Lina Kostenko propõe trazer para o desfile da Independência (24.08) todos que roubaram Ukraina.
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 19.08.2011
O desfile no Dia da Independência é necessário, mas dele deve participar o exército de estadistas-criadores, para que a Nação possa ver quem ela alimentou e manteve durante 20 anos.
Tal proposta fez a eminente escritora e poetisa Lina Kostenko em seu artigo no jornal "O Dia".
"Em linhas retas devem passar os deputados de todas as legislaturas, liderados pelos seus presidentes, auxiliares e substitutos, com todos os seus quadros e aparelhamentos da "Verkhovna Rada" (Conselho Superior), tushkas [1] e trânsfugas. Secretarias e administrações de todos os presidentes... Todos os frondosos galhos do governo, nos quais abundantemente assentaram os dirigentes e gerentes de todas as graduações e especializações", - diz ela.
"Em suma, todo aquele exército, através do qual Ukraina, triunfalmente, conseguiu o quarto lugar entre as piores economias do mundo e, através de vários índices alcança Honduras", - anunciou a escritora.
O Poder judiciário, de acordo com Kostenko, deve carregar, bem alto sobre suas cabeças... retratos de Gongadze, Chornovil e Hetman". [2]
"Todos os mortos e torturados em delegacias de polícia, falecidos e desaparecidos em circunstâncias inexplicáveis. E o "suicida" que conseguiu dar dois tiros na própria cabeça, Kravchenko, e Kyrpa e Kushniarov [3], cujas mortes misteriosas muito esclareceriam em cruzadas negras de nossa justiça" - escreve ela.
Devem desfilar os que foram apanhados, e os que não chegaram a ser, no "quente", funcionários e os corruptores, "cada um com a marca de seu delito, mantendo a equação para os presidentes de seu país, os quais também estão no pódio com tabuletas nos pescoços - quem o que entregou nestes 20 anos: Um a frota e armas nucleares, outro a indústria e empresas estratégicas, outro os ideais da "Revolução Laranja", outro, em geral a Ukraina", menciona Kostenko.
E, para concluir, toda essa "festiva fantasmagoria", segundo as palavras da escritora, deve seguir "um camburão cinza, coberto com retratos da Tymoshenko, o qual procuram impelir através da multidão protestante os milicianos do "Berkut" e "Hryfon" colocando nele, como caviar preto, com seus capacetes, para alguns quebrando as costelas, a outros derrubando no chão e outros ainda arrastando pelo asfalto".
[1] Tushkas significa carcaças - assim o povo denomina os deputados que aderem ao partido dominante.
[2] Gongadze - jornalista ukrainiano que denunciava os mal feitos do governo do ex-presidente Kuchma. Foi assassinado no ano 2000. Seu corpo sem cabeça foi encontrado na mata. Até hoje, sabe-se quem matou executando ordem, mas não se sabe quem a deu. Fortes suspeitas recaem sobre pessoas importantes do governo, mas nada foi provado.
Chornovil - Político, jornalista e um dos fundadores do Movimento Nacional da Ukraina, de 1989, cuja meta principal era lutar pela independência da Ukraina. Morreu em consequências de um desastre automobilístico, mas há suspeitas que o acidente foi provocado e que ele e seu motorista, feridos, foram liquidados imediatamente após o acidente. Em 25.03.1999. Atualmente exumaram o corpo para novos exames. Aguardam-se resultados.
Hetman - Político e financista. Modernizou o sistema bancário ukrainiano. Morreu em consequência de fuzilamento no elevador do prédio em que morava.
[3] H. Kyrpa - Ministro de Transportes. Teria cometido suicídio? Existiram dúvidas, o corpo foi cremado contra a vontade dos familiares.
Y. Kushniarov - Político importante do Partido da Regiões (partido do Yanukovych). Foi fuzilado durante uma caçada, mas o Partido das Regiões tentou atribuir o crime a Tymoshenko, o que, devido ao absurdo das circunstâncias não conseguiram, e logo abandonaram.
Kravchenko - General. Exerceu inúmeros cargos no governo e também o cargo de Ministro do Interior. Organizou profissionalmente a milícia e conseguiu neutralizar os bandos terroristas que, a exemplo de todas as ex-repúblicas soviéticas, graçavam também na Ukraina. Morreu com dois tiros (lhe atribuíram suicídio) porque sabia demais sobre o assassinato do jornalista Gongadze e/ou sobre segredos governamentais. Morreu em 2005.
Tradução e pesquisa: Oksana Kowaltschuk
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 19.08.2011
O desfile no Dia da Independência é necessário, mas dele deve participar o exército de estadistas-criadores, para que a Nação possa ver quem ela alimentou e manteve durante 20 anos.
Tal proposta fez a eminente escritora e poetisa Lina Kostenko em seu artigo no jornal "O Dia".
"Em linhas retas devem passar os deputados de todas as legislaturas, liderados pelos seus presidentes, auxiliares e substitutos, com todos os seus quadros e aparelhamentos da "Verkhovna Rada" (Conselho Superior), tushkas [1] e trânsfugas. Secretarias e administrações de todos os presidentes... Todos os frondosos galhos do governo, nos quais abundantemente assentaram os dirigentes e gerentes de todas as graduações e especializações", - diz ela.
"Em suma, todo aquele exército, através do qual Ukraina, triunfalmente, conseguiu o quarto lugar entre as piores economias do mundo e, através de vários índices alcança Honduras", - anunciou a escritora.
O Poder judiciário, de acordo com Kostenko, deve carregar, bem alto sobre suas cabeças... retratos de Gongadze, Chornovil e Hetman". [2]
"Todos os mortos e torturados em delegacias de polícia, falecidos e desaparecidos em circunstâncias inexplicáveis. E o "suicida" que conseguiu dar dois tiros na própria cabeça, Kravchenko, e Kyrpa e Kushniarov [3], cujas mortes misteriosas muito esclareceriam em cruzadas negras de nossa justiça" - escreve ela.
Devem desfilar os que foram apanhados, e os que não chegaram a ser, no "quente", funcionários e os corruptores, "cada um com a marca de seu delito, mantendo a equação para os presidentes de seu país, os quais também estão no pódio com tabuletas nos pescoços - quem o que entregou nestes 20 anos: Um a frota e armas nucleares, outro a indústria e empresas estratégicas, outro os ideais da "Revolução Laranja", outro, em geral a Ukraina", menciona Kostenko.
E, para concluir, toda essa "festiva fantasmagoria", segundo as palavras da escritora, deve seguir "um camburão cinza, coberto com retratos da Tymoshenko, o qual procuram impelir através da multidão protestante os milicianos do "Berkut" e "Hryfon" colocando nele, como caviar preto, com seus capacetes, para alguns quebrando as costelas, a outros derrubando no chão e outros ainda arrastando pelo asfalto".
[1] Tushkas significa carcaças - assim o povo denomina os deputados que aderem ao partido dominante.
[2] Gongadze - jornalista ukrainiano que denunciava os mal feitos do governo do ex-presidente Kuchma. Foi assassinado no ano 2000. Seu corpo sem cabeça foi encontrado na mata. Até hoje, sabe-se quem matou executando ordem, mas não se sabe quem a deu. Fortes suspeitas recaem sobre pessoas importantes do governo, mas nada foi provado.
Chornovil - Político, jornalista e um dos fundadores do Movimento Nacional da Ukraina, de 1989, cuja meta principal era lutar pela independência da Ukraina. Morreu em consequências de um desastre automobilístico, mas há suspeitas que o acidente foi provocado e que ele e seu motorista, feridos, foram liquidados imediatamente após o acidente. Em 25.03.1999. Atualmente exumaram o corpo para novos exames. Aguardam-se resultados.
Hetman - Político e financista. Modernizou o sistema bancário ukrainiano. Morreu em consequência de fuzilamento no elevador do prédio em que morava.
[3] H. Kyrpa - Ministro de Transportes. Teria cometido suicídio? Existiram dúvidas, o corpo foi cremado contra a vontade dos familiares.
Y. Kushniarov - Político importante do Partido da Regiões (partido do Yanukovych). Foi fuzilado durante uma caçada, mas o Partido das Regiões tentou atribuir o crime a Tymoshenko, o que, devido ao absurdo das circunstâncias não conseguiram, e logo abandonaram.
Kravchenko - General. Exerceu inúmeros cargos no governo e também o cargo de Ministro do Interior. Organizou profissionalmente a milícia e conseguiu neutralizar os bandos terroristas que, a exemplo de todas as ex-repúblicas soviéticas, graçavam também na Ukraina. Morreu com dois tiros (lhe atribuíram suicídio) porque sabia demais sobre o assassinato do jornalista Gongadze e/ou sobre segredos governamentais. Morreu em 2005.
Tradução e pesquisa: Oksana Kowaltschuk
Nenhum comentário:
Postar um comentário