Como na Praça da Independência (Maidan) no dia 16 de
setembro lembravam jornalistas mortos.
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 17.09.2013
No dia 16 de setembro completaram-se 13 anos desde o desaparecimento do
jornalista Georgy Gongadze.
Representantes da mídia e ativistas sociais reuniram-se para honrar a
memória de Gongadze e de outros jornalistas que foram mortos ou desaparecidos
durante a independência ukrainiana (22 anos - a relação aparece no vídeo).
Com as velas acesas formaram o diminutivo carinhoso de Georgy.
Mais tarde, em passeata, foram para frente da administração
presidencial.
Ações semelhantes ocorreram em Lviv e Kharkiv.
Em Donetsk moços de "estatura atlética" impediam a ação dos
jornalistas
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 16.09.2012
George Gongadze, filho de pai georgiano e mãe ukrainiana era jornalista.
Casado com ukrainiana passou a viver na Ukraina, aí exercendo sua profissão,
sempre preocupado com a verdade procurava mostrar a realidade predatória do
governo Kuchma. Foi assassinado, porém seu corpo foi encontrado na mata, sem a
cabeça.
Anteriormente Gongadze esteve na Abkhazia durante a guerra civil na
Geórgia. Voltou para Ukraina em 1993 com o braço ainda ferido devido a explosão
de uma mina. Mais tarde, através desses fragmentos, o corpo sem cabeça
encontrado na mata foi reconhecido, no ano 2000.
Vídeo: Georgy com o braço enfaixado, comenta a guerra da
Georgia.
As suspeitas quanto aos mandantes do crime levavam diretamente ao governo
ukrainiano. Então nada se apurava conclusivamente. Inclusive aconteceu um fato
bastante estranho. Em 2005, no dia em que o ministro do Interior da Ukraina,
Yuri Kravchenko deveria comparecer ao Ministério Público para interrogatório ele
suicidou-se deixando o seguinte bilhete: "Eu não sou culpado de nada. Fui vítima
de intrigas políticas do presidente Kuchma e sua Comitiva".
No dia anterior ao questionamento da testemunha-chave no caso do jornalista
assassinado, o Procurador Geral Sviatoslav Piskun alardeou o fato através da
mídia. E, esta publicidade incomum despertou suspeitas. Suspeitas que foram
reforçadas pelas circunstâncias do suicídio. Kravchenko deu dois tiros. A
primeira bala veio debaixo, atravessou o queixo, a boca e saiu pelo nariz. E
somente depois, tendo um ferimento terrível, o chefe de polícia de 1995-2001
desferiu um tiro na têmpora.
As circunstâncias da morte de Kravchenko permanecem misteriosas, como a
maioria dos casos de alto perfil da política contemporânea ukrainiana - o
assassinato de Gongadze, o envenenamento de Yushchenko (quando candidato à
presidência em 2004. Sobreviveu e venceu as eleições após a Revolução Laranja),
morte de Chornovil e muitas outras.
Finalmente, no ano 2012 foram condenados os três executores da norte de
Gongadze. Porém, os jornalistas pedem, e a nação ukrainiana deseja que também
sejam condenados os mandantes do assassinato.
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 16.09.2013
Em 2013 cresceu o ataque a jornalistas por agências de segurança e de
particulares.
A agressão física é alta - em julho foram registrados '10 casos de ataques,
em agosto 5.
De janeiro a julho de 2013 foram registrados 117 casos do artigo 171 do
Código Penal "Obstaculização da atividade profissional do jornalista". No
entanto, apenas três casos foram encaminhados ao Tribunal.
Organizações jornalísticas têm encaminhado ao Ministério da Administração
Interna e à Procuradoria Geral declarações com informações sobre os crimes
cometidos contra jornalistas e exigem aplicadores para levar os culpados à justiça.
Tradução: Oksana
Kowaltschuk
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