terça-feira, 24 de agosto de 2021

24 DE AGOSTO: ANIVERSÁRIO DA RENOVAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA DA UCRÂNIA E 130 ANOS DA IMIGRAÇÃO PARA O BRASIL

 24 de Agosto

A Independência da Ucrânia foi elaborada pela Verkhovna  Rada  (Parlamento ucraniano) em 24 de agosto de 1991.

O referendo sobre o Ato de Declaração da Independência foi realizado na Ucrânia no dia 1 de dezembro de 1991. Uma maioria de 92,3% dos eleitores aprovou a Declaração de Independência elaborada pelo Parlamento ucraniano.


O referendo:

A seguinte pergunta foi feita aos eleitores: "Apoia o Ato de Declaração da Independência da Ucrânia?”. A Declaração foi usada como um preâmbulo para o questionamento. O referendo foi convocado pelo Parlamento da Ucrânia para confirmar o Ato de Independência adotado pelo mesmo em 24 de agosto de 1991. Os cidadãos ucranianos manifestaram um apoio enorme à independência. O número de eleitores registrados que participaram do referendo foi de 31.891.742 (ou 84,18% do eleitorado do país), e dentre eles 28.804.071 (ou 92,3%), votaram a favor.

No mesmo dia, foram realizadas as eleições presidenciais do país. Todos os seis candidatos à presidência fizeram campanha a favor do referendo de independência. Leonid Kravchuk, o presidente do Supremo e chefe de estado de facto, foi eleito como primeiro presidente da Ucrânia. 

A Ucrânia foi então globalmente reconhecida como um Estado independente (por outros países) em 2 de dezembro de 1991. Àquela data, o presidente da República Socialista Federativa Soviética da Rússia, Boris Yeltsin, também confirmou o reconhecimento da nação russa à independência da Ucrânia. Um telegrama de felicitação foi enviado pelo presidente soviético Mikhail Gorbachev a Kravchuk logo após o referendo. Gorbachev declarou que desejava cooperação e compreensão da Ucrânia para com a formação da união dos estados soberanos.

A Ucrânia era a segunda república mais poderosa da União Soviética, tanto econômica quanto politicamente (atrás da Rússia), e a sua separação eliminou a possível existência de qualquer chance de Gorbachev continuar com a União Soviética. Em meados de dezembro de 1991, todas as Repúblicas Sovéticas, exceto a República Socialista Federativa Soviética da Rússia e a República Socialista Soviética Cazaque, tinham formalmente se separado da União. Uma semana após a sua eleição, Kravchuk se uniu a Yeltsin e ao líder da Bielorússia, Stanislav Shushkevich para assinarem o Pacto de Belaveja, o qual declarava que a União Soviética deixava de existir. A União Soviética dissolveu-se oficialmente em 26 de dezembro.

Fonte: Wikipedia


130 anos da Imigração Ucraniana para o Brasil. 30 anos da Renovação da Independência da Ucrânia.


Neste ano comemoramos 130 anos da Imigração Ucraniana para o Brasil e a Ucrânia inteira e a Diáspora em mais de 56 países comemoram o 30º Aniversário da Renovação da Independência da Ucrânia. 

Revela um depoimento histórico que um dos dois primeiros grupos que chegou ao Brasil no ano de 1891 e instalou-se na Colônia Rio Claro no Município de Mallet chegou à cidade do Rio de Janeiro no dia 23 de agosto daquele ano. 

A data de 24 de agosto é o dia da comunidade ucraniana pela Lei Estadual do Paraná de n. Lei Nº 14.496 de 11/08/2004 (Publicada no Diário Oficial nº. 6792 de 12 de agosto de 2004), pela Lei Estadual de Santa Catarina Lei Nº 14.302 de 11 de janeiro de 2008. e dia Nacional da Comunidade Ucraniana no Brasil pela Lei nº 12.209 de 19/01/2010 / PL - Poder Legislativo Federal (D.O.U. 20/01/2010). Na mesma data o governo da Ucrânia celebra o 30º aniversário da renovação de sua independência.

A maioria de nossa imigração tem uma origem na região ocidental da Ucrânia - a Halytchyna - e tem como razão de fundo a crise agrária, a falta de terra para o plantio e a necessidade de buscar melhores condições de vida para as famílias. A minoria vem no período da primeira grande guerra e além das razões econômicas agora também por razões políticas e a terceira por razões mais políticas após a segunda grande guerra. A sua maioria se instala no centro sul do Estado do Paraná e na parte norte do Estado de Santa Catarina. A partir dos anos de 1940 começa a migração interna principalmente para o norte e oeste do Estado do Paraná e para os grandes centros urbanos do país com o ingresso no serviço público federal e forças armadas. No Estado do Paraná em 10 municípios os ucranianos representam mais de 20% da população local e estão em 80 municípios expressivamente. A partir dos anos de 1970 novamente os ucranianos migram internamente para os estados de Mato Grosso, Rondônia, Minas Gerais e outros estados da federação. 

Atualmente a maioria dos 600 mil brasileiros descendentes de ucranianos vive em regiões urbanas e ascenderam economicamente e formam uma legião de profissionais de nível médio e universitário. É imenso o seu legado cultural ao Brasil. Só a estrutura da Igreja Greco Católica Ucraniana é composta de 27 paróquias, aproximadamente 240 igrejas, com 26 padres seculares (1 no exterior) e 60 padres da Ordem de São Basílio Magno atuando no Brasil e 8 no exterior e 4 congregações religiosas femininas A Igreja Ortodoxa Ucraniana no Brasil, sob a jurisdição do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, tem 1 arcebispo, 2 protopresbíteros mitrados e 8 padres, 4 subdiáconos, 18 igrejas e 2 padres atuando fora o Brasil. São dezenas sociedades e 30 grupos folclóricos, escolas do sábado e grupos de artesãos. 

Os ucranianos que se estabeleceram no Brasil sempre mantiveram sonho da Ucrânia como estado livre e soberano. Em suas atividades sempre entoaram o hino atual da Ucrânia e utilizaram o seu emblema nacional, criaram associações culturais, jornais e preservaram a cultura dos antepassados. Já em 12 de abril de 1917 dirigiram-se ao Exmo. Sr. Dr. Affonso Alves de Camargo Presidente do Estado do Paraná. Dizendo serem brasileiros e dispostos a defender a nova pátria com seu próprio sangue, solicitavam a intervenção do Governo Brasileiro no futuro Congresso da Paz para que seja restabelecida a independência da Ucrânia. Em 1991 no dia 24 de agosto a comunidade ucraniana brasileira ocupou a praça da Ucrânia em Curitiba em festejo pela renovação da Independência. No dia 2 de dezembro realizou plebiscito simbólico e solicitou e obteve apoio do Governo do Estado que manifestou já no dia 3 de dezembro ao Presidente da República do Brasil pelo pronto estabelecimento de relações diplomáticas entre o Brasil e a Ucrânia. 

A comunidade ucraniana brasileira sempre foi ativa, principalmente junto ao governo do Estado do Paraná, tendo em vista que neste estado localiza-se a imensa maioria dos descendentes de ucranianos brasileiros para a implementação das relações entre o Brasil e a Ucrânia. Assim que o Governo do Estado do Paraná convida e recebe em outubro de 1991 o Primeiro Ministro da Ucrânia Vitold Fokin e delegação e depois em 1992 o Presidente do Parlamento Ucraniano Alexander Moroz e delegação, Também  por influência da Representação Central Ucraniano Brasileira em 1994 o Governador Mário Pereira recebe em Palácio o Embaixador Asdrubal Pinto de Ulyssea – primeiro embaixador do Brasil na Ucrânia, no ano de 2000 o Governador Jaime Lerner visita a Ucrânia e a cidade de Sokal de onde imigraram seus pais ao Brasil. Em 2008 o Senador Alvaro Dias representando o Senado Federal participa das comemorações do 17º aniversário da independência da Ucrânia. Em agosto de 2011 o Governador Carlos Alberto Richa acompanhou uma delegação governamental e 180 descendentes de ucranianos a Ucrânia nas comemorações dos 120 anos da Imigração Ucraniana para o Brasil. Agora se articula também em uma Câmara de Industria Comércio e Inovação para buscar implementar mais as relações comerciais entre o Brasil e a Ucrânia. Mantemos viva a nossa solidariedade com a Ucrânia. Mantivemos vivo o apoio à Maidan durante a revolução da dignidade em que pese as orientações em contra das autoridades ucranianas, organizamos junto com os Escoteiros do Brasil a Dnipro Gold e a Representação Central a solidariedade às crianças vítimas da agressão russa no Leste da Ucrânia. 

A Ucrânia que se formou como estado após a revolução de 1917, renovou a sua Independência em 1991 após a dissolução da União Soviética. Era a terceira potência nuclear no planeta. Em 5 de dezembro de 1994 assinou O Memorando de Budapeste cedendo o arsenal nuclear. O Memorando foi originalmente assinado por três potências nucleares: a Federação Russa, os Estados Unidos e o Reino Unido. China e França mais tarde deram declarações individuais de garantia também. O memorando inclui garantias de segurança contra ameaças ou uso da força contra a integridade territorial ou a independência política da Ucrânia Por isso a anexação da Criméia e agressão no Leste que já custou milhares de vidas de ucranianos e deslocamento de mais de um milhão de pessoas descumpre esse memorando e significa, como revelou o recente artigo de Putin sobre o povo russo e ucraniano, o renascimento do velho espírito imperial do tsarismo russo. 

Todavia a independência e soberania sobre todo o seu território dependem antes de tudo da vontade soberana do povo ucraniano residente no território da Ucrânia e dos ucranianos da diáspora. Há que se superar os entraves da corrupção e da dominação dos oligarcas, aprofundar a democracia no judiciário e instituições democráticas para viabilizar a integração europeia e euro-atlântica ao construir um Estado reformado, próspero e economicamente viável. Nesse sentido, o Congresso Mundial dos Ucranianos, organização onde participa a Representação Central Ucraniano Brasileira, trabalha com o Governo da Ucrânia, governos e organizações internacionais, a diáspora ucraniana e a sociedade civil para solidificar a rede de amigos e apoiadores da Ucrânia.

Слава Украіні ! Героям Слава ! 

 Vitório Sorotiuk

 Presidente da Representação Central Ucraniano Brasileira.

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