Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana) e Tyzhden (Semana), 25.02.2013
Sobre Lutsenko e Tymoshenko falaram a portas fechadas. A situação em torno da ex-premier Yulia Tymoshenko e ex-ministro do Interior Yuri Lutsenko os líderes da UE e Ukraina discutiram reservadamente na cimeira UE - Ukraina e este encontro durou 2h20min. e não apenas 20 minutos como previsto, segundo um diplomata europeu.
Uma das perspectivas do entendimento tornou-se o Memorando sobre concessão de empréstimos a Ukraina. Seria o macro empréstimo financeiro de 610 milhões de euros como complemento ao futuro acordo da Ukraina com o Fundo Monetário Internacional. Somente no caso da assinatura da Associação.
Das palavras do presidente do Conselho Europeu Herman Van Rompuy, durante uma conferência de imprensa, conjunta com o presidente Yanukovych após a cúpula em Bruxelas, sem progresso em casos de Y. Tymoshenko e Y. Lutsenko, a UE não vai assinar o acordo de Associação com Ukraina.
"Estamos focados em três blocos de questões em que UE definiu critérios concretos - justiça seletiva, eleições e reforma da Ordem diária da Associação" - disse ele. "O progresso nestas áreas Ukraina tem de mostrar o mais tardar em maio de 2013. O progresso deve ser tangível e realista". - acrescentou.
"Nós declaramos a nossa preocupação, que continua a existir sobre os casos de justiça seletiva. Expressamos nosso apoio para os presidentes Cox (Parlamento europeu) e Kwasniewski (Polônia) e à espera de solução para a justiça seletiva".
Disse ainda Van Rompuy "A reforma sistêmica do sistema jurídico é extremamente importante para garantir que não haverá repetição da justiça seletiva" - acrescentou o lider europeu.
Um pedido semelhante expressou a Yanukovych o presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso, e destacou "decisivamente resolver o problema da justiça seletiva".
Isto também consta na declaração conjunta da Cimeira: "Líderes expressam seu total apoio à missão de observadores do Parlamento Europeu na Ukraina na Ukraina, liderada pelos ex-presidentes Cox e Kwasnievski, incluindo a necessidade de fazer uso de medidas em relação a questões de justiça que levam a especial inquietação".
"Ukraina também expressou o seu forte compromisso com a rápida implementação das decisões do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos e também recomendações do Conselho Europeu relacionados com as condições de assitência médica a pessoas sob custódia" - diz o documento.
No entanto, em seu discurso Yanukovych não abordou este tema. Ele disse que saúda a continuação da missão de Cox e Kwasniewski para monitorar a situação em torno de Tymoshenko e Lutsenko.
Os líderes da UE também declararam que vão acompanhar de perto as eleições em 5 distritos problemáticos onde foram anuladas.
Yanukovych, na conferência com os jornalistas, ainda declarou que procura e vai continuar procurar a possibilidade de cooperação com a União Aduaneira (Rússia, Bielorússia e Cazaquistão). "Tal modelo ainda não existe, mas nós estamos conversando e vamos nos esforçar para encontrar tal possibilidade". No entanto, ele ressaltou que a integração com UE é estratégica e não está sujeita a revisão.
Por sua vez, o presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso disse: "É claro que um país não pode, simultaneamente, ser membro da União Aduaneira e ter zona de livre comércio com a União Européia. Isso é impossível". Mas ele acrescentou que Ukraina e Rússia são vizinhos e é muito importante ter boas relações comerciais com a Rússia.
"Ukraina precisa encontrar aquele modelo de relações que ela deseja ter com a Rússia. E apenas Ukraina pode decidir como vai conduzir suas relações: Na região, ou ser parte do mundo", - acrescentou Barroso.
Após o encontro com Yanukovych, os lideres da UE não tem certeza de que o acordo de Associação será assinado.
A tão esperada Cimeira UE - Ukraina terminou em Bruxelas com a repetição dos apelos da UE ao presidente Yanukovych para cumprir os compromissos da Ukraina, que abririam o caminho para assinatura do Acordo de Associação e de Livre Comércio em 28 e 29 de novembro deste ano.
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Tymoshenko não vai mais dormir no quarto do chuveiro porque as câmeras de vídeo que existiam na sua enfermaria foram retiradas, segundo seu advogado S. Vlasenko.
No sábado, os médicos alemães não puderam visitar Tymoshenko com a desculpa de sábado não ser dia de trabalho. No entanto, anteriormente, eles puderam visitá-la, e o fizeram por várias vezes, nos finais de semana. Agora eles não sabem quando poderão visitá-la. Em 15.03.2012, o Tribunal Europeu de Direitos Humanos estabeleceu ao governo ukrainiano os procedimentos sobre o tratamento, e de acordo com o qual médicos independentes devem tomar todas as decisões com ele relacionados.
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Segundo "Gazeta Wyborcza" (Polônia), Yanukovych prometeu aos presidentes da Polônia e Eslováquia, durante a reunião em Wisla, a libertação de Lutsenko e, assim, mostrar que Kyiv, realmente quer se integrar com Europa. Segundo a publicação, Yanukovych não fez nenhuma promessa sobre libertação da Tymoshenko, libertação exigida em primeiro lugar pelos políticos ocidentais. Apenas prometeu uma melhora significativa nas condições concretas na prisão. (Será que isto se refere a retirada das câmeras, que estavam lá ilegalmente? - OK).
O serviço de imprensa do presidente da Polônia, Bronislau Komorowski diz que esta informação não endossa, também não rejeita.
Tradução Oksana Kowaltschuk
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