Ukrainskyi Tyzhden (Semana ukrainiana)), 04.09.2013
O presidente da Comissão do Parlamento Europeu dos Assuntos Externos Elmar
Brok (Alemanha) considera que Rússia chantageia Armênia para que ela decida se
juntar à UA. Ele emitiu este pensamento ao comentar a declaração que o
presidente armênio Serzh Sarhisyan emitiu depois de conversar com Vladimir Putin
em Moscou. Brok disse: " Sinto muito sobre isso. Eu tenho discutido este assunto
com o presidente armênio também. Sabemos que Armênia está sob intensa pressão
por causa da difícil situação com o Azerbaijão e Nagorno-Karabakh. Tudo isso é
pressão. Um país tão pequeno como Armênia chantageado para aceitar tal decisão".
"Eu sinto muito, porque legalmente, devido a
certas condições, é impossível ser membro da UA e assinar o Acordo de Associação
e livre comércio com UE" - disse ele e acrescentou que as relações entre Armênia
e UE no futuro "serão as mesmas que com outros países, mas não serão relações
com perspectivas européias.
À pergunta, se Armênia pode mudar sua decisão
até a cúpula em Vilnius, Elmar Brok respondeu que espera que sim, porquanto os
representantes da UE irão conversar sobre a situação com Armênia.
Ele também acredita que é necessário resolver
o problema de Nagorno-Karabakh. "A UE, que até agora não fez isto, deve
demonstrar mais interesse na resolução
deste problema".
Como ficou noticiado, o presidente da Armênia
Serzh Sarhisyan declarou sobre decisão de aderir à União Aduaneira após seu
encontro com Vladimir Putin em 3 de setembro.
Ukrainskyi Tyzhden (Semana ukrainiana),
07.08.2013)
Para arrastar Armênia à UA, Rússia empurrava
Azerbaijão à guerra em Nagorno-Karabakh. Rússia implantou toda alavancagem
possível para, na véspera da cúpula de Vilnius obrigar Armênia à recusa da
criação da zona de livre comércio com UE e obrigar Armênia solicitar entrada na
UA, segundo comentário no ZN.UA do ex-ministro da Segurança Nacional da Armênia,
presidente do Centro de Estudos Políticos e Legais Concord David Shahnazarjan.
Ele explicou a decisão repentina do presidente armênio de adesão à UA com
"pressão sem precedentes do Kremlin."
A pressão realizava-se em várias frentes.
Particularmente, Kremlin planejava empurrar Baku para nova guerra por
Nagorno-Karabakh fornecendo, por milhões de dólares, armas russas para
Azerbaijão. E, incluíndo declarações públicas dos diplomatas russos sobre
possível desestabilização na política interna da Armênia.
De acordo com o especialista, "Moscou tem
certas influências no campo político interno. Há a "Armênia Próspera", o
Congresso Nacional e outros, que agem a favor de interesses russos. Penso que
houveram também outras alavancagens de pressão" - disse
Shahnazarjan.
"Nossa Constituição não permite que o país se
torne um membro de plenos direitos da UA. Se, de repente, apesar da proibição da
Constituição, Armênia se tornar um membro pleno da UA, haverão consequências
muito negativas para o país, porquanto ele se tornará um apêndice da Rússia", -
diz David Shahnazarjan.
Já o analista político do Instituto de
Cooperação Euro-Atlântico V.Gorbach declarou: "Armênia é refém da Rússia em
qualquer questão: tanto na solução do problema de Nagorno-Karabakh, como na
integração européia. Além disso, praticamente toda a economia da Armênia está
nas mãos da Rússia, e também Rússia tem uma base militar na Armênia. Isto quer
dizer que a situação da Armênia é mais complicada para escolha independente,
embora, a situação na Ukraina é semelhante. É claro que os armênios gostariam
integrar-se com os dois lados, mas há a posição russa. Portanto penso, que a
declaração conjunta dos presidentes da Armênia e Rússia - é um passo forçado de
Yerevan".
"É claro que a probabilidade de que o acordo
será rubricado ainda persiste. Por que a UE faria isto? Em particular, como um
projeto para o futuro, entendendo que o acordo ainda não entra em vigor, mas,
hipoteticamente pode entrar. Além disso, a rubrica de tais acordos aguardam
Moldova e Geórgia "no mesmo pacote" com Armênia. Então, é necessário fechar essa
questão para ela não voltar" - diz Gorbach.
Tradução: Oksana
Kowaltschuk
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