quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

EXIGÊNCIAS A YANUKOVYCH EM BRUXELAS

Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana) e Tyzhden (Semana), 25.02.2013

 
 

Sobre Lutsenko e Tymoshenko falaram a portas fechadas. A situação em torno da ex-premier Yulia Tymoshenko e ex-ministro do Interior Yuri Lutsenko os líderes da UE e Ukraina discutiram reservadamente na cimeira UE - Ukraina e este encontro durou 2h20min. e não apenas 20 minutos como previsto, segundo um diplomata europeu.

Uma das perspectivas do entendimento tornou-se o Memorando sobre concessão de empréstimos a Ukraina. Seria o macro empréstimo financeiro de 610 milhões de euros como complemento ao futuro acordo da Ukraina com o Fundo Monetário Internacional. Somente no caso da assinatura da Associação.

Das palavras do presidente do Conselho Europeu Herman Van Rompuy, durante uma conferência de imprensa, conjunta com o presidente Yanukovych após a cúpula em Bruxelas, sem progresso em casos de Y. Tymoshenko e Y. Lutsenko, a UE não vai assinar o acordo de Associação com Ukraina.

"Estamos focados em três blocos de questões em que UE definiu critérios concretos - justiça seletiva, eleições e reforma da Ordem diária da Associação" - disse ele. "O progresso nestas áreas Ukraina tem de mostrar o mais tardar em maio de 2013. O progresso deve ser tangível e realista". - acrescentou.
"Nós declaramos a nossa preocupação, que continua a existir sobre os casos de justiça seletiva. Expressamos nosso apoio para os presidentes Cox (Parlamento europeu) e Kwasniewski (Polônia) e à espera de solução para a justiça seletiva".
Disse ainda Van Rompuy "A reforma sistêmica do sistema jurídico é extremamente importante para garantir que não haverá repetição da justiça seletiva" - acrescentou o lider europeu.

Um pedido semelhante expressou a Yanukovych o presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso, e destacou "decisivamente resolver o problema da justiça seletiva".

Isto também consta na declaração conjunta da Cimeira: "Líderes expressam seu total apoio à missão de observadores do Parlamento Europeu na Ukraina na Ukraina, liderada pelos ex-presidentes Cox e Kwasnievski, incluindo a necessidade de fazer uso de medidas em relação a questões de justiça que levam a especial inquietação".

"Ukraina também expressou o seu forte compromisso com a rápida implementação das decisões do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos e também recomendações do Conselho Europeu relacionados com as condições de assitência médica a pessoas sob custódia" - diz o documento.

No entanto, em seu discurso Yanukovych não abordou este tema. Ele disse que saúda a continuação da missão de Cox e Kwasniewski para monitorar a situação em torno de Tymoshenko e Lutsenko.

Os líderes da UE também declararam que vão acompanhar de perto as eleições em 5 distritos problemáticos onde foram anuladas.

Yanukovych, na conferência com os jornalistas, ainda declarou que procura e vai continuar procurar a possibilidade de cooperação com a União Aduaneira (Rússia, Bielorússia e Cazaquistão). "Tal modelo ainda não existe, mas nós estamos conversando e vamos nos esforçar para encontrar tal possibilidade". No entanto, ele ressaltou que a integração com UE é estratégica e não está sujeita a revisão.

Por sua vez, o presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso disse: "É claro que um país não pode, simultaneamente, ser membro da União Aduaneira e ter zona de livre comércio com a União Européia. Isso é impossível". Mas ele acrescentou que Ukraina e Rússia são vizinhos e é muito importante ter boas relações comerciais com a Rússia.
"Ukraina precisa encontrar aquele modelo de relações que ela deseja ter com a Rússia. E apenas Ukraina pode decidir como vai conduzir suas relações: Na região, ou ser parte do mundo", - acrescentou Barroso.

Após o encontro com Yanukovych, os lideres da UE não tem certeza de que o acordo de Associação será assinado.
A tão esperada Cimeira UE - Ukraina terminou em Bruxelas com a repetição dos apelos da UE ao presidente Yanukovych para cumprir os compromissos da Ukraina, que abririam o caminho para assinatura do Acordo de Associação e de Livre Comércio em 28 e 29 de novembro deste ano.

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Tymoshenko não vai mais dormir no quarto do chuveiro porque as câmeras de vídeo que existiam na sua enfermaria foram retiradas, segundo seu advogado S. Vlasenko.

No sábado, os médicos alemães não puderam visitar Tymoshenko com a desculpa de sábado não ser dia de trabalho. No entanto, anteriormente, eles puderam visitá-la, e o fizeram por várias vezes, nos finais de semana. Agora eles não sabem quando poderão visitá-la. Em 15.03.2012, o Tribunal Europeu de Direitos Humanos estabeleceu ao governo ukrainiano os procedimentos sobre o tratamento, e de acordo com o qual médicos independentes devem tomar todas as decisões com ele relacionados.

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Segundo "Gazeta Wyborcza" (Polônia), Yanukovych prometeu aos presidentes da Polônia e Eslováquia, durante a reunião em Wisla, a libertação de Lutsenko e, assim, mostrar que Kyiv, realmente quer se integrar com Europa. Segundo a publicação, Yanukovych não fez nenhuma promessa sobre libertação da Tymoshenko, libertação exigida em primeiro lugar pelos políticos ocidentais. Apenas prometeu uma melhora significativa nas condições concretas na prisão. (Será que isto se refere a retirada das câmeras, que estavam lá ilegalmente? - OK).

O serviço de imprensa do presidente da Polônia, Bronislau Komorowski diz que esta informação não endossa, também não rejeita.


Tradução Oksana Kowaltschuk

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

UCRANIANOS NO EXÍLIO

Ukrainianos no exílio devido a perseguição política
Excertos de várias publicações dos jornais Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana) e Tyzhden (Semana).


Andrii Shkil
 
Ex-deputado encontra-se na República Checa para onde viajou logo após as eleições parlamentares na Ukraina, por não ter sido eleito e perdido a imunidade parlamentar. Contra ele há uma questão desde 2001, e que foi reaberta recentemente. Shkil foi acusado pela organização de protestos, ação chamada "Ukraina sem Kuchma". Kuchma foi presidente da Ukraina de 10.07.1994 a 23.01.2005.
Kuchma, filho de aldeões, pai falecido na II Guerra Mundial, mãe trabalhadora de fazenda coletiva, formou-se engenheiro mecânico pela Faculdade de Dnipropetrovsk na especialidade de foguetes. Casou-se com a filha do principal tecnólogo da fábrica de máquinas da região sul e futuro ministro de construção de máquinas da União Soviética. O casamento influenciou favoravelmente sua carreira. Ocupou cargos importantes como engenheiro construtor, inclusive foi secretário do partido comunista da maior fábrica do exército, de foguetes cósmicos e produção civil na União Soviética. (A triste constatação é que a nação ukrainiana não consegue eleger para presidente, uma pessoa que tenha se destacado pelas ações que levariam Ukraina à verdadeira independência da Rússia, que seja mais patriótica e não subserviente ao regime soviético. Candidatos mais promissores, distanciados do "irmão maior" já houveram. - OK).
A ação "Ukraina sem Kuchma" teve início com o desaparecimento do jornalista de oposição Hryhorii Gongadze e de cuja morte houve desconfiança, quanto aos mandantes, um dos quais, ou o principal, seria o presidente Kuchma. Recentemente o assassino do jornalista, que ficou escondido por dez anos, foi julgado e condenado à prisão perpétua, mas, na opinião de muitos a justiça ainda não foi feita completamente. Inclusive o assassino, ex-general Pukach, condenado, disse que não se importaria com a sentença desde que com ele estivessem na prisão o ex-presidente Kuchma e o deputado Volodymyr Lytvyn.

Bohdan Danylyshyn

Богдан Данилишин 









Economista. Ministro de Economia no governo da Yulia Tymoshenko recebeu asilo na República Cheka. Em 11.08.2010 foi emitida busca nacional e internacional contra Danylyshyn. A acusação é por ele ter causado prejuízo de 4,5 milhões de UAH ao país com a concordância na contratação de compras de uma única fonte, para o Aeroporto de Boryspil.

Oleksandr Tymoshenko












Marido da Yulia Tymoshenko. No início de 2012 pediu asilo na República Cheka. Segundo ele, saiu da Ukraina para que sua esposa não fosse pressionada por sua causa.


Valerii Ivashchenko

 
Ex-ministro temporário da Defesa, no governo da Yulia Tymoshenko, conseguiu asilo político na Dinamarca, no âmbito da Convenção das Nações Unidas. Um pedido de asilo na Dinamarca, às vezes, demora anos. No caso de Ivashchenko o problema foi resolvido rapidamente, o que pode significar como sinal de desconfiança nas garantias de Kyiv quanto à ausência do subtexto político no processo contra membros do governo Tymoshenko.
Ivashchenko serviu no Exército e envolvia-se com testes balísticos intercontinentais soviéticos. Tinha patente de oficial das Forças Armadas da URSS e em seguida da Ukraina independente. Nunca foi político. Mesmo no ministério ocupava-se principalmente com questões de gestão, desenvolvimento de armas e tecnologias, reforma de estruturas, combate à corrupção e desenvolvimento da cooperação internacional.
Mas, dois anos de tribunais deixaram-no surpreendentemente politizado (segundo declarações dadas na entrevista ao repórter dinamarquês Johannes Andersen Vamberh). "Eu amo, respeito e aprecio o meu país e meus conterrâneos. Mas odeio os vilões que agora governam o país". Ele conclama as pessoas para "ajudar um ao outro levantar-se! Juntos lutar com o comportamento dos bandidos no poder..."
"No início (da prisão) os procuradores me pediam provas que comprometeriam Tymoshenko e Turchynov (deputado e lider do partido Pátria). Eu deveria afirmar que eles me deram ordens ilegais. Mas isto não existiu, portanto eu não poderia fazê-lo. Eu sou uma pessoa de honra".
Ivashchenko diz que foi preso devido a vingança do ex-vice-ministro da Defesa Ihor Montrezer, a quem ele afastou do cargo por causa da corrupção. Quando Yanukovych assumiu, a vingança efetivou-se.
Ele ficou preso por dois dos cinco anos a que foi condenado. Esteve muito doente na prisão. Felizmente está quase recuperado. Foi considerado culpado pela aprovação considerada ilegal de reestruturação de navio que pertencia ao Ministério de Defesa. O Tribunal de Recurso mitigou a sentença para liberdade condicional e ele foi libertado.
"Talvez eu devesse ficar no meu país e lutar, mas tenho família. E, já recomeçou a perseguição, me propuseram acordo: retirar a cassação ao Supremo Tribunal - "e nós não te incomodaremos". "Eu recusei. Concordar significava aceitar a sentença". Mas, mesmo se Ivashchenko aceitasse, os promotores manteriam a espada de Dâmocles sobre ele. Ivashchenko não teve outra saída, a perseguição retornou, a apreciação do recurso está marcada para março.

Arsen Avakov

 
Político de Kharkiv. Sua história se tornou um dos maiores fracassos na política externa do atual governo. Ele foi acusado de apropriar-se de alguns hectares de terra. Avakov viajou para Itália. As autoridades italianas recusaram-se mantê-lo sob custódia e o Tribunal de Recursoos de Roma rejeitou extraditá-lo.
Avakov concorreu às últimas eleições parlamentares na Ukraina, pela quota do Partido Pátria (pelo sistema de eleições o partido elege um número de deputados pela quota; os que não entram na relação podem concorrer independentemente - OK). Avakov foi eleito e voltou para Ukraina já com imunidade parlamentar. À pergunta se votaria pela perda da imunidade parlamentar disse que não, porque na situação atual da Ukraina isto levaria até os deputados da situação perder o direito de discordar, minimamente, do governo. Porque a democracia na Ukraina existe apenas nos discursos dos governistas.
A perseguição a Avakov coincidiu com a decisão de enviar Yulia Tymoshenko à prisão de Kharkiv.

Mykola Koszushko
 
Presidente da organização comunitária infantil da Província de Dnipropetrovsk "Human Rights" pede asilo político na Bielorússia ou Rússia. Ele anunciou isto em 08.02.2013 em Minsk. "Eu fui forçado deixar Ukraina depois que começaram as reais ameaças para minha vida. Eu me preocupava com a distribuição ilegal da habitação para os órfãos, que foi transferida para parentes de funcionários públicos. Enviei correspondência a diversos órgãos estatais, inclusive apelei ao presidente da Ukraina.
Segundo ele, os funcionários e representantes das estruturas de forças de Dnipropetrovsk o ameaçavam com danos físicos e legais. Também ameaçavam outros membros da organização.
Ele chegou à Rússia em 10.01.2013, e 10 dias depois, ao receber ameaças telefônicas, foi para Bielorussia. Em 08.02.2013 enviou pedido de asilo ao presidente Lukashenko. O mesmo pedido havia enviado ao presidente Putin.
O serviço de migração da Bielorússia resolve estas questões no período de três meses a um ano.

Tradução: Oksana Kowaltschuk

domingo, 24 de fevereiro de 2013

DOIS ANOS NO AR

Leitores e Amigos:

Completamos hoje o segundo ano de existência do blog no ar. Isso só foi possível graças aos nossos leitores que prestigiaram o blog aos quais dirigimos os nossos agradecimentos.

Многая літа - Muitos anos de Vida
 
NOTÍCIAS DA UCRÂNIA - Equipe de Redação.

 
 
 




quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

COLÔNIA PENAL OU VOYEURISMO?

No hospital as condições de Yulia Tymoshenko são piores do que dos condenados à prisão perpétua
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 14.02.2013
Natália Baliúk
 

«В лікарні умови Юлії Тимошенко гірші, ніж у засуджених на довічне ув’язнення»


Da entrevista exclusiva com a deputada Tetiana Sliúz, a qual passou três dias com a lider da oposição.

A deputada ukrainiana Tetiana Sliúz após o incidente que aconteceu com ela e suas colegas da facção "Pátria" Oleksandra Kuzhel e Liúdmyla Denysova em hospital de Kharkiv, onde visitavam Yulia Tymoshenko, iniciou uma série de mudanças nas leis da Ukraina. Lembramos, de 16 a 18 de janeiro três mulheres-deputadas da oposição vieram ao hospital de Kharkiv para se encontrar com Yulia Tymoshenko. A visita prolongou-se por quase três dias. Vendo, em que condições desumanas permanece a principal oposicionista do país e comparando estas condições com as condições de mulheres presas na Colônia Kachanivka, as deputadas decidiram, espontaneamente, juntar-se ao protesto da Tymoshenko, a qual, já por mais de um mês se recusa de ir à sua enfermaria e passa as noites no quartinho do chuveiro. Deste modo ela protesta contra as condições intoleráveis de permanência no hospital, contra a vigilância diária de 24 horas através de câmeras manipuladas por pessoas de sexo masculino... A última gota que levou Tymoshenko a este protesto é que na véspera do Ano Novo, em todas as televisões de Kharkiv transmitiram vídeo de sua enfermaria e da ala de tratamento.

A deputada Tetiana Sliúz explicou a esta repórter que Tymoshenko, como qualquer presidiária tem direito, uma vez por mês, ao encontro de curto prazo com qualquer pessoa. O preso solicita a permissão por escrito, ao diretor da Colônia. "No mês de janeiro Tymoshenko nos chamou. Nós trabalhamos no seu governo. Eu era chefe do Tesouro do Estado, Liúdmyla Denesova - Ministro da Política Social e Oleksandra Kuzhel encabeçava o Comitê Empresarial da Ukraina.



Antes do encontro com Tymoshenko nós fomos à Colônia Kachanivka para ver em que condições permanecem outras prisioneiras-mulheres, se há câmeras em áreas residenciais. Vimos que nos dormitórios não havia nenhuma câmera. Nós até entramos no bloco onde permanecem mulheres condenadas à prisão perpétua. Em seus dormitórios não há câmeras para vigilância. Apenas as vimos no corredor e somente onde vivem as mulheres condenadas à prisão perpétua. E, operando o monitor estava uma mulher que confirmou não haver câmeras nem nos chuveiros, nem nos banheiros. Havia câmeras nas oficinas onde as presidiárias trabalham. Nós também nos interessamos pelas janelas porque segundo o advogado da Tumoshenko, S. Vlasenko, as janelas na enfermaria da Tymoshenko estão completamente tapadas e ela não vê nem o sol, nem o céu. Na Colônia correcional as janelas são normais. As presidiárias veem o que acontece na rua, de dia ou de noite.

As prisioneiras, nos alojamentos, estão em grupos. As jovens estão separadas das pensionistas. No alojamento há 16 camas. O lavabo e WC são comuns a todas. Isso apesar de que são acordadas às 5 horas e às 5h30min já devem estar no pátio para chamada. Como podem, em meia hora, lavar-se e ir ao banheiro?

Nós perguntamos se há homens (guardas operadores) nos alojamentos. Não, não há. Todo serviço é feito por mulheres. Há homens apenas na administração da Colônia. Soubemos que as detentas tem direito ao telefone sem restrição, e a qualquer tempo, pelo seu próprio dinheiro que ganham trabalhando na Colônia. Tymoshenko não tem este direito. Nos disseram que as prisioneiras costuram roupas de trabalho. Também vimos, na entrada, ilustrações dessas roupas mas, quando entramos na oficina as presas costuravam cobertores para um empresário que os vende no mercado de Kharkiv. Como viemos de forma inesperada, penso que isto foi surpresa até para direção... Ficamos chocadas com a aparência das prisioneiras. Todas vestiam uma espécie de camisola até os joelhos, muito gastas. Todas do mesmo tamanho, independentemente de serem altas ou baixas. A aparência é humilhante.

Da Colônia fomos ao hospital onde passamos por um controle-observação severo. No gabinete do médico-chefe nos apalparam até a roupa de baixo, até detector de metais usaram. Para o encontro pudemos levar apenas nossa identificação parlamentar e óculos. Nós levávamos um pequeno calendário para 2013 com a foto da Yulia, queríamos presenteá-la, mas não permitiram.

Encontramos Yulia e todas choramos. Yulia está muito magra. Ela não se move sem as muletas. Ela sente dores nas costas e pernas. Mas, ela é forte e não cai espiritualmente apesar das torturas que enfrenta. Apesar de tudo permanece mulher. Estava com uma leve maquiagem e ela mesma pinta seu cabelo. A salinha onde nós nos encontramos tem, aproximadamente, 8m², uma pequena mesa, 4 cadeiras, mesa de massagem e uma pia que não funciona. Conosco permaneceu, ininterruptamente, uma guardiã feminina que ouvia todas as conversas. Nós ficamos fechadas pelo lado de fora. Do lado de fora mais uma guardiã. À toalete nos conduziam individualmente, sob guarda - àquele quartinho de banho, onde agora, devido a ação de desobediência, permanece Tymoshenko. É um quarto de banho, de 5m², onde há um sofá médico, vaso sanitário e cabine com chuveiro.

Na enfermaria onde Tymoshenko ficava antes da ação de desobediência vimos três câmeras. Tem duas camas. Havia mais uma mulher e uma guarda feminina, que permanece 24 horas, diariamente. Na enfermaria tem toalete. Segundo Tymoshenko à toalete ela vai sem luz e no escuro troca de roupa. O chuveiro fica a 7 - 10 minutos pelo corredor e é neste quartinho com chuveiro que agora ela está. Pelo corredor ela transita de muletas, sob escolta. No corredor vimos duas câmeras. Desde que há câmeras, deve haver uma salinha com monitores, nós pedimos para nos mostrar. Lá havia um computador, ainda dos anos noventa, operado por uma moça. Respondendo à nossa pergunta ela disse que é socióloga e trabalha na Colônia. A acomodação com monitores ocupa 4 salas. Ao entrarmos em outras salas sentimos forte cheiro de tabaco, álcool e suor masculino. Numa sala havia camas e roupas masculinas. A terceira sala parecia cozinha mas estava cheia de produtos antissanitários. Como pode ser assim num hospital! Perguntamos às guardas femininas se fumavam no hospital, elas negaram. Então concluímos que operam o monitor os homens. As janelas da enfermaria onde antes ficava Tymoshenko foram seladas com folha cinza. Tymoshenko não via luz e quase não tinha ar porque as janelas são abertas apenas poucos centímetros. Aqui, nestas condições desumanas, significativamente piores que na Colônia Kachanivka, ela vive. Foram estas torturas e abusos que a levaram à ação de desobediência. E, quando nós vimos tudo isso com nossos olhos, decidimos juntar-nos a esta ação, mostrar nossa solidariedade.

Então, escrevemos em nome de três deputadas, ao presidente da Ukraina, ao procurador geral, e aos funcionários envolvidos na repressão política contra Yulia Tymoshenko. Escrevemos que anunciávamos ação de protesto até que nossas exigências sejam cumpridas. Primeiro: que a guarda para Yulia Tymoshenko seja exclusivamente feminina, incluíndo o monitoramento. Segundo: que sejam desmontadas todas as câmeras porque isso é violação das normas Constitucionais e diversas convenções internacionais. Terceira: que seja instalado um telefone público para que ela tenha liberdade de telefonar. Estas exigências entregamos à liderança da Colônia. Na manhã seguinte desligaram a água naquele quartinho de banho onde permanecia Tymoshenko e onde nós levavam sob escolta. A água faltou o dia inteiro e nos deram a desculpa de ter havido um acidente. Depois danificaram a fechadura da janelinha daquele mesmo quartinho, que permaneceu fechado e não entrou mais nem o pouco de ar fresco que ainda entrava. Imaginem o cheiro do pequeno local, com toalete sem água, e janela fechada. Queriam que fossemos embora.
Tymoshenko come apenas o que recebe de casa, nós também comemos. Ela recebe apenas a visita da filha. A mãe não viu após ser presa e o marido está fora do país.

Yulia ficava conosco durante o dia, à noite ía ao sofá médico. Mas o pior aconteceu na sexta-feira, 18 de janeiro, quando dormíamos no chão. Vestíamos roupa comum com blusas de lã com a foto da Yulia, e estávamos descalças. De repente eu ouvi gritos. Quando acenderam a luz, eu vi no relógio da parede que eram 6h00min. No quarto havia muitos homens estranhos, sem uniforme. Eles, claro, não se apresentaram, apenas ouvimos que transgredimos algo. Uns seis ou sete cabeças raspadas, pegaram-nos pelos braços e pernas, levaram-nos pelo corredor e jogaram-nos na escada. Depois jogaram nossos calçados. Eu passei mal, sofri um ataque cardíaco. Apesar de estarmos num hospital, ninguém nos socorreu, precisamos chamar o "rápido" de outro hospital.

Depois da visita a Kachanivska Colônia e hospital já registrei alguns Projetos de Lei. Infelizmente, enquanto o trovão não troa... Registrei dois Projetos de Lei sobre alterações da Lei para assegurar as pensões dos presos. Hoje os presos, que entram na prisão em idade laboral, calculam a pensão apenas quando saem para liberdade. Além disso, eles são pessoalmente obrigados a pagar prêmios. Isso está errado. Os prêmios devem ser pagos pelo empregador. Sugiro, que o período de trabalho nas colônias seja contado para aposentadoria pela idade. Inclusive, os prisioneiros, que perderam a capacidade ao trabalho na prisão, que tenham direito à compensação e pensão. Com os prisioneiros que trabalham nas colônias, não estabelecem acordos trabalhistas. Eu apresentei alterações ao Código Penal (artigo 18) segundo as quais os prisioneiros devem trabalhar sob um contrato de trabalho, no qual devem constar os direitos e as obrigações. Visto que nos expulsava do hospital o serviço executivo, eu me interessei por seus direitos e obrigações. Lembrei inúmeros momentos, quando o serviço executa as decisões duvidosas dos tribunais à noite. Isso normalmente acontece quando se trata de despojos fraudulentos de empresas. Eu fiquei chocada quando soube que o serviço executivo deve realizar suas obrigações das 6 às 22 horas, bem como nos dias santificados, feriados e finais de semana. Registrei Projeto da Lei "Sobre alterações à Lei" e "Sobre o processo de execução". Proponho, que os agentes do governo realizem ações de execução somente nos dias de trabalho e durante o horário de trabalho - das 9 às 18 horas. Que neste período, no local de trabalho esteja o dirigente, o contador e o advogado. E não fazer "show-mascarado" nos finais de semana ou à noite."

Tradução: Oksana Kowaltschuk

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

TESTEMUNHA "SECRETA" DEPÕE CONTRA TYMOSHENKO

Testemunha "secreta" depõe contra Tymoshenko - Notícias de Lutsenko
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 13 - 15.02.2013

No dia 13 de fevereiro a testemunha secreta na questão do assassinato de Yevhen Shcherban depõe contra Tymoshenko. Yulia Tymoshenko não estava presente no tribunal. Segundo os governistas ela recusou-se comparecer. Vlasenko, seu advogado, afirmou que esteve com Tymoshenko no dia anterior e ela declarou que iria ao tribunal e que aguardava que viessem buscá-la. (Tymoshenko cumpre pena mas encontra-se no hospital para tratamento da saúde).

Houve bate-boca entre a juiza e advogado apoiado pelos deputados da oposição. A situação normalizou-se com a chegada de um destacamento da milícia "Berkut" que retirou os deputados da sala do tribunal. O julgamento é para estabelecer se Tymoshenko teve ou não participação no assassinato de Yevhen Shcherban, que foi assassinado em 03.11.1996 no aeroporto da cidade de Donetsk, juntamente com sua esposa, mecânico de bordo, técnico de avião e inspetor alfandegárioo do aérodoromo. O assassinato foi realizado por criminosos do bando de Vadym Bolotskykh e Hennadi Zanhelidi.

A primeira testemunha, Ihor Marinkov afirmou que conhecia os líderes da gangue que eliminou Shcherban - Oleksandr Milchenko, vulgo Marujo e Yevhen Kushnir.

Ihor Marinkov é uma testemunha enigmática. Parece que nos anos noventa ocupava-se com negócios consideráveis - utilizava-se de "Mercedes", dispunha de proteção policial, alugava três apartamentos no melhor hotel da época (que frequentemente emprestava a membros da gangue), mas a família transferiu para Bratislava. Não foi encontrada nenhuma menção de tão importante empresário.

Marinkov afirmou que tinha relações confiáveis com os bandidos que discutiam, em sua presença, os assassinatos encomendados de deputados e auxiliares do presidente, mas também mantinha relações com a segunda pessoa do Ministério do Interior Eduard Fere. Com Lazarenko e Tymoshenko ele não era familiar. Porém, ele afirma que viu o encontro de Tymoshenko com Milchenko e Kushnir, mas sobre isto não há nenhuma palavra nas confissões de uma década atrás.

No seu depoimento Marinkov fala sobre suas relações com os membros do bando e que, através de Kushnir soube que eles (o bando) receberiam benefícios de Lazarenko e Tymoshenko. Que Tymoshenko resolveria todos os problemas no plano material, que teriam seus próprios negócios e solução de todas as questões. Então ele, Marinkov, sabendo que estas pessoas não se ocupavam de nenhum trabalho, depois de algum tempo compreendeu que deveria tratar-se de encomendas de assassinatos. E que suas palavras podem confirmar Serdiuk, Dziúba, Lobkov, em parte Kotliarevskyi, Denisov, Bolotskykh. "Eu não inventei nada e não recuso o meu testemunho anterior de 21.01.1999. Eu disse o mesmo que anteriormente. O único ponto é que não havia mencionado o nome Tymoshenko - porque para mim, Tymoshenko e Lazarenko era um todo. Muitos episódios que eu relatei, foram ignorados na investigação de 1999. Mas agora eu entendo, com certeza alguém (Tymoshenko) bebia chá na administração presidencial.

Sexta-feira, 15.02.2013. Dia de nova testemunha do assassinato de Yevhen Shcherban. De todo o processo de Yulia Tymoshenko o questionamento público parece pouco lucrativo para acusação. Revela táticas de investigação e permite aos advogados demonstrar publicamente testemunhas despreparadas.

A vantagem de questionamento público de testemunhas pode influir na formação da opinião pública. Além disso, o questionamento público pode influir no depoimento das testemunhas ainda não interrogadas - o que, obviamente, pode distorcer os fatos reais.

Mas, há um outro aspecto. O interrogatório ocorre na véspera da Cimeira UE - Ukraina, no dia 25 de fevereiro. A Bruxelas Viktor Yanukovych poderá ir com dois trunfos: provas irrefutáveis da culpa de Yulia Tymoshenko na organização do assassinato e... libertação de Yuri Lutsenko.

Circulou a notícia, proveniente de deputados do Partido das Regiões (governo) que Lutsenko deveria solicitar indulto, ao que ele não cansa de declarar: Eu sou prisioneiro político, e eu não tenho porque pedir indulto ao presidente Viktor Yanukovych.

Declaração de Lutsenko
Sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013.

"Eu - não sou criminoso, eu - sou prisioneiro político e eu não tenho motivo para pedir perdão. Do ponto de vista político, isto é ainda mais óbvio. Há coisas mais importantes até que a liberdade. Eu não posso admitir humilhação do Maidan (Referência a Revolução Laranja) e oposição democrática ukrainiana", - declarou ele, conforme o servilo de imprensa da "Autodefesa Popular".

"Minha recusa em pedir perdão a Yanukovych - é o meu modo de resistência ao mal. Assim eu entendo meu dever diante da Pátria e correligionários", - acrescentou

Referindo-se a carta pública que apareceu na imprensa, com assinaturas pedindo minha libertação devido a problemas de saúde, Lutsenko declarou
"Antes de tudo, é muito agradável saber, que a questão da minha saúde, exigência de minha libertação uniu muitas, extremamente respeitadas por mim pessoas".
"Sei também que em torno desta carta houve discussão se valia a pena ou não, dirigir-se a Yanukovych. Concordo com a lógica daqueles, incluindo os meus amigos, que consideram inaceitáveis as conversações com terroristas políticos. Ao mesmo tempo, eu gostaria de agradecer a todos que não ficaram indiferentes à situação de prisioneiros políticos, quem demonstra de uma forma ou de outra preocupação e solidariedade", - acrescentou ele.

Lutsenko também afirmou, novamente, que está convencido em sua vitória no Tribunal Europeu.

Tradução: Oksana Kowaltschuk

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

A BRIGA DO GÁS: GAZPROM russa x NAFTOGAZ ucraniana

A guisa de sinopse:
 
O contrato entre a Gazprom russa e a Naftogaz ucraniana prevê uma determinada quota de compra do gás. A Naftogaz ucraniana comprou - na verdade consumiu - menos gás que a quota contratual. A Gazprom russa apresentou uma fatura de cobrança no valor de 7 bilhões de USD pelo gás não consumido.
 
O Cossaco.
 
Pague, compadre, você é estúpido ou, 7 políticos bilhões
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 04.02.2013
Andrii Pyshnyi

 
 
Nos últimos dias especialistas e políticos discutem mais uma manifestação do "amor fraterno" na execução do "Gazprom" russo . O "patrimônio nacional" russo apresentou, será a conta, será pretensões a "Naftogaz" em 7 bilhões de USD.

O diapasão da reação de Kyiv oficial impressiona não menos que a quantia - "Se devo! Reparo, mas em muitas vezes", "Carta? Não vimos! Gazprom? Não tomamos conhecimento! 7 bilhões? Alibi!"

Em suma, intriga ao custo de 7 astronômicos bilhões. A propósito, isto é mais de 10% da dívida total do Estado da Ukraina e 50% do montante que o Estado deve devolver aos credores em 2013, ou 2 bilhões de USD mais do que a renda total do GTS (Sistema de transporte de gás da Ukraina), do transporte externo e interno, por ano.

Então, tal quantia, nem aproximada, não tem nem no orçamento do "Naftogaz", nem no orçamento do Estado, onde "Naftogaz" pasta como um bezerrinho gordo no gramado. Estes 7 bilhões são políticos, e - fatura, emitida pelo regime da Rússia para o regime da Ukraina, de Putin para Yanukovych.

E não se deve pensar que isto é o pagamento pela firmeza de princípios de Yanukovych. De modo algum. Pelo contrário, porque a posição do Estado, e com ela a firmeza de princípios da Bankova (sede do governo), terminam lá onde começa a questão da Tymoshenko e a oportunidade da vez de ganhar dinheiro.

A decidida "melhoria" econômica, colapso das finanças públicas, cisão da nação, delegitimação social do governo, real isolamento político e econômico, loucamente cometido pelo próprio governo em agrado a sua voracidade e "objetivos eleitoreiros", realmente empurram o país aos abraços de Moscou. Aos abraços de urso, onde Ukraina é objeto, e não sujeito geopolítico. "Gazprom" nesta história com a fatura bilionária apresentou-se apenas como pombo-correio, e "Naftogaz" - no papel da caixa do correio.

Exatamente graças a completa compreensão da fraqueza do regime de Yanukovych e consequências de seu governo para o país na sua totalidade, Moscou torna-se tão categórico em suas exigências e apetites, e decisivo em suas ações. Nada parecido em relação ao menor país da União Européia, Moscou nem consegue imaginar.

A propósito, mais um destinatário "ao conhecimento" nesta fatura de 7 bilhões de USD está Bruxelas, porque anteriormente à reunião Ukraina - UE, a Kremlin é impoirtante lembrar de si, não apenas para Yanukovych, mas também aos parceiros europeus, na qualidade de credor que se permite apresentar a Ukraina quaisquer exigências, não se sobrecarregando com quaisquer justificativas. Entretanto, os motivos formais das pretenções russas para o dia de hoje não são atuais.

Verdade, no ano passado Ukraina reduziu a importação de gás para 32,9 bilhões de metros cúbicos. Para o ano seguinte "Naftogaz" encomendou apenas 20 bilhões de m³. No entanto, as normas de contrato de 2009 sob o princípio "pegue ou pague", segundo os quais Ukraina deveria comprar 41,6 bilhões de m³, hoje realmente não funcionam. O governo russo intimida Ukraina com ameaças de sanções de multas pela não compra de gás, sendo que na verdade tais ameaças são consideravelmente aumentadas. Recentemente a subdivisão Tcheka do consórcio de energia RWE ganhou o processo do russo "Gazprom" quanto ao princípio do "pegue ou pague" em contratos de longo prazo. Os tchecos demonstraram que a situação do gás no mercado mudou, o gás no mercado barateou, por isso já é injusto.

O tribunal concordou.
A posição da Ukraina é mais forte. Além de a obrigarem pagar "pelo vento" - o produto não comprado tem os maiores preços na Europa. E o contrato estipula que em caso de qualquer disputa, a decisão pode ser tomada pelo tribunal de Estocolmo. Seria inacreditável a aplicação de um princípio aos tchecos e outro para Ukraina.

Se as partes forem ao tribunal, então como é habitual em Estocolmo, ele demorará anos. No tribunal, ainda por muito tempo os russos esforçar-se-ão para encontrar argumentos, segundo os quais Ukraina deve pagar pelo gás mais que a Alemanha, e além disso, pelo gás não consumido. Além disso, se você colocar de lado a óbvia motivação política da fatura bilionária e procurar resposta para a pergunta por que "Gazprom" vai para o conflito, sabendo com antecedência sobre a provável perda no tribunal, temos várias opções.

Primeiro: "Gazprom" pode contar com o fato de que às autoridades as pernas vão tremer de medo. Pois renunciar ao gás do leste, nas condições em que o oeste faz exigências cada vez mais rígidas na questão da Tymoshenko à Bankova (governo) é muito desfavorável.

Segundo: O pesadelo das autoridades ukrainianas poderá ser efetivo nas condições de extenuação da "otimização" da Ukraina evidente na observaçãoo de seu orçamento.

Terceiro: Talvez, deste modo "Gazprom" fornece informações às autoridades ukrainianas para os futuros compromissos para GTS. Talvez, para que Azarov (1° ministro) possa dizer: vejam de que multas nós "socorremos" Ukraina, preço da rendição da GTS?

Quarto: Não é exclusivo que "Gazprom" calcula contornar Estocolmo com truques jurídicos com aquiescências silenciosas e consciente desamparo das autoridades ukrainianas.

Finalmente, em quinto lugar devemos levar em conta o estado psicológico em que hoje se encontram os gestores da "Gazprom". O ano novo começou com notícias desastrosas para companhia: a produção do gás em 2012 caiu 6,7%, para 478,7 bilhões de m³, contra 513 bilhões em 2011 e 528 bilhões - conforme planos de produção para 2012. O presidente da "Gazprom" Alexei Miller disse que a exportação da companhia para o longínquo além-fronteira, incluindo Europa e Turquia em 2012 foi de 138 milhões de m³ o que é 8% menos que no ano anterior. Não incluindo a Turquia, que neste ano conseguiu um bom desconto, a situação será ainda pior. Embora o monopólio russo tentasse apresentar a questão como se em tudo fossem culpadas as dificuldades econômicas européias e as dificuldades com o declínio geral na demanda de gás na Europa, na verdade a compra do gás na "Gazprom" reduzia-se muito mais que o consumo de todo gás nos países europeus.

Em compensação Qatar aumentou as entregas do gás natural liquefeito à Europa de 5 bilhões de m³ em 2006 para 44 bilhões em 2011 e 60 bilhões em 2012.

Em 2012 Noruega foi capaz de aumentar as vendas na Europa em 16%. Como resultado, o volume de entregas da Rússia e Noruega para o mercado europeu quase igualou-se - na Noruega já são 107,6 bilhões de m³.

Como resultado, em Itália a procura pelo gás em 9 meses de 2012 diminuiu apenas 2,6% e as ofertas da "Gazprom" caíram em até 11%. Na Holanda - 9% em relação a aquisição da "Gazprom" de 42,6%. Na Eslováquia - 1,8% contra 30,5%. Na Eslovenia - 2,2% contra 26,8%. Na França e Polônia o uso do gás natural cresceu em 1,9% e 6,2% enquanto as compras da "Gazprom" diminuíram em 20% e 11,5% respectivamente.

No principal mercado russo na UE - Alemanha - em novembro de 2012 Noruega assinou um contrato para dez anos, para fornecer 45 bilhões m³ de gás.

De fato, Rússia hoje perde rapidamente o mercado exclusivo de petróleo e gás na Europa, o qual iniciou-se com Kosygin a Chernomyrdin
que por décadas foi cultivado em Moscou (Kosygin 1965 - reforma do Presidente do Conselho de Ministros - maior independência empresarial; Chernomyrdin - Ministro da Indústria do gás da URSS, 1985 - 1989 e presidente da "Gazprom" de 1989 a 1992. - OK) Então como não cair na histeria e não procurar culpados?

Entretanto, hoje a situação em si é a favor do Ministério da Indústria de Ga´s da Ukraina. De fato Rússia mudou de lugar com Ukraina - na Europa o mercado de fornecedor de gás mudou para mercado de comprador de gás. Querem que compremos o seu gás - então peguem o valor que lhes damos. Não querem? Barrem o seu sistema de transporte e fiquem com o seu gás.

Para Rússia, com seu orçamento amplamente militarizado e 40% das compras de alimentos no exterior, não vai ser tão fácil. Mas, honestamente, tudo nos acordos do mercado! Exatamente aqueles, nos quais Ukraina no inverno foi forçada a assinar esses contratos.

Se pelo menos o governo (ukrainiano) for capaz de tirar proveito da conjuntura favorável!
"Gazprom" quer dinheiro fácil - dirija-se ao tribunal. No entanto, Kremlin deveria lembrar, a que consequências o levaram as antigas "Vitórias de Pirro". É exatamente devido aos conflitos de gás russo-ukrainiano ganhos por Moscou, na Europa foi lançado o programa de segurança de combustível - assim chamado "Terceiro pacote de energia", renovação energética e construção de terminais de gás natural liquefeito (gás de xisto), que crescem na costa européia como cogumelos.

Ao excesso de gás na Europa, além de tudo isso a revolução do gás de xisto, seriamente acrescentou-se à política de economia energética. Por exemplo, no PIB da Polônia que é 3,1 vezes maior que da Ukraina, o consumo total de gás é três vezes menor. Entretanto, Ukraina, em 2012 reduziu o consumo de gás em 7,6% - a 54,7 bilhões de m³, o que é 4,5 bilhões de m³ menor que em 2011. Tais reduções - melhor que nada. Se não levar em conta, que eles em grande parte são condicionados com o crescimento quase nulo do PIB.

Em resumo, está na hora do governo ukrainiano recorrer ao tribunal de Estocolmo, como fez toda Europa e, como é previsto no contrato. Afinal a simples demanda ao tribunal de Estocolmo permitiu a Polônia obter um desconto no gás russo em 15%, o que resultou em tarifas mais baixas à população, e sem quaisquer tropas do exército russo em Gdansk. No entanto, até agora o governo ukrainiano, não se sabe porque, tem medo de questionar em juízo o "irmão mais velho". Provavelmente, para não ofender com a demanda e não pisar no calo... No entanto, nós bem sabemos, o que dirá o governo em resposta às acusações quanto aos raros e absurdos acordos de Kharkiv e sua inatividade - novamente os "папірєднікі" (antecessores) são os culpados, embora este enredo lembra mais a história, que o presidente Yanukovych cada vez mais menciona na presença de seu governo - drama de vida de "péssimos dançarinos".

Tradução: Oksana Kowaltschuk

sábado, 9 de fevereiro de 2013

ABAIXO ASSINADO ACUSA YANUKOVYCH DE TRAIÇÃO

O Comitê Popular de Proteção da Ucrânia faz graves, porém verdadeiras, acusações ao presidente da Ucrânia.
Atitude corajosa, patriótica e necessária. Com certeza o presidente irá retaliar, pois troglodita como é, não irá deixar passar em branco. Naturalmente o fará em momento oportuno para que a sua imagem não seja exposta à opinião pública internacional. Em outras palavras: irá produzir fatos, acusações e testemunhas, obviamente falsas. Quem viver, verá.
 
O Cossaco.
 
Fora do jugo de Kremlin!
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 28.01.2013

Apelo do Comitê Popular de Proteção da Ukraina ao Presidente da Ukraina Viktor Yanukovych

Serviço de Imprensa do movimento civil "Causa Comum."

Nós, membros do Comitê Popular de Proteção da Ukraina e os que assinaram este Apelo, estamos imbuídos de preocupação com o destino do nosso país em relação a suas intenções, apesar de suas promessas pré-eleitorais, em violar o apoiado pela comunidade e consolidado legalmente curso da Ukraina para a integração européia.

Três anos de governo dirigido por seu regime assinalaram-se pela traição de interesses nacionais da Ukraina e violações sistemáticas dos direitos humanos e direitos fundamentais da pessoa, resultando que todo país e a maioria de seus cidadãos tornaram-se condenados a uma existência miserável em uma atmosfera de repressão política, arbitrariedade econômica dos clãs oligárquicos e isolamento internacional.

Revelaram-se ilusórias as esperanças de obter melhores preços para o gás devido estratégicas concessões nas esferas político-militar, econômica e humanitária em favor da Rússia. Essas concessões apenas incentivaram seus dirigentes a novas exigências, entre as quais a principal é a adesão integral da Ukraina à União Aduaneira.

A associação à União Aduaneira, que faz parte da União Eurasiana, sob o pretexto da qual Moscou planeja, de fato, restaurar a URSS, irrevogavelmente privará Ukraina da perspectiva da civilização européia e a destruirá como estado independente.

Suas declarações de que, a futura união com a Rússia, Cazaquistão e Bielorússia é de natureza puramente econômica, não são verdadeiras. A ameaça do restabelecimento totalitário neoimperialista estado russo preocupa hoje, seriamente o mundo, visto que suas ambições revanchistas não oculta o presidente da FR Vladimir Putin, que declara abertamente sua intensão de desenvolver não apenas a integração econômica, mas também política, militar e humanitária dentro das estruturas do domínio russo.

O curso para adesão à União Européia significa para Ukraina a perda da soberania nacional, economicamente e politicamente desastroso para a sociedade ukrainiana. Isto - é traição da nação ukrainiana que apoia a integração européia da Ukraina. Isso se refere aos eleitores do Partido das Regiões, aos quais também prometeram a integração européia, não a euro-asiática.

A fim de justificar e legitimar a entrada da Ukraina à União Aduaneira, o senhor e seus comparsas preparam um referendo. Nós não temos nenhuma dúvida, que o regime dirigido pelo senhor falsificará seus resultados do mesmo modo que foram falsificados os resultados das eleições parlamentares de 2012. Pois até a própria Lei "Sobre referendo nacional", pela qual o senhor prepara-se organizar este processo, foi aprovada com violação da Constituição da Ukraina e da Lei da Ukraina "Sobre Regulamento do Conselho Superior da Ukraina", então é nulo e não pode ser usado.

Único referendo, que hoje corresponde à vontade do povo ukrainiano, - é referendo em relação a imediata cessação de seus poderes no cargo de Presidente como pessoa, que por causa de sua política antinacional e antiukrainiana e usurpação do poder perdeu a legitimidade e apoio moral da sociedade.

Qualquer sua tentativa de introduzir Ukraina à União Aduaneira e/ou introduzir modificações na ordem constitucional de modo não previsto pela atual Constituição da Ukraina, será início do novo Maidan (referência aos protestos da Revolução Laranja - OK) para removê-lo do cargo.

2 de janeiro de 2012 - Kyiv

CHAMADA

Do Comitê Popular de Proteção da Ukraina

para apoio da iniciativa popular cívica "Fora do jugo de Kremlin!"

A nação ukrainiana encontra-se em perigo mortal: o regime atual esforça-se para arrastar Ukraina para União Aduaneira e, de maneira ilegítima alterar a ordem constitucional.

Dadas as ameaças à democracia e soberania da Ukraina, o Comitê Popular de Proteção da Ukraina chama os partidos oposicionistas parlamentares e extra-parlamentares, organizações populares patrióticas, toda nação ukrainiana a aderir à iniciativa civil "Fora do jugo de Kremlin!" e juntar-se à organização para seu apoio popular.

Comitê Popular de Proteção da Ukraina

Em nome da sociedade ukrainiana

28 de janeiro de 2013 - Kyiv

RELAÇÃO de cidadãos que assinaram o apelo do Comitê Popular de Proteção da Ukraina

para o Presidente da Ukraina de 2 de janeiro de 2013

"Fora do jugo de Kremlin!"

(Assinaram, por enquanto, 248 pessoas: ex-embaixadores, doutores (vários ramos de ciências), acadêmicos, presidentes de organizações populares e de classes, advogados, publicistas, jornalistas, professores, filósofos, generais, cantor, ex-ministros, ex-deputados (até 3ª legislaturas, a atual é sétima), ex-presos políticos, juristas, outros - OK).

Tradução: Oksana Kowaltschuk

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

OPOSIÇÃO BLOQUEIA O PARLAMENTO

Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 08-02-2013.

Os deputados da oposição, pelo quarto dia bloqueiam os trabalhos no Parlamento ukrainiano. O motivo do bloqueio é porque os deputados da situação têm o costume de votar pelos colegas ausentes. Os oposicionistas exigem que a votação seja personalizada e prometem o desbloqueio no dia 19 se os situacionistas comparecerem na totalidade. Os deputados do Partido "Udar" do pugilista Klychko inclusive passam as noites em vigília. São os que usam agasalho vermelho.
 
 
 
 
Tradução: Oksana Kowaltschuk
 
Foto formatação: AOliynik

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

ESTRATÉGIA DE GRAMSCI NA UCRÂNIA

O comunismo penetra no núcleo da sociedade utilizando várias vias, uma delas "democrática", o voto, e a “ocupação de espaços” para a “hegemonia do pensamento” que forma um novo senso comum que vai destruindo valores e princípios antigos, se modificando e consolidando no meio do povo com novos "princípios" de forma imperceptível, transformando toda uma nação num rebanho bovino rumo ao matadouro. Então a guerra agora é de cabeça, de posição, de minagem e solapamento da sociedade.

Para quem talvez ainda, não conheça a estratégia do doutrinador comunista italiano, ativista político Antonio Gramsci, é bom deixar bem claro, pelo menos em poucas palavras, o que ele preconizava.

Segundo o líder comunista, falecido em 1937, após passar anos na cadeia elaborando sua estratégia, a instauração de um regime comunista em países com uma democracia e uma economia relativamente consolidadas e estáveis, não podia se dar pela força, como aconteceu na Rússia, país que sequer havia conhecido a revolução industrial quando foi aprisionada pelos bolcheviques.

Seria preciso, ao contrário, infiltrar lenta e gradualmente a idéia revolucionária, (sem jamais declarar, que isso estava sendo feito), sempre pela via pacífica, legal, constitucional, entorpecendo consciências e massificando a sociedade com uma propaganda subliminar, imperceptível aos mais incautos, os ingênuos úteis que, por sinal, representam a grande maioria da população. O objetivo somente seria atingido pela utilização de dois expedientes distintos: a ocupação de espaços e a hegemonia de pensamento.

Este expediente está sendo aplicado na Ucrânia: ocupar espaços para alcançar a hegemonia de pensamento preconizada por Gramsci. Assim, o objetivo da Rússia comunista é o de promover a assimilação do povo ucraniano e transformá-lo em russos. Uma vez que, não havendo diferenças entre os dois povos basta anexar o território e tudo será Rússia, comunista é claro.

O artigo que se segue mostra como isso está se processando na Ucrânia.
 
O Cossaco.
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"Sirvo a Pátria": ao governo maciçamente anexam pessoas com passado russo
Tyzhden (Semana), 21.01.2013
Andrii Skumin

A rotação ordinária das lideranças nas posições-chave das instituições e departamentos, que aguardavam o fortalecimento da "Família", atestou uma tendência interessante: ao governo atraem maciçamente pessoas com passado russo.

  

O Partido das Regiões forçou através do parlamento a nomeação do novo presidente do Banco Nacional - em substituição a Serhii Arbuzov que foi transferido ao Gabinete de Ministros, encabeçando o Banco seu antigo substituto Ihor Sorkin. Anteriormente o presidente substituiu no cargo de chefe do Serviço de Segurança da Ukraina Ihor Kalinin, pelo seu primeiro vice Oleksandr Yakimenko que, de acordo com informações da mídia era, em seu tempo, chefe de segurança das estruturas relacionadas com a "Família".

As sucessivas alterações no quadro de pessoal somente destacaram a crescente influência da "Família", concentração das alavancas que no governo executivo é cada vez mais dissonante com suas fracas posições no parlamento onde ela, não obstante, deve procurar compromissos com representantes de grupos. Concomitantemente Yanukovych continua propondo iniciativas legislativas, as quais devem subordinar o governo diretamente a ele, marginalizando o papel do formal representante do Gabinete Ministerial ainda mais.

No entanto, este processo pode fazer-se acompanhar por uma tendência muito interessante: além da preponderância esperada no governo dos provenientes de Donetsk, em posições de liderança cresce o número de pessoas que, com sua biografia, de um ou outro modo estão intimamente associadas com a Federação Russa. A concentração de pessoas que nasceram, estudaram, formaram sua individualidade, serviram ou trabalharam na Rússia ou para Rússia, têm estreitos contatos familiares, empresariais ou profissionais com suas estruturas, no atual governo ukrainiano alcançaram sem precedentes, em toda história da Ukraina independente e, portanto, em grande parte um nível crítico. Então é duvidoso que pessoas ao pelo menos mentalmente, afastar-se-ão do "Mundo russo" e em suas realizações guiar-se-ão conscientes da unicidade e autonomia do Estado ukrainiano ou terão convicções pró-européias.

Afinal, qualquer funcionário, como qualquer pessoa, é influenciado pelo ambiente onde forma-se sua visão de mundo e valores. Embora atualmente ainda é cedo chamá-los agentes de influência de Kremlin [ou talvez muito tarde em não considerá-los assim - O Cossaco], e em certos assuntos eles até podem demonstrar uma obstinação incomum em face de sua profissão, mas Ukraina veem como uma espécie de "segunda Rússia". E isso torna o país particularmente vulnerável e priva de perspectivas.

Mykola Azarov, primeiro ministro.
Nasceu na Rússia. Estudou na Universidade de Moscou e até 37 anos de idade (1984) viveu e trabalhou na Rússia. Sua mãe continua residindo em Kaluga, FR, e sua esposa também é natural desta cidade. Em entrevista a jornalista Azarov declarou que se considera russo. Recebeu a "Ordem da Amizade" símbolo com o qual Moscou costumeiramente destaca as pessoas que conduzem política pró-Rússia além das fronteiras da FR. Desde meados de 1990 pertencia a partidos que visam como meta a introdução do idioma russo como segundo idioma de estado na Ukraina. Em cargos oficiais destacava-se ativamente partidário da reintegração da Ukraina nos limites de projetos de Kremlin (SES - Espaço Econômico Único, União Aduaneira, outros). Destacou-se como iniciador em Kyiv, do monumento ao primeiro-ministro do Império Russo, conhecido pela sua sublinhada xenofobia a Ukraina e Ukrainianos Pyetro Stolypin.

Oleksandr Yakumenko, presidente so SBU (Serviço de Segurança da Ukraina.
Concluiu em Yeisk (Rússia) a Escola Superior de Pilotos. Serviu no Regimento da Força Aérea da Frota do Mar Negro até 1998. Em 1997 concluiu a Academia Gagarin. De suas anotações de Yeisk sabe-se que ele considera que ainda trabalha com a KGB; não esconde que encontra-se no SBU-Ukraina porque na Rússia não o valorizam e, se valorizarem, não é exclusivo que está pronto renovar a colaboração; considera "nossos" a liderança russa.

Pavlo Lebedyev, ministro da defesa.
Nasceu em Krasnodar, FR. Em 1984 concluiu a Escola Militar, especialidade financeira. Deputado em 2006 pelo partido da Tymoshenko, passando para o Partido das Regiões em 2007.

Vitali Zakharchenko, ministro dos assuntos do interior.
Nasceu em Donetsk (Ukraina). Concluiu em Riga a Escola Superior do Ministério de Assuntos do Interior da União Soviética. Esta instituição de ensino, nos anos da reconstrução e movimento libertador nacional nos países bálticos caracterizou-se com alto nível de chauvinismo russo. Não se sabe se Zakharchenko participou das tristes ocorrências de 1991 em Vilnius, quando os comunistas tentaram com a força do exército, abafar os separatistas dos países bálticos.

Hennady Temnyk, ministro do Desenvolvimento Regional, Construção e Habitação, Serviços Comunais.
Nasceu em Kirovohrad. Estudou em Voronezh, FR, na Faculdade de Engenharia. Trabalhou em Dnipropetrovsk-Ukraina, tanto em cargos públicos como privados.

Yurii Boiko, vice-primeiro-ministro.
Concluiu o Instituto Químico-Tecnológico de Moscou Dmitri Mendelev. Em 2005 foi eleito presidente do Partido Republicano da Ukraina cujo programa previa a introdução do idioma russo como segundo idioma oficial. Ele é tido como pessoa que mantem estretas relações com estruturas russas devido a questões empresariais.

Ihor Sorkin, presidente do Banco Nacional da Ukraina.
Nasceu em Donetsk, filho de pais de nacionalidade russa e residentes em Moscou. Seu pai é vice-diretor do departamento de investimento e construção da Gazprom, ele é tido como um dos ideólogos do "South Stream" ( sistema de condução de gás). Ihor Sorkin estudou em Donetsk: Direito, Questão Bancária e Economia.

Natália Korolevska, ministra da política social.
Seu irmão trabalhou em 2010-2011 no governo de Moscou. Atualmente responde a uma questão de fraude. Natália pretendeu o lugar de lider do partido "Pátria" quando Yúlia Tymoshenko foi presa. Não conseguindo fundou um novo partido "supostamente de oposição", cuja finalidade era, justamente desviar votos, mas esta atitude deu bons lucros - virou ministra.

Tradução: Oksana Kowaltschuk
Fotoformatação: AOliynik

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

GENOCÍDIO NA UCRÂNIA: UM MUNDO DE HORRORES

Noticias Faltantes - Resgatando a história recente da Ucrânia e mostrando a ternura comunista russa.
 
O Cossaco.
 
 
Tragédia de Salina. NKVD transformou a mina de Lviv em túmulo comum
Ictorychna Pravda (Verdade Histórica), 26.06.2011
Mariana Pietsukh

O escoltador aproximou-se da mãe e gritou: "O que você está fazendo!? A mãe diz que quer alimentar os presos, porque sente piedade pelas pessoas. Então ele gritou para que ela também entrasse na coluna e puxou-a pela mão. Mas, o outro disse: Solte a velha, veja, as crianças estão choranado".

A "Verdade Ukrainiana" continua a série de publicações sobre o extermínio de prisioneiros, em massa, realizado por membros do Comissariado do Povo dos Assuntos Internos (NKVD) da URSS em junho de 1941. Já falamos sobre a destruição pelos órgãos das autoridades soviéticas de pessoas nas prisões de Lviv. Hoje - sobre o túmulo comum em Lviv.


 
História proibida
Durante o período soviético, até os anos 80, próximo à cidade Dobromyl na Starosambirshchyna encontrava-se conhecido resort terapêutico. Ele foi construído nos territórios das minas de sal. Os banhos de sal são especialmente úteis aos asmáticos e tuberculosos.

Anteriormente a guerra germano-soviética aqui não descansavam, mas trabalhavam duramente durante décadas extraíndo sal. O sal da época era conhecido além dos limites de Halychyna. O local com as minas de sal o povo a muito tempo denominava Salina.

Hoje, para os residentes nas proximidades, a palavra Salina desperta apenas um sentimento de horror. Em junho de 1941 em uma das minas encontraram milhares de cadáveres. Setenta anos atrás, em 26 de junho de 1941, revelou-se que uma das quatro minas as autoridades punitivas soviéticas usavam como cemitério para os discordantes porém pacíficos ukrainianos. 


 
Operação "descarregamento"
A compreensão de junho sangrento de 1941 para Ukraina Ocidental tem um significado um pouco diferente, que o aceito pela maioria dos ukrainianos. Em uma semana neste período aqui foram assassinadas mais de 22 mil pessoas. Assassinados não pelas mãos do nazismo, mas pelo regime comunista.

Com o ataque de Hitler à União Soviética, diante de Moscou surgiu a pergunta, o que fazer com milhares de prisioneiros, entre os quais há inimigos ideológicos. Não eram os membros de organizações patrióticas, havia estudantes, professores, padres, empresários - ou seja, elite, a qual tinha potencial perigoso para regime stalinista. Posteriormente, entre os exterminados prisioneiros encontraram crianças.

No início da guerra alemã-soviética evacuar presos que não foram condenados à morte, já não conseguiam. Bem que havia tempo para decidir e executar as sentenças de morte. Era necessária a liquidação maciça dos inimigos ideológicos. 


   
Projeto do complexo do memorial "Dor de Salina"

Por isso, a permanência dos bolcheviques nas terras ocidentais da Ukraina foram marcadas com assassinatos em massa, crueldade que em nada é inferior aos crimes nazistas.

O decreto para o descarregamento das prisões emitiu o Comissário de Segurança do Estado da URSS Merkulov. Em resultado, os estudiosos atuais contaram 38 lugares de assassinatos na Ukraina Ocidental.

Junho de 1941 - a mais terrível página na história de cada prisão na Ukraina Ocidental. Número de prisioneiros mortos na Ukraina Ocidental entre 22 e 30 de junho: Lviv (3 prisões) - 4.000, Drohobych - 1.000, Dobromyl - 1.000, Zolochiv - 749, Stryi - 1.101, Sambir - 1.200, Demianiv Laz - 2.500, Chortkiv - 800, Ternopil - 1.000, Lutsk - 2.754, Dubno - 1.500. Nas demais cidades a quantidade de vítimas constituía-se de dezenas e centenas.

 
Estrada para o inferno
"Acontecimento análogo no mundo, que jogassem vivos, feridos e mortos numa mina de sal, eu não conheci", diz a pesquisadora de massacres sangrentos na Salina Maria Prokopets. Salina - maior túmulo daqueles tempos e, provavelmente, o menos conhecido para a maioria dos ukrainianos.

No início dos anos 90 Prokopets reuniu testemunhos de pessoas idosas das aldeias próximas, para reconstituir completamente o quadro e a cronologia daqueles acontecimentos. Segundo suas palavras, os assassinatos em massa ocorreram de 22 para 23 de junho. Particularmente, aqui assassinaram mil prisioneiros da prisão de Peremyshyl (na época era território da URSS, hoje Polônia), e também traziam corpos de prisões próximas.

Liúbomyra Bachara, moradora na aldeia vizinha de Salina, aldeia Solianovatka, tinha na época 11 anos e foi testemunha, de como os prisioneiros de Peremyshyl eram conduzidos à morte. A aldeia inquietou-se, porque traziam os prisioneiros. Minha mãe correu para dentro da casa, pegou um pão e disse que era preciso dar aos prisioneiros algo para comer. Eu, minha irmã e mamãe corremos para estrada. Vinham em colunas que eram tão compridas que não se avistava nem o começo, nem o final. As pessoas estavam enfraquecidas, cansadas e assustadoras. Dos lados os escoltadores. Mamãe pegou o pão e deu a um prisioneiro, os outros viram e estenderam a mão. Então, um escoltador veio até a mamãe e gritou: "O que você está fazendo!?" Mamãe disse que queria alimentá-los, porque tinha pena das pessoas. Então o escoltador gritou com mamãe, para que ela também entrasse na coluna e puxou-a pela mão. Eu e minha irmã começamos a chorar muito. Mas mamãe foi arrastada, já estava a vários metros de nós. Então veio outro escoltador e falou: "Largue a velhota, veja, as crianças choram". Mas ele não queria soltar mamãe, ainda disse, que as crianças também iriam para coluna. Então o outro escoltador alcançou mamãe, pegou-a pela mão e retirou-a da coluna, assim ela se salvou.

Liúbomera Bachara diz que as pessoas não tinham idéia para onde conduziam os presos. Apenas viram que os desviaram da estrada para o lado de Salina.

 
Liúbomyra Bachara - Testemunha dos acontecimentos

"O mais memorável ficou o avozinho que vinha na última fila. Ele distinguia-se devido a roupa tradicional dos "hutsuls... (grupo subétnico ukrainiano que vive nos Cárpatos - OK). As calças e a camisa eram bordados. Sobre a camisa usava um colete de lã também bordado..." - lembra no livro de memórias recolhidas de Maria Prokopets, o então morador local Vasyl Fartushok.

Seguir os prisioneiroos, as pessoas locais tinham medo. Somente mais tarde ouviram, do lado da Salina, um constante zumbido de motores de caminhões e odor cadavérico. Aos agricultores sobrava adivinhar o que acontecia, e porque os motores abafavam os sons alheios. Além disso, nestes dias, de acordo com o testemunho das pessoas, para Salina constantemente chegavam caminhões de carga. Segundo a suspeita das pessoas, para cá traziam os corpos dos assassinados prisioneiros para utilização e "esconder os rastros" de outras prisões. Numerosas testemunhas relataram que, após a passagem desses caminhões na estrada havia sangue.

"Naqueles dias à Salina, uma após outra, chegavam grandes viaturas, cobertas com lonas. Nós olhávamos pela janela, mas papai gritava conosco: "Não olhem, porque vão atirar". De repente, eu gritei: Debaixo da lona, do veículo de passagem, apareceu um pé num sapato vermelho", - lembra no livro de memórias a residente de Dobromyl, senhora Euhenia, nascida em 1927, que mesmo nos anos 90, com tais testemunhos temia incluir seu sobrenome.
Nestes dias o governo soviético ordenou parar os trabalhos em todas as minas para evitar testemunhas desnecessárias. No entanto, se alguém, acidentalmente tornava-se testemunha de tal extermínio - fuzilavam. Salvaram-se somente aqueles que conseguiram esconder-se e fugir.
 
 Sepultura com profundidade de cem metros.
Convencer-se de suas conjecturas sobre os assassinatos em massa as pessoas puderam em 26 de junho, quando as tropas soviéticas já haviam fugido do avanço do exército alemão. À aldeia vieram os primeiros grupos de investigação, eslovacos. Ouvindo dos aldeões sobre a possível tragédia, juntos começaram procurar o sepulcro.
Caminharam ao longo da grama pisada, por onde conduziram os presos, e encontraram a mina polvilhada com terra e ramos, e nela os cadáveres. "Depois da retirada dos russos, as pessoas, com receio, começaram sair das casas. Vimos: o povo correndo à Salina. Nós o seguimos. O que eu vi lá, melhor não tivesse visto. No pomar, próximo de uma jovem cerejeira, havia um monte de roupas. De vários tipos. Tudo ensanguentado... Alguém foi olhar a igreja e de lá veio um grito sobrenatural. As pessoas correram para lá, e eu atrás delas... E na parede havia um homem crucificado", - lembra a senhora Euhenia de Dobromyl.
Segundo Prokopets, o chão do templo estava até os tornozelos em sangue seco. Mas, o quadro mais assustador as pessoas viram quando escavaram a mina. Até a parte de cima estava lotada de cadáveres. Considerando que a sua profundidade chegava a mais de 100 metros e o diâmetro a 5 metros, foi possível retirar, aproximadamente, apenas 500 corpos. O restante já estava desagregado em partes. Devido a um horrível fedor, e nestes dias, de acordo com as lembranças das pessoas, havia forte canícula, a mina, com os restos das pessoas enterraram novamente.
Os quinhentos corpos enterraram a algumas centenas de metros da mina. Fizeram um aterro e colocaram uma cruz.
O fato de que os corpos estavam em estado desfigurado e a maioria desses, desagregados, conduz os pesquisadores a acreditar que Salina aproveitava-se como sepulcro anteriormente. De fato após a chegada do poder soviético em 1939 à Halycyna, em uma das quatro minas pararam a extração de sal, cercaram com arame farpado e, próximo a ela colocaram uma unidade da NKVD.
 
Em sepultura modesta além do pinheiro enterraram os restos mortais de cerca de 500 pessoas, as quais em junho de 1941 conseguiram resgatar da mina de sal.

 
As suposições de que às minas de Salina jogavam corpos de torturadas pessoas muito antes do início da guerra confirma o fato de que os desumanos queriam exterminar os trabalhadores da empresa de sal. Eles temiam, que aqueles sabiam algo, adivinhavam algo. Por isto o diretor avisou as pessoas vir imediatamente buscar o pagamento", - lembra a moradora de Dobromyl Maria Yatsek.
Antonina Motsiak da aldeia Kropyvnyk contou a Maria Prokopets, como seu pai, trabalhador da mina, foi chamado para receber o pagamento. "Alguns dias antes da guerra, os trabalhadores não eram chamados ao trabalho. E, de repente, o diretor chamou todos para receber o pagamento... Já escurecia, quando papai voltou para casa. Estava assustador: lábios escurecidos racharam da febre, os olhos fixavam um ponto".
Vasyl Motsiak foi salvo porque na estrada ele encontrou moças - trabalhadoras, que o aconselharam voltar - "porque lá é o inferno". Ele contou à esposa e às crianças que do quintal da empresa vinham gritos e ressoavam tiros.
"Papai com as moças tiveram medo de ir pela estrada, então passaram pela cerca viva e chegaram à mata. E então eles viram todo aquele terror, verdadeiro inferno na terra. Atiravam nas pessoas, batiam com as coronhas das armas, com martelos e imediatamente lançavam ao poço de sal", - lembrava Antonina Motsiak.

 
   Monumento sobre a mina mortal, sob ele milhares de pessoas.
 
De um livro de memórias de um dos prisioneiros que conseguiu se salvar, também pode-se recriar o quadro do massacre em Salina.
"Antes da curva de acesso à quarta mina, próximo à igreja, os verdugos separaram as mulheres e levaram os homens diretamente para armadilha. As mulheres foram flageladas dentro da igreja, quase sem uso de armas. Batiam na cabeça com o que tivessem ao alcance, arrastavam à mina e jogavam dentro vivas ou mortas.
Ao mesmo tempo, iniciou-se a ação sangrenta aos homens. Entre as árvores colocaram metralhadoras dos dois lados, ficando um corredor até a mina. Dos dois lados fuzilavam e arrastavam até a mina. A alguns terminavam abatendo, outros jogavam vivos", - tais relatos de pessoas a partir das memórias de um prisioneiro jogado vivo na mina, que conseguiu depois sair de lá.
Os aldeões, que em 26 de junho após a retirada do exército soviético foram até Salina, lembravam que entre as árvores havia martelos abandonados com introduzidos, neles, pregos. Obviamente, com eles, além das coronhas, acabavam de matar as pessoas.
De acordo com os pesquisadores, em Salina encontraram a morte cerca de 3.600 pessoas. "A tragédia de Salina pode ser comparada a Bykivnia", - diz Maria Prokopets.
 
Memória Perdida
O sepulcro em Salina, nos tempos da União Soviética destruíram várias vezes - jogavam fora a cruz, e o aterro aplainavam. No entanto cada vez as pessoas localizavam novamente o lugar e o reparavam.
Desde 1990, no último domingo de junho aqui realiza-se Te-Deum por iniciativa de ativistas locais. Eles pretendem construir, neste local trágico, um panteão de memória com museu. Atualmente, construíram uma capela e um memorial sobre a mina.
Os recursos para homenagear as vítimas inocentes receberam de doações. Do Estado - nem um vintém.
Já por quatro anos os ativistas de Starosambirsk escrevem para o Gabinete de Ministros com o pedido de incluir Salina na lista de locais de memória da Ukraina. Somente com tal status Salina poderá pretender ao apoio financeiro estatal.
"Todos os anos nos dizem que a inclusão é difícil, mas nós continuaremos pedir a cada ano", - disse o presidente do Conselho Distrital de Starosambirsk Volodymyr Horbovyi.
Ao lado disto, não esquecem aqui sobre os monumentos aos combatentes soviéticos, embora muitas vezes culpam Halychyna em omissão e quase achincalhe sobre estas sepulturas. "Nós nos esforçamos para que todos os monumentos da II Guerra Mundial sejam adequadamente mantidos. Claro, que na receita distrital tais recursos não há, mas procuramos diversas opções, para que não haja túmulo esquecido. No ano passado beneficiamos o monumento aos soldados soviéticos em Strilkakh, que custou ao orçamento do distrito 10 mil UAH", - acrescentou Horbovyi.
 
    Capela junto a mina.

Devido à falta de atenção, informações sobre este lugar trágico poucos conhecem, até pouco sabem os cidadãos de Lviv e da região de Lviv. Segundo Prokopets, durante o mês, aqui vêm, no máximo três grupos de excursão, e pode não vir nenhum.
Durante a estada em Salina, o autor destas linhas pôde ver um grupo de estudantes poloneses. De acordo com o guia, às crianças das escolas polonesas contam sobre Salina porque entre os detidos na prisão de Peremyshyl encontrava-se a elite polonesa.
Aos poloneses não impede nem a fronteira, para conhecer a trágica história da dominação do regime bolchevique e para honrar a história de vítimas inocentes. Na Ukraina até hoje uma grande parte de pessoas nega os crimes da NKVD e exalta bandeiras e líderes comunistas.
"Eu não vou comentar sobre as falsificações que agora são publicadas. Recentemente vi num canal que desenterraram vítimas inocentes mortas por tropas da NKVD. Mais uma vez eu digo - eu não comento falsificações. Isto são provocações e falsificações históricas.Você esteve lá (em 1941 - autor)!? Conversou com testemunhas? E eu falei com testemunhas , às quais os seguidores de Bandera mataram aldeias pacíficas, abateram seus filhos", - comentou os fuzilamentos em massa, em junho de 1941, o deputado-comunista Yevhen Tsarkov. (Bandera foi o líder da OUN - Organização dos Nacionalistas Ukrainianos que lutou contra o domínio russo. Ele é acusado pelos russos, de lutar ao lado dos alemães, o que não é verdadeiro. Claro, no início da chegada dos alemães, muitos ukrainianos esperavam que os alemães os ajudassem a se livrar do jugo soviético, mas logo viram que um usurpador não é melhor que o outro. Stepan Bandera e Yaroslav Stetsko proclamaram o Ato do Estado Ukrainiano em 30 de junho, mas já em 05.07.1941, isto é, poucos dias após a chegada dos alemães, Bandera foi preso por eles e, em 15 de setembro de 1941 foi enviado à prisão na Alemanha. Desde o início de 1942 a agosto de 1944 permaneceu no campo de concentração em Sachsenhausen no bunker "Tsellenbau". Em setembro de 1944 foi solto. Continuou vivendo na Alemanha. O governo soviético encarregou a KGB  (antiga NKVD) para assassinar Bandera. Isto foi executado pelo agente soviético Bohdan Stashynskyi em 15.10.1959. - OK) .
"Nós temos o dia oficial de presos políticos, que é comemorado na Ukraina. Entristece-me o desejo de transformar Ukraina em um país de cruzes e tragédias. Para que, a cada mês destacar isto? Os líderes estatais devem, talvez, vir a cada sepultura? Eu não compreendo a essência da pergunta", - explicou sua posição quanto a comemoração dos trágicos acontecimentos de junho de 1941 na Ukraina Ocidental, o deputado-regional Vadym Kolesnichenko. (O mesmo que é co-autor do projeto de lei (aprovado) para introdução do idioma russo na Ukraina como segundo idioma oficial, -OK).
Já se passaram 70 anos desde esses terríveis acontecimentos sangrentos. Em 20 anos de independência para maioria dos ukrainianos até hoje eles permanecem uma página secreta da história. E pela demonstração no museu "Prisão Lontskoho", em Lviv, pela lista dos fuzilados, de 27.06.1941, com assinatura do procurador regional e chefe da NKVD, no ano passado, contra o diretor do museu abriram um processo criminal.
Ele é acusado pela abertura, particularmente, daquelas listas que possuem o grifo da KGB "secreto" ou "totalmente secreto". A investigação continua. Se for provada a culpa, ao historiador podem atribuir até oito anos de prisão. (Este texto foi publicado em 26.06.2011. Eu leio, ou pelo menos verifico as notícias, diariamente, de três importantes jornais ukrainianos - não lembro ter visto alguma referência sobre este processo. Espero que não tenha progredido. - OK).
Tradução: Oksana Kowaltschuk