A operação militar ucraniana contra as forças separatistas [militares profissionais russos, combatentes guerrilheiros na Georgia, Chechênia e Afeganistão ] a operar no leste do país teve uma sexta-feira, 13, entre o céu e o inferno. Um vídeo amador divulgado este sábado na internet mostra o que garantem ser imagens do incêndio no terreno resultante da queda do avião militar ucraniano abatido horas antes pelos rebeldes, próximo da cidade da Luhansk.
O aparelho, um Il-76, transportava 49 militares a bordo, incluindo 40 paraquedistas, que rumavam à cidade de Luhansk, onde iriam substituir um outro batalhão das brigadas aerotransportadas às ordens do Governo da Ucrânia. O avião foi abatido pelos separatistas pró-russos com recurso a armamento antiaéreo de alto calibre.
Não há registo de sobreviventes, neste que é o maior revés para a Ucrânia desde que foi lançada, em abril, no leste do país, a operação militar contra os grupos separatistas, que reclamam a independência de regiões administrativas como a de Luhansk ou de Donetsk Oblast.
O grupo separatista que controla Luhansk acusou, por outro lado, a força aérea ucraniana de ter bombardeado a cidade industrial de Horlivka, a norte da cidade de Donetsk.
As últimas notícias provenientes de Luhansk dão conta de que os combates prosseguem este sábado nos arredores da cidade, onde o som das sirenes de alerta de ataques aéreos tem sido uma constante.
Em Mariupol, mais a sul, o governo da Ucrânia celebrou, entretanto, nesta sexta-feira, 13, uma importante vitória. A guarda nacional e as equipas especiais da polícia ucraniana retomaram o controle da cidade costeira no sudeste do país, que era controlada pelos separatistas pró-russos.
Mais de trinta rebeldes terão sido capturados pelo apelidado batalhão Azov, uma força especial de segurança nomeada a partir do mar que banha Mariupol e que estará a atuar no terreno às ordens do Ministério do Interior ucraniano.
Os confrontos, ainda assim, não cessaram na região. Já este sábado, uma coluna de veículos que transportava elementos das forças de segurança ucranianas foi atacado por separatistas à saída de Mariupol. Três guardas fronteiriços ucranianos foram mortos.
O ataque deu-se horas depois de dois caças ucranianos terem alegadamente bombardeado a esquadra da polícia da cidade Górlovka, a qual terá sido convertida em quartel-general dos rebeldes naquela zona, 50 quilômetros a norte de Donetsk.
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