domingo, 17 de agosto de 2014

Ucrânia: Exército recupera esquadra de polícia de Luhansk mas perde MIG-29

17/08 16:31 CET

A região de Luhansk é, este domingo, o principal palco dos combates entre forças ucranianas e separatistas pró-russos, com ambos os lados a reivindicar vitórias.
Kiev afirmou que os seus militares recuperaram o controlo de uma esquadra de polícia, na cidade de Luhansk, que estava nas mãos dos rebeldes desde abril.
No entanto, reconheceu ter perdido um caça MIG-29 na região, abatido na última noite pelos separatistas, mas garantiu que o piloto escapou são e salvo.
O Exército ucraniano denunciou a entrada no território de três baterias de mísseis Grad provenientes da Rússia.
O porta-voz do Conselho Nacional de Segurança e Defesa, Andriy Lysenko, explicou que têm “informações de que os rebeldes usaram as rotas que não estão sob o controle do Exército ucraniano para receber armas e tropas vindas da Federação Russa”.
Moscou sempre desmentiu a passagem de tropas russas ou material militar através da fronteira. Mas o líder da autoproclamada República Popular de Donetsk disse que os rebeldes esperam receber em breve 150 viaturas blindadas e 30 tanques, bem como mil combatentes treinados na Rússia.
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PSICOPATAS NO PODER

Algumas pérolas sobre o regime mais demoníaco criado na face da terra: o comunismo. O nazismo foi jardim de infância diante dele.
Leiam o que Putin disse num de seus pronunciamentos:
“É preciso reconhecer que o colapso da União Soviética foi a maior catástrofe geopolítica do século” (Vladimir Putin)
Ele deseja ressuscitar a antiga União Soviética e boa parte dos países ocidentais de viés comunista o apoiam nisso. Verão o que um urso consegue fazer quando cravar suas garras nas costelas dos simpatizantes ocidentais. Irão vomitar comunismo por todos os poros. Quem viver, verá.
Agora leiam o que um padre ucraniano disse a respeito do “regime ternura” na década de 1940: 
Arcebispo de Lviv a Pio XII: “Este regime só se explica como caso de possessão diabólica coletiva".
Uma alta autoridade eclesiástica parece oferecer-nos uma explicação indireta para o fato. Trata-se de Mons. André Sheptyskyj, Arcebispo de Lviv e Patriarca de Halich, líder da Igreja Católica na Ucrânia durante as perseguições de Lênin e Stalin. No início da II Guerra Mundial, escreveu ele à Santa Sé:
“Este regime só pode se explicar como um caso de possessão diabólica coletiva”. E pediu ao Papa que sugerisse a todos os sacerdotes e religiosos do mundo que “exorcizassem a Rússia soviética”.
Mons. Sheptyskyj faleceu em 1944. Seu processo de beatificação está em andamento.
A crueldade inumana da seita socialo-comunista e a desproporção entre seus satânicos feitos e os êxitos que alcançou são de molde a confirmar a impressionante declaração do heróico Prelado ucraniano.
Fonte: Pe. Alfredo Sáenz S.J., “De la Rusia de Vladimir al hombre nuevo soviético”, Ediciones Gladius, Buenos Aires, 1989, pp. 438-439. 
Nota:
Lviv (em ucraniano Львів, em polaco Lwów; em alemão: Lemberg; em português: Leópolis) é uma cidade do oeste da Ucrânia. Localiza-se no oeste do país.
Finalmente, leiam com atenção este conceito profundamente revelador da natureza esquerdista:
O esquerdista é um psicopata por natureza
O termo “psicopata” utilizado para definição de esquerdistas tem sua razão de ser. Confiram em qualquer tratado de psicopatologia (por exemplo, Gabriel Deshaies, Psychopathologie Générale, Paris, P. U. F.), e verão que a estrutura do tempo no marxismo é idêntica à da temporalidade mórbida nos delírios de um paranóico: aquilo que não aconteceu, que simplesmente se supõe venha a acontecer, torna-se o critério da realidade do acontecido.

ARMANDO O INIMIGO

Marinha russa recebe poderoso navio de ataque entre incompreensíveis aplausos da ‘direita’


O 'Vladivostok' amanhã poderá ser apontado contra a França e contra o Ocidente.
O 'Vladivostok' amanhã poderá ser apontado
contra a França e contra o Ocidente.
Numa decisão mais do que imprudente e hoje vivamente criticada na Europa, o então presidente Nicolas Sarkozy vendeu à Rússia dois navios anfíbios de ataque, úteis como porta-helicópteros e dotados da melhor tecnologia, que a Rússia sonhava ter mas não conseguiria desenvolver.

Pertencentes à classe Mistral, os dois navios deslocam mais de 21.000 toneladas e podem transportar 16 helicópteros de ataque, 70 veículos militares – entre os quais 13 tanques pesados Leclerc e quatro lanchas de desembarque.

O primeiro navio acabou de ser armado nos estaleiros de Saint-Nazaire e seu batismo já está anunciado pela na marinha russa: chamar-se-á ‘Vladivostok’. O segundo receberá o nome de ‘Sebastopol’, uma evocação da Criméia, criminosa e ilegalmente anexada pela Rússia.

A Rússia precisa com urgência  tecnologias de guerra modernas para desafiar Ocidente.
A Rússia precisa com urgência
tecnologias de guerra modernas para desafiar Ocidente.
O navio-escola russo ‘Smolniy’ levou ao estaleiro os 400 marinheiros que serão treinados para dirigir um navio superior aos da marinha russa, que ainda ostentam com arrogância os símbolos soviéticos.

Cidadãos simpatizantes da Ucrânia, país que continua sendo agredido por agentes de Moscou, manifestaram contra a entrega desse formidável navio ao inimigo da pátria e também da França, no cais onde está ancorado o futuro ‘Vladivostok’.

Os manifestantes arvoravam bandeiras da Ucrânia e da França e cartazes com dizeres como: “Hollande, não à formação dos 400 assassinos de Putin”, e “Hollande, a honra da França vale mais que os Mistral”.

“Exortamos o governo francês a não entregar altas tecnologias militares ao mais poderoso agressor da Europa”, exigiu Nathalie Pasternak, presidente do Comitê Representante da Comunidade Ucraniana da França, que convocou a manifestação, segundo o jornal de Paris “Libération”.

Outros países europeus e os próprios EUA externaram seu desacordo com a entrega desses equipamentos bélicos no momento em que a Rússia viola de modo imoral a lei internacional.

Mas o governo socialista francês, engajado em reformas anticristãs, imorais e antifamiliares, apoia naturalmente seu símile russo. Então o processo de transferência continua, apesar do espantoso massacre de civis no voo da Malaysia Airlines.

Um fato, contudo, encheu de pasmo os admiradores da inteligência e da racionalidade que impregnam a cultura francesa.

Simpatizantes da Ucrânia protestam contra entrega do poderoso navio diante do estaleiro.
Simpatizantes da Ucrânia protestam
contra entrega do poderoso navio diante do estaleiro.
A secção de Loire-Atlantique (onde fica o estaleiro) do Front National, partido que faz do patriotismo sua bandeira principal, emitiu comunicado saudando a chegada dos marinheiros russos que amanhã poderão estar apontando esses navios contra a própria França!

“O Front National de Loire-Atlantique dá as boas-vindas aos 400 marinheiros russos que chegarão a Saint-Nazaire para aprender a usar o porta-helicópteros ‘Vladivostok”, disse.

“Para o Front National de Loire-Atlantique, a chegada a um feliz termo deste contrato, apesar da pressão de potências estrangeiras – leia-se EUA e países europeus, além da Ucrânia –, é algo de extremamente positivo para o estaleiro STX, a cidade de Saint-Nazaire e a política exterior francesa”, acrescentou o comunicado citado pelo jornal “Ouest France”.

Como se o tratado Ribbentrop-Molotov ainda estivesse em plena vigência!

Fonte: Flagelo russo.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

IGREJA APOIA MILITARES UCRANIANOS

Arcebispo católico exorta soldados ucranianos
a combater com Cristo pela pátria
Metropolita (arcebispo) greco-católico de Lviv, D. Ihor Voznyak.
Metropolita (arcebispo) greco-católico de Lviv, D. Ihor Voznyak.

O Metropolita (arcebispo) greco-católico de Lviv, D. Ihor Voznyak, deu a conhecer uma carta de apoio aos militares ucranianos em serviço ativo, na qual ele sublinha:

“Nós testemunhamos o advento de uma nova geração de heróis, prestes a sacrificar suas vidas e a esquecer todo conforto e sossego, heróis que são os primeiros a responder ao clamor de ajuda vindo de sua terra.

“Estou me dirigindo a vós, bravos defensores de nossa nação! Para muitos ucranianos, vossa fortaleza, vossa paciência e vossa prudência têm sido um modelo de como se deve amar o próprio país, de como não fugir aos deveres para com ele, e de como orgulhar-se da própria história, de sua origem, e preparar-lhe um futuro resplandecente...

“Estou vendo com entusiasmo como vós, a mais jovem geração de ucranianos, se transformou para todo o nosso povo em verdadeiro rochedo, que não será quebrado pelo medo, pela intimidação e pelas ameaças.
Soldados católicos ucranianos durante ato religioso.
Soldados católicos ucranianos durante ato religioso.
“Eu vos agradeço por vosso coração valente, cheio de ternura para com Deus e desejo de paz, que não foi envenenado pelo ódio, pelos maus-tratos ou por vilões estrangeiros.

“Acredito que vossa ação mostrará a todo o mundo que o povo da Ucrânia não está de joelhos e nunca permitirá ser acorrentado como escravo.

“E vós, tendo Cristo como companhia, vencereis a agressão e o furor, pelo bem da liberdade e dos valores morais que são a base do nosso vitorioso futuro comum.”

A carta do Metropolita de Lviv aos soldados ucranianos foi publicada pelo serviço de imprensa da arquidiocese greco-católica de Lviv e divulgada pelo RISU – Serviço de Informação Religiosa da Ucrânia.
 
Fonte: Flagelo russo.

domingo, 10 de agosto de 2014

DRAMÁTICA A SITUAÇÃO EM DONETSK


Bastião dos separatistas está totalmente cercado pelo exército ucraniano e é alvo de bombardeamentos diários. Ambos os lados impõem condições para declarar um cessar-fogo.


É debaixo de terra que se está mais seguro em Donetsk nas últimas semanas. A cidade no coração da região do Donbass, no Leste da Ucrânia, tem sido bombardeada diariamente à medida que o exército ucraniano aperta ao cerco aos separatistas pró-russos que a controlam. Já se fala em crise humanitária, mas até o sofrimento das populações está a ser utilizado como arma no conflito ucraniano.
De uma cidade com cerca de um milhão de habitantes terão fugido 300 mil pessoas nos últimos meses, desde que começaram as batalhas entre o exército leal a Kiev e as milícias separatistas pró-russas. Nos últimos dias é em Donetsk que se têm concentrado as hostilidades e os correspondentes descrevem uma cidade vazia e uma população assustada e farta de guerra.
“Temos medo do exército ucraniano, que está a disparar contra a cidade, e dos rebeldes (…) que roubam e matam civis”, dizia à BBC Dmitry Andronov, residente em Donetsk.
A ofensiva “anti-terrorista” do exército, como é designada pelo governo de Kiev, tem vindo a ganhar terreno nas últimas semanas e com a conquista da cidade de Krasniy Luch – localizada entre Lugansk e Donetsk, os dois bastiões separatistas, - conseguiu isolar as posições rebeldes. Neste momento, as milícias estão confinadas a estas duas cidades, totalmente cercadas pelo exército.
A situação de Donetsk piorou consideravelmente nos últimos dois dias, com bombardeios sucessivos. No domingo, uma maternidade no centro da cidade foi atingida por uma explosão. As pacientes e os recém-nascidos foram levados para uma cave, onde até se deu um parto, presenciado por uma jornalista da AFP. No sábado, uma pessoa morreu e dezoito ficaram feridas depois de um míssil ter atingido um bloco de apartamentos, revelou o porta-voz do conselho da cidade, Maxim Rovinsky, acrescentando que a situação “está a piorar de hora para hora”. Desde meados de Abril que o conflito no Leste da Ucrânia já provocou mais de 1500 mortos.
O agravamento dos confrontos levou mesmo os rebeldes a mostrar disponibilidade para declararem um cessar-fogo, em virtude da “catástrofe humanitária no Donbass”, nas palavras do líder da auto-proclamada República Popular de Donetsk, Aleksandr Zakharchenko.
Como tem sido comum no conflito na Ucrânia, também aqui há novo impasse, com ambas as partes sem disposição de ceder um milímetro que seja. O porta-voz do exército, Andrei Lysenko, defendeu que o cessar-fogo implica “medidas práticas e não palavras” e exigiu que os rebeldes “mostrem bandeiras brancas e deponham as armas”. Como resposta, os líderes rebeldes recuaram e afirmaram que “enquanto o exército ucraniano continuar a ação militar, não poderá haver cessar-fogo”.
A troca de argumentos é replicada ao nível internacional. O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, mostrou-se disponível para aceitar ajuda humanitária para o Leste do país, mas colocou uma série de condições. A missão terá de ser “internacional, sem qualquer escolta militar” e terá de “passar pelos postos fronteiriços controlados pelas forças ucranianas”, expôs o governante, depois de uma conversa telefônica com a chanceler alemã, Angela Merkel.
A Rússia levou na última semana ao Conselho de Segurança da ONU uma proposta para conduzir uma missão humanitária no Leste da Ucrânia. Washington recusou de imediato o projeto, justificando com os receios de que a medida fosse uma forma encoberta de invasão do território ucraniano e deixou o aviso de que qualquer incursão russa será considerada “injustificada, ilegal e inaceitável”.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

PUTIN RONDANDO A AMÉRICA LATINA E CARIBE: BOA COISA NÃO É


Na Casa Rosada: “a Argentina é hoje
o principal sócio estratégico da Rússia”
De visita à Argentina, o presidente Vladimir Putin surpreendeu com declarações vazias de verdade.
“A Argentina é hoje o principal sócio estratégico da Rússia na América Latina, na ONU e no G20. Nossas abordagens das principais questões da política internacional são parecidas ou coincidentes”, disse segundo o jornal portenho “Clarín”.

As lisonjeiras palavras foram recolhidas pela agência de noticias de Cuba, Prensa Latina, antes de o líder do Kremlin embarcar para a Argentina e o Brasil, onde participou da reunião do BRICS – Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul.

Em Cuba, o presidente russo perdoou uma dívida impagável de 10 bilhões de dólares da ilha prisão com a ex-URSS, sinal mais do que amistoso.

Seu giro latino-americano aconteceu em meio a tensões com os EUA e a União Europeia. E concluiu coincidindo com a derrubada do avião da Malaysia Airlines por um míssil de fabricação soviética manipulado por aliados de Putin ou tal vez por oficiais russos em território ucraniano.

Em Havana, o chefe russo depositou flores no cemitério dos militares soviéticos engajados em operações na ilha-prisão. Encontrou também Fidel Castro, noticiou o jornal portenho “La Nación”.

Antes de partir de Moscou, Putin disse que seu objetivo era aumentar as inversões russas na América Latina, criando “alianças plenas, tecnológicas” em setores como petróleo, gás, hidroelétricas e energia nuclear, construção de aviões e biofarmacêutico.
Com Dilma Rousseff. Wilson Dias - Agência Brasil
Não falou de onde tiraria dinheiro para essas inversões, num momento em que os capitais fogem espavoridos de Moscou, nem das tecnologias energéticas, que dependem vitalmente das empresas europeias.

Não falou sequer dos aviões a serem construídos, quando se sabe que na Rússia eles caem regularmente, a ponto de as companhias de aviação russas terem substituído a quase totalidade das aeronaves de fabricação nacional por americanas ou europeias.

Na Argentina, do mesmo modo que haveria de fazer depois no Brasil, assinou dezenas de tratados, inclusive sobre geração de energia nuclear, de acordo com o “Moscow Times”

Rosatom, a companhia estatal russa de energia atômica, deve se engajar na construção de partes da nova central nuclear argentina Atucha III.

A presidente Cristina Fernandez, que paralisou o programa nuclear argentino, disse que seu país “é um líder na América Latina em geração de energia nuclear” talvez se referindo a feitos de governos anteriores.

A Argentina possui uma das maiores jazidas de gás e petróleo de xisto do mundo, mas poucas empresas querem investir no setor, pela ojeriza anticapitalista do regime nacionalista argentino.

O nacionalismo de Kirchner se derreteu diante do antigo coronel da KGB, a quem ofereceu uma participação na exploração da imensa jazida de Vaca Muerta, na província de Neuquén.

Prato servido para o chefe do Kremlin que deseja instalar agentes no coração do continente sul-americano.

O megacrime do MH17 deu um fecho preocupante à viagem
O megacrime do MH17 deu um fecho preocupante à viagem
Além do formidável desinteresse do público argentino pela presença de um líder pouco comunicativo e desconhecido no país, 150 membros da comunidade ucraniana na Argentina estenderam enormes faixas de protesto diante da Casa Rosada.

Eles denunciavam a anexação ilegal e brutal da Crimeia e o apoio bélico aos separatistas do leste da Ucrânia.

No fim da viagem, Putin podia gabar-se de uma safra de apoios simpáticos ou não críticos de líderes populistas sul-americanos e do BRICS à posição da Rússia no conflito ucraniano.

Na Argentina e no Brasil, Putin também coletou numerosas manifestações de solidariedade em sua ofensiva diplomática contra os EUA e a Grã-Bretanha.

Putin nada disse sobre o “casamento” homossexual legalizado na Argentina e ilegalizado em seu país.

Militantes da agenda homossexual reclamaram em Buenos Aires, mas a solidariedade nacionalista-bolchevista anti-EUA passou por cima e o presidente russo não teve dificuldade em deixar de lado os jogos de palavras “moralizadores”.

Em pleno voo de retorno, estourou o crime do avião da Malaysia Airlines...

Fonte: Flagelo Russo.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

"VALORES FAMILIARES" DE PUTIN INCLUEM ASSASSINATO, diz neto de antigo presidente do PC dos EUA

 O advogado Sergei Magnitsky foi sequestrado e assassinado porque denunciou esquema de corrupção no Kremlin.
O empresário Bill Browder, que dirige na Rússia o fundo de investimento Hermitage Capital Management, declarou no programa “60 Minutes” da TV CBS que:
“o regime russo é um regime criminoso. Estamos lidando com um país nuclear dirigido por uma gangue de bandidos como a Máfia”.

Browder concedeu uma entrevista a Cliff Kincaid, diretor do Accuracy in Media Center for Investigative Journalism (Centro de Jornalismo Investigativo de ‘Acuidade na Mídia’), grupo independente sediado em Bethesda, Maryland, EUA.

Accuracy in Media analisa a objetividade das notícias veiculadas nos órgãos do macrocapitalismo publicitário e a veracidade das declarações publicadas.

Na entrevista, Browder manifestou seu espanto com o engano de certos conservadores que acreditam que Vladimir Putin seja um defensor dos valores familiares.
Se você quer falar de valores familiares, vai falar com a família Magnitsky sobre o que aconteceu com sua família em consequência da maldade de Vladimir Putin”, disse.

De fato, Sergei Magnitsky, advogado da firma de Browder na Rússia, foi sequestrado e assassinado pelas autoridades em 2009. Ele tinha revelado um esquema de corrupção no Kremlin que desviou um total de $230 milhões de dólares.

Browder disse que muita gente acha que Putin é bom porque “ignora o fato de que ele é um frio assassino que mata por dinheiro...”

O avô de Browder foi chefe do Partido Comunista dos EUA e o neto quis investir na Rússia assim que acreditou ter uma oportunidade.

Sergueï Leonidovich Magnitski:
seu assassinato pelos 'serviços' do Kremlin ainda faz falar Ocidente.
Porém, ficou estarrecido quando o caso de Magnitsky evidenciou de modo concreto como Putin e seu grupo de ex-policiais da KGB estavam saqueando o país e consolidando seu poder.

Segundo Browder, Putin age na base de um “princípio da Máfia”: “tirar o máximo de dinheiro possível do Estado e ficar no poder segurando esse dinheiro”.

A invasão da Ucrânia soou como alerta de que não se pode confiar no Kremlin. Moscou havia assinado um acordo para garantir a integridade territorial do país que agora está invadindo.

Na Ucrânia, Putin tinha um semelhante no presidente filo-comunista Viktor Yanukovych, que praticava os mesmos abusos e vivia nos mesmos luxos espalhafatosos e crapulosos.

Browder concorda que o estilo soviético de controle e da desinformação fazem parte do plano.

Como Putin controla a maioria das fontes de informação dentro da Rússia e a Internet ainda é relativamente livre, as pessoas se perguntam o que ele vai fazer para controlá-la, acrescentou o empresário.

A respeito das afirmações de que a fortuna de Putin atingiria algo como 70 bilhões de dólares, Browder apenas responde: “Ouvi números maiores do que estes”.

William 'Bill' F. Browder, em Davos 2011. Neto de presidente do Partido Comunista dos EUA não quer voltar a Russia pois teme ser assassinado.
William 'Bill' F. Browder, em Davos 2011.
Neto de presidente do Partido Comunista dos EUA
não quer retornar à Rússia pois teme ser assassinado.
Enquanto investidor na Rússia, Browder participava regularmente dos encontros do U.S.-Russia Forum, em Washington e Moscou.

Mas como Browder começou a criticar os desmandos do Kremlin, foi expulso do país em 2005, seus escritórios foram devassados em 2007, e seu advogado Magnitsky desapareceu em 2008, sendo assassinado em 2009.

Browder disse conversar com muitos homens de negócios no Foro Econômico de Davos, na Suíça, e que o 90% deles não pretendem investir mais na Rússia porque temem que lhes aconteça o mesmo.

Não faz sentido investir na Rússia quando há a possibilidade real de acabar morto. Não há direito de propriedade, não há direitos legais, não há regras”, explicou.
As pessoas não estão bem informadas sobre o que acontece na Rússia e agem com base no que elas querem que a Rússia seja em lugar do que ela realmente é. Infelizmente, a verdade sobre a Rússia é muitíssimo ruim”, acrescentou.

O Congresso americano aprovou a Sergei Magnitsky Rule of Law Accountability Act em 2012, uma lei que faz represálias econômicas e de vistos contra os agentes envolvidos no caso de Magnitsky ou acusados de abusos contra os direitos das pessoas.

Mas a lei precisa ser implementada, e isso não é do gosto do presidente Obama, muito mais próximo de seu colega Vladimir Putin do que parece à primeira vista.

Fonte: Flagelo Russo.

Populações em fuga com intensificação dos combates entre as forças ucranianas e os rebeldes

Agência das Nações Unidas para os Refugiados alerta para o êxodo provocado pelo conflito, que pode deixar quase um milhão de desalojados.

 Uma mulher em fuga depois de deixar a sua casa em Grabovo BULENT KILIC/AFP


Os combates entre as forças do Exército nacional ucraniano e os rebeldes separatistas pró-russos intensificaram-se esta terça-feira na região Leste do país, fazendo antecipar uma nova vaga de refugiados. A insurreição separatista, que dura há mais de quatro meses, já levou cerca de 730 mil pessoas a abandonar a Ucrânia e procurar abrigo do outro lado da fronteira, em território russo — onde continua concentrado um largo contigente de tropas de Moscou em exercícios militares.
Os números relativos aos desalojados pelo conflito na Ucrânia foram avançados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), que manifestou a sua preocupação com o êxodo populacional e com as condições que estes refugiados estão a enfrentar e nas quais estão a sobreviver. “As pessoas que estão a cruzar a fronteira não são turistas, são famílias em fuga. Grande parte passa a fronteira a pé, com poucos pertences em sacos plásticos. Estão totalmente desprotegidos e desamparados”, salientou Vincent Cochetel, o diretor para a Europa daquela agência internacional.
 
Os serviços de imigração russos confirmaram a entrega de 168 mil pedidos para a autorização de residência de cidadãos ucranianos desde o início do ano. Mas além dos ucranianos que escolheram fugir para a Rússia, os responsáveis da ONU referiram a existência de mais 117 mil pessoas que abandonaram as suas residências nas zonas de Donetsk e Lugansk em direção a outras cidades ucranianas: um movimento migratório interno que cresce diariamente, com pelo menos mais 1200 refugiados a fugir do teatro de guerra a cada 24 horas.
 
Desde Abril, a rebelião separatista provocou a morte de mais de 1100 pessoas: soldados ucranianos, combatentes pró-russos e civis, atualizou o comissariado da ONU para os Direitos Humanos.
 
Os confrontos entre as tropas nacionais e os rebeldes separatistas prosseguiram esta terça-feira com ataques aéreos e ofensivas terrestres. Segundo informou o Governo de Kiev, o Exército teve 26 enfrentamentos diretos com as forças pró-russas em 24 horas — que causaram a morte de três soldados e 46 feridos — e realizou várias missões aéreas que atingiram posições rebeldes e armazéns de equipamento militar.
 
O Governo ucraniano denunciou ainda como uma “provocação” a realização de exercícios bélicos pelo Exército da Rússia na região de fronteira. Num comunicado conjunto do ministério da Defesa e dos Negócios Estrangeiros, Kiev exprimiu o seu “alarme” pela presença de um largo contingente militar, que inclui pelo menos uma centena de aviões de combate, junto à fronteira, e exigiu a imediata retirada das forças russas. “A Ucrânia considera que o prolongamento destas manobras sem precedentes junto à fronteira constitui uma provocação”, sublinhou o porta-voz do ministério da Defesa, Andrii Lisenko.
 
Fontes militares citadas pela Reuters acusaram a Força Aérea russa de violação do espaço aéreo da Ucrânia, referindo a presença de drones e aviões de guerra do país vizinho no seu território. As mesmas fontes explicaram ainda que os combates tinham forçado 311 soldados e agentes alfandegários ucranianos a cruzar a fronteira para o lado da Rússia na segunda-feira: ontem, no regresso ao país, os homens (que estavam desarmados) foram recebidos a tiro pelos separatistas, que controlam a cidade de Horlivka, a cerca de 100 quilômetros da fronteira.
 
Apesar da resistência dos rebeldes, o Exército da Ucrânia reclamou ganhos importantes no terreno. As tropas nacionais encontram-se agora em posição de avançar para as cidades de Donetsk e Lugansk, disse Andri Lisenko, prometendo "libertar essas cidades” de separatistas. A BBC reporta fortes combates, com tiroteios e explosões na área suburbana de Donetsk, que está parcialmente às escuras depois de várias subestações elétricas terem sido atingidas por morteiros. Segundo fontes municipais, as hostilidades, que começaram por volta das 17h locais, já provocaram a morte de dois civis.

domingo, 3 de agosto de 2014

MADE IN UCRÂNIA

Documentário sobre a imigração ucraniana no Paraná

Este documentário mostra a saga de um povo, suas agruras, seu trabalho, suas esperanças e, sobretudo, a profunda fé em Deus que sempre norteou o povo ucraniano.
 
Constituído de quatro episódios. Cada episódio contém dois blocos. Portanto, são oito blocos no total que compõem todo o documentário. Para acessar os blocos, basta dar um duplo clique no link que aparece após cada ementa do episódio e depois assistir os dois blocos dentro do episódio.
 
O Cossaco.
 


O primeiro episódio da série Made In Ucrânia, editada do documentário de mesmo nome, com direção e roteiro de Guto Pasko, faz um resgate histórico da imigração ucraniana no Paraná, que por mais de um século mantém vivas as tradições e costumes desse povo. O documentário trata da dificuldade econômica, da dominação política, da fé, da luta, dos sonhos, da esperança e se preocupa em fazer um retrato da bravura desse povo que, com todas as dificuldades, jamais se entrega.


 

 


Com roteiro e direção de Guto Pasko, o segundo episódio da série Made in Ucrânia apresenta um pouco mais sobre a vinda dos ucranianos para o Brasil e o recomeço da vida após a Guerra.


 

 


Neste episódio do documentário de Guto Pasko um pouco mais da história da Ucrânia e das tradições que ainda são mantidas pelos imigrantes que vivem no Paraná. O encontro emocionante de uma família que foi dividida pela Guerra, quando alguns membros fugiram para o Brasil.


 

 


A exibição do último episódio do documentário que, por meio de depoimentos reconta a trajetória de um povo, completa o resgate histórico proposto. A apresentação de um panorama sobre a Ucrânia e os principais acontecimentos políticos que marcaram a história do país e evidenciam que, mesmo um século depois, a situação econômica e política não mudou muito e os ciclos imigratórios continuam.

sábado, 2 de agosto de 2014

OPINIÃO

O Governo português escolheu o seu comissário a pensar no seu interesse interno.
1. Entre a série de episódios para a escolha do próximo comissário português (Carlos Moedas irá para Bruxelas), e a crise da Ucrânia, que a Europa não viu chegar, a escolha pareceu-me inicialmente muito difícil. Depois, percebi que não era preciso escolher. São as várias dimensões em que hoje se reflete o destino da União Europeia, que é também o nosso destino.
Comecemos pela Ucrânia. O que está em jogo começa a pôr em causa a segurança europeia. Depende de uma questão fulcral: como lidar com Vladimir Putin, uma pergunta a que a Europa teve sempre dificuldade em responder. Compreende-se. Nunca conseguiu construir uma política comum para o relacionamento com a Rússia. Cada um olhava para Moscou na perspectiva do seu interesse próprio. As coisas mudaram radicalmente na última semana. E puderam mudar, graças a uma mudança fundamental que ocorreu em Berlim. Não vale a pena repetir até que ponto a Alemanha tem interesses econômicos com a Rússia, representando mais de um terço das trocas comerciais entre a União e o seu grande vizinho de Leste. Continua às voltas com o seu papel de liderança europeia – os analistas chamam-lhe “potência hegemônica relutante”. A chanceler levou tempo a perceber, mas acabou por chegar lá. Como disse o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, “é a segurança europeia que está em causa”. E isso pode valer bastante mais do que a economia. Merkel já avisou os alemães que haverá um preço a pagar. Em muito pouco tempo, Berlim passou a defender sanções que se dirigem aos principais setores da economia e que terão um impacto profundo. A gota que fez transbordar o copo foi a tragédia do avião da Malásia. Berlim ainda ficou à espera da resposta de Putin, que se fez tardar, alimentando a esperança de alguma abertura. Não foi assim. Putin decidiu-se por uma fuga para a frente. Fornece material cada vez mais pesado aos combatentes pró-russos (e provavelmente soldados), quer impedir o acesso aos destroços do avião. Merkel, que mantém uma linha de comunicação com o Kremlin, entendeu que os dois falavam linguagens absolutamente diferentes. “Ele não vive no nosso mundo” foi uma das primeiras coisas que disse a Obama quando o conflito rebentou. Hoje percebe-se que é um conflito em moldes que a Europa já se tinha esquecido de que podiam vir alguma vez a acontecer. Putin pode facilmente manter uma guerra intermitente na Ucrânia, desestabilizando toda a região e desafiando diretamente os Estados Unidos e a Europa. Pode encontrar (inventar é mais o seu gênero) um pretexto para desestabilizar países como os bálticos. As sanções podem ajudar alguma coisa? Os russos, ao contrário dos europeus, conseguem suportar grandes sacrifícios, mas não todos os sacrifícios. Os amigos oligarcas de Putin querem continuar a ser oligarcas. A ameaça energética pode resultar aqui e ali, mas tem um efeito de boomerang. A Europa é o maior cliente da energia russa e aquele que paga mais caro e a horas. A proibição de venda de tecnologia de ponta para o setor energético e para a defesa fará estragos. A proibição dos bancos russos estatais de acesso aos mercados financeiros europeus não é fácil de resolver. O risco, como diz a chanceler, é Putin não viver no nosso mundo. E o risco ainda maior é a Europa não perceber que esse mundo em que ele vive pode ser o mundo de amanhã. A imprensa britânica noticiou que a chanceler estava a negociar secretamente com Putin para chegar a um acordo que lhe salvasse a face. A de Putin, naturalmente. São boas notícias, porque agora o fará numa posição muito mais forte.
2. Recuemos agora para a boa e velha Europa, que também mudou muito nos últimos tempos. A escolha da nova Comissão está a sofrer as consequências dessa mudança. Primeiro, os Governos perderam o controle da escolha do sucessor de Barroso quase sem se darem por isso. O Parlamento Europeu, que está fascinado com o novo poder que o Tratado de Lisboa lhe dá, quer manter um controlo apertado sobre a composição da Comissão. Juncker sabe disso e está desesperado com a desatenção dos Governos. Precisa de uma Comissão que ajude a restituir-lhe a força que foi perdendo. Os nomes que tem na mesa não chegam para cumprir um dos critérios do PE: o equilíbrio entre homens e mulheres. Provavelmente, vai ter de pedir a alguns Governos que lhe mandem outra pessoa. O problema é que, como sabemos pela nossa própria experiência, esta escolha obedece mais a critérios políticos internos do que europeus, complicando cada vez mais a tarefa. O Tratado de Lisboa diz que os Governos “dão sugestões de nomes”, mas a “seleção” cabe ao presidente. Juncker pode ter aqui alguma margem de manobra junto dos Governos. A questão mais lamentável é que, nesta habitual mercearia, ninguém se lembra de olhar lá para fora, para a Ucrânia ou para o Médio Oriente, limitando-se a discutir se o novo chefe da diplomacia europeia é mulher ou homem, socialista ou conservador, mas nunca a sua capacidade de transformar este cargo numa coisa a sério.