Exército ucraniano lança ofensiva para tentar recuperar cidade de
Slaviansk. Há confrontos violentos em Odessa. Merkel reúne-se com Obama.
Há já cinco mortos, três homens armados pró-russos e dois civis, em
resultado da operação lançada esta sexta-feira de manhã pelo exército
ucraniano para tentar recuperar Slaviansk, cidade do Leste do país onde
na semana passada foram capturados observadores da Organização para a
Segurança e Cooperação na Europa. Mas noutra ponta do país, em Odessa,
cidade junto ao Mar Negro e na fronteira com a Moldávia, registram-se
confrontos violentos entre pró-russos e defensores da unidade da Ucrânia
que já fizeram pelo menos um morto.
Em Odessa, os manifestantes pró-Kiev – cerca de 1500
pessoas, a maior parte dos quais adeptos de clubes de futebol locais e
de Kharkov, diz a AFP – foram atacados por um grupo de pró-russos, com
capacetes e armados com matracas, pedras e explosivos. Atiraram-se
cocktails Molotov, há incêndios em edifícios e há imagens que mostram
que foi atirado um carro anti-incêndio dos bombeiros contra uma
barricada montada por pró-russos.
Nos combates em Slaviansk, dois
helicópteros MI-24 foram abatidos e pelo menos dois militares ucranianos
foram mortos. “Os aparelhos foram abatidos por desconhecidos que usaram
lança-rockets. Dois militares ucranianos morreram e vários ficaram
feridos”, anunciou em comunicado o Ministério da Defesa. Pouco antes, o
ministro interino do Interior, Arsen Avakov, usava a sua página no
Facebook para acusar os separatistas de terem abatido um helicóptero
usando “artilharia pesada”, incluindo “lança-granadas e mísseis
portáteis antiaéreos”.
O Presidente interino da Ucrânia,
Oleksander Turchynov, anunciou que a ofensiva em Slaviansk fez “muitos
mortos e feridos”, numa mensagem à nação. Pediu a Moscou que “pare com a
histeria, as ameaças e a intimidação" contra a Ucrânia.
“É um
ataque de grande envergadura”, garantiu um porta-voz das forças
pró-russas. Viacheslav Ponomariov, autoproclamado presidente da câmara
de Slaviansk, disse à agência Interfax que os seus homens tinham abatido
dois helicópteros e que um dos pilotos tinha morrido e outro foi preso.
Reagindo
à ofensiva, a Rússia (são cínicos e dissimulados! Além de Psicopatas - O Cossaco) pediu uma reunião extraordinária do Conselho de
Segurança da ONU e afirmou que, “ao utilizar a aviação contra
localidades civis, Kiev lança uma operação de represália que destrói a
última esperança sobre a viabilidade do acordo de Genebra”.
Negociado
no mês passado entre os dois países, os EUA e a União Europeia, o
entendimento visava o desanuviamento da tensão e previa que todas as
forças paramilitares desocupassem os edifícios que tomaram.
Nas
declarações feitas em Genebra, o acordo dizia respeito apenas ao que se
passava no Leste da Ucrânia. No dia seguinte, a Rússia afirmou que dizia
respeito também às “organizações fascistas” que fazem parte da
coligação no governo provisório ucraniano, nomeadamente o partido
Svoboda e o movimento Sector Direito. E, finalmente, as milícias que se
apoderaram dos órgãos de poder no Leste ucraniano recusaram-se a
retirar, dizendo que não tinham sido consultadas.
Merkel reúne-se com Obama
A ofensiva militar, a mais recente tentativa do Exército ucraniano para restabelecer a autoridade no Leste do país, acontece depois de a chanceler alemã, Angela Merkel, ter pedido ao Presidente russo que use a sua influência sobre os separatistas para conseguir a libertação dos 11 observadores da OSCE, sete dos quais estrangeiros.
A ofensiva militar, a mais recente tentativa do Exército ucraniano para restabelecer a autoridade no Leste do país, acontece depois de a chanceler alemã, Angela Merkel, ter pedido ao Presidente russo que use a sua influência sobre os separatistas para conseguir a libertação dos 11 observadores da OSCE, sete dos quais estrangeiros.
Vladmir Putin,
por seu lado, insistiu que uma solução para o fim da atual crise só
poderá acontecer quando o Exército ucraniano retirar do Leste do país,
onde a maioria da população é russófona. (Por que o psicopata vagabundo do Putin não retira o russófonos da Ucrânia e os aloja na Rússia??? Já que ele os ama tanto! - O Cossaco) Merkel encontra-se também nesta
sexta-feira com o Presidente norte-americano, Barack Obama, na primeira
reunião entre os dois dirigentes desde o início da crise na Ucrânia.
Alegando
que a integridade territorial ucraniana está em risco, o Presidente
interino Oleksander Turchynov assinou quinta-feira um decreto que
reintroduz o serviço militar obrigatório, ao mesmo tempo que Kiev
reconhecia que é “impotente” para travar a ação dos separatistas que,
assegura, estão a ser apoiados por Moscou.
Há já mais de uma
dezena de cidades no Leste onde os manifestantes, alguns dos quais
armados e encapuzados, se apoderam dos edifícios do poder — comandos da
polícia, sede dos governos regionais e edifícios municipais. Em Donetsk,
a maior cidade do Leste e capital de uma autoproclamada república, um
grupo apoderou-se quinta-feira da sede da procuradoria, perante a
impotência dos polícias que guardavam o edifício.
CONFLITO EM ODESSA
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