sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Ucrânia arrisca falhar em teste na eleições, alertam EUA


Reuters
As eleições parlamentares da Ucrânia arriscam ficar aquém dos padrões democráticos e prejudicar ainda mais os laços da ex-república soviética com o Ocidente, alertou uma autoridade dos Estados Unidos.
Apenas um dia após o presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, dizer que as eleições de 28 de outubro irão ajudar a Ucrânia a selar um acordo desejado há muito tempo de associação com a União Europeia (UE), o vice-secretário assistente de Estado Thomas Melia disse que o país pode receber uma avaliação "reprovado".
"A Ucrânia pode se encontrar cada vez mais distante em todas as direções, em vez de integrada em todas as direções", disse Melia em conferência no resort Black Sea em Yalta, com participação de autoridades seniores da Ucrânia, incluindo o primeiro-ministro Mykola Azarov.
"A eleição é outro momento importante para escolhas nacionais, tomada de decisões nacionais e eu acredito que, a menos que, ou até que algumas ações significativas sejam tomadas para melhorar as coisas, como o ambiente das eleições, vocês não serão capazes de se aproximarem da Europa e dos Estados Unidos como muitos de vocês querem".
Analistas esperam que o partido de Yanukovich das regiões e seus aliados mantenham a maioria no Parlamento, apesar de o governo ter sido prejudicado desde as eleições em fevereiro de 2010 por causa de impostos impopulares e reformas previdenciárias e pouco avanço em melhorar o clima empresarial.
Autoridades da UE expressaram na sexta-feira uma visão pessimista similar do progresso democrático na Ucrânia sob Yanukovich, dizendo que o caso de prisão da líder da oposição Yulia Tymoshenko continuava bloqueando boas relações.
Principal oponente de Yanukovich, Tymoshenko, ex-primeira-ministra, foi condenada a sete anos de prisão em outubro do ano passado por abuso de poder e não pode participar das eleições, apesar de seu companheiro de partido Batkivshchyna (Fatherland) estar concorrendo.
Bruxelas e Washington condenaram o julgamento de Tymoshenko como um exemplo de justiça seletiva e pediram sua liberdade, mas Yanukovich recusou-se a intervir.
(Reportagem de Olzhas Auyezov)
 

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