais sobre o assassinato do jornalista Gongadze e/ou sobre segredos governamentais. Morreu em 2005.

Tradução e pesquisa: Oksana Kowaltschuk

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

PARA ONDE ESTÁ INDO A UCRÂNIA?

Testemunhas doentes são convocadas para o Tribunal da Tymoshenko

Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 18.08.2011

Ontem, Bohdan Sokolovskyi, de Satanov, Província Khmylnetskyi, foi obrigado a comparecer ao Pecherkyi Tribunal como testemunha no julgamento da Tymoshenko. Ele veio em seu próprio carro, acompanhado por carros da polícia.

Ele sofre de problemas circulatórios do cérebro e faz tratamentos ambulatoriais.

Outro convocado para testemunhar não pôde comparecer ao Tribunal  porque faz tratamento intensivo no hospital "Feofania", devido a um infarto do miocárdio. É o ex-ministro das Finanças, Viktor Penzynyk. Apesar de estado pós-operatório grave os investigadores da Procuradoria Geral, praticamente "sob" o instilador, conseguiram a assinatura que o Tribunal desejava.

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Saúde da Tymoshenko

Ukrainska Pravda (A Verdade Ukrainiana), 19.08.2011

Desde o dia 17.08.2011 a proteção da Tymoshenko pede ao juiz Kireyev autorização para que o médico particular, de mais de 10 anos, possa examina-la e realizar exame de sangue porque ela apresenta sintomas nunca ocorridos em seu organismo.

Indo contra Constituição Kireyev não deu licença. Vieram examiná-la os médicos do Ministério da Saúde.

No dia 20, o deputado Oleksandr Bryhynets, do partido Batkivshchyna informou que Tymoshenko foi examinada pelo médico, mas não permitiram o exame de sangue.

O deputado diz que os sintomas da Tymoshenko são idênticos aos sintomas provocados pelo veneno de ratos.

"O governo não entende que os heróis mortos são mais perigosos que os heróis vivos" - resume ele.

Nina Karpachova, membro da Comissão Superior de Juizes, pede ao juiz Kireyev que permita ao médico particular da Tymoshenko examiná-la, porque segundo o artigo 284 do Código Cívil da Ukraina, todos tem o direito de escolher seu médico. Karpachova intercedeu a pedido dos deputados.

No sábado, dia 20, pela segunda vez os médicos do Ministério vieram ver Tymoshenko. Ela não aceitou.

Tymoshenko argumenta que não pretende usar a doença para ser libertada, apenas quer um tratamento qualificado e em tempo.

Kapachova diz: Qualquer preso é privado de sua liberdade, mas não é privado dos demais direitos humanos, inclusive assitência médica de sua confiança.

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Como próximo ao Pecherskyi Tribunal distribuem dinheiro para os participantes contrários a Tymoshenko.


Ukrainska Pravda ( A Verdade Ukrainiana), 16.08.2011


De manhã, na tenda do "regional" Kalashnikov, próximo ao Pecherskyi Tribunal (local do julgamento da Tymoshenko) pode-se observar uma movimentação interessante.


Do acampamento vem um jovem de jaqueta de couro, desce à passagem subterrânea, encontra-se com outro homem que lhe dá dinheiro.

Recebendo o dinheiro, "o homem de preto" conta-o cuidadosamente, lança a quantia no celular, e constrói "débito com crédito".

Encostado em um automóvel próximo o "homem de preto" anota em seu caderno os nomes de algumas pessoas.

Depois entra no acampamento e some na multidão.

Este procedimento foi gravado em fotografias na manhã da terça-feira, dia 16.08.2011, pelos fotógrafos de "A Verdade Ukrainiana".
O vídeo mostra anotações dos nomes dos jovens participantes dos protestos contra Tymoshenko, para lhes dar o dinheiro posteriormente. Este video foi gravado na segunda-feira, dia 15.08.2011.

Compra de jovens para formação da claque contra Yulia Tymoshenko

Tradução: Oksana Kowaltschuk
Foto formatação: AOliynik

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

REFORMA AGRÁRIA NA UCRÂNIA

Reforma Agrária: novamente senhores e servos
Ekonomichna Pravda (Verdade Econômica), 10.08.2011
Paulo Petrenko


Agricultures que perderam suas propriedades
mendigam nas cidades.
O proprietário pode ser obrigado a trocar o terreno. Ele pode discordar, mas terá que buscar justiça no tribunal. Como resultado de tal "consolidação" o agricultor, ao invés de solo fértil poderá obter um terreno arenoso.

Hoje Ukraina, como nunca antes, está na expectativa de um passo responsável, o qual nos próximos dias pode determinar o verdadeiro "rosto" do Estado e o destino da maioria dos cidadãos.

Como resultado da reforma agrária que se prolonga durante as duas últimas décadas, o Estado perdeu o monopólio sobre a terra. Segundo os dados da Agência do Estado de Recursos Terrestres, em 01.10.2010 pouco mais de 6,9 milhões de pessoas adquiriram o direito à quota de terra.

O tamanho médio de uma quota na Ukraina - 4,2 hectares. Para condução de produção de mercadorias esta área não é suficiente para rentabilidade econômica: nenhuma colheita reembolsará os agricultores, nem pelos custos do plantio.

No entanto, a grande maioria dos proprietários das quotas de terra - aldeões comuns, que não podem com suas próprias forças e uso de ferramentas manuais cultivar sua quota. Assim, para que a terra não fique ociosa, eles são obrigados entregá-la em arrendamento por um preço muito baixo - 200 - 500 UAH (US$25 - 62,5) por ano pelo hectare não pode ser chamado de preço justo.

Não há certeza que os arrendatários observarão a rotação de culturas e se preocuparão com a fertilidade. Muito provavelmente eles se limitarão com a exploração intensiva do campo por várias temporadas, e depois implementarão os seus "cuidados" em outras quotas. O resultado dessa utilização é óbvio: terras degradadas.

Além disso, a moratória para alienação das terras existe apenas no papel. Atualmente existe o mercado negro com negócios ilegais. Vendas são conduzidas segundo o princípio "quanto você paga".

O cancelamento da moratória e a formação do mercado de terras agrícolas, durante muitos anos continua sendo uma das mais importantes questões sócio-econômicas. É, talvez, o maior debate entre os especialistas.

Os otimistas indicam que esta será uma conclusão lógica da reforma agrária e garantirá uma produção agrícola competitiva que permitirá alcançar o nível europeu. Os pessimistas anunciam que isto cria o risco de concentração de uma quantidade significativa de terras em poucas mãos.

Uma coisa é clara: a formação do mercado de terras agrícolas é inevitável, uma vez que irá estimular o desenvolvimento da economia do país. Mas isso só será possível se o Estado fornecer condições econômicas e jurídicas para um funcionamento transparente e mercado competivio.

No entanto, estas questões não são sequer discutidas. O governo está fazendo tudo para levantar a moratória e abrir o mercado de terras a partir do início de 2012. A lei "Cadastro do Estado de Terras" já foi assinado pelo presidente, e depois do regresso das férias, aos parlamentares aguarda a discussão e aprovação do projeto governamental "Sobre o mercado das terras".

O que acontecerá depois é fácil de prever. A maioria dos agricultores não estará preparada para passos tão rápidos. Mas a pergunta principal - não está em iniciativas operativas do governo.

O maior perigo é que a lei protege apenas os interesses dos grandes proprietários de terra - o Estado e os latifundiárioa ukrainianos, mas também contém disposições, as quais podem tornar-se a base para corrupção e abuso de poder.

Consolidação embaraçosa

A compreensão da consolidação de terras agrícolas para a maioria dos cidadãos permanece desconhecida. No geral, esse mecanismo baseia-se em que, vários proprietários de quotas de terra que fazem parte de um corpo, por mútuo consentimento podem permutar suas áreas ou alterar seus limites para uma exploração mais racional.

O projeto de lei destina a esta questão um capítulo inteiro, cuja essência pode ser reduzida a apenas uma conclusão: na Ukraina consolidar as terras só poderá acontecer a partir da iniciativa de um grande proprietário, e também sem o consentimento de outras pessoas.

Prevê-se que a permuta e alteração dos limites das quotas poderá ser realizada, segundo o projeto do Regimento da Terra, cujo promotor da eleboração é a pessoa que detém 75% do total.

Para obter permissão na elaboração do projeto do Regimento da Terra, o promotor não precisa notificar sua intenção a outros proprietários e obter o seu consentimento. Mais que isso, no caso do desacordo dos representantes dos proprietários das "quotas minoritárias" de tais iniciativas, o processo de consolidação poderá ser interrompido somente pelos tribunais do seu pedido.

O projeto de lei não define claramente o mecanismo de intercâmbio ou alteração de limites das quotas. Nos termos do artigo 27 tais quotas devem ser equivalentes e localizar-se no próprio conjunto ou no conjunto contíguo. No entanto, o procedimento para determinar a equivalência das questões é bastante ambígua.

Portanto, de acordo com as condições de aprovação do projeto do Regimento da Terra, o proprietárioo poderá ser obrigado a assinar o contrato de quota a ele pertencente. Claro, ele pode não concordar com isso, mas terá que buscar a justiça no tribunal. Como resultado de tal "consolidação", o agricultor, ao invés de solo fértil poderá obter áreas arenosas.

Os eleboradores preocuparam-se com a carteira dos grandes proprietários de terras - o rendimento da troca da quota equivalente não é tributável. Em tempo, tal formulação levanta a questão: se a quota é equivalente, então como poderá haver renda?

Direito do governo à "primeira noite"

No caso de aprovação do projeto de lei o Estado torna-se um jogador completo no mercado de terra - poderá comprar e vender terras agrícolas. O mais importante - o Estado, mais precisamente falando, os funcionários do órgão responsável pelas terras do Estado, estarão sempre no lucro.

De acordo com o artigo 19 do projeto, o Estado terá sempre preferência na compra de quotas privadas além dos locais de assentamento [1] para produção de mercadorias e unidades de produção agrícola, ao preço anunciado para venda.

Esta disposição abre inúmeras oportunidades para corrupção e maquinações com recursos do orçamento. Agora já é possível identificar pelo menos duas opções para violações.

Suponhamoos que uma pessoa é proprietária de uma quota degradada, para a qual não há nenhuma demanda de potenciais compradores agrários. No entanto, esta situação não impede o surgimento de interesse do Estado em adquirir esta terra. Claro, por tal interesse será preciso pagar, porque a prática de "propinas" ainda ninguém caçou.

Outra situação: uma pessoa decide vender a terra, para a qual existe uma procura considerável. O Estado, na pessoa do representante local pode usar o seu direito de preferência e adquirir esta terra, e pode não usá-lo. Em resultado, a terra poderá ser comprada por outra pessoa. Não é difícil adivinhar qual foi a causa de tal renúncia.

Presentear não pode

De acordo com o artigo 48 do projeto de lei, o proprietário privado de terras agrícolas pode doar aos membros de sua família ou país. A semente de racionalidade aqui realmente existe - isso vai impedir acordos ilegais. Entretanto, nem tudo é tão simples assim.

O projeto determina que os membros de família, consideram-se como tais apenas os filhos. E o que fazer se não houver parentes próximos? A outros parentes o presente projeto não permite doação. Para resolver este problema, poderia haver a indicação, que no caso de ausência de filhos, o proprietário da terra pode doá-la a seus outros parentes.

Além disso, esse artigo fornece a previsão de rstrições sobre contratos de doações de todas as terras agrícolas. Ao mesmo tempo, a legislação estabelece limites apenas a certas categorias de quotas de terra - para a produção de mercadorias agrícolas, para propriedades particulares de aldeões e quotas de terras.

Outras terras, especialmente para frutíferas e hortaliças podem ser livremente doadas.

Tais iniciativas parecem mais uma revelação de fraqueza do legislador ou a próxima tentativa de restringir os direitos dos proprietários. De um modo geral o projeto de lei e toda a reforma agrária impulsionada pelo governo, pode ser caracterizada como coloração de classe: criam-se condições confortáveis para funcionários e grandes proprietários [2].

É uma tentativa franca e cínica de usurpação de terras ukrainianas, e não tem nada comum com a criação de uma produção agrícola competitiva e seu alcance para o nível europeu.

Esta reforma, como o Código Tributário e as mudanças nas leis de aposentadoria, não melhorarão a vida das pessoas. O atual governo prova mais uma vez que para reformas eficazes não tem capacidade, ou não quer.

Será por muito tempo que a nação vai tolerar estas experiências criminais?


[1] Na Ukraina os aldeões não constroem suas casas dentro de suas terras agrícolas. Eles vivem todos numa aldeia, onde possuem, geralmente, pequena porção de terra destinada à plantação de hortaliças e frutíferas, os afortunados uma ou mais vaquinhas. As terras agrícolas de todos, ficam afastadas das aldeias.

[2] Condições confortáveis para funcionários? Desde os tempos da União Soviética está muito arraigado o "costume" de pedir suborno. Isto, segundo relatos dos jornais, é quase uma norma em todas as transações, especialmente são muitas as queixas contra os guardas rodoviários.

Petrenko






 
Tradução: Oksana Kowaltschuk.
Foto formatação: AOliynik

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Viktor Yanukovych é um dos mais caros presidentes da Europa e do mundo!

Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 12.07.2011

Em um dia Yanukovych gasta o equivalente a 675 salários mensais médios de ukrainianos.

Sobre isto escreveu a revista "Korespondent".

Gastam mais que Yanukovych apenas Barack Obama, o equivalente a 1.275 salários, e Dmitry Medvedev - 977 salários. Já Nicolas Sarkozy, país em muitíssimo melhor situação que Ukraina, gasta o equivalente a 169 salários mensais de seus concidadãos.

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A Administração do Presidente bloqueia os ativistas comunitários através da Interpol?
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana) 12.08.2011

A Administração Presidencial durante três meses inclui os nomes de ativistas da oposição cívica para a sede da Interpol em Lyon.

Segundo o coordenador do movimento ukrainiano "Causa Comum" Oleksandr Danyliuk, nas últimas semanas foram registrados quatro casos, quando aos representantes deste movimento foi recusada a concessão de vistos nas embaixadas dos Estados -membros da UE. Todos os documentos foram elaborados e entregues adequadamente. Essas pessoas repetidas vezes visitaram UE, nunca violaram o regime de vistos, declarou Danyliuk.

Depois que a Grécia recusou o visto ao ativista da "Causa Comum" e "Ukraina sem Kuchma" Oleksandr Kravchuk, decidiram descobrir os motivos.

Segundo Danyliuk, o representante do Ministro dos Negócios Estrangeiros deixou claro que a Administração Presidencial iniciou, desde maio de 2011, a inclusão às listas de pessoas procuradas e pessoas suspeitas de crimes e que estão sendo averiguadas pelo Ministério do Interior e Serviço de Segurança da Ukraina - os nomes de ativistas de oposição cívica.

Danyliuk disse que o movimento cívico "Causa Comum" está preparando um apelo formal para a representação da Comissão européia na Ukraina, com o pedido de realizar uma investigação sobre esses fatos e dar uma explicação oficial, por que tal fato tornou-se possível, bem como distribuir esta informação na imprensa européia e ukrainiana.

Encontro entre Medvedev e YanukovychServiço ukrainiano BBC, 11.ou.2011
 
Yanukovych (E) Medvedev (D)
Na quinta-feira os presidentes da Rússia e Ukraina reuniram-se em Sochi - Krasnodar, na residência "Bocharov Ruchey", para a qual veio Viktor Yanukovych, mas sobre os resultados os dois não falam.

Antes da reunião, observando os preparativos para as Olimíadas de Inverno em Sochi, Yanukovych lembrou: Nós almejamos , e sempre vamos almejar à solução de quaisquer problemas. Nós estamos "condenados" para resolvê-los.

Entre os temas polêmicos: os preços do gás e a cooperação no âmbito da União Aduaneira. Estas questões a maioria dos especialistas esperava serem resolvidas. Sobre a contradição essencial na questão do gás, anteriormente à visita, Yanukovych disse que Ukraina e Rússia devem rever os preços do gás "sem recorrer a procedimentos judiciais. A edição russa do "Komersant" sugere que Ukraina está se dispondo ir, com os contratos do gás a partir de 2009, para o tribunal.

À pergunta de jornalistas Yanukovych reafirmou a necessidade de resolver sobre os preços do gás, que é de interesse da Ukraina e Rússia - encontrar soluções de compromisso.

Já Medvedev anunciou que conversariam sobre o desenvolvimento de processos de integração, a possível adesão da Ukraina à União Aduaneira (Rússia, Bielorrússia e Cazaquistão). Sobre a cooperação nos assuntos do gás, que é assunto tradicionalmente difícil, e sobre a decisão final de fronteiras.

Segundo o jornal "Ukrainska Pravda", do dia 12.08.2011, fonte de Moscou informou aos jornalistas "que foi dada a explicação em relação aos possíveis parâmetros de cooperação entre Ukraina e União Aduaneira. "Tal integração poderá realizar-se com base na total inclusão da Ukraina à União Aduaneira. A fórmula 3 + 1, proposta por Yanukovych para esta finalidade não é aceita. (Rússia quer, a todo custo, que Ukraina entre na tal União Aduaneira, não quer que Ukraina entre na UE. Yanukovych acha, ou finge achar, que Rússia aceitaria uma tal fórmula 3 + 1, inventada por ele e seus comparsas. Ele ainda não cresceu o suficiente para passar a perna nos russos! É o império russo novamente em expansão. - O.K.)
 

Resumo e tradução: Oksana Kowaltschuk
Foto formatação: AOliynik 

terça-feira, 16 de agosto de 2011

ALGO ESTÁ PODRE NO REINO DA UCRÂNIA

Notícias da Ukraina
Ukrainska Pravda (Verdade Ucrainiana), 09.08;2011


Os eleitores de Yanukovych, em um ano compreenderam que algo não está bem.

Durante o ano passado diminuiu significativamente o número de eleitores insatisfeitos com o desenvolvimento do país.

De acordo com os resultados da pesquisa do pensamento ukrainiano, durante junho de 2010 - junho de 2011, pelo Instituto de Sociologia de Kyiv, os dados são:

- avaliações positivas diminuiram em 27% (de 38% para 11%)

- avaliações negativas aumentaram em 28% ( de 35% para 63%)

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Na Bankova acreditam que 7% de otimistas é suficiente ao país. Este foi o comentário da assessora presidencial Hanna Herman. Ela fez esta declaração comentando o resultado do Instituto de Sociologia da Academia Nacional de Ciências da Ukraina (NAN).

"7% de pessoas que acreditam e com disposição de otimismo, é suficiente. Sempre a minoria desempenhou um papel maior que a maioria. Porque a minoria pensa", - declarou Herman.

Mas, de acordo com o questionário, em comparação com 1994, entre os cidadãos da Ukraina há menos esperança para o mmelhor.

"A quantidade dos que tem esperança para melhorias diminuiu de 52% para 39%; dos que esperam o pior aumentou de 20% para 28%; e dos que se esforçam para não pensar no dia de amanhã, aumentou de 18% para 23%", - demonstrou o questionário.

Ainda, segundo Herman, as promessas do presidente deverão ser analisadas somente no final da primeira cadência (Mas as eleições não foram apenas para um período de 4 anos, que já foi alterado, pelo presidente, para 5 anos? E, transcorrido apenas 1,5 ano já estão sugerindo mais de um período? - O.K.)
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Na habitação de Yanukovych vão gastar mais 22 milhões.

Ukrainska Pravda, 03.08.2011
 


O Departamento Administrativo do Governo vai atribuir mais 22 milhões de UAH (US$ 2.750.000) para reforma da residência do governo "Seniohora" (Montanha Azul).

Em 2010 já foram executadas reformas gerais de engenharia (encanamentos, mudança de paredes, revestimento em granito, acesso, etc.).

O luxuoso palácio ocupa 5.000m² e foi construído durante a presidência de Leonid Kuchma. O pomposo hall com colunas, devido ao seu parâmetro, lembra um campo de futebol. A biblioteca tem três andares e galerias, piscina de 25 metros, jacuzzi com sauna, fontes, lagoas com truta e heliponto.

No ano passado já foi gasto nas reformas 33 milhões (já no governo Yanukovych).

A residência não tem 10 anos e já foram feitas reformas no governo anterior, do presidente Yushchenko. (Cada presidente reforma de acordo com seu gosto. Os pagadores de impostos entram com o dinheiro. - O.K.)
Esta residência fica na aldeia Stara Huta, próximo a Ivano-Frankivsk nos Cárpatos. A aldeia é a última no caminho às montanhas. A localidade é lindíssima. De seus 300 habitantes metade, há muito tempo, está em outros países europeus porque em sua pátria não encontra emprego.

A residência é cercada pelas matas e montanhas que fazem parte do Patrimônio da Humanidade.

O ex-presidente Kuchma recepcionava aí o presidente polonês Aleksander Kwasniewski e o russo Bóris Yeltsin. Viktor Yushchenko recebia o amigo e colega da Geórgia Mikhail Saakashvili e ator francês Gerard Depardieu.

Como já foi aprovado, para as reformas das residências governamentais na Criméia (quantas são? - O.K.) já foram destinados 152 milhões de UAH (US$ 19.000.000).

Quantas residências este homem precisa???

Tradução e pesquisa: Oksana Kowaltschuk

domingo, 14 de agosto de 2011

DIGNIDADE CONTRA ARBITRARIEDADE

Dignidade contra arbitrariedade
Ukrainska Pravda (Verdade ukrainiana), 25.07.2011
Viktor Andrusiv

 
Construímos novo país! Partido das Regiões. 


A dignidade da pessoa - é a quantidade indispensável de respeito por ela. É o respeito, com o qual a pessoa é dotada desde o nascimento e preserva-se com ela por toda a vida, e até, depois da morte.

Após os horrores da Segunda Guera Mundial a dignidade tornou-se um valor fundamental do direito internacional  e do mundo ocidental. Os documentos internacionais fundamentais tais como a Declaração dos Direitos Humanos, a Carta das Nações Unidas, as Constituições dos principais países - um dos principais princípios é construir os alicerces à dignidade humana.

A defesa da dignidade - uma das principais tarefas da justiça. Sem garantias de respeito à pessoa não podem desenvolver-se as relações de igualdade de direitos, as pessoas continuamente humilharão um ao outro, e nesta base desenvolver-se-ão permanentes conflitos.

O respeito pela dignidade, é quando não importa a riqueza, origem, posição, ponto de vista, que pelo dano causado o ofensor responda na justiça, o policial seja respeitoso, que o órgão do governo responda à nossa pergunta, que o político realize as suas promessas, que o motorista pare na passagem para pedestres. Enfim, descansando de noite num café, você não fique ansioso pela possibilidade de apanhar e ser arrastado pelo chão (aqui o autor refere-se ao fato recente, quando um deputado provincial, filho de um deputado federal, bateu numa moça e arrastou-a pelo chão, segurando-a pelos cabelos, porque ela recusou um convite íntimo, e que teria sido feito grosseiramente. - O.K.)
O inimigo da dignidade é arbitrariedade.

Arbitrariedade - é desrespeito, é a escolha independente a quem respeitar ou desrespeitar. É a maneira individual de estabelecer, o que é certo e o que não é.

A arbitrariedade sempre leva ao escárnio e opressão. Destina-se à humilhação.

Arbitrariedade - é quando você não pode caminhar pela calçada, porque ela está atravancada com carros de luxo, é quando o policial bate em você pelo seu dinheiro, é quando você pode ser atropelado na passagem para pedestres e o responsável esquivar-se da punição. Finalmente, quando você é agarrado pelos cabelos e arrastado pelo restaurante.

A arbitrariedade sempre conduz a conflitos.

No entanto, a arbitrariedade também pode ser fonte de direito. É o direito para os escolhidos fazer o que eles querem, e o dever de todos os outros, aceitar. Arbitrariedade - é direito dos senhores feudais e regimes autocráticos. O senhor feudal, ou lider, sabe o que é certo, o que não é, quem deve ser punido, quem perdoado.

Arbitrariedade - é a forma, contra a qual lutam pessoas dignas em todas as épocas e em todas as nações.

Então o que é fonte de direito na Ukraina: dignidade ou arbitrariedade?

A Constituição ukrainiana no espírito dos valores ocidentais também contém referências à dignidade no artigo 28. Mas as regras e a realidade - são duas grandes diferenças. Os fatos mostram melhor que as palavras.

É respeitada a dignidade dos cidadãos ukrainianos quando:

- o presidente do país desce à manipulação barata para mandar construir para si uma estrada especial, portas de cedro do Líbano, banheiro em sua residência com acabamento de 350 mil euros, novo helicóptero e avião a jato adquiridos em negociatas, através do paraíso fiscal nas Ilhas Virgens Britânicas, bem como o terreno de 136 hectares onde estão sendo construídos, além de sua luxuosa residência, vários anexos para deleite e divesão de seus convidados, e seu filho perambulando bêbado em plena luz do dia?

- deputados escondem suas declarações de renda, deliciam-se com automóveis caríssimos, e rebaixam-se ao nível de receber ajuda financeira?

- juízes e procuradores, como se fossem respeitáveis criminalistas, divertem-se em bares e restaurantes, cantarolando canções sobre criminalidade?

- e o pior, quando os filhos da "elite" começam matar e abusar de ukrainianos comuns?

Onde está o respeito à dignidade? Isto é arbitrariedade. Isto é desrespeito.

Referindo-se às reformas e seu futuro brilhant à integração européia, os políticos ukrainianos escondem seus verdadeiros valores, cujo espelho são suas crianças. Homicídios nas estradas, espancamentos, esquivar-se das responsabilidades - tudo isso está no espírito daqueles que representam o povo ukrainiano.

Os "majores" (seria o que nós chamaríamos de plau-boy, porém com características criminosas reforçadas. - O.K.) ukrainianos "dignos" de seus pais, os quais promovem caçadas às pessoas, envolvem-se em pedofilia, batem nos policiais rodoviários.

No entanto, não temos aqui nada de novo.

Nós, diariamente, com raiva observamos como nos humilham. E tudo o que nós pudemos fazer até agora - é desesperadamente dar um soco na mesa.

E, já pela manhã, nós penetramos por entre emaranhado de automóveis caros, situados na calçada. Nós atravessamos correndo a faixa de pedestres para não sermos atropelados por algum "major". Nós, sempre começamos contornar cada vez maiores áreas de prédios ilegais nas nossas praças e gramados. E, de noite, silenciosamente vamos observar, como algum "major" surra uma moça e arrasta-a pelo cabelo, esperando que tal destino não nós alcaçará.

Nós fomos privados de dignidade.

Nos transformaram em servos, que silenciosamente devem observar o entretenimento dos senhores feudais.

Arbitrariedade - fonte da lei ukrainiana.

Mas assim não será, porque somos pessoas dignas. E, reconciliar-se com a arbitrariedade - é destruir a si mesmo, é viver sem direito ao seu próprio futuro. De agora em diante, cada ukrainiano pode assistir ao vídeo com Roman Landik (o deputado provincial, filho de deputado federal, que surrou a moça) e fazer a si próprio três perguntas:

1. O que eu poderei fazer, quando isto acontecer comigo ou com minha família?

2. A quem me dirigir, se eu for vítima da arbitrariedade: milícia, procuradoria, justiça?

3. Como colocar um fim à arbitrariedade e criar um futuro seguro?

Essas perguntas - já são o primeiro passo. Pensar - é não concordar, não reconhecer aquilo no qual nós vivemos.

E, a isto deve suceder a próxima etapa - a ação. Temos de agir para restaurar a nossa dignidade. Somente o respeito a cada pessoa criará a única lei para todos.

No entanto, nossas ações - não são resposta arbitrária para arbitrariedade, este seria o caminho do caos, irresponsabilidade e destruição.

Nosso objetivo - forçar os infratores ao cumprimento da lei.

Punir um "major" - é assustar uma centena. Punir um político - é fazer pensar centenas. Nós devemos alcançar que as leis, que nos obrigam seguir - também sejam seguidas por quem as cria.

E, eis como poderemos fazê-lo.

1. Criar grupos de rápida reação. Nós vivemos na época da comunicação. Agora podemos facilmente travar conhecimento e ajudar uns aos outros. Vamos criar grupos em redes sociais e nelas vamos coordenar ações conjuntas para o caso de sofrermos arbitrariedade. Se o grupo contiver 100 pessoas - o  crime não poderá ser silenciado.

2. Compartilhar contatos. Compartilhemos os contatos entre nós. Ninguém possui seguro contra arbitrariedade, mas, tendo conhecimento sobre o acontecimento, nós não permitiremos a oclusão, a deturpação, o suborno, o obscurecimento. Se alguém torna-se vítima da arbitrariedade - é suficiente informar aos membros do seu grupo, e esse fato terá publicidade imediata.

3. Agir. Nós podemos proteger uns aos outros. Colaborando com 5-10 UHA (moeda local), poderemos contratar advogados decentes, os quais vão adequadamente defender a vítima. Nós poderemos fazer 100 chamadas telefônicas ao serviço da milícia, impedindo suas falsificações. Podemos colocar o fato sobre arbitrariedade na internet de modo que o Google publique a sua primeira solicitação para os nomes do "major" ou seu pai. Finalmente, em casos extremos, nós podemos ir às ruas e proteger a vítima com ações de protesto.

4. Eleições. Cada 4-5 anos os nossos políticos se tornam fracos. Eles se preocupam pelos nossos votos, mentem uns sobre outros e nos enganam. Eles se afligem pela própria imagem e não comentam que gostam de uma bebida em pleno dia.

E esta é a nossa possibilidade. Nós não devemos esquecer os crimes da arbitrariedade. Nós criaremos um banco de dados de políticos e "majores", que cometeram arbitrariedades e esquivaram-se de responsabilidades. Nas eleições nós procuraremos transmitir a cada cidadão a verdadeira essência de cada político ukrainiano.
O eleitor deve saber que ao votar, ele escolhe não apenas o novo governo, mas também os novos espancamentos nos restaurantes e assissanatos nas calçadas.
Nós não precisamos organizar nada, escolher líderes, fazer revolução. Nós temos o suficiente para alcançar a punição pública de alguns patifes, para ensiná-los a respeitar os outros.
A luta com arbitrariedade - isso já não é escolha: lutar ou não. É uma necessidade objetiva para sobreviver.
Mudar a realidade. Recuperar nossa dignidade. Construir uma sociedade de pessoas dignas e adequado sistema jurídico.
P.S. Você ainda duvida? Pensa, que isso não lhe importa? Ligue o vídeo de Roman Landik e reflita quem é preciso ser, para tão inconscientemente escarnecer da menina.
E não esqueça - essa pessoa representa os interesses da nação no Conselho da província. E seu pai no Parlamento.
Que futuro nós espera?...
Viktor Andrusiv, candidato de Ciências Políticas, especialmente para "Verdade Ukrainiana".

Caro Leitor:

Veja a que ponto chega o abuso de poder na Ucrânia! O sujeito, filho de algum "poderoso", pode tudo. Ninguém reaje, todos se acovardam !!! (O Cossaco).
Tradução: Oksana Kowaltschuk
Foto formatação: AOliynik
Vídeo: Roman Landik

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

YULIA SE RECUSA PEDIR CLEMÊNCIA ÀS AUTORIDADES

"Nenhuma medida "kostolomna" [1] vai me parar!"
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 09.08.2011
Ivan Farion

Yulia Tymoshenko se recusa pedir clemência às autoridades.

Apesar de inúmeros protestos de políticos ukrainianos, comunidade e governantes internacionais, a ex-chefe do governo ukrainiano Yulia Tymoshenko aguardará sentença em "assuntos do gás", permanecendo na prisão. Nenhuma solicitação pela liberação da custódia, segunda-feira, 12.08, o juiz Rodion Kireyev aprovou.

Ela veio num camburão com Lutsenko. São tantos os presos políticos no país que faltam máquinas para serem transportados individualmente.

Havia mais de 5.000 pessoas aguardando próximo ao tribunal... e 30 ônibus com os "milicianos" do "Berkut". Vários políticos ukrainianos, inclusive representantes de outros partidos: Yatseniuk, Tarasiuk, Martenenko, Hrytsenko, membros dos Partidos Batkivshchena, Nossa Ukraina - Autodefesa Popular, representantes do clero. Também recebeu sólido apoio diplomático - na segunda-feira o julgamento de maior repercussão foi monitorado por funcionários das embaixadas dos EUA, França, Finlância, presidente da Missão da União Européia, senhor Teixeira. Através dos diplomatas Tymoshenko agradeceu a toda a comunidade internacional, a qual tão inesperadamente respndeu à sua prisão. Gratidão também foi externada à diáspora ukrainiana, a todos os ukrainianos que não se mostraram indiferentes ao seu destino.

Aos líderes religiosos Kireyev não escutava.

O juiz se mostrou imperturbável. Inicialmente rejeitou a solicitação do advogado para alterar a medida preventiva. Depois ignorou o apelo do chefe da Igreja Ortodoxa Ukrainiana Filaret do Patriarcado de Kiev, do pároco do Mosteiro Mykhaylivskyi Zolotoverkhyi e Catedral Volodomyrskyi bispo da Igreja Católica Romana, e outros pastores. Não atendeu à mensagem da responsável pelos direitos da pessoa Nina Karpachova, que pediu por Tymoshenko, porque a prisão está superlotada. Não deu resultado positivo o apelo dos deputados e representantes da inteligência ukrainiana como: Ada Rohovetska, Ivan Dziuba, Dmytro Pavlech, Maria Matios , cantora Ruslana...

Como se zombasse, Kireyev perguntou à acusada, se ela apoia a petição para sua libertação. Tymoshenko não traiu a si mesma. "Hoje o senhor está tentando quebrar um país democrático, e é muito triste que isto se faça por um juiz jovem, que está apenas começando sua carreira. Eu não vou lhe pedir nada - lembre-se disso! - Respondeu ela. "E eu nunca me levantarei perante o senhor porque isto significará ajoelhar-me na sua frente". Ex-premier falou ao juiz e aos procuradores que eles não conseguirão quebrá-la. "Eu tenho sólida convicção, que nenhuma de suas destrutivas ações vão me parar. Eu faço meu trbalho - e os senhores façam o seu trabalho sujo..."
Depois de tais declarações a decisão de Kireyev era previsível...

O diplomata esqueceu a cultura elementar.

Para este dia foram convocados 28 testemunhas de acusação. A amostra deu o ex-embaixador da Ukraina para Rússia, hoje Ministro do Exterior K. Hryshchenko. Ele disse que a guerra do gás com a Rússia poderia ter sido evitada se os problemas tivessem sido decididos com antecedência pelos presidentes dos dois países. Mas, em dezembro de 2008 Viktor Yushchenko recusou-se ir a Moscou, embora fosse esperado pelos líderes russos e os primeiros-ministros ocidentais..

Concomitantemente Hryshchenko disse que Tymoshenko, individualmente, sem respectivo mandato tomou decisão sobre assinatura de controle do gás. A acusada negou isso, citando a lei sobre o Gabinete de Ministros e dos tratados internacionais, onde se afirma que tanto o Presidiente, quanto Primeiro-Ministro podem assinar acordos sem poderes especiais. Violando o procedimento, a testemunha Hryshchenko não respondia às perguntas da acusada, fazia a ela juízo de valor. Kireyev "não percebia". Mas, quando tais opiniões se permitia Tymoshenko, ela era privada da palavra. Hryshchenko descia até a ofensas diretas: "Senhora pensou bem antes de fazer esta pergunta?".

Devido à pressão sobre Tymoshenko Ukraina pode sofrer embargo

A prisão de Tymoshenko uniu as oposições. Nove partidos já assinaram acordo para plano de ações. Foi criado um Comitê à resistência da ditadura. Em toda Ukraina realizam-se reuniões de protesto. Em sessões extraordinárias reunem-se deputados provinciais e deputados (vereadores) municipais. Até os tártaros da Criméia anunciaram apoio a Tymoshenko.

Enquanto isso o Ocidente pensa em uma reação mais enérgica à detenção do lider oposicionista ukrainiano. A deputada Natália Korolevska dia que a repressão à Tymoshenko tornará impossível a adesão da Ukraina à zona de livre comércio com a UE, colocará fim a empréstimos do FMI. Se Bankova não retroceder, um embargo comercial pode esperar Ukraina.

No entanto Tymoshenko pronunciou-se para não retirar da Ukraina a perspectiva de integração à UE. Porque não são os ukrainianos os culpados, mas seus dirigentes é que fazem a democracia mancar com os dois pés...

Comentário de Stepan Kurpil
Membro da Comissão Parlamentar para Integração Européia.

Na sessão de segunda-feira do tribunal fiquei especialmente indignado com o comportamento do ministro Hryshchenko. Ele demonstrou sua qualidade diplomática pelo avesso, o tempo todo exibiu superioridade. A certa altura disse: "Senhora Yulia Volodymyrivna, agora dispõe de muito tempo, então leia alguns documentos". Isto, especialmente, chocou todos os presentes.

No momento em que a hierarquia da Igreja, Heróis da Ukraina, respeitados homens da Ciência e Cultura pediam ao tribunal para libertar Tymoshenko da prisão, sob fiança, o ministro demonstrou sua falta de cultura. E não foi somente seu discurso à ré. Os presentes na sala levantaram-se e cantaram a Hryshchenko "Kham!" (bruto, vil, mesquinho). Isto, um pouco, diminuiu sua arrogância... O ministro foi incapaz de responder às perguntas da Tymoshenko, em particular àquela que a impediu negociar em Moscou sem diretrizes do governo. Hryshchenko não conseguiu citar quaisquer normas da legislação. Em contra partida Tymoshenko citou a lei sobre o Conselho dos Ministros, outros dois atos normativos, que não somente lhe davam o direito, mas também a obrigação de resolver questões complexas de crises nas relações internacionais, liquidar com a guerra do gás que poderia resultar em catástrofe, primeiramente para Ukraina. Tymoshenko perguntou à sua testemunha sobre a investigação do jornalista Vitalyi Portnykov, na qual ele argumenta que Hryshchenko tem participação em "RosUkrEnergo". Se sim, então todas as declarações de Hryshchenko seriam inválidas, porque ele é uma parte interessada. Hryshchenko não respondeu a esta pergunta.a O juiz, de todos os modos, ajudou evitar perguntas embaraçosas a Hryshchenko. Principalmente às perguntas pertinentes à frota do Mar Negro. Tymoshenko perguntava: tinha nosso governo diretrizes para entregar Sevastopol por 25 anos...

Os diplomatas estrangeiros ficaram chocados com este processo judicial. Eles veem que o juiz é tendenciososo, sobressai ao lado dos acusadores, favorece os procuradores e as testemunhas de acusação - sobre o julgamento justo não se pode falar.

[1] "kostolomna" é junção de duas palavras: ossos e quebrar.

Tradução: Oksana Kowaltschuk

AGONIA DA URSS

Agonia da URSS: cupons para comida, vodka e até sabão
Istorychna Pravda (Verdade histórica), 30.07.2011.

Nós últimos anos da URSS, a economia soviética sofreu uma terrível crise, mas a burocracia conservou seus hábitos, lembrando a já provada distribuição de produtos escassos através de cartões.


Para não lembrar a palavra "cartões" com seu ranço de desgraça da guerra, o governo usou a palavra delicada "talões".

Logo  a expressão "nos talões" também adquiriu uma coloração ruim - os produtos trocados eram poucos (o que é uma garrafa de vinho, para um soviético ao mês?)  e nem sempre existiam, porque a indústria, produzindo os supercomplexos sistemas orientadores de ogivas de mísseis, por alguma razão não conseguia produzir a quantidade suficiente de cigarros, trigo ou açúcar.

Como funcionavam as filas pelo açúcar em Kyiv

Para "extinguir" a explosão do deficit, o governo comprava "mercadorias de consumo nacional" no exterior - assim surgiram, mercados ilegais. Para esses mercados rumaram em massa pessoas com educação superior, para atividades comerciais.

Quem queria, podia pegar lotes de terra, que mãos diligentes dos cidadãos transformavam em hortas particulares. Os novos chacareiros vendiam alguns produtos, compravam outros, "viravam-se" - e finalmente conseguiam sobreviver sem o governo com os seus talões. Por isso, de 1990 a 1992 preservaram-se tantos e diversos talões não usados.

Lembrando União Soviética, os comunistas glorificavam o Terceiro Reich.

Em dois ou três anos tudo mudou. O comunismo com seu déficit não existia mais. Em seu lugar instalou-se o mercado com seus preços. Nós esquecemos as terríveis e humilhantes filas e a falta de produtos básicos, mas lembramos as idéias claras quanto a tornar feliz toda a humanidade - e agora metade dos ukrainianos sente saudades da União Soviética.



Mas, a 20 anos atrás, esperando receber a mercadoria necessária referente a seus talões, essas pessoas, com certeza eram inimigas encarniçadas da União Soviética. (Sim, temos dois tipos de saudosistas: os que na derrocada da União soviética conseguiram se apoderar, a preços irrisórios, das melhores indústrias ou empresas. Ou, ainda, nos primeiros anos da independência, quando o governo engatinhava, através de roubos e assassinatos conseguiram as propriedades que lhes interessavam. Aliás, ações de banditismo semelhante ainda ocorrem. Estes são os atuais oligarcas, que através de eleições consideradas "honestas" estão agora no governo. O segundo tipo de saudosista é o lacaio servil, sempre pronto a contentar o seu patrão. Ambos são o resultado do que o comunismo fez com suas cabeças durante 70 anos de dominação. - O.K.)

Tradução: Oksana Kowaltschuk
Foto formatação: AOliynik

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Notícias sobre a situação na Ukraina

Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 08.08.2011

Na segunda-feira continuou a sessão de julgamento no Pecherskyi Tribunal, no caso da Y. Tymoshenko. Ela foi trazida no "camburão" junto com Yurii Lutsenko, que continua preso.

A sessão realiza-se na mesma sala que as anteriores.

Tymoshenko não foi colocada na usual "gaiola de ferro" (como Lutsenko), ocupa o mesmo lugar e está sem algemas. Ao lado, seu advogado Yurii Sukhov, atrás a escolta: dois homens e uma mulher.

Tymoshenko deu algumas respostas a este jornal, apesar da proibição de gravar vídeo. Infelizmente não foi possível compreender o que foi falado. Também não está impresso no texto.

O advogado da Tymoshenko perguntou à testemunha, Ministro do Exterior da Ukraina como ele se posicionava em relação à declaração do Ministro do Exterior russo, que os acordos sobre o gás, em 2009, realizaram-se dentro das leis dos dois países.

O juiz proibiu dar resposta a esta pergunta.

Tymoshenko acusou K. Hryshchenko, Ministro do Exterior, de fazer lobby para RosUkrEnergo. O juiz disse para não responder mas o ministro disse que poderia responder. No entanto foi desviando do assunto e acabou não respondendo.

Tymoshenko acusou-o de ser o representante de RosUkrEnergo.

Para levar Tymoshenko "para Casa" após a sessão, às 18h50min, vieram 8 ônibus, trazendo uma divisão especial "Berkut" para dar cobertura ao "camburão". Muitas pessoas que sentavam na rua foram retiradas. Algumas foram colocadas em "camburões", mas depois foram libertadas atendendo a deputados.

O número de pessoas na rua está aumentando, mas devagar. O pessoal do interior não consegue chegar devido a dificuldades nas rodovias impostas pelo governo.

Ao marido Oleksandr e a filha Yevhenia permitiram que se tornassem protetores da Tymoshenko. Isso é permitido pela lei. Na prática significa que poderão encontrar-se mais que uma vez ao mês e estarem presentes às sessões.

Irena Lutsenko também participa da proteção de seu marido Yurii Lutsenko.

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Os partidos da oposição estão combinando ações comuns para homenagear os 20 anos (24.08) da independência da Ukraina. O governo já divulgou, anteriormente, que por motivos de economia não haverá desfile militar e, ou comemorações cívicas. (O governo quer mesmo é submeter Ukraina ao jugo de Moscou. Portanto a independência não interessa. Melhor gastar o dinheiro, se ainda houver algum, em proveito próprio. - O.K.)
Também a oposição combinou coordenar as ações com relação a Tymoshenko, em conjunto. Também em relação a outros oposicionistas. (Infelizmente todos esses partidos, com exceção do partido da Tymoshenko, são pouco numerosos porque, com o início do governo Yanukovych muitos deputados se venderam  ao partido das regiões. Graças a esse fato o governo conseguiu a maioria.- O.K.)

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O primeiro presidente da Ukraina independente Leonid Kravchuk disse que a prisão da Tymoshenko coloca em dúvida as declarações do governo sobre democracia na Ukraina.

Ele diz que não havia motivos para prisão e que as grades não impossibilitarão Tymoshenko falar. E, que essa decisão trouxe prejuízos para Ukraina. Que todos nós sabemos das consequências.

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O presidente da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), dos Assuntos do Exterior da Lituânia Audronyus Azhubalis declara sua preocupação com a prisão da ex-primeiro-ministro ukrainiano Yulia Tymoshenko. Ele também acrescentou que a comunidade internacional acompanha com muita atenção este processo e que é indispensável que os processos sejam transparentes e justos.

Como já foi divulgado Ukraina prepara-se para exercer a presidência da OSCE em 2013.

Resumo e tradução: Oksana Kowaltschuk