domingo, 29 de setembro de 2013

HOLOKOST: O INFERNO NA TERRA - FINAL

Lembremos de Vinnytsia - Final

Antin Drahan


A ÉPOCA DO CRIME

Não se prendendo unicamente aos documentos encontrados junto aos cadáveres, nem aos relatos das testemunhas que possibilitavam, com muita precisão, estabelecer a época da execução do pavoroso crime de extermínio da nação, a comissão jurídico-médica, por seu lado, procurava estabelecer a época certa, baseando-se no estado geral dos cadáveres dentro do solo e ainda outros indícios. Estabelecer o tempo de permanência dos cadáveres dentro do solo também possibilitavam os arbustos plantados nas sepulturas coletivas. Pelas raízes e galhos podia-se determinar se os arbustos cresceram das sementes ou galhos foram plantados. E, se foram plantados, com que idade e, quanto tempo cresciam ali. Todas as provas em conjunto, permitiram estabelecer com exatidão, que o crime de extermínio da nação, em Vinnytsia foi executado principalmente em 1938, sendo que os fuzilamentos devem ter início ainda em 1937.

As audiências e testemunhos dos familiares e conhecidos das vítimas identificadas revelaram que todos eles foram aprisionados pelos órgãos da NKVD, nos anos de 1937 e 1938. Frequentemente transcorridos poucos dias da prisão, NKVD já informava que o aprisionado "inimigo da nação" era condenado ao degredo em longínquas regiões, por dez anos, sem direito a correspondência.

Determinar a data certa do aprisionamento de algumas vítimas foi possível com base nos documentos encontrados, principalmente os protocolos preenchidos durante as buscas domiciliares pelos agentes da NKVD. Durante as buscas os protocolos se faziam em duas vias, uma das quais era dada ao prisioneiro e a outra guardada nos fichários governamentais. Os protocolos encontrados coincidiam completamente com os relatos das testemunhas. Após o aprisionamento as testemunhas não viram mais seus familiares e também nada souberam sobre eles, com exceção do "esclarecimento" da NKVD sobre o "degredo para regiões distantes", que na verdade significava bala na nuca. Simultaneamente tiveram início em Vinnytsia os transportes noturnos secretos do prédio da NKVD para as "zonas proibidas" onde, posteriormente, foram encontradas as sepulturas coletivas.

LUGAR E DETALHE DOS ASSASSINATOS


O pátio cercado pelas garagens na prisão da NKVD em Vinnytsia, no qual fuzilavam as vítimas.
Como já mencionado, documentos, informações de testemunhas e um rol de diversos fatores permitiram concluir que os fuzilamentos das vítimas realizavam-se numa parte do pátio do prédio da NKVD, cercada pelas garagens. Em frente de uma das garagens havia um local para lavar os veículos, o que possibilitava lavar imediatamente os sinais de sangue. Durante os fuzilamentos incessantemente buzinavam os veículos de carga já preparados para o transporte de cadáveres. As buzinas dos motores ensurdeciam os tiros das armas de fogo de pequeno calibre. Mas, encontraram-se testemunhas que, casualmente, ouviram tiros singulares.

No entanto, não se exclui que alguns fuzilamentos ocorreram dentro das salas da NKVD. Chegou-se a esta suposição porque testemunhas descreveram terríveis torturas durante os interrogatórios, como o fato de que foram resgatados muitos cadáveres de mulheres completamente nuas, ou somente de camisa. Então, estas mulheres aprisionadas evidentemente foram despidas, violentadas, e depois mortas nas salas do prédio da NKVD.

Com base nos testemunhos e deduções lógicas foi possível, já durante as escavações, vislumbrar o completo quadro do crime.

Destinadas ao fuzilamento as vítimas eram chamadas das câmaras prisionais, sob o motivo aparente de exílio para degredo em "longínquas regiões". Os prisioneiros juntavam seus pertences, quando os possuíam, não sabendo que eram conduzidos para morte. Guiados para fora das câmaras prisionais eles, ou nos corredores, ou em outros locais separados, 
eram amarrados. Então, um a um, ou em pequeno número, eram conduzidos para o pátio, onde já funcionavam as buzinas dos veículos de carga. Sob o som das buzinas os presos, um a um eram fuzilados. Se uma bala não era suficiente, usavam duas ou três. Se a vítima, caída no chão, ainda apresentava sinais vitais, o carrasco destroçava seu crânio com forte pancada na cabeça. As vítimas mortas, que ainda sangravam, uma por uma eram jogadas no veículo. Por cima eram jogados seus míseros pertences - roupas que levavam consigo para "longínquos degredos". Nas "zonas proibidas" os cadáveres eram jogados nas já cavadas sepulturas, após o que os funcionários de confiança da NKVD matavam e jogavam nas mesmas sepulturas aqueles que as cavaram e transportaram, e já sozinhos cobriam os buracos com terra. As roupas, objetos e documentos encontrados nas três covas, no primeiro local das escavações, comprovaram-se como pertencentes às vítimas, que eram  tomados na entrada da prisão e guardados em depósitos. Esses objetos deviam desaparecer juntamente com as pessoas para não levantar suspeitas entre funcionários não confiáveis.

EXECUTORES DO CRIME

Objetos de acusação, com base dos quais as vítimas eram aprisionadas e torturadas.
Todos os fatos estabelecidos, objetos achados e depoimentos de testemunhas fornecem provas seguras que o crime de extermínio da nação em Vinnytsya foi perpetrado pelos agentes da NKVD. Para isso apontam os seguintes já citados fatos:

1. As vítimas encontradas nas sepulturas coletivas de Vinnytsia foram aprisionadas pelos agentes da NKVD em 1937 3 1938;

2. Todos os aprisionados eram confinados nas dependências da NKVD em Vinnytsia e na seção da NKVD, na prisão municipal local;

3. Algum tempo após o aprisionamento os órgãos da NKVD davam aos familiares os "esclarecimentos" que os presos "já foram levados para o degredo, sem direito a correspondência";

4. Em alguns casos isolados a NKVD, ambiguamente insinuava aos familiares que os aprisionados - como confirmam as evidências - nesta vida nunca mais seriam vistos;

5. Na mesma época que aconteciam as prisões em massa e os órgãos da NKVD falavam sobre envio para "longínquo degredo", em Vinnytsia foram criadas as "zonas proibidas", que permaneceram sob proteção constante da NKVD;

6. Encontrados nos locais da escavação e junto aos assassinados, documentos que comprovam as buscas caseiras pelos órgãos da NKVD, correspondem às datas exclusivas à época das prisões. 

MOTIVOS DO CRIME

Procuravam os parentes aprisionados pelos órgãos da NKVD entre os cadáveres desenterrados das covas de massas em Vinnytsia. 

O que poderia motivar o bárbaro crime de extermínio da nação em Vinnytsia? Com toda segurança demonstrada pela investigação, os assassinados não tinham nenhuma culpa, criminal ou política, e seus familiares nunca puderam compreender os motivos pelos quais foram presos, torturados e assassinados. Único esclarecimento dado pelos órgãos da NKVD durante as prisões era a afirmação que o inimigo era - "inimigo da nação" mas onde, como, porque e quando essa "inimizade" se manifestou, nunca ninguém disse. Na maioria dos casos as prisões aconteciam sem nenhum motivo, banal ou fictício. De acordo com o que constava em documentos encontrados, alguém dos presos era acusado pela doença do cavalo do "Kholkhoz", outro porque, sem permissão, mudou de local de trabalho; ainda outro porque vendia na feira produtos estragados, e outras acusações ridículas. Em muitos casos o motivo da prisão era - como constava nos documentos - encontrado durante as buscas, um cartão postal de parentes na Polônia, EUA, ou outro país além fronteira.

Nos relatos das testemunhas constava que as prisões, frequentemente, efetuavam-se com base nas denúncias, às vezes anônimas. Essas denúncias, no sistema soviético, davam ao denunciante a esperança de obter para seu uso a residência do denunciado. Entre as vítimas encontradas em Vinnytsia, havia muitos que perderam a vida por causa de sua convicção religiosa. Entre os cadáveres foram identificados padres mas, segundo os documentos encontrados concluiu-se que havia pelo menos trinta. Só na cidade de Kalenivka foram presos 17 padres em 1938, que então trabalhavam no corte da madeira. Um deles foi identificado entre os cadáveres de Vinnytsia, daí a suspeita de que lá foram assassinados os demais. Sobre a suspeita do grande número de assassinados por convicções religiosas em Vinnytsia, padres ou devotos, confirmou o fato de que foram encontrados muitos objetos religiosos nas sepulturas coletivas - cruzes, missais e até vestimentas que o padre usa ao celebrar a missa. De acordo com testemunhos somente na aldeia de Losna, da região de Ulaniv, foram aprisionadas 19 pessoas por pertencerem a uma paróquia secreta. Alguns deles foram encontrados depois nas sepulturas coletivas em Vinnytsia.

A investigação e os achados não puderam determinar nenhum caso, que em qualquer outro país culto pudesse constituir-se em pena de morte, ou mesmo um inquérito policial. Acresce o fato que todos foram assassinados secretamente e secretamente enterrados. Isto certifica que a NKVD não podia imputar-lhes nenhuma culpa que justificasse processá-los e condená-los à morte.

O EXTERMÍNIO DA NAÇÃO CONTINUA

O que aconteceu em Vinnytsya com as sepulturas e pessoas após a volta dos bolcheviques já no início do ano de 1944?

O tempo e as condições para elaboração desta brochura não davam oportunidade para revisão fundamental deste assunto. E é em vão que procuraríamos mais alguma evidência desse insano "holokost" na própria Vinnytsia. E, não são muitas as testemunhas vivas que sobraram das escavações de 1943. Mas, a futura investigação desse crime deverá, com certeza, encontrar ainda muitos documentos adicionais, que permitirão completar o quadro. 

Quando o assunto é, o que aconteceu com as sepulturas e pessoas de Vinnytsia após o
 retorno dos bolcheviques em 1944, então sobre este tema encontramos uma nota no jornal "Svoboda" (Liberdade) de 12.07.50. A fonte desta notícia não é fornecida, porém "Svoboda", naquele tempo, contava com um correspondente atrás da Cortina de Ferro e não é exclusivo que tenha recebido desse correspondente de atrás da Cortina de Ferro  não  fornecendo o seu nome por motivos compreensíveis - sua fonte. A nota impressa sob o título "Sepulturas Coletivas em Vinnytsya novamente completadas com vítimas ukrainianas de extermínio da nação pelos bolcheviques" diz:

O que aconteceu com as sepulturas e pessoas em Vinnytsia após a volta dos bolcheviques? Sobre isso, agora, existem autênticas e verificadas confrontações das evidências de testemunhas oculares. Nesta base confirmam-se, sem sombra de dúvida que, esvaziados em 1943 as sepulturas em Vinnytsia novamente estão cheias de cadáveres ukrainianos, novas vítimas do extermínio da nação pelos bolcheviques. As testemunhas oculares confirmam este fato:

Dia 20 de março de 1944 o exército soviético novamente conquistou a cidade de Vinnytsya. No dia 23 de março, do mesmo ano, foi anunciado que todos os moradores da cidade deveriam passar por uma revista especial e comparecer, munidos de passaportes, no parque municipal. Compareceram alguns milhares de pessoas assustadas. Havia muitas mulheres chorosas que pressentiam uma nova desgraça. Finalmente aproximou-se um veículo com alguns homens, nos moldes da MVD. O Comissário Rapaport, indicando as sepulturas vazias, que assim permaneceram após a retirada dos milhares de fuzilados em 1937 - 1938, perguntou: "Silenciais, traidores da pátria! Conteis, serviçais da propaganda alemã, quem de vós encontrou aqui seus familiares?" Tais corajosos, que repentinamente se expusessem ao perigo mortal, não se acharam. Então o comissário ordenou ao exército circundar a multidão e sozinho saiu da cidade. O dia todo as pessoas passaram rezando sob forte tensão, aguardando nova desgraça. À tardinha o comissário finalmente voltou, com uma extensa relação. Ele chamava pelo sobrenome, principalmente mulheres. Aproximadamente 100 pessoas se adiantaram. Esses infelizes que outrora procuravam nestes buracos seus familiares e próximos, agora estavam parados na beira de sepulturas. O comissário chamou o destacamento de armas automáticas e comandou: "Para os inimigos da revolução e traidores da pátria - fogo!" 

Pessoas banhadas em sangue caíam nos pavorosos buracos que tornaram-se novamente sepulturas de infelizes vítimas ukrainianas do novo extermínio soviético. Aqueles que sobraram, sob escolta e baionetas foram conduzidos à noite pelo caminho de Liten: "Deveis no campo de batalha expiar sua culpa perante a pátria" - disse o comissário. A maioria daqueles cidadãos de Vinnytsia morreu, praticamente sem armas, sob fogo alemão próximo a Derzhan, Letychev, Mezzhybozh e Kamianets-Podilskyi.

DA PERSPECTIVA DO TEMPO

Já se passaram quatro dezenas de anos do tempo em que em Vinnytsia, de acordo com as palavras da nação "abriu-se a terra e apareceu o inferno, o comunomoscovita "holokost" abateu-se sobre a nação ukrainiana. Aproxima-se já meia centena de anos em que aquele crime foi descoberto. É evidente que Vinnytsia de longe, não é o único símbolo daquele horrível período em que dois sistemas de ditaduras totalitárias - comunismo moscovita e nazismo alemão - imprimiram a infame marca de extermínio da nação. Os crimes dos nazistas alemães revelou o Tribunal Internacional de Nuremberg. Alguns dos inúmeros crimes do sistema comunista perpetrados durante a ditadura de Stalin foram denunciados por seus companheiros após sua morte.

Mas, por que todos calam sobre Vinnytsia? Por que agora, depois de tantos anos daqueles bárbaros crimes, a internacional UNESCO distingue o aniversário do inspirador daqueles crimes, o sangrento Lenin, como grande "humanista?" Como e com o quê esclarecer o fato, que com representantes do sistema que causou e foi responsável pelo extermínio da nação, do qual Vinnytsia é somente uma parte, hoje sentam-se, até no Vaticano, e não somente os mesmos - como disse claramente o Patriarca Josef Slipey  no Congresso Mundial dos Bispos em outubro de 1971 - "fecham os olhos sobre montanhas de cadáveres e rios de sangue"  que a nação ukrainiana depositou como vítima. E, em nome de quaisquer "diplomacias" ainda pretendem fechar os olhos e a boca para os demais.

Outras nações podem ter sobre este assunto - ou pensar que têm - mais ou menos razões. Mas Vinnytsia e inúmeros outros crimes de extermínio da nação, inclusive a mortandade em massa com o auxílio da fome organizada nos anos 1932-1933 e que vitimou milhões de pessoas, nós os ukrainianos não temos o direito de esquecer.

                                   LEMBREMO - NOS DE VINNYTSIA !!!


terça-feira, 24 de setembro de 2013

PRAZO PARA ACORDO DA UCRÂNIA COM A UE PRESSIONA GOVERNO UCRANIANO

A Yanukovych determinaram a data em que, com UE iniciarão os problemas.

Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 21.09.2013
 
Se a missão observadora de Cox e Kwasniewski não apresentar um relatório positivo ao Parlamento Europeu até 15 de outubro sobre a questão do acordo de associação da Ukaina "haverá problemas." Isto foi declarado durante a Reunião Anual em Yalta, YES, pelo presidente da Comissão do Parlamento Europeu das Relações Exteriores, Elmar Brock.

Durante o painel de discussão com o Ministro dos Negócios Estrangeiros Kozhara novamente Brock chamou a atenção para a importância de abordar "a questão Tymoshenko". Segundo ele, o Parlamento Europeu irá emitir sua decisão sobre o acordo da UE com Ukraina depois de ouvir o relatório da missão do ex-presidente do Parlamento Europeu Pat Cox e ex-presidente polonês Aleksandr Kwasniewski.

"Nós dissemos desde o início - nós devemos atender a todos os requisitos. Uma questão - justiça seletiva no caso de Yulia Tymoshenko. Se o senhor Cox e o senhor Kwasniewski não puderem comunicar positivamente até 15 de outubro, nós teremos um problema" - disse Brock.

Segundo o ministro das questões do exterior da Polônia a questão de Tymoshenko é grande demais para ser ignorada, nos foram dadas premissas - é uma questão de confiança. Este é um teste à credibilidade e qualidade da liderança da Ukraina", diz o ministro polonês.

No final da Reunião Kwasniewski insistiu no tratamento da Tymoshenko no exterior. "Tymoshenko está doente. Ela precisa de uma cirurgia, depois terapia, depois reabilitação. Nós esperamos que ela irá para o exterior, acrescentando que ela não confia nas instituições ukrainianas, e esperamos que o governo ukrainiano vai aceitar essa proposição que já está pronta a vários meses, acrescentou Kwasniewski.

Sobre a relação com a Rússia, após Ukraina tornar-se membro associado da UE: "Não se preocupem, suas relações com a Rússia irão melhorar e não piorar, profetizou Kwasniewski. Como o lema e compreensão de sua situação deve ser a frase do cinema soviético - "Nem um passo para trás, atrás Moscou!", - meio brincando acrescentou o ex-presidente da Polônia. Todos os presentes riram e aplaudiram com arrebatadas palmas.

Yanukovych em Yalta: última parada antes de Vilnius

Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 22.09.2013
Serhii Leshchenko


O evento chave em Yalta-2013 foi uma discussão que ocorreu durante o discurso de Yanukovych com a presidente da Lituânia Dalia Grybauskaite, que levou para Yalta apenas dois guardas - no modo da economia do país. Yanukovych que era guardado por dezenas, se não centenas de civis, não traiu seu costume - ele conseguiu na presença da Grybauskaite errar seu nome.

- Estou contente que o meu parceiro hoje é um amigo de longa data da Ukraina, presidente da Lituânia Dalia Hriskaute - declarou. Mas, por outro lado, pela primeira vez em todoos os anos de reuniões em Yalta Yanukovych se atreveu falar sem cola ou ponto (como no teatro). Ele falou sem eloquência, mas calmo - e, finalmente - aquilo, que dele desejavam ouvir em Yalta já a muitos anos: Yanukovych anunciou que o Acordo de Associação com UE é cenário sem alternativa para Ukraina. Falando sem assoprador, de vez em quando agradava a audiência com metáforas.
- Ukraina percorre o caminho da eurointegração com confiança. Mas Ukraina encontra-se entre dois grandes monstros - UE e Rússia. Nós sentimos isto todos os dias...

Após esta alegoria aos monstros a líder do Báltico falou que a opção européia é estratégica para Ukraina, que ainda há tarefas específicas para serem realizadas pela Ukraina, que devem ser criadas salvaguardas para eleições justas na Ukraina, e desejou que Ukraina tenha forças contra a pressão de terceiros.

E então aconteceu o inesperado. Pela primeira vez desde 2004 o debate teve olhos nos olhos com seus adversários, anteriormente era previamente acordado.

 
Foto: Poroshenko (o rei do chocolate) e Klychko (ex-boxeador e pré-candidato a presidência em 2015).

Primeiramente a palavra foi dada a Klychko que, inesperadamente convocou Yanukovych... a demitir-se no caso da não assinatura do Acordo de Associação:
- É interessante ouvir que a situação está melhorando. Eu tenho a impressão de que estamos a falar de dois países independentes, - declarou Klychko. - Se nós não assinarmos o acordo, o senhor estaria pronto, neste caso, demitir-se?

Yanukovych sorriu e, em seguida respondeu ao ex-boxeador.

- Nós somos pessoas um pouco diferentes. Você é um homem relativamente jovem. Eu sei e você sabe, o que é levar um soco. Golpe, hein?

- Eu desafiei golpes em minha vida muitas vezes. Eu não diria tão enfaticamente como o senhor. Nós, quando realizamos reformas, tentamos reparar a velha casa. Pintamos, branqueamos ela... E vimos que não muda nada. Precisa fazer uma reforma capital. E se não tivéssemos começado em 2010, hoje não haveria esta conferência, tal como ela é.  Este é certamente um mérito da oposição - porque o senhor é apoiado por parte da sociedade. Mas o destino de responsabilidade comigo carrega também o senhor.

Em seguida chegou a vez de Yatseniuk (lider do partido Pátria). Ele anunciou a todo país que, por enquanto não está em guerra com o adversário e pediu, pela Ukraina, para cumprir um dos critérios necessários para assinatura do Acordo - parar com as perseguições políticas e libertar Yulia Tymoshenko.

Esta chamada também não tirou o equilíbrio de Yanukovych - ele estava preparado para perguntas sobre a prisioneira de Kharkiv. Portanto, em resposta voaram as acusações sobre as perdas dos contratos de gás.

- Repito novamente para aqueles que não me ouviram - pagamos mais pelo gás que a Europa, cerca de 150 dólares. São consequências vergonhosas do acordo de 2009...

Yanukovych mencionou dois políticos - ex-presidente da Polônia Kwasniewski e o ex-presidente Cox - que durante o último ano e meio estiveram na Ukraina por mais de 20 vezes, em busca de uma saída para a questão Tymoshenko. - Eu sou muito grato a eles - disse Yanukovych.  - Temos tempo ainda e vamos trabalhar de acordo com o plano que existe. Por enquanto nós não dissemos nem "sim", nem "não". A resposta deve estar no plano legal.

 
Foto: Yatseniuk, em pé

Nova discussão iniciou a presidente da Lituânia que afirmou pagar mais caro pelo gás que Ukraina. O preço do gás para Lituânia inclui outros índices: outra procedência, trânsito diferente... não cabe a comparação.

Pressionar Yanukovych com a questão Tymoshenko assumiu Lutsenko. A situação apresentou-se incomum - era um diálogo do verdugo de ontem contra a vítima.

 
 Lutsenko (centro)
- Segundo seus poderes, não há limites para perdoar quaisquer cidadão da Ukraina, além daqueles, que o senhor mesmo estabelece, - dirigiu-se Lutsenko a Yanukovych. - Eu sou um precedente de que, o senhor teve sabedoria de parar o experimento sobre mim. Neste edifício histórico eu lhe exorto, Viktor Yanukovych, pessoa que não tem medo de Putin, não deve ter medo de Yulia Tymoshenko. Aplausos interromperam Lutsenko, mas ele ainda não havia dito tudo - ele passou para assunto "pessoal" com Yanukovych.

- Eu me permito como duas vezes condenado propor ao senhor - simplesmente pegar uma caneta - e assinar a decisão que dará 100% de garantias para vitória em Vilnius.

Yanukovych esforçou-se para mostrar generosidade. - Yurii Vitaliovych, eu estou feliz em vê-lo antes de tudo. Não tenho quaisquer reservas por estar com o senhor no mesmo local, mantendo uma conversa. Estou feliz, que o senhor esteja aqui e que lhe vejo. 
Mas os argumentos de Lutsenko ele não aceitou.

- Sente-se, por favor. Eu, desde o início, dizia a todos envolvidos no seu caso, eu dizia que era bobagem... Eu era totalmente contra a sua prisão. Mas aconteceu o que aconteceu. Por isso não são corretas as comparações de sua questão com a questão de Tymoshenko.

- Não cor-re-tas! O senhor trabalhou na aplicação da lei, compreende isto muito bem. É preciso dar resposta às questões que encontram-se nos tribunais. A resposta pode dar apenas o tribunal, ou uma decisão voluntária de Tymoshenko.
O que Yanukovych tinha em mente ele não explicou. Possivelmente, reconhecimento por Tymoshenko de sua culpa na questão do UES (Único Sistema Energético da Ukraina) - ou pedido de clemência.

- Portanto, a resposta a esta questão reside no compromisso ou resposta com participação de Tymoshenko, - dizia Yanukovych confuso. - Tribunal e Tymoshenko podem, muito rapidamente, responder a esta questão.

Ilustração de como funciona a política na Ukraina, foi a cena, de como após este encontro Leonid Kozhara esforçava-se para questionar a Bildt (ministro das Relações Externas da Suécia), o que realmente lhes prometeu Yanukovych. Isto é, o ministro esforçava-se para conhecer a posição de seu presidente... de seu contraparte nas negociações.

A impressão geral com que os europeus deixaram Ukraina - Yanukovych não tomará qualquer decisão sobre Tymoshenko até o último momento. Possivelmente, sobre a libertação poderá anunciar diretamente da Cimeira de Vilnius. Grandes, mas infrutíferas esperanças ele coloca na mudança da retórica da Alemanha após as eleições para o Bundestag. O principal interesse dele hoje - são garantias de não retorno da Tymoshenko a Ukraina - após o tratamento na Alemanha e na véspera da eleição presidencial. E se ele tiver um centésimo de chance assinar o Acordo de Associação sem libertar Tymoshenko - ele o aproveitará. Possivelmente até, sacrificando a própria associação. Pelo menos, o cenário da não assinatura do Acordo Yanukovych também comentava em Yalta.

Reunião: "Estratégia Européia de Yalta" foi elaborada  com o apoio da Fundação de Viktor Pinchuk.
(Viktor Pinchuk é um oligarca, genro do ex-presidente Kuchma. Reuniões anuais. OK)

Tradução: Oksana Kowaltschuk
Foto formatação: A.Oliynik

domingo, 22 de setembro de 2013

INVASÃO COMUNISTA NA POLÔNIA EM 1920

Resgatando a história para mostrar como foi o processo de formação da URSS, três anos após a Revolução Bolchevique (comunista) na Rússia e dois anos do fim da Primeira Guerra Mundial. As cenas que você verá a seguir mostra a ternura, justiça e igualdade comunista, na prática.
Hoje não é mais assim, hoje aplica-se a ocupação de espaços para promover a hegemonia de pensamento modificando o senso comum. A nova guerra comunista não produz mais ruídos... ela é silenciosa e quando você menos percebe já está numa prisão sem grades. Pense nisso, antes de hipotecar o seu apoio ao comunismo ou às suas cortinas adjacentes, esteja onde você estiver.
Mesmo que você não entenda o inglês, assista este excerto de vídeo até o fim. As imagens não têm fronteiras. 
Que Deus nos proteja.

O Cossaco.





Em 1920, na entrada de Varsóvia, aconteceu uma das mais importantes batalhas do século XX. À época, o novo Estado soviético estava completamente desmembrado e enfrentava uma guerra civil brutal. A melhor maneira de assegurar a sobrevivência do regime era exportar a Revolução para a Alemanha. Entre a Rússia e a Alemanha, estava a Polônia, uma nação que tinha acabado de recuperar sua independência depois de mais de um século de opressão e que, sendo ainda militar e economicamente fraca, encontrava-se em uma situação de vulnerabilidade. Em meados de agosto, os russos estavam a poucos quilômetros de Varsóvia. Foi quando aconteceu o milagre do Vístula - o exército polonês, liderado por Józef Pilsudski, reagrupou-se e conseguiu uma das vitórias mais importantes da história. 
Se você deseja saber mais sobre este assunto, recomendamos o livro VARSÓVIA 1920 de Adam Zamoyski, tradução de Roberto Alexandre Gray, Editora Record, onde se descreve detalhadamente este episódio dramático.

sábado, 21 de setembro de 2013

JORNALISTAS HOMENAGEIAM COLEGAS ASSASSINADOS

Como na Praça da Independência (Maidan) no dia 16 de setembro lembravam jornalistas mortos.

Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 17.09.2013


No dia 16 de setembro completaram-se  13 anos desde o desaparecimento do jornalista Georgy Gongadze.
Representantes da mídia e ativistas sociais reuniram-se para honrar a memória de Gongadze e de outros jornalistas que foram mortos ou desaparecidos durante a independência ukrainiana (22 anos - a relação aparece no vídeo).
Com as velas acesas formaram o diminutivo carinhoso de Georgy.
Mais tarde, em passeata, foram para frente da administração presidencial.


Ações semelhantes ocorreram em Lviv e Kharkiv.
Em Donetsk moços de "estatura atlética" impediam a ação dos jornalistas

Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 16.09.2012

George Gongadze, filho de pai georgiano e mãe ukrainiana era jornalista. Casado com ukrainiana passou a viver na Ukraina, aí exercendo sua profissão, sempre preocupado com a verdade  procurava mostrar a realidade predatória do governo Kuchma. Foi assassinado, porém seu corpo foi encontrado na mata, sem a cabeça.

Anteriormente Gongadze esteve na Abkhazia durante a guerra civil na Geórgia. Voltou para Ukraina em 1993 com o braço ainda ferido devido a explosão de uma mina. Mais tarde, através desses fragmentos, o corpo sem cabeça encontrado na mata foi reconhecido, no ano 2000.


Vídeo: Georgy com o braço enfaixado, comenta a guerra da Georgia.

As suspeitas quanto aos mandantes do crime levavam diretamente ao governo ukrainiano. Então nada se apurava conclusivamente. Inclusive aconteceu um fato bastante estranho. Em 2005, no dia em que o ministro do Interior da Ukraina, Yuri Kravchenko deveria comparecer ao Ministério Público para interrogatório ele suicidou-se deixando o seguinte bilhete: "Eu não sou culpado de nada. Fui vítima de intrigas políticas do presidente Kuchma e sua Comitiva".

No dia anterior ao questionamento da testemunha-chave no caso do jornalista assassinado, o Procurador Geral Sviatoslav Piskun alardeou o fato através da mídia. E, esta publicidade incomum despertou suspeitas. Suspeitas que foram reforçadas pelas circunstâncias do suicídio. Kravchenko deu dois tiros. A primeira bala veio debaixo, atravessou o queixo, a boca e saiu pelo nariz. E somente depois, tendo um ferimento terrível, o chefe de polícia de 1995-2001 desferiu um tiro na têmpora.

As circunstâncias da morte de Kravchenko permanecem misteriosas, como a maioria dos casos de alto perfil da política contemporânea ukrainiana - o assassinato de Gongadze, o envenenamento de Yushchenko (quando candidato à presidência em 2004. Sobreviveu e venceu as eleições após a Revolução Laranja), morte de Chornovil e muitas outras.

Finalmente, no ano 2012 foram condenados os três executores da norte de Gongadze. Porém, os jornalistas pedem, e a nação ukrainiana deseja que também sejam condenados os mandantes do assassinato.

Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 16.09.2013

Em 2013 cresceu o ataque a jornalistas por agências de segurança e de particulares.
A agressão física é alta - em julho foram registrados '10 casos de ataques, em agosto 5.
De janeiro a julho de 2013 foram registrados 117 casos do artigo 171 do Código Penal "Obstaculização da atividade profissional do jornalista". No entanto, apenas três casos foram encaminhados ao Tribunal.

Organizações jornalísticas têm encaminhado ao Ministério da Administração Interna e à Procuradoria Geral declarações com informações sobre os crimes cometidos contra jornalistas e exigem aplicadores para levar os culpados à justiça.


Tradução: Oksana Kowaltschuk

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

ARMÊNIA DECIDIU ADERIR À UNIÃO ADUANEIRA?

Ukrainskyi Tyzhden (Semana ukrainiana), 04.09.2013

O presidente da Comissão do Parlamento Europeu dos Assuntos Externos Elmar Brok (Alemanha) considera que Rússia chantageia Armênia para que ela decida se juntar à UA. Ele emitiu este pensamento ao comentar a declaração que o presidente armênio Serzh Sarhisyan emitiu depois de conversar com Vladimir Putin em Moscou. Brok disse: " Sinto muito sobre isso. Eu tenho discutido este assunto com o presidente armênio também. Sabemos que Armênia está sob intensa pressão por causa da difícil situação com o Azerbaijão e Nagorno-Karabakh. Tudo isso é pressão. Um país tão pequeno como Armênia chantageado para aceitar tal decisão".


"Eu sinto muito, porque legalmente, devido a certas condições, é impossível ser membro da UA e assinar o Acordo de Associação e livre comércio com UE" - disse ele e acrescentou que as relações entre Armênia e UE no futuro "serão as mesmas que com outros países, mas não serão relações com perspectivas européias.

À pergunta, se Armênia pode mudar sua decisão até a cúpula em Vilnius, Elmar Brok respondeu que espera que sim, porquanto os representantes da UE irão conversar sobre a situação com Armênia.

Ele também acredita que é necessário resolver o problema de Nagorno-Karabakh. "A UE, que até agora não fez isto, deve demonstrar mais interesse na resolução deste problema".

Como ficou noticiado, o presidente da Armênia Serzh Sarhisyan declarou sobre decisão de aderir à União Aduaneira após seu encontro com Vladimir Putin em 3 de setembro.

Ukrainskyi Tyzhden (Semana ukrainiana), 07.08.2013)

Para arrastar Armênia à UA, Rússia empurrava Azerbaijão à guerra em Nagorno-Karabakh. Rússia implantou toda alavancagem possível para, na véspera da cúpula de Vilnius obrigar Armênia à recusa da criação da zona de livre comércio com UE e obrigar Armênia solicitar entrada na UA, segundo comentário no ZN.UA do ex-ministro da Segurança Nacional da Armênia, presidente do Centro de Estudos Políticos e Legais Concord David Shahnazarjan. Ele explicou a decisão repentina do presidente armênio de adesão à UA com "pressão sem precedentes do Kremlin."

A pressão realizava-se em várias frentes. Particularmente, Kremlin planejava empurrar Baku para nova guerra por Nagorno-Karabakh  fornecendo, por milhões de dólares, armas russas para Azerbaijão. E, incluíndo declarações públicas dos diplomatas russos sobre possível desestabilização na política interna da Armênia.

De acordo com o especialista, "Moscou tem certas influências no campo político interno. Há a "Armênia Próspera", o Congresso Nacional e outros, que agem a favor de interesses russos. Penso que houveram também outras alavancagens de pressão" - disse Shahnazarjan.

"Nossa Constituição não permite que o país se torne um membro de plenos direitos da UA. Se, de repente, apesar da proibição da Constituição, Armênia se tornar um membro pleno da UA, haverão consequências muito negativas para o país, porquanto ele se tornará um apêndice da Rússia", - diz David Shahnazarjan.

Já o analista político do Instituto de Cooperação Euro-Atlântico V.Gorbach declarou:  "Armênia é refém da Rússia em qualquer questão: tanto na solução do problema de Nagorno-Karabakh, como na integração européia. Além disso, praticamente toda a economia da Armênia está nas mãos da Rússia, e também Rússia tem uma base militar na Armênia. Isto quer dizer que a situação da Armênia é mais complicada para escolha independente, embora, a situação na Ukraina é semelhante. É claro que os armênios gostariam integrar-se com os dois lados, mas há a posição russa. Portanto penso, que a declaração conjunta dos presidentes da Armênia e Rússia - é um passo forçado de Yerevan".

"É claro que a probabilidade de que o acordo será rubricado ainda persiste. Por que a UE faria isto? Em particular, como um projeto para o futuro, entendendo que o acordo ainda não entra em vigor, mas, hipoteticamente pode entrar. Além disso, a rubrica de tais acordos aguardam Moldova e Geórgia "no mesmo pacote" com Armênia. Então, é necessário fechar essa questão para ela não voltar" - diz Gorbach.

Tradução: Oksana Kowaltschuk


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

MOSAICO DE NOTÍCIAS

Yanukovych prometeu proteção aos negócios em troca da integração européia

Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 05.09.2013

Segundo Forbes.ua, em 05.09.2013 Yanukovych em uma reunião do Partido das Regiões instou com os deputados para apoiar as leis de integração com UE, prometendo proteger seus negócios de atenção desnecessária dos auditores e incumbiu o governo a desenvolver medidas para proteger os interesses dos produtores nacionais.

"Em detalhes o presidente explicou porque é necessário adotar cada uma das mais de 20 leis da integração européia. Além disso, ele nos aconselhou a tomar ciência do texto sobre o projeto de acordo de associação." - disse a vice-chefe do Partido das Regiões Olena Bondarenko.

Depois Yanukovych passou para comunicação pessoal. Por exemplo, ele quis saber o motivo dos temores devido ao Acordo  com UE do proprietário da companhia "Motor Sich" Vyacheslav Bohuslayev, um dos principais adversários da integração européia entre os deputados. 
Bohuslayev respondeu que a produção de sua companhia pode tornar-se não-competitiva. Então Yanukovych determinou que o primeiro vice-primeiro ministro S. Arbuzov e outros membros do gabinete ministerial preparem um conjunto de medidas para proteger os interesses dos empresários ukrainianos depois do mercado local abrir para produtos europeus.

No final, vários deputados majoritários queixaram-se ao presidente devido as infinitas verificações de suas empresas pela fiscalização e agências da lei fiscal. Yanukovych propôs criar um grupo de trabalho para proteger as pequenas e médias empresas e, imediatamente fez a sua lista, que incluiu B. Kolesnikov, S. Tihipko, V. Bohuslayev, V. Nechyporenko e outros. Eles vão interagir diretamente com Arbuzov, para proteger as empresas das forças de segurança.

"Vamos preparar alterações às leis para livrar o negócio de diversos controles e reduzi-los ao mínimo", - partilhou seus planos Kolesnikov.

No final da reunião Yanukovych convidou os deputados que se opõem à integração européia levantar de seus assentos. Todos permaneceram sentados.

Até que enfim, reconheceu!

Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 07.09.2013

Durante uma reunião com o Partido das regiões em 04 de setembro, o presidente Yanukovych acusou os parceiros russos de violação de uma série de acordos.

De acordo com "ZN.UA", citando fontes, Yanukovych queixou-se de negligência nas relações, referindo-se na não realização de compromissos assumidos pela Rússia, de acordos quebrados, humilhação e esmagamento (E ele esperava o quê ??? - OK). O presidente sublinhou que deste modo, seus amigos no Kremlin e "Gazprom" causam ofensas não apenas a ele, mas a toda Ukraina. Ele lembrou, que durante o acordo de Kharkiv o lado russo, no mais alto nível, prometeu que, como parte dos acordos será alterado o preço do gás que Gazprom vende para Ukraina. Posteriormente os russos não cumpriram a promessa. Alemanha, Itália e Austria pagam de 360 a 380 dólares por mil m³, enquanto Ukraina, com desconto de 100 dólares pelo aluguel da base da Frota do Mar Negro paga 430 dólares. Então ele concluiu que não se pode esperar parceria respeitosa de seu vizinho do norte e por isso sua decisão pela integração européia é sem alternativas.

Caso Markov

Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana, 12.09.2013

O Supremo Tribunal Administrativo ordenou à Comissão Central de Eleições recolher o mandato de deputado de Ihor Markov do Partido das Regiões. O Tribunal considerou que foi estabelecido o fato de fraude eleitoral, nas eleições parlamentares na circunscrição 
nº 133 em Odessa. (praticamente um ano após as eleições).

Markov acredita que as alegações de fraude eleitoral são devido ao fato de que ele é contra a integração européia da Ukraina e não tem intenção de votar a favor das leis que promovem a assinatura do acordo da associação.

No entanto, o vice-líder do Partido das Regiões Oleh Tsariov acredita que a decisão do Supremo Tribunal Administrativo de caçar o mandato de deputado a Ihor Markov não aconteceu devido ao fato de que ele se opõe à integração européia da Ukraina.

Sobre o Acordo de Associação

Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 15.09.2013

Se os processos na Ukraina após a assinatura da Associação com UE não forem na direção da Europa, o Parlamento Europeu pode complicar, artificialmente, a ratificação do Acordo.

Assim, a UE decidiu garantir-se e aumentar as alavancas de influência sobre Ukraina.

Como indica o artigo de "ZN.UA", o lado europeu ligeiramente alterou sua abordagem quanto às condições iniciais da chamada aplicação temporária do Acordo (até sua ratificação por todos os 28 parlamentos - membros da UE).

"Anteriormente previa-se que para isso seria necessário ratificar o Acordo sobre associação apenas pelo Parlamento Europeu, e o lado europeu com um documento a parte notificaria o limite, dentro do qual o Acordo seria realizado temporariamente, mas agora os europeus falam sobre a necessidade de realizar a ratificação do Acordo pelo Parlamento Europeu antes do início da aplicação provisória".

Deste modo, se os processos na Ukraina após a conclusão de associação com a UE não forem encaminhadas na direção européia, a ratificação no Parlamento Europeu pode ser "esquecida".

No entanto, é importante para Ukraina, que a ratificação se realize até meados de abril de 2014, isto é, que seja realizada pelo Parlamento Europeu atual, porque após as eleições e posterior alteração na composição dos órgãos da UE pode, por muito tempo se empurrar "o tema ukrainiano" para periferia da atenção da UE", - diz a publicação.

Além disso, as fontes da publicação avisam, que o lado europeu, discutindo as medidas em que o Acordo sobre associação serão temporariamente implementadas, não pretende limitar-se apenas com as seções dedicadas à criação de uma zona de livre comércio (como se previa anteriormente). "Muito provável, que a UE vai incluir à lista algumas seções políticas, para Kyiv não relaxar na construção de uma democracia de pleno direito, especialmente às vésperas das eleições presidenciais em 2015", - acentua-se no artigo.

Tradução: Oksana Kowaltschuk