Reuters
As eleições parlamentares da Ucrânia arriscam
ficar aquém dos padrões democráticos e prejudicar ainda mais os laços da
ex-república soviética com o Ocidente, alertou uma autoridade dos Estados
Unidos.
Apenas um dia após o presidente
ucraniano, Viktor Yanukovich, dizer que as eleições de 28 de outubro irão
ajudar a Ucrânia a selar um acordo desejado há muito tempo de associação com a
União Europeia (UE), o vice-secretário assistente de Estado Thomas Melia disse
que o país pode receber uma avaliação "reprovado".
"A Ucrânia pode se encontrar
cada vez mais distante em todas as direções, em vez de integrada em todas as
direções", disse Melia em conferência no resort Black Sea em Yalta, com participação de autoridades seniores
da Ucrânia, incluindo o primeiro-ministro Mykola Azarov.
"A eleição é outro momento
importante para escolhas nacionais, tomada de decisões nacionais e eu acredito
que, a menos que, ou até que algumas ações significativas sejam tomadas para
melhorar as coisas, como o ambiente das eleições, vocês não serão capazes de se
aproximarem da Europa e dos Estados Unidos como muitos de vocês querem".
Analistas esperam que o partido de
Yanukovich das regiões e seus aliados mantenham a maioria no Parlamento, apesar
de o governo ter sido prejudicado desde as eleições em fevereiro de 2010 por
causa de impostos impopulares e reformas previdenciárias e pouco avanço em
melhorar o clima empresarial.
Autoridades da UE expressaram na
sexta-feira uma visão pessimista similar do progresso democrático na Ucrânia
sob Yanukovich, dizendo que o caso de prisão da líder da oposição Yulia
Tymoshenko continuava bloqueando boas relações.
Principal oponente de Yanukovich,
Tymoshenko, ex-primeira-ministra, foi condenada a sete anos de prisão em
outubro do ano passado por abuso de poder e não pode participar das eleições,
apesar de seu companheiro de partido Batkivshchyna (Fatherland) estar
concorrendo.
Bruxelas e Washington condenaram o
julgamento de Tymoshenko como um exemplo de justiça seletiva e pediram sua
liberdade, mas Yanukovich recusou-se a intervir.
(Reportagem de Olzhas Auyezov)
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