segunda-feira, 5 de maio de 2014

Kiev aperta cerco no Leste, mas sofre baixas.



Quatro elementos das forças ucranianas foram mortos e mais de 30 ficaram feridos em combates com os separatistas em Slaviansk. Milícias pró-russas derrubaram um helicóptero e continuam a controlar o centro da cidade.

Um soldado ucraniano assume posição à entrada da cidade de Slaviansk VASILi MAXIMOV/afp

As forças leais ao Governo interino da Ucrânia reforçaram nesta segunda-feira a ofensiva contra as milícias pró-russas na cidade de Slaviansk, o bastião dos separatistas na manta de retalhos em que se transformou o Leste do país.

Pelo menos quatro paramilitares ucranianos foram mortos e 30 ficaram feridos, segundo as informações avançadas pelo Ministério do Interior, mas o número de vítimas mortais nas primeiras horas desta segunda-feira pode ter chegado às duas dezenas, entre civis e combatentes de ambos os lados.

Mais uma vez, o motivo deste novo surto de violência é explicado de forma diferente consoante a fonte da informação: o Governo ucraniano garante que as suas forças foram emboscadas pelos "terroristas" pró-russos, e os líderes dos separatistas dizem ter sido atacados pelos "fascistas" no poder em Kiev.

"Pela manhã, um esquadrão que integra a operação antiterrorista foi alvo de uma emboscada de grupos terroristas. Eles estão a usar armamento pesado", acusou o ministro do Interior ucraniano, Arsen Avakov. Nos combates que se seguiram, quatro elementos da polícia paramilitar da Ucrânia foram mortos e mais de 30 ficaram feridos, anunciou o governante.

Do lado dos separatistas, o líder das autoproclamadas forças de autodefesa de Slaviansk, Igor Strelkov, disse à agência de notícias russa RIA Novosti que os combates começaram depois de um ataque das forças leais a Kiev contra um posto de controle pró-russo à entrada de Slaviansk.

A responsabilidade pelo início dos combates desta segunda-feira diverge, mas a descrição de alguns pormenores é semelhante – ambos os lados dizem ter sido emboscados por grupos de homens sem uniforme, e um dos lados acusa o outro de usar armamento pesado.

"Sofremos baixas – morreram cerca de dez pessoas, incluindo civis, e entre 20 e 25 ficaram feridas. Não sei quantas baixas é que os nossos adversários sofreram, mas são claramente inferiores às nossas, porque eles têm armamento pesado. A maioria das nossas baixas é da responsabilidade de [tropas] vestidos à civil. Caímos na emboscada deles perto de uma estação de combustível", disse o líder separatista Igor Strelkov à agência RIA Novosti. (Alguém acredita que os separatistas são cidadãos pró-russos? É claro que são soldados guerrilheiros enviados por Moscou e infiltrados no meio da população. As técnicas de emboscada são táticas de guerra e da guerrilha bem treinada! - O Cossaco).

Na sequência dos combates, as milícias pró-russas derrubaram um helicóptero das forças ucranianas com tiros de artilharia pesada, avançou o Ministério da Defesa da Ucrânia. O aparelho – um Mi-24 de fabrico soviético – caiu num rio nas proximidades de Slaviansk, mas os seus ocupantes sobreviveram e foram resgatados.

Reforço da ofensiva em Slaviansk
No centro de Slaviansk – ainda dominado pelos separatistas pró-russos –, os sinos da igreja soaram e uma sirene alertou a população para a iminência de um ataque aéreo assim que as forças de Kiev deram mostras de quererem reforçar a operação para reconquistar o controle da cidade.

A ofensiva das forças de Kiev contra os separatistas pró-russos em Slaviansk era esperada desde domingo, quando o exército ucraniano cortou a circulação na principal estrada de acesso à cidade.

De acordo com a agência russa Interfax, os combates desta segunda-feira levaram os cerca de 800 separatistas a retirarem-se cada vez mais para o centro de Slaviansk, depois de terem perdido o controle de uma torre de televisão à entrada da cidade.

"A única opção é avançar aos poucos em direção a Slaviansk", disse o ministro do Interior ucraniano – e o objetivo de confinar os combatentes pró-russos ao centro da cidade já foi alcançado, anunciou o chefe da Guarda Nacional da Ucrânia, Stepan Poltorak.

"Os nossos adversários estão bem treinados e bem equipados. Estão a fazer tudo o que podem para nos obrigar a usar armamento pesado, mas não vamos fazê-lo para pouparmos a população civil", disse o responsável, citado pela agência AFP.

Um comentário:

  1. Se os terroristas russos fossem cidadão separatistas não terima granadas, armas de última geração russa, anti missieis portáteis, como sabemos isso não se compra em supermercados. O russo são a erva daninha da humanidade que deve ser estirpada. Nunca trouxeram um beneficio a espécie humana, a não ser guerra.

    ResponderExcluir