quarta-feira, 31 de outubro de 2012

APURAÇÃO DE VOTOS NA UCRÂNIA

A apuração de votos da última eleição para o parlamento na Ucrania ocorrido em 28/10/2012 transcorre na mais perfeita normalidade, num clima de paz e cordialidade conforme você poderá ver neste vídeo. Nada supera um país civilizado.
 
O Cossaco


APURAÇÃO DA ELEIÇÃO NA UCRÂNIA

À contagem de votos falta transparência, sobram falcatruas
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 30.12.2012

Vários observadores internacionais estão preocupados com a falta de transparência na contagem de votos. Isto eles disseram durante uma mesa redonda organizada pela Missão Internacional, no acompanhamento das eleições na Ukraina.
"O processo de contagem de votos é muito crítico", - disse o presidente da Missão Peter Novotny. Ele observou que as eleições eram competitivas, e os ukrainianos deviam ter tido a possibilidade de apoiar os candidatos de sua preferência.
"No entanto, temos de dizer que em geral a eleição foi afetada por um rosário de violações. Especialmente o uso agressivo de recursos administrativos e em grande escala o suborno dos eleitores." - informou Novotny. Ele acrescentou, que no último mês os observadores já haviam percebiddo o aumento da pressão sobre os candidatos nos meios de comunicação. E que, comparativamente às eleições de 2006 e 2007, houve um significativo retrocesso.


Amostra de comportamentos exacerbados ou hilários

Em Kherson, no circuito 184, os eleitores atacaram os membros da comissão distrital, estes correram gritando. Os moradores locais adentraram ao escritório e prometeram não sair enquanto não fosse realizada a recontagem dos votos. Mas, os membros da comissão distrital recusaram-se à recontagem sem a vinda de três membros da Comissão Estatal de Boryslau porque estão muito assustados. "Isto mostra que a fraude é óbvia". - diz a publicação.
Depois da recontagem o candidato perdedor aproximou-se do que estava vencendo. Foram encontrados 20 boletins em branco. E, em duas seções foram atribuídos seis votos de outro candidato a Mykola Dmytruk do partido governista. Os observadores dizem que tal esquema pode atribuir até 500 votos a mais para o candidato do Partido das Regiões, o que lhe garantirá a vitória.


No circuito Nº 211, o candidato governista, que está perdenddo, exige recontagem em todas as seções do circuito. A presidente não quer fazer a recontagem, diz que a contagem foi correta, mas o vice-presidente insiste. Alguns membros da Comissão se anteciparamm à decisão e abriram as caixas com os boletins. Os observadores dizem que eles misturaram os boletins e vários sumiram.


No circuito Nº 223 usaram os punhos os apoiadores de Pylypyshyn do Partido das Regiões, e seu grupo de desconhecidos que invadiu a sala, contra Yurii Levchenko do Partido Liberdade.
Na noite do dia 30 Yurii Levchenko estava com aproximadamente 1000 votos a frente. Os boletins foram enviados à Central mas, nas embalagens dos boletins de Levchenko fizeram marcas, tornando-os nulos. E, mesmo que haja recontagem tem muitos boletins de Levchenko danificados. Acabaram decidindo pela recontagem. Quando a vice-presidente fazia alterações no protocolo, um partidário de Levchenko tentou fotografar mas um desconhecido bateu na câmera e o flash card voou. Rapidamente foi recolhido por uma participante da comissão que guardou-o em sua bolsa.


No circuito eleitoral 261 onde está vencendo Ksenia Liapin, sumiu a presidente da comissão, juntamente com os protocolos.


Em Vinnytsia é pior que na região de Donetsk, diz o deputado Andrii Pavlovskyi. Segundo ele, desconhecidos entraram no gabinete da administração regional e danificaram as cédulas. Eles destruíram as cédulas do candidato da oposição, do circuito 11. Mas Andrii Pavlovskkyi, prevenido, praticamente está dormindo em cima dos boletins já por duas noites.

Também fizeram isso no circuito Nº 14 onde vencia o candidato da oposição. Foram danificadas as caixas com os boletins que demonstravam a vitória do oposicionista, com uma diferença de 194 votos. Mesmo após a recontagem de votos houveram alterações. A situação continua indefinida.


(Essa situação de entrarem desconhecidos nas seções, para proteger os candidatos governistas, não é que algo vai lhes suceder, eles, provavelmente, são pagos para isso. Como no caso da participação nas manifestações de rua - OK).

Na noite de 28 para 29.10.12, véspera das eleições, cortaram 10 hectares da floresta Bykivnia. Os construtores barbaramente massacraram centenários pinheiros e até cercaram a área. O fato relatou o coordenador-chefe da campanha "Forum de salvação de Kyiv Vitali Cherniakhivskyi. "É evidente que a destruição de áreas verdes, o que afeta a vida de Kyiv, vai durar enquanto os ratos não forem expulsos do Conselho de Ministros e o Parlamento não aprovar a lei sobre moratória e redifinição de construções na Capital". - disse ele.


Tradução: Oksana Kowaltschuk

terça-feira, 30 de outubro de 2012

ELEIÇÕES NA UCRÂNIA

Algumas análises das eleições parlamentares na Ukraina realizadas em 28.10.2012
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana, 29.10.2012

OSCE - análise do período pré-eleitoral

OSCE (Organização para Segurança e Cooperação na Europa): Estas eleições - um passo para trás em comparação com as anteriores. Isto foi afirmado pela vice-presidente da Associação Parlamentar da OSCE Valburha Habsburgo Douglas.
"Em nossa declaração conjunta, podemos dizer que as eleições foram caracterizadas por falta de condições para os participantes das eleições, abuso de recursos administrativos, falta de equilíbrio nos esclarecimentos na mídia" - disse ela.
O processo de votação e contagem de votos em geral avalia-se positivamente; o processo de atribuição de votos "avaliação negativa devido a falta de transparência".
"Eu considero que os eleitores não devem ser expostos a perseguição de seus empregadores ou do governo," - disse ela.
"E para ouvir o que os líderes políticos do país querem dizer, absolutamente não é necessário ir à cadeia. E vocês sabem que eu tive que fazer isso. Eu visitei o Sr. Lutsenko na prisão Nº 91, - acrescentou, referindo-se à prisão de Tymoshenko e Lutsenko.
Ela também criticou o fato de que foram "excluídos centenas de candidatos, por várias razões", e que não puderam participar Tymoshenko e Lutsenko.
"Devido ao abuso de poder e excessivamente grande papel desempenhado pelo poder econômico, parece, que o processo democrático começou ir pelo caminho de volta, na Ukraina", - disse Douglas.


Rresentante da OSCE observou "oligarquizãção" do processo eleitoral na Ukraina

Tyzhden (Semana), 29.09.2012

Andreas Gross, chefe da delegação de observadores da Assembléia Parlamentar do Conselho da Europa acusou as autoridades ukrainianas de "oligarquizar" todo o processo eleitoral.
Os ukrainianos mereciam mais a partir das eleições passadas. "Oligarquização" de todo processo significa que os cidadãos perderam a capacidade de gerenciar eleições, e perderam a fé em si mesmos", declarou Gross.
O impacto significativo dos oligarcas é tendência negativa. Eles, realmente retiram do Parlamento o direito de representar os interesses de toda nação, o que é significativamente maior que a soma de interesses privados", - considera o observador europeu.
"Estas eleições não levaram à realização do potencial democrático que tem a sociedade ukrainiana. Nós acreditamos que o povo merece mais do que essa distorção de sua vontade", - frisou.
Por sua vezz, o presidentee da missão de observadores de institutos democráticos e direitos da pessoa Audrey Glover observou que "a ausência de resposta adequada do governo para várias violações durante as eleições levou à criação de um clima de impunidade e lançou sombra sobre as eleições e progresso da democracia, que até agora Ukraina demonstrava".


Os candidatos não tinham igualdade de oportunidades

Tyzhden (Semana), 29.10.2012

Chefe da missão de observadores do Parlamento Europeu: os candidatos não tinham igualdade de oportunidades. "A missão de observadores do Parlamento Europeu está preocupada com a ausência de transparência no financiamento dos partidos políticos na Ukraina", - disse o chefe da missão Pavel Kowal.
"O Parlamento Europeu expressa muitas críticas em relação a esta campanha eleitoral. Referindo-nos ao povo ukrainiano em nome do Parlamento Europeu, gostaríamos de dizer que temos o compromisso para falar sobre todos os problemas que ocorreram durante a campanha eleitoral," - disse ele.
Quanto a campanha eleitoral, podemos dizer que ela era ativa, mas não foi dada oportunidade aos candidatos para transmitir sua mensagem aos eleitores e competir entre si em pé de igualdade", - disse ele.,
"Infelizmente, o processo eleitoral foi marcado por uma série de inconveniências, principalmente a detenção de dois cabeças da oposição ukrainiana e a falta de transparência no financiamento dos partidos políticos."
Mas, Kowal salientou que ficou feliz com o comportamento dos cidadãos ukrainianos durante as eleições. "O aspecto positivo é o comportamento dos cidadãos ukrainianos no dia das eleições. Isso mostra o desejo de pertencer à família de países democráticos europeus", - disse ele.


Há sérias dúvidas sobre a honestidade das eleições ukrainianas.

Tyzhden (Semana), 29.10.2012

Os observadores internacionais observam: o julgamento polêmico e prisão da ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko, o principal adversário político do atual presidente Yanukovych, e de Yurii Lutsenko, afetou o clima eleitoral. Esses eventos põem em dúvida a justiça do processo democrático na Ukraina. Também não houve possibilidade de conduzir a campanha em iguais condições, especialmente nos meios de comunicação. A televisão demonstrou um viés claro em favor do governo. Repetidamente discutiu-se o uso de recursos administrativos pelo Partido das Regiões que usou de pressão sobre funcionários públicos e empresas estatais e, também, situações em que o projeto financiado pelo estado apresentava-se à comunidade e eleitores como mérito do partido no poder. A falta de regras eficazes e transparentes no financiamento da campanha ofereceu benefícios adicionais às pessoas próximas ao poder. A introdução do único mandato nos circuitos eleitorais teve impacto negativo sobre eleições, dada a situação política e a experiência especial do país, apesar da nova lei eleitoral refletir o consenso dos principais jogadores políticos.
Quanto à Comissão Central da Eleição, o número de defeitos afetou preparativos. A formação das seções e circuitos eleitorais pelo sorteio resultou em uma representação desequilibrada dos principais partidos políticos. Os resultados dos sorteios constituíram a principal fonte de queixas oficiais. O abuso substancial de pessoas com autoridade e sua posição priveligiada afetou significativamente a integridade de todo processo eleitoral.

A Missão Internacional Civil de acompanhamento das eleições na Ukraina une observadores de organizações não-governamentais da Polônia (Stefan Batory Foundation), Alemanha (European Exchange) e Lituânia (Centro de Estudos do Leste Europeu). A Missão opera sob o patrocínio de Alexander Kwasniewski e Markus Meckel.


Yanukovych usou todos os truques para alcançar a vitória do Partido das Regiões

Tyzhden (Semana(, 30.10.2012

O presidente da Comissão dos Assuntos Externos do Parlamento Europeu Elmar Brok denuncia: "O aparelho autoritário do presidente Viktor Yanukovych aproveitou todos e quaisquer truques para trazer à frente seu partido pró-Rússia". "Dada a evidência de fraude eleitoral não há razões para ratificação do acordo com a União Européia". "Na Ukraina agora tudo caminha para "putinização do país. A "família" Yanukovych, abertamentee com seus aliados oligarcas, quer "levar o país para o cativeiro," - observou.

Tradução: Oksana Kowaltschuk


domingo, 28 de outubro de 2012

OS MILAGRES EMPRESARIAIS UCRANIANOS

"Família" vai ao mundo
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 11.10.2012
Serhii Shcherbyna

No final de agosto, a revista "Korespondent" publicou sua versão do ranking das pessoas mais influentes da Ukraina. A lista já era previsível, liderada pelo presidente Viktor Yanukovych. E em quarto lugar seu filho mais velho Oleksandr.
Verdade, Oleksandr Yanukovych, dentista por formação, tem um impacto impressionante sobre o processo na Ukraina. Seus negócios crescem num rítmo frenético - apenas o "Banco de Desenvolvimento da Ukraina" aumentou 13 vezes.
 Ao filho presidencial pertence a proporção substancial da empresa de vinhos e champanhe "Artemivsk", empresa em Donetsk. E isto é apenas formalmente... Mas extra-oficialmente "temas família" estão em quase todas as áreas. O exemplo mais notável - a maior empresa de transitários "Lemtrans". Conforme estabelecido pela "Verdade Ukrainiana", empresa com enormes lucros é controlada pelas estruturas de Rinat Akhmetov e do Myzhyhiria.
O caso "Lemtrans" é indicativo também porque permite uma importante conclusão: a família Yanukovych e Rinat Akhmetov não são apenas amigos, mas parceiros próximos.
 No entanto, até esta altura, a "família" era um fenômeno puramente doméstico. Rinat Akhmetov já a um bom tempo tem ativos no exterior, os negócios de Oleksandr Yanukovych realizavam-se apenas na Ukraina.
A "Verdade Ukrainiana" descobriu uma série de fatos que indicam a saída da "família" ao nível global. A "família" é conduzida pela mão de Akhmetov. Assim, no final do ano passado, Oleksandr Yanukovych registrou na Europa Ocidental duas empresas que são atendidas por velhos parceiros da pessoa mais rica do país.
Vale a pena observar um ponto importante - essas empresas importantes aparecem imediatamente após a condenação de Yulia Tymoshenko. Isto é, no momento em que o mundo começou a analisar seriamente as ações das autoridades ukrainianas e a palavra "sanções" foi ouvida frequentemente.
Apesar disso, já a um ano essas empresas existem e, obviamente, cumprem sua missão. É sobre isso que vamos falar.
Swiss "Mako"Em 14.10.2011, em Genebra foi criada uma nova empresa com o nome imperceptível para Suiça - MAKO Trading SA. De acordo com o Diário Oficial de Comércio, suiço, sua atividade foi definida como mediação comercial e comércio, particularmente em energia. No início foram emitidas 100 ações nominais de mil francos. No entanto, em 2012 houve uma edição adicional, aumentando o capital social para 9,2 milhões de francos. De acordo com a taxa de NBU (Banco Nacional da Ukraina) - isto é mais de 72 milhões de UAH (1.122.000 USD)
A empresa está registrada na "rue de Moillebeau, 56, em Genebra. Este é um edifício enorme de muitos andares, no qual estão os escritórios diplomáticos. Por exemplo: Etiópia, Paquistão, Emirados Árabes, e outros.
Chamou-nos atenção o nome da empresa suiça - MAKO Trading S.A. Ele é consonante com o nome de um dos principais ativos do filho do presidente Oleksandr Yanukovych - "MAKO Holding".
É sabido que a empresa "MAKO" dedica-se à construção e investimentos imobiliários e, particularmente, possui um bom número de imóveis no centro de Donetsk.

Menos de dois meses após o estabelecimento da MAKO Trading S.A., em Genebra, foi criada em Donetsk uma empresa com o mesmo nome - LLC "MAKO - Trading" (LLC = Companhia Limitada). E sua atividade principal está em conformidade com a empresa suiça - comércio atacadista de combustíveis sólidos, líquidos e gasosos, e produtos similares. Os fundadores da LLC "MAKO Trading" de Donetsk são Oleksandr V. Yanukovych e sua "MAKO Holding".
Exatamente com o quê negocia "MAKO"? Na internet há uma menção sobre a conferência "Coltrans Suiça", realizada em 1-2 de março no Grand Hotel Kempinski, em Genebra. Lá discutiram os preços do carvão e comercialização na Europa.
Entre as atividades da conferência foi declarado que a empresa comercial "MAKO" é exportadora do carvão e antracito da Ukraina.
Oleksandr Yanukovych pessoalmente envolveu-se na exportaçãoo do carvão da Ukraina mas, infelizmente, não foi possível saber quem é´o proprietário oficial suiço da "MAKO Trading S.A. A empresa aproveitou o mecanismo já desaconselhado pelas organizações globais de combate à corrupção e "lavagem" de dinheiro, e lançou as ações ao portador.
Mas, muito descobrir sobre a empresa foi possível. Afinal, a empresa tem gestão.
Pessoas de AkhmetovDe acordo com o Diário Oficial Suiço do Comércio, o secretário da "MAKO" Trading S.A. é uma mulher chamada Ludmila Koroleva e seu principal local de trabalho - Swiss empresa de consultoria Audiconsult S.A. Ela nasceu em 1974 em Genebra e é especialista em direito fiscal. Sua responsabilidade inclui a criação e gestão da empresa.
O mais interessante é que o presidente da MAKO Trading S.A. é um cidadão dos EUA Felix Blitshteyn. Esta pessoa consta até dos jornais ukrainianos. Anteriormente ele foi presidentee do conhecido Leman Commodities S.A. Companhia fundada em 1997, com volume de negócios de vários bilhões de dólares. Em 2005, 100% de suas ações foram adquiridas pelo grupo CKM (System Capital Management, SCM) de Rinat Akhmetov. Esta empresa, desde 2007 passou a chamar-se Metinvest International S.A. e é responsável pela venda de metal, produzido por Akhmetov, no mundo todo. Atualmente esta empresa é dirigida por Marian Maximovich. Curiosamente, um membro do Conselho da Metinvest International S.A. é o suiço Josef Ridveh que é fundador da Audioconsult S.A., cuja funcionária é a secretária da "MAKO".
Voltemos a Ukraina. A "MAKO - Trading" de Donetsk, fundada por Oleksandr Yanukovych para comércio de combustíveis, também tem o dirigente Konstiantyn Kokarev. Esta pessoa também nos levará a Akhmetov. No sistema de divulgação do mercado de ações há a informação de que Kokarev não é uma pessoa estranha à indústria de carvão. Sua carreira ele começou como carvoeiro em Donetsk. Depois trabalhou na ZAT "ARS" (ZAT - Companhia Acionária Fechada) que é controlada pelo deputado-regional Serhii Kyi, próximo a Akhmetov. Kokarev chegou a posição nos conselhos de supervisão de duas empresas de coque - VAT "Donetskkoks" (VAT - Companhia Acionária Aberta) e VAT "Zaporizhkoks". Ambas empresas estão na área de influência de Akhmetov. Por exemplo, agora o maior acionista do "Zaporizhkoks" é a companhia holandesa Metinvest B.V. E como se viu, na Holanda também apareceu a "MAKO".
 
"MAKO" holandesa
Metinvest B.V. é a empresa mãe de todo o império metalúrgico de Rinat Akhmetov. 71% das ações pertencem ao grupo SKM (System Capital Management), e 23% - "Holding Smart" a Vadym Novynskyi". Esta empresa holandesa de Akhmetov está registrada em Haia, Alexanderstraat 23, 2514 JM. Lá também encontra-se a companhia de gestão da "Metinvest" - ITPS (Holanda) B.V. (empresa jurídica que trabalha com otimização fiscal). Por que isso é importante? A "Verdade Ukrainiana" tem documentos que mostram que, neste mesmo endereço, em 27.10.2011 foi registrada a empresa MAKO Holding B.V.
Como no caso suiço, seu nome coincide com o ukrainiano PrAT "MAKO Holding (PrAT - Sociedade Acionária Privada) 100% das ações pertencem a Oleksandr Yanukovych. A seguir - ainda mais interessante. O MAKO holandês registrou a empresa suiça Life AG da cidade Zarnen, cujo diretor é. . . Felix Blitshteyn. Aquele mesmo Blitshteyn que dirige a MAKO suiça e antes era representante da empresa de corretagem do metal de Akhmetov na bolsa de valores. Além disso, Blitshteyn foi oficialmente nomeado segundo diretor da segunda MAKO Holding B.V. E primeiro diretor dessa empresa tornou-se . . . ITPS (Holanda) B.V., que opera "Metinvest" Akhmetov - Novinsky.
Infelizmente, não conseguimos descobrir qual é o objetivoo oficial da criação da MAKO de Haia. No entanto, uma idéia, para quê são necessárias as companhias na Holanda vão nos ajudar os juristas que dirigem a empresa de Akhmetov e "MAKO"
Para quê?
O site da ITPS (Holanda B.V. informa que a missão de advogados holandeses é a prestação de serviços na área de planejamento fiscal internacional e estruturas projetadas para otimização do imposto de renda. E até pode ser encontrado o portfólio de produtos ITPS do planejamento tributário na Holanda. À Ukraina há um slide, que explica porque às empresas ukrainianas não é vantajoso trabalhar diretamente com as empresas do offshore das ilhas Virgens Britânicas. Os advogados holandeses argumentam que, desta forma, terão que ser pagos impressionantes impostos percentuais e propõem o esquema de trabalho da companhia holandesa - de Chipre - das Ilhas Virgens. Então não haverá pagamento de imposto.
Em geral eles estão certos. Afinal, desde 1996, Ukraina e Holanda têm a convenção que evita dupla tributação. Há um acordo semelhante entre Ukraina e Suiça. Assim, as grandes empresas têm inúmeras oportunidades para evitar o pagamento de impostos.
A "Verdade Ukrainiana" dirigiu-se ao serviço de imprensa do "MAKO" ukrainiano com o pedido de confirmar se Oleksandr Yanukovych é relacionado com o "MAKO" holandês e o suiço. Recebemos a seguinte resposta:
"As empresas MAKO Holding B.V. e MAKO Trading S.A. criadas por iniciativa de Oleksandr V. Yanukovych são de sua propriedade.
A empresa MAKO Holding B.V. foi criada para encontrar e explorar novas tecnologias de nível europeu, estabelecimentos de vínculos com parceiros europeus e criação de novas indústrias na Ukraina com base na mais moderna tecnologia atual, com investimentos estrangeiros.
A empresa MAKO Trading S.A. foi formada para encontrar novas oportunidades de vendas no mercado europeu de produtos produzidos na Ukraina.
Atualmente as empresas não tem propriedade na Ukraina".
 
Nos meios de comunicação ukrainianos regularmente aparecem informações sobre somas de bilhões de propostas estatais de carvão. Essas propostas regularmente ganham as empresas que, de um ou outro modo estão ligadas à "família".
Mas, até agora não houve nenhuma informação oficial sobre os negócios de Oleksandr Yanukovych associados à venda de carvão. Agora ele administra uma empresa especializada.
Há um outro aspecto. Enquanto o fisco estatal encabeçado pelos "amigos da família" assiduamente implanta o slogan "pague impostos e durma tranquilamente", a própria "família" utiliza os serviços de advogados que ajudam evitar o pagamento dos mesmos.
E esses padrões são criados por pessoas que têm longa e frutífera cooperação com o homem mais rico do país. O que completamente evidencia o pensamento persuasivo "Viktor Yanukovych e Rinat Akhmetov - é a mesma coisa.
Tradução: Oksana Kowaltschuk

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

YULIA TYMOSHENKO GANHOU PRÊMIO DO PAPA

Tymoshenko recebeu prêmio do Papa Bonifácio VIII
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 21.10.2012 e Internet
A Associação Cultural Cívica "Academia Bonifaciana" de Anagni entregou a Eugênia Tymoshenko, filha de Yulia Tymoshenko, no sábado, em Roma, o prêmio internacional Bonifácio VIII, concedido à sua mãe.

A ex-primeira-ministra agradeceu pelo prêmio em sua carta ao presidente da Academia Sante de Angelis, ao presidente do Comitê Científico Franco Croce, ao bispo titular de Potenza Piceno, informa o site pessoal da Tymoshenko.

"O prêmio Bonifácio VIII para mim - é um poderoso símbolo de perseverança para alcançar os objetivos de alto valor à minha nação. E a prisão não me obrigará a desistir desse caminho, render-me diante da ilegalidade e descarada arbitrariedade, interromper ou até enfraquecer a luta", - escreveu Tymoshenko em sua carta.

A ex-primeira-ministra está convencida, de que a atribuição do prêmio internacional Bonifácio VIII é um importante ato de solidariedade com a nação ukrainiana, com a sua luta contra a desonesta ditadura, com as suas aspirações européias e de liberdade.

A ex-primeira-ministra sublinhou, que o Papa João Paulo II é seu modelo de firmeza e dignidade humana.

O prêmio "Bonifácio VIII é concedido pela Academia Bonifaciana de Anagni àqueles personagens ilustres, nacionais e internacionais, que promoveram os valores da paz e da convivência entre os Povos, seguindo o exemplo do Pontífice Bonifácio VIII, Bento Caetani, originário de Anagni e idealizador, no ano 1300, do primeiro Ano Santo da história da Cristandade.
 
Tradução: Oksana Kowaltschuk
 

terça-feira, 23 de outubro de 2012

NOTÍCIAS DE LUTSENKO e INVASÃO DE PRIVACIDADE DE TYMOSHENKO

Notícias sobre Lutsenko
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana)

11.10.12: Lutsenko, segundo a penitenciária, foi examinado no hospital de Chernihov. De acordo com os resultados preliminares, doenças que exigiriam internação não foram identificadas. A esposa Iryna, anteriormente, referiu-se ao agravamento da saúde do ex-ministro.
À noite. ela falou ao telefone com seu marido, e ele nada sabia sobre a realização de seus exames médicos no hospital de Chernihov.
Lutsenko está necessitando tratamento hospitalar. Suas doenças exigem sérios exames e tratamento.

"Como já noticiado, os especialistas do MOZ (Ministério da Saúde da Ukraina), de acordo com os exames durante a permanência na prisão de Kyiv, diagnosticaram cirrose do fígado (criptogênica, estágio A e sintomas de hipertensão portal), varizes no esôfago, fígado gorduroso, erosão hemorrágica associada a gastrite, doença diverticular e intestino sigmóide. Além disso foi diagnosticada hepatite viral "TTV", complicações na forma de lesão hepática crônica e uma série de doenças graves", segundo os advogados.

"Eu não estou surpresa com a mentira da vez sobre o "estado de saúde satisfatório de meu espôso", diz Iryna, porquanto estou certa do contrário - exames médicos não foram realizados. Tudo resumiu-se a uma "excursão" ao hospital de Chernihov" - disse Iryna.

15.10.12: Iryna Lutsenko, numa conferência à imprensa declarou que seu marido teve agravamento da doença mas não recebe medicamentos, nem mesmo para a diminuição das dores, e ainda é obrigado a trabalhar. Se o médico o dispensa do trabalhoo, ele não anota na ficha do prisioneiro, então este recebe reprimenda, o que o prejudicará na obtenção da liberdade condicional. No hospital de Chernihov Lutsenko não concordou com a punção do fígado porque não seria internado no hospital e, voltar à colônia seria perigoso. Iryna pensa que os médicos estão sendo pressionados, porque o diagnóstico sobre a saúde apareceu apenas após três dias e o tratamento prescrito é apenas medicamentoso.

18.10.12: Lutsenko, sobre a escolha do dia 28 de outubro: imperfeição ou máfia. A escolha não é entre os partidos, a escolha é entre a democracia imperfeita e a máfia consumada. "A democracia pode e deve ser criticada. Ela pode, até mesmo ser dispensada. A máfia deve ser vencida. Esta é única meta destas eleições, e que, de fato, pode ser alcançada. Votar no Partido das Regiões e seus satélites do Partido Comunista significa continuação do banditismo no país, saqueamento do orçamento do Estado e entrega de interesses nacionais. Somente aquele que, no dia 28 de outubro votar contra a máfia, tem direito esperar por uma vida melhor! - concluiu Lutsenko.

19.10.12: A esposa de Yurii Lutsenko diz que o serviço penal mentiu ao embaixador dos EUA ao negar-lhe um encontro com Lutsenko.
"Na semana passada um funcionário da Embaixada dos EUA dirigiu-se a mim dizendo que o Serviço Penitenciário voltou a negar uma reunião com Lutsenko, dizendo que Lutsenko já havia esgotado o limite de visitas de curta duração no mês de outubro. Mas, na verdade, Lutsenko ainda não teve nenhum encontro". Iryna também disse que a condição de seu marido é "ruím-estável". "Ele foi submetido a alguns exames, confirmaram que há problemas sérios com o pâncreas, o fígado aumenta, úlceras e erosões permanecem. Disseram que "vivo, saudável" e pode continuar na colônia penal (é uma expressão usada pelos ukrainianos no bom sentido, mas aqui ela foi usada com ironia - OK).


Notícias sobre Tymoshenko

Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana)

14.10.12: Os médicos alemães da Clínica "Charité" Carl Lutz Aynkhoypl, Harms e Annete Raysshauer visitaram Tymoshenko.
Segundo o médico Aynkhoypl, as visitas de parentes, amigos, advogados e representantes de delegações internacionais auxiliam na melhoria do tratamento. O estresse da paciente é devido ao medo de estar implicada em novos processos, onde serão apresentadas novas infundadas alegações.

15.10.12: A questão da UES (Sistemas de Energia Unificada da Ukraina) e Tymoshenko foi adiada para 13 de novembro. Tymoshenko tem se recusado a comparecer perante o tribunal. Já seu advogado quer a suspensão do processo até a completa recuperação da Tymoshenko, de acordo com o pronunciamento médico neste sentido.

16.10.2012: Difundiram um vídeo da câmara da Tymoshenko. Na internet apareceu um vídeo montado com cenas das câmeras de observação, no qual movimenta-se uma mulher parecida com Tymoshenko. A mulher anda com um andador, ou sem, ou sentada à mesa, nem sempre apoiando-se no encosto da cadeira e com touca de banho na cabeça. Também ela executa exercícios físicos deitada na cama.
O partido "Pátria" declarou que Yanukovych ultrapassou as normas da moral. Para advogado Vlasenko a essência desta provocação está no intento simples dos seguidores ukrainianos de Goebbels: montar quadros reais e deliberados, misturar a mentira com a verdade. "Ao mesmo tempo surge uma pergunta legítima à direção penitenciária: de onde surgiram as filmagens da câmara hospitalar, porque de acordo com a sua declaração não haveria registros no hospital, principalmente durante a ação terapêutica?" - questionam os partidários da Tymoshenko.

A resposta é simples: a nós, e a toda sociedade, mais uma vez mentiram. Chamamos a atenção da comunidade democrática internacional para a vigilancia inadmissível durante 24 horas a Tymoshenko, imoralidade e ilegalidade de tais ações. As câmeras estão instaladas não somente na ala hospitalar, mas também no banheiro e no chuveiro, e as imagens publicam-se na internet e TV" - diz o comunicado.

19.10.12: Yulia Tymoshenko pede para parar o tratamento e transferi-la para colônia. Ela recusa-se ao tratamento sob vigilância constante e confirma a autenticidade do último vídeo postado na internet. "Eu comunico, que recuso-me de tal "tratamento" sob as câmeras de vídeo para transmissão na internet e na TV, que mais parece na permanência com torturas do Gulag. Nestas condições não curam, mutilam", disse ela.
"Eu exijo devolver-me à colônia na condição que estou. Vou tratar-me em liberdade, quando os Senhores não poderão espiar-me pelo buraco da fechadura", - acrescentou ela.
"Uma boa parte de consultas médicas, que tem lugar na sala de tratamento, requer completa remoção de roupas, e as câmeras fixaram isso, e continuam fixando. Numa sala especial, junto à minha câmara estão colocados os monitores dos vídeos de observação, os quais são operados exclusivamente por oficiais do sexo masculino, que trabalham na colônia.

Tymoshenko disse, que os trabalhadores da colônia, após a publicação das filmagens na TV deram-lhe a localização do plano exato de todas as câmeras: três das quais estão instaladas na sala de reuniões confidenciais com os defensores, duas na cabine do chuveiro e uma sobre cada vaso sanitário".

Ela acusou o presidente Yanukovych pela instalação das câmeras, instaladas por sua instrução pessoal, e informação delas Yanukovych recebe pessoalmente, quase que todos os dias.

"O que vós fazeis com esses filmes? Vedes sozinho ou em alegre companhia? Talvez, vós recebeis, da observação do oponente político-mulher nua, mais auto-confiança em si e suas oportunidades políticas?" - perguntou Tymoshenko.

"Possivelmente vós desfrutais de tão específico poder sobre o seu adversário político e vós sentis, graças a isso, mais forte e mais bem sucedido?" acrescentou.

"Se a todas estas perguntas vós respondestes positivamente, então Viktor Yanukovych, - vós necessitais, imediatamente e anonimamente tratar-vos, porque isto pode passar a um estágio crônico" - disse Tymoshenko.

A autenticidade deste vídeo Tymoshenko confirmou em sua carta.
 
Tradução: Oksana Kowaltschuk
Video formatação: AOliynik
Fonte das imagens: YouTube
 
A INVASÃO DE PRIVACIDADE
 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

GÁS: UM GRANDE NEGÓCIO

Sieverodonetsk: como oligarco-usufrutuário modelo econômico destrói uma cidade
Tyzhden (Semana), 16.10.2012
Bohdan Butkevych, Kostiantyn Skorkin

Dmytro Firtash pertence ao grupo de oligarcas, para os quais a mudança de governo em 2010 trouxe apenas benefícios. Ao longo dos últimos anos o seu império de negócios adquiriu dezenas de ativos.

Somente nos últimos meses sua companhia "Haztec", adquiriu ações do Mykolaivgaz, Ivano-Frankivskgaz, Sevastopolgaz, Dnipropetrovskgaz, Volyngaz, Zaporizhzhiagaz, Luhanskgazz e Vinnytsiagaz. Se você acrescentar os "...gazes" às maiores empresas químicas na Ukraina, especialmente o "Azot" de Cherkassy, o "Styrol" de Horlivka, o Rivneazot e o Azot de Sieverodonetsk, que recentemente passaram à propriedade de Firtash, perceberemos que é um grande monopólio gasoso-químico.

De acordo com as fontes informativas deste jornal, a tão elevada expansão nesta área associada, principalmente, com o desejo de Firtash, em assimilar o mais rapidamente possível, os 12 bilhões de m³ de gás, alienadoss do Estado pela Arbitragem de Estocolmo. Na verdade, nesses últimos dois anos, ele, ativamente, se engajou nisso. Há rumores de que o multimilionário não planeja mantetr as empresas adquiridas e vai vendê-las com lucro. Os processos que já ocorrem nas empresas de Firtash evidenciam a favor desta hipótese.

Uma das principais empresas tornou-se a fábrica de produtos químicos "Azot" na cidade de Sieverodonetsk. Este jornal recebeu a informação que, com a chegada de Firtash à empresa, lá começou a reinar um verdadeiro regime de trabalho prisional: os funcionários são tratados como carne para canhão. Sobre as duras condições de trabalho nas instalações do oligarca, anteriormente já enfrentava a mídia: em todas as empresas adquiridas, a gestão de Firtash, especialmente em Luhansk, realiza, disfarçadamente, a diminuição nas linhas de produção, e de pessoas. E, para os que ficam, define rígidas condições de trabalho.

Semana visitou Sieverodonetsk e convenceu-se o quão rápido a chegada do novo proprietário pode mudar o destino da empresa, e até da cidade.

Atrás do arame farpado
Desde as primeiras horas de estadia em Sieverodonetsk torna-se claro, que a cidade fechou-se em si mesma. Pessoas que têm relação com "Aziot", vendo o gravador, se recusam a dar qualquer informação sobre a empresa: "Por que procurar problemas. Temos família". No entanto, aqueles que já se sentem injustiçados encontramos o suficiente.

"Azot" hoje - uma prisão com arame farpado, - explica Alex, trabalhador de uma oficina. - nossos salários são mínimos em comparação com muitas empresas muito menos rentáveis nesta região de Donbas, por exemplo, a média é de 3.000 UAH. As pessoas são obrigadas a trabalhar aqui, por falta de opção na cidade. Nos últimos dois anos não foram criados novos postos de trabalho. Nesta empresa foi estabelecido um regime muito rigoroso: se o funcionário comparecer, mesmo com muito leve hálito de álcool, então no posto de guarda, na entrada, ele é levado à clínica. Depois disso é imediatamente demitido. Muitos não querem ser escravos e procuram fugir do "Azot". Geralmente na empresa prevalece a atmosfera de medo e intimidação. Todos se sentem como um pequeno parafuso, que a qualquer momento pode ser jogado no lixo, não importa o que aconteça.

Com a chegada de Firtash à empresa, todas as primeiras pessoas da gestão, que tinham contato com os antigos proprietários do "Azot" - do grupo "ROVT" e Oleksii Kunchenko - e que dirigiam as principais áreas de trabalho foram dispensados, e no seu lugar foram colocados os antigos primeiros suplentes, evitando assim qualquer deslealdade entre a liderança e seus novos proprietários. "A gestão permanece no nível dos militantes do partido da década de 1970 - diz um gerente do nível médio" (ainda dos tempos da União Soviética). - Quando você se comunica com essas pessoas, parece que você está num congresso do partido: "nós podemos", nós faremos", "nós iremos". E, total diferença com as pessoas comuns".

Atualmente, a empresa possui 7,8 mil trabalhadores. No início da URSS, 15 mil e, em 2010 aproximadamente 11 mil. Em "Azot" permanentemente dispensam trabalhadores, embora a administração prefere esconder este fato, - contou à Semana, sob condição de anonimato um funcionário do centro de emprego local. - A empresa finge que não é um processo centralizado, apenas demissões ocasionais, ninguém é dispensado devido a "redução". Em vez disso, criam condições para que a pessoa se demita, ou incorra sob algum outro artigo conveniente à administração. Por exemplo, o trabalhador sai da sala de refeições, cuja distância ao seu posto de trabalho requer 15 min. de caminhada rápida. Ele, ao se atrsar, imediatamente é questionado e admoestado, começam dizer que será dfispensado de acordo com o artigo tal ou, caso preferir, que peça a conta. As pessoas ignoram as leis e, assustadas, imediatamente assinam o pedido "por conta própria". O artigo "por consentimento mútuo" na administração não existe.

Se, sob a gestão anterior tentavam excluir primeiramente os pensionistas, trabalhadores não qualificados, - mas agora - com pessoas em idade laboral e de alta qualificação. Todos os dias, de acordo com as fontes de Emprego Week de Sieverodonetsk, livram-se de uma ou duas pessoas.

Há um outro sistema muito interessante que ajuda a gestão do "Azot" realizar rápida e em larga escala a redução efetiva: quase todas as vagas oferecidas aos inválidos. Oferecem-se vagas com salário mínimo para zelador nos quatro andares, para pessoas com deficiências físicas. Certamente, para tal lugar ninguém virá, o que é desejável à administração. "O fato é que o Fundo dos inválidos exige das empresas respeito às quotas para as pessoas com deficiência, - explica Oleksii Zhvannikov. - E cobra uma considerável multa pela não observância. Naturalmente, "Azot" não contrata ninguém e ainda vai aos tribunais, alegando que o trabalho foi oferecido, mas o Centro de Emprego não o satisfez.
Além das demissões e fechamento de linhas de produção, que ainda ontem eram consideradas fundamentais para empresa - diz o ativista social de Sieverodonetsk Oleksii Cbietikov. - Já estão fechadas três linhas: produtos químicos domésticos, a produção de cola PVA e ácido adípico. Recentemente parou de funcionar o laboratório científico do "Azot". Nossa tecnologia é muito ultrapassada, por isso, em princípio, o desejo do proprietário, que chegou para lucrar, reduzir custos desnecessários é bastante lógico. A questão é, se apenas pelo lucro tudo isto é feito.
Eliminação da cidade
Em Sieverodonetsk - diz Oleksii Zhvannikov - todos conhecem todos, e quase todos, de um modo ou outro, tem relacionamento com "Azot". Em nossa cidade vivem 122 mil pessoas, e o destino de pelo menos metade, de alguma forma está ligado com esta empresa. A cidade foi criada em torno de "Azot" por seus empregados. A empresa, hoje, pode auferir rendimentos para seus proprietários, porque os moradores locais o criaram. Agora Sieverodonetsk diariamente respira gases químicos. Portanto a empresa deve ter a obrigação, no mínimo, de fornecer fundos para área médica e não resgatar-se apenas com 10 ônibus, com o que limita-se a participação do "Azot" nos últimos dois anos".
O processo de eliminação dos chamados ativos não essenciais, isto é, simplesmente, o abandono completo de todas as funções sociais do "Azot" na cidade que se formou em torno dele e sem ele simplesmente não poderá existir, iniciou-se ainda em 2005, após a privatização escandalosa pelo grupo "ROVT". Mas, então, a dissocialização foi bastante gradual. Desde o momento que a empresa passou ao controlee das estruturas de Firtash em 2010-2011 a administração parou de fingir, que tem interesse em algo além do lucro. A posição dos atuais proprietários é muito simples: nós pagamos imposto, e quanto a mais nós não nos importamos. E que a parte de leão vai para Kyiv porque a sede da corporação é em Kyiv, e pouco fica no local.
"Anteriormente "Azot" era a parte fundamental de todos os processos da cidade. Financiava totalmente a educaçãoo, a medicina, habitação e serviços públicos, jardins de infância, construção de uma nova casa, etc. A única coisa que resta é a clínica, mas lá tratam apenas os funcionários. "Azot" simplesmente não tem o direito de não tomar parte na vida da cidade."
Tal posição dos proprietários pode ter consequências desastrosas para uma cidade industrial clássica, que sem a sua cidade formada por uma empresa perde o sustentáculo de sua existência. Como demonstra a prática de muitas cidades de Donbas, Dnipropetrovsk e outras regiões industriais da Ukraina. A reorganização rápida, a reestruturação ou a conversão de produtos semelhantes, rapidamente leva ao colapso sócio-econômico. As pessoas perdem quaisquer possibilidades de sobrevivência: trabalho, além da empresa quase não há. A quantidade de pequenas empresas é muito reduzida para proporcionar trabalho para uma parte significativa da população. Inicia-se a fuga em massa que faz com que regiões inteiras fiquem desertas, e frequentemente a própria cidade.
Na cidade e na empresa, e até mesmo em Kyiv no Ministério da Indústria há rumores persistentes, que Dmytro Firtash definiu a condição diante das administrações de todas as empresas por ele controladas para minimizar drasticamente e de todas as formas possíveis, as despesas, concentrando todos os esforços nas linhas de produçãoo mais rentáveis. Isso lembra a tática de "remoção de espuma" ou seja colher dinheiro fácil e rápido, sem investir em quaisquer formas estratégicas, e depois vender a empresa, antes da depreciação final. O destino de uma cidade e seus habitantes, que se tornaram reféns do oligarca modelo-de-negócio, parece que a ninguém interessa.
Tradução: Oksana Kowaltschuk

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

CONFLITO DA UE COM A GAZPROM: QUEBRA DO MONOPÓLIO

Teste de Gazprom. A vitória da UE no conflito com Gazprom pode ter consequências graves para Ukraina
Tyzhden (Semana), 14.09.2012
Oleksandr Kramar
 
O acordo tenso da vez nas relações de gás entre Ukraina e Rússia acontece no contexto do conflito entre UE e Gazprom, cujos resultados terão consequências de longo alcance tanto para a Comunidade européia, quanto para as perspectivas ukrainianas.
Em 4 de setembro a Comissão Européia abriu uma investigação quanto ao monopólio russo por suspeita de violação da legislação antimonopólio da UE. Particularmente trata-se de três possíveis ações, direcionadas contra a concorrência na Europa Central e Oriental. Em primeiro lugar, é possível que Gazprom dividiu os mercados de gás, complicando a entrega livre para os países-membros da UE. Em segundo lugar, não é exclusivo, dificultou a diversificação do fornecimento do gás de outras fontes. Finalmente, pode ter definido preços injustos para seus clientes, ligando-os com os globais. Em Bruxelas calculam, deste modo, forçar Gazprom recusar-se de aproveitar sua condição monopolista no mercado da maioria dos países da Europa Central e Oriental para impor preços + elevados. Em Moscou responderam a "abarcada pela crise" comunidade européia com a retórica que já soou para Ukraina durante as guerras de gás com o "pró-ocidente governo laranja".
"Segunda linha" da expansão geopolítica
Naquele tempo o principal argumento de Putin a favor do acentuado aumento de preços era que a Rússia não vai subsidiar a economia do nosso Estado. Putin, irritado, disse que, como tomou sob sua proteção, apoiando a Revolução Laranja, o europeu e euro-atlântico rumo de Kyiv, o Ocidente teria que estar pronto para subsidiar a economia ukrainiana, com o que antes, supostamente, ocupava-se Moscou. No entanto, a verdade sobre a nivelação do preço para Kyiv, de acordo com sua orientação geopolítica, verificou-se verdadeira somente em relação aos países da Europa Ocidental mais diastantes das fontes de sua produção. Kremlin insiste na recusa da Ukraina da orientação européia. No entanto quase três anos da presidência de Yanukovych mostraram que, em troca do congelamento da integração européia e euro-atlântica, e também a demonstração de lealdade a Moscou nenhuma concessão no preço do gás de seu lado não vai haver, e a pressão de renúncia completa de soberania só aumenta.
Testada anteriormente na Ukraina a retórica da "Educação geopolítica" com o auxílio dos preçoos de energia depois do retorno à cadeira presidencial e anunciadas pretensões de liderança na Europa e Ásia, Vladimir Putin começou a usar também para os antigos satélites de Moscou "segunda-linha" - os países do antigo bloco soviético, que se tornaram membros da UE. Em 9 de setembro ele fez uma crítica afiada ao início da questão antimonopólio contra Gazprom. "Esta investigação é causada por várias condições, primeiramente pelo difícil clima econômico na zona do euro. Trata-se antes de tudo sobre os países da Europa Oriental. Todos eles, em seu tempo, foram aceitos na UE, e a UE assumiu a obrigação de subsidiar as suas economias. Agora, talvez alguém na Comissão Européia decidiu, que nós devemos assumir parte do fardo deste subsídio. Isto é, a Europa unida quer preservar a influência política, e para que nós paguemos um pouquinho por isso. Mas esta não é uma abordagem construtiva".
Deste modo, Putin realmente não esconde, que sua meta, usando problemas financeiros e econômicos de uma Europa unida - restaurar a influência política na parte oriental da UE. Além disso a Rússia já está mostrando sinais de recuperação de suas posições nos Balcãs e no Mediterrâneio Oriental: primeiramente trata-se da Sérvia (após a chegada ao poder de Temislav Nicolucha os países começaram a convergir rapidamente: concordaram com o início da construção do "South Stream" no território Servio; Moscou dará crédito para consertar o orçamento, etc.), até certo ponto a Bulgária (que se recusou do euro (moeda) e empresas de companhias ocidentais no desenvolvimento do gás de xisto), de Chipre (onde Gazprom pode obter o direito de exploração da plataforma continental, e a FR tornar-se principal credor do país) e, não excluindo a Grécia (que sofre com a crise e passa por uma crescente hostilidade à Alemanha, e em condições privilegiadas cooperará com Gazprom e será envolvida em seus projetos de trânsito). Enquanto nos países, onde a atitude para com a Rússia é muito mais cautelosa (especialmente na Polônia, República Tcheca e os Estados Bálticos), Moscou deseja aprimorar as táticas de "educação geopolítica", recorrendo à teimosa salvaguarda monopolista de fortemente inflacionados preços do gás.
A capacidade da UE para mudar a situação e pôr fim a insolente estratégia do Kremlin que se baseia na manipulação do preço da energia para países com diferentes níveis de lealdade a Rússia (e usando os recursos de vendas do gás para sua autoridade financeira), bem como para se opor ao curso de Putin para a restauração, não só do projeto eurasiano sobre as ruínas da UE (primeiramente dentro dos limites que possuía a União Soviética), vai depender da insistência e consistência das estruturas européias no atual conflito com o Gazprom. Mas o papel mais importante desempenhará a capacidade dos países-chave da UE em assegurar a Comissão da UE com apoio político, ao menos comparável com aquele, que já iniciou dar ao seu monopolista de gás o governo da Rússia. Assim, em 11 de setembro, Putin assinou um decreto que permite ao Gazprom e outras empresas estratégicas de seu país fornecer informações sobre suas atividades para países e organizações estrangeiras apenas "com o consentimento prévio do órgão executivo federal autorizado pelo governo da FR. Desta forma, o Kremlin, abertamente, tenta impedir a publicação pelo Gazprom a manipulação dos preços em diferentes países.
 
Necessidade de consolidação
Incentivados pela passividade da UE durante o conflito do gás russo-ukrainiano em 2005-2009, Putin e Kº, obviamente esperam a mesma pouca disposição da Comissão Européia para domínio do monopólio chantagista do Gazprom quanto aos países-membros da UE, que já pertenceram à esfera da influência do Kremlin. E estes esperam que o mecanismo comum europeu e solidariedade das comunidades de diferentes países protegerão suas economias relativamente vulneráveis de políticas discriminatórias do monopólio russo.
Para Ukraina, o fim do conflito, em favor da UE será importantee não só em termos de precedente, mas também sinalizar sobre a eficiência e, portanto, a utilidade de mais orientação à União Européia em geral e a comunidade energética com ela em particular (capacidade destacar-se com importante argumento adicional contra a política "pausa da Europa" do regime de Yanukovych). Portanto, um resultado positivo para Europa a contraposição entre Gazprom e a Comissão Européia será um estímulo adicional ao atual governo para corrigir as políticas externas e internas - que poderá beneficiar-se da perspectiva de cooperação com a UE para retirada da Ukraina da armadilha energética. Por outro lado, a derrota da Comissão Européia (formal ou real) em conflito com a Gazprom, mas de fato com o regime de Putin pode revelar-se um golpe poderoso para os argumentos em favor da recuperação da orientação de Kyiv para UE na esfera geopolítica e energética em geral.
A liderança russa anunciou publicamente que examina os instrumentos do "império energético" como a ferramenta mais importante no contexto de restaurar sua indluência na Europa. Então a derrota na questão sobre o monopólio do gás, se a sofrer UE, terá consequências de longo alcance no plano geopolítico. A passividade da UE em refrear a pressão energética russa à Ukraina já se moveu centenas de quilômetross de suas fronteiras em direção a oeste. Se a expansão da Federação Russa não for parada agora, então em muito curto tempo será preciso fazê-lo, em condições muito menos favoráveis, e o preço pode ser muito maior.
Tradução: Oksana Kowaltschuk

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

CAI A CONFIANÇA EMPRESARIAL NA UCRÂNIA

A atração de investimentos na Ukraina caiu para o nível mais baixo nos últimos quatro anos
Tyzhden (Semana), 04.10.2012

Os investidores avaliaram o clima de negócios na Ukraina e as condições de gestão de negócios no terceiro trimestre deste ano, para 2,14 dos 5 pontos possíveis. Este é o menor índice de toda a história da pesquisa - desde 2008 segundo a comunicação da Associação Européia de Negócios. A pesquisa independente realizou-se com as primeiras pessoas das companhias-membros da Associação e participaram 103 respondentes.

"A confiança empresarial à economia ukrainiana diminuiu até em comparação ao trimestre anterior deste ano - de 0,5 pontos. Os principais problemas que influenciaram as avaliações negativas dos entrevistados mantiveram-se inalterados: pressões físcais, corrupção, instabilidade política anterior às eleições", - declara a Associação.

Houve melhoria apenas na área aduaneira devido a simplificação dos procedimentos aduaneiros e condições de negócios no exterior. O problema do dramático declínio dos negócios está na dissonância das estratégias e promessas dos políticos. Ainda 36% dos respondentes consideram que as condições de negócios na Ukraina, após as eleições podem piorar, para 23% permanecerão inalterados, e para 17% - definitivamente piores.

A redução do índice reflete a desaceleração nos setores industrial, agrário e de construção. Dados positivos mostra apenas o mercado interno dos bens de consumo. De acordo com os dados, o PIB caiu 1,5 - 2,0% e as empresas, evidentemente, sentem este problema. Por um lado, o principal fator nessa dinâmica é o crescimento da procura externa, do outro, é o crescimento da pressão fiscal e a maior dificuldade da política de crédito no país, segundo o presidente da associação Européia de Negócios Tomás Fiala.
 
 
88% dos oligarcas já retiraram seu capital da Rússia
Tyzhden (Semana), 16.09.2011

Recentemente, através de um questionário do banco UBS e Campden Media que foi aplicado a 19 empresários russos, que acumularam 50 milhões de dólares no passivo e um volume de negócios de 100 milhões de dólares, descobriu-se que 88% já transferiram seus capitais ao exterior e estavam dispostos vender sua empresa. Isto foi publicado num artigo no The Economist. "Apenas alguns planejavam passar os negócios aos descendentes, o que não surpreende, porque a maioria dos filhos dos ricos e influentes, presentemente, acomodaram-se no Ocidente. Os pais os enviam além fronteira não para que eles aprendam melhor gerir os negócios, mas para que eles nunca voltem", - escreve The Economist.

A publicação considera que no passado, os empresários russos estavam dispostos a conviver com os ineficientes órgãos governamentais e a corrupção por causa dos altos lucros. "Agora, quando eles diminuíram, mas o apetite e o descaramento dos burocratas cresceu ainda mais, as grandes empresas russas reduzem seu setor empresarial nacional a um mínimo, e os empresários menores estão dispostos a vender seus negócios", - escreve The Economist.



Tradução: Oksana Kowaltschuk

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

POR DINHEIRO VENDEM ATÉ A PÁTRIA

A explicação para o sucesso da russificação da Ucrânia pode ser encontrada na reportagem que se segue. Quando todos se vendem por dinheiro, o que o povo pode fazer?
 
O Cossaco.
 
 
O deputado do Partido das Regiões confessa: Todos vão para o governo pelo dinheiro
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 24.12.2011
Volodymyr Makeienko

"Eu quero lhe dizer uma coisa: para chegar ao poder há uma frenética fila de voluntários, não de pessoas simples ou pobres. Estou no Parlamento há muito tempo e conheço todas as nuances. O governo oferece muitas oportunidades no plano material também, começando pela imunidade, passaporte diplomático, alguns lobby informais..."

"Como as declarações oficiais mostram, os que estão no poder (deputados, membros do governo), os "zeros" lá não entram. Eu, como presidente do comitê de regulamentação vi isto. Todos sabem. Todos, não importa sob que bandeira, mas pela autoridade - traduzo - por incentivos financeiros".

"Segue-se qualquer bandeira, do agrado das pessoas, qualquer slogan, e não importa qual é o hino dessa moeda: cupom, rublo, hreyvnia, dolar - todos à frente para o poder. Todos sabem pelo que lutam e qual é o prêmio. Esta é a verdade", disse o deputado.

Segundo palavras do deputado "tendo uma pequena panificadora, você precisará de uma vida toda para ganhar o que você poderá ganhar, junto ao governo, muito depressa - em um mês, um dia".

"E quando algo não dá certo, o povo diz: Oh, coitado! Está preso! Então o quê? Vocês têm pena de nós? Somos pobres? Venham para a rua Hrushevskyi e vejam em que carros nos locomovemos?!", completou ele. "Venham ao aeroporto Boryspil. A sua direção diz: não há onde colocar os aviões particulares de todos os partidos", concluiu o deputado.
 
 
Tradução: Oksana Kowaltschuk

domingo, 14 de outubro de 2012

UCRÂNIA

As informações a seguir são recorrentes. Reprisá-las significa manter a identidade do país para que não caia no esquecimento dos leitores, notadamente os conterrâneos ucranianos, pela volatilidade dos acontecimentos hodiernos. Aos que não são ucranianos, mas que simpaticamente nos prestigiam, que sirva como fonte de informações.

Leia também: "Gênese da Ucrânia"
 http://noticiasdaucrania.blogspot.com.br/2011/02/24022011-genese-da-ucrania-mapa-da.html
 
"Um povo sem memória é um povo sem história", segundo um dito popular.
 
O Cossaco.
 

Dados Básicos
Capital: Kiev - 2.611.300 habitantes (2011). [Há divergências]

Outras cidades: Kharkiv, Dniepropetrovsk , Donetsk, Odessa, Lviv.

População: 52,2 milhões [Há divergência para 44.854.065 em 2011 est.]

Composição étnica: Ucranianos- 73%; russos- 22%; outras (incluindo os tártaros)- 5%.

Superfície: 603.700 quilômetros quadrados

Fronteiras políticas: Moldávia, Roménia, Hungria, Eslováquia, Polônia, Bielo-russia e Rússia.

Mares: A região sul é banhada pelo Mar Negro e o Mar de Azov.

Divisão administrativa: 25 regiões. A República da Crimeia possui um estatuto especial com uma grande autonomia interna.

Língua Oficial: Ucraniano [Por decreto recente foi adicionado o idiamo russo também como oficial]

Outros Idiomas: Ucraniano, russo e tártaro.

Religião: a maioria segue a religião cristã ortodoxa, 10 milhões são grego-católicos, uma minoria é protestante, católica e judia.

Relevo: O país é plano, com algumas mesetas e planaltos. O sudoeste tem os Montes Cárpatos (máx. 2.061 m) e no sul as montanhas da Crimeia (máx. 1.545 m).

Clima: o clima é moderado e continental.

Solo: Terras negras, estepes e semi-estepes no sul, bosques mistos a norte (14% da superfície).

Recursos naturais: Petróleo, gás natural, minérios, etc.

Festa nacional: 24 de agosto, Dia da Independência.

 
História
A Ucrânia era uma das 15 repúblicas que integravam a antiga União Soviética (1922-1991), tornando-se independente após a sua dissolução.


Primeiro Reino Eslavo. A região era habitada desde o neolítico por povos eslavos. Entre eles destacam-se os ucranianos (rutenos), um povo com civilização e língua própria. No século VI d.C. assistiu-se à formação de alianças entre os grandes senhores da região. No fim do século IX, durante o reinado do príncipe Oleg (879-912), os principados de Kiev e Novgorod uniram-se, formando-se um poderoso reino eslavo, com sede em Kiev, o mais antigo de toda a Rússia.

O cristianismo foi introduzido por Vladimir Baroslof (980-1015), príncipe de Keiv, tendo-o declarado religião oficial em 988. Este reino atingiu um enorme esplendor entre os séculos X e XII, Ainda hoje existem diversas igrejas e mosteiros datadas deste período:
 


Igreja de Santa Sófia

- Igreja de Santa Sófia de Kiev. Iniciada em 1017 e terminada em 1037. A sua aparência exterior data dos séculos XVII e XVIII (estilo barroco).

- Catedral de Tchernigov, iniciada em 1035-1036 ( Kiev )

- Catedral de S. Miguel (1017-1113) ( Kiev ). Foi destruída em 1934 e reconstruída em 1999.

- Mosteiro Laure de Pechersk (mosteiro das grutas) (séc.XI). ( Kiev )
-Igreja de São Cirilo (séc.XII) (Kiev )

- Catedral de São Nicolau, O Taumaturgo (1113), em Novgorod

- Igreja de São Jorge (1119), em Novgorod.


Desagregação. Os Mongóis conquistam-no no século XIII, sendo depois dominada pelos lituanos entre o século XIV e 1569, quando passou para o domínio dos polacos, mas também dos russos.

Em 1654, o "hetman" da Ucrânia, Bogdan Khmelnitski, fez um acordo (Rada) com o czar russo, que levou à adesão de parte significativa do território actual da Ucrânia à Russia. No reinado de Catarina II, na segunda metade do século XVIII, Moscovo conquistou o Sul da Ucrânia ao Império Otomano. Entre os militares ao serviço da Rússia que conquistaram praças como Ismail e Otchakov, estavam oficiais portugueses, nomeadamente Gomes Freire de Andrade.

Enquanto as partes central e oriental da Ucrânia iam sendo integradas no Império Russo, recebendo o nome de Pequena Rússia, a parte ocidental era dividida entre países vizinhos a Ocidente como a Hungria, a Polónia e a Áustria.

Nacionalismo. No século XIX , na cidade de Lviv (Lemberg) desenvolve-se um forte movimento cultural em torno da causa da independência da Ucrânia.

Curta independência. No final da 1ª. Guerra Mundial, em 1917, deflagra a guerra entre ucranianos e nacionalistas. Logo após a queda dos império russo e austríaco, a Ucrânia torna-se num Estado independente, uma república popular, dirigida pelo nacionalista Vladimir Gruchevski, tendo durado apenas alguns meses.

Em 1919 foi invadido a leste pela Rússia, e em 1920 a oeste pela Polônia, que controla uma parte do seu território até 1939.

Domínio Soviético. A partir de 1922 a Ucrânia torna-se numa das 15 Repúblicas da antiga União Soviética (1917-1991).

Entre 1932 e 1933 a maioria dos camponeses são expropriados devido à coletivização forçada das suas terras decretada por Stalin, sendo mortos cerca de 7 milhões de ucranianos de fome induzida e que ficou mundialmente conhecido como “Holodomor”.

Em 1939, os territórios anexados pela Polônia voltam de novo a ser integrados na Ucrânia.

Durante a II guerra mundial, os alemães ocupam a Ucrânia entre 19 de Setembro de 1941 e 6 de Novembro de 1943, morrendo cerca de 7,5 milhões de ucranianos (25% da população).

Em 1956, o então dirigente comunista soviético Nikita Khrutchov, um ucraniano, decidiu tirar a Península da Crimeia à Rússia e oferecê-la ao seu país de origem, estabelecendo desta forma as suas fronteiras atuais. As regiões orientais e centrais do país, transformaram-se em grandes centros mineiros e industriais (dois terços da indústria ucraniana estão aí concentrados ainda hoje), enquanto a parte ocidental permaneceu mais rural e pouco desenvolvida. A primeira está muito marcada pela influência russa, a segunda pela influência ocidental.

Ao longo das décadas seguintes aumentou os sinais de descontentamento da população face ao domínio da União Soviética.

Independência e Democracia. Depois da tentativa de golpe de 19 de Agosto de 1991 contra o presidente da URSS, Michail Gorbachov, a Ucrânia proclamou a sua independência 24, decisão que foi retificada por referendo a 1 de Dezembro de 1991, por 93% dos ucranianos. Ainda em Dezembro de 1991 adere à Comunidade de Estados Independentes (CEI). Leonid Kravchuk foi o primeiro presidente do novo país, sucedendo-lhe em 1994 Leonid Kuchma. A 9 de Novembro de 1995 adere ao Conselho da Europa.

Após a independência e desintegração da URSS, as indústrias mineira, pesada e militar ucranianas entraram em crise. O desemprego atingiu níveis muitos elevados. Nas regiões ocidentais, a crise foi mais profunda e longa, obrigando milhões de ucranianos a emigrar para a Europa e Estados Unidos.

No meio de grandes conflitos sociais, a 28 de Junho de 1996, o parlamento aprovou a nova Constituição, instituindo um poder presidencial muito forte. O poder executivo é exercido pelo presidente, o primeiro-ministro e os respectivos ministros. O poder legislativo pertence à Rada (Parlamento) com 450 deputados, eleitos por quatro anos (metade por listas de partidos e metade por circunscrições maioritárias). Nas eleições eleições parlamentares de 2006, os deputados serão eleitos pela primeira vez exclusivamente por listas de partidos.

Leonid Kuchma (pró-russo), em 1999, voltou a ser reeleito presidente. Nas eleições presidências de Novembro de 2004, como era de esperar, voltaram a enfrentar-se as duas grandes tendências sociais da sociedade ucraniana, a pró-russa e a pró-ocidental.

Carlos Fontes

 


Ucrânia. Região de Kharkov. Moinho de madeira

Cultura

Escritores:


Clarice Lispector (1920-1977). Nascida na Ucrânia, imigrou para o Brasil, onde se tornou numa grande escritora da língua portuguesa.

Ivan Franko

Lesia Ukrayinka.


Pedagogos:

Makarenko

Problemas Econômicos e Sociais


Chernobil. Neste central nuclear, situada a norte de Kiev, em 1986, aconteceu o pior desastre nuclear de todos os tempos. Para além das pessoas que morreram na altura vítimas da explosão de um dos reatores, estima-se que mais de 40 mil pessoas na Europa tenham sido afetadas pelas radiações então libertadas. Cerca de 4 milhões de ucranianos continuam a viver em regiões de alto risco. 12% dos solos estão contaminados. Os efeitos deste desastre ir-se-ão prolongar durante dezenas anos.

[Leia mais...]
http://noticiasdaucrania.blogspot.com.br/2011/04/chernobyl-25-anos.html
 

Droga. A Ucrânia, devido á sua posição geográfica e vulnerabilidade das suas fronteiras, tornou-se nos anos noventa do século XX no principal mercado abastecedor de droga da Europa central e oriental.
 

Tensões étnicas. Desde 1996, a sul da região da Crimeia, tem sido palco de conflitos entre as étnias ucranianas, russas e tártaras de língua turkic. Esta região é dominada pela étnia russa, contrária à independência.


Contrabando de armas. A Ucrânia era uma das principais regiões da União Soviética onde estavam instaladas bases de armamento nuclear. Teme-se que parte deste material possa ter sido vendido por máfias locais a outros países.
 
 
Instabilidade Política. As tensões entre a Rússia e a Ucrânia tem sido uma constante desde a Independência. A armada do Mar Morto reclamada pela Rússia, é alvo de constantes conflitos diplomáticos. A tudo isto junta-se uma gravíssima situação econômica que dá pouco sinais de melhoria.

Mapa da Ucrânia.