Noticias Faltantes - Resgatando a história recente da Ucrânia e mostrando a ternura comunista russa.
O Cossaco.
Tragédia de Salina. NKVD
transformou a mina de Lviv em túmulo comum
Ictorychna
Pravda (Verdade Histórica), 26.06.2011
Mariana Pietsukh
O escoltador
aproximou-se da mãe e gritou: "O que você está fazendo!? A mãe diz que quer
alimentar os presos, porque sente piedade pelas pessoas. Então ele gritou para
que ela também entrasse na coluna e puxou-a pela mão. Mas, o outro disse: Solte
a velha, veja, as crianças estão choranado".
A "Verdade Ukrainiana"
continua a série de publicações sobre o extermínio de prisioneiros, em
massa, realizado por membros do Comissariado do Povo dos Assuntos Internos
(NKVD) da URSS em junho de 1941. Já falamos sobre a destruição pelos órgãos das
autoridades soviéticas de pessoas nas prisões de Lviv. Hoje - sobre o túmulo
comum em Lviv.
História proibida
Durante o período
soviético, até os anos 80, próximo à cidade Dobromyl na Starosambirshchyna
encontrava-se conhecido resort terapêutico. Ele foi construído nos territórios
das minas de sal. Os banhos de sal são especialmente úteis aos asmáticos e
tuberculosos.
Anteriormente a guerra germano-soviética aqui não
descansavam, mas trabalhavam duramente durante décadas extraíndo sal. O sal da
época era conhecido além dos limites de Halychyna. O local com as minas de sal o
povo a muito tempo denominava Salina.
Hoje, para os residentes nas
proximidades, a palavra Salina desperta apenas um sentimento de horror. Em junho
de 1941 em uma das minas encontraram milhares de cadáveres. Setenta anos atrás,
em 26 de junho de 1941, revelou-se que uma das quatro minas as autoridades
punitivas soviéticas usavam como cemitério para os discordantes porém pacíficos
ukrainianos.
Operação "descarregamento"
A
compreensão de junho sangrento de 1941 para Ukraina Ocidental tem um significado
um pouco diferente, que o aceito pela maioria dos ukrainianos. Em uma semana
neste período aqui foram assassinadas mais de 22 mil pessoas. Assassinados não
pelas mãos do nazismo, mas pelo regime comunista.
Com o ataque de Hitler
à União Soviética, diante de Moscou surgiu a pergunta, o que fazer com milhares
de prisioneiros, entre os quais há inimigos ideológicos. Não eram os membros de
organizações patrióticas, havia estudantes, professores, padres, empresários -
ou seja, elite, a qual tinha potencial perigoso para regime stalinista.
Posteriormente, entre os exterminados prisioneiros encontraram
crianças.
No início da guerra alemã-soviética evacuar presos que não
foram condenados à morte, já não conseguiam. Bem que havia tempo para decidir e
executar as sentenças de morte. Era necessária a liquidação maciça dos inimigos
ideológicos.
|
Projeto do complexo do memorial "Dor de Salina" |
Por isso, a permanência dos bolcheviques nas terras
ocidentais da Ukraina foram marcadas com assassinatos em massa, crueldade que em
nada é inferior aos crimes nazistas.
O decreto para o descarregamento
das prisões emitiu o Comissário de Segurança do Estado da URSS Merkulov. Em
resultado, os estudiosos atuais contaram 38 lugares de assassinatos na Ukraina
Ocidental.
Junho de 1941 - a mais terrível página na história de cada
prisão na Ukraina Ocidental. Número de prisioneiros mortos na Ukraina Ocidental
entre 22 e 30 de junho: Lviv (3 prisões) - 4.000, Drohobych - 1.000, Dobromyl -
1.000, Zolochiv - 749, Stryi - 1.101, Sambir - 1.200, Demianiv Laz - 2.500,
Chortkiv - 800, Ternopil - 1.000, Lutsk - 2.754, Dubno - 1.500. Nas demais
cidades a quantidade de vítimas constituía-se de dezenas e
centenas.
Estrada para o inferno
"Acontecimento
análogo no mundo, que jogassem vivos, feridos e mortos numa mina de sal, eu não
conheci", diz a pesquisadora de massacres sangrentos na Salina Maria Prokopets.
Salina - maior túmulo daqueles tempos e, provavelmente, o menos conhecido para a
maioria dos ukrainianos.
No início dos anos 90 Prokopets reuniu
testemunhos de pessoas idosas das aldeias próximas, para reconstituir
completamente o quadro e a cronologia daqueles acontecimentos. Segundo suas
palavras, os assassinatos em massa ocorreram de 22 para 23 de junho.
Particularmente, aqui assassinaram mil prisioneiros da prisão de Peremyshyl (na
época era território da URSS, hoje Polônia), e também traziam corpos de prisões
próximas.
Liúbomyra Bachara, moradora na aldeia vizinha de Salina,
aldeia Solianovatka, tinha na época 11 anos e foi testemunha, de como os
prisioneiros de Peremyshyl eram conduzidos à morte. A aldeia inquietou-se,
porque traziam os prisioneiros. Minha mãe correu para dentro da casa, pegou um
pão e disse que era preciso dar aos prisioneiros algo para comer. Eu, minha
irmã e mamãe corremos para estrada. Vinham em colunas que eram tão compridas que
não se avistava nem o começo, nem o final. As pessoas estavam enfraquecidas,
cansadas e assustadoras. Dos lados os escoltadores. Mamãe pegou o pão e deu a um
prisioneiro, os outros viram e estenderam a mão. Então, um escoltador veio até a
mamãe e gritou: "O que você está fazendo!?" Mamãe disse que queria alimentá-los,
porque tinha pena das pessoas. Então o escoltador gritou com mamãe, para que ela
também entrasse na coluna e puxou-a pela mão. Eu e minha irmã começamos a chorar
muito. Mas mamãe foi arrastada, já estava a vários metros de nós. Então veio
outro escoltador e falou: "Largue a velhota, veja, as crianças choram". Mas ele
não queria soltar mamãe, ainda disse, que as crianças também iriam para coluna.
Então o outro escoltador alcançou mamãe, pegou-a pela mão e retirou-a da coluna,
assim ela se salvou.
Liúbomera Bachara diz que as pessoas não tinham
idéia para onde conduziam os presos. Apenas viram que os desviaram da estrada
para o lado de Salina.
|
Liúbomyra Bachara - Testemunha dos acontecimentos |
"O mais memorável ficou o avozinho que vinha na
última fila. Ele distinguia-se devido a roupa tradicional dos "hutsuls... (grupo
subétnico ukrainiano que vive nos Cárpatos - OK). As calças e a camisa eram
bordados. Sobre a camisa usava um colete de lã também bordado..." - lembra no
livro de memórias recolhidas de Maria Prokopets, o então morador local Vasyl
Fartushok.
Seguir os prisioneiroos, as pessoas locais tinham medo.
Somente mais tarde ouviram, do lado da Salina, um constante zumbido de motores
de caminhões e odor cadavérico. Aos agricultores sobrava adivinhar o que
acontecia, e porque os motores abafavam os sons alheios. Além disso, nestes
dias, de acordo com o testemunho das pessoas, para Salina constantemente
chegavam caminhões de carga. Segundo a suspeita das pessoas, para cá traziam os
corpos dos assassinados prisioneiros para utilização e "esconder os rastros" de
outras prisões. Numerosas testemunhas relataram que, após a passagem desses
caminhões na estrada havia sangue.
"Naqueles dias à Salina, uma após
outra, chegavam grandes viaturas, cobertas com lonas. Nós olhávamos pela janela,
mas papai gritava conosco: "Não olhem, porque vão atirar". De repente, eu
gritei: Debaixo da lona, do veículo de passagem, apareceu um pé num sapato
vermelho", - lembra no livro de memórias a residente de Dobromyl, senhora
Euhenia, nascida em 1927, que mesmo nos anos 90, com tais testemunhos temia
incluir seu sobrenome.
Nestes dias o governo soviético ordenou parar os trabalhos em
todas as minas para evitar testemunhas desnecessárias. No entanto, se alguém,
acidentalmente tornava-se testemunha de tal extermínio - fuzilavam. Salvaram-se
somente aqueles que conseguiram esconder-se e fugir.
Sepultura com profundidade de cem metros.
Convencer-se de suas conjecturas sobre os assassinatos em massa as
pessoas puderam em 26 de junho, quando as tropas soviéticas já haviam fugido do
avanço do exército alemão. À aldeia vieram os primeiros grupos de investigação,
eslovacos. Ouvindo dos aldeões sobre a possível tragédia, juntos começaram
procurar o sepulcro.
Caminharam ao longo da grama pisada, por onde conduziram os presos,
e encontraram a mina polvilhada com terra e ramos, e nela os cadáveres. "Depois
da retirada dos russos, as pessoas, com receio, começaram sair das casas. Vimos:
o povo correndo à Salina. Nós o seguimos. O que eu vi lá, melhor não tivesse
visto. No pomar, próximo de uma jovem cerejeira, havia um monte de roupas. De
vários tipos. Tudo ensanguentado... Alguém foi olhar a igreja e de lá veio um
grito sobrenatural. As pessoas correram para lá, e eu atrás delas... E na parede
havia um homem crucificado", - lembra a senhora Euhenia de Dobromyl.
Segundo Prokopets, o chão do templo estava até os tornozelos em
sangue seco. Mas, o quadro mais assustador as pessoas viram quando escavaram a
mina. Até a parte de cima estava lotada de cadáveres. Considerando que a sua
profundidade chegava a mais de 100 metros e o diâmetro a 5 metros, foi possível
retirar, aproximadamente, apenas 500 corpos. O restante já estava desagregado em
partes. Devido a um horrível fedor, e nestes dias, de acordo com as lembranças
das pessoas, havia forte canícula, a mina, com os restos das pessoas enterraram
novamente.
Os quinhentos corpos enterraram a algumas centenas de metros da
mina. Fizeram um aterro e colocaram uma cruz.
O fato de que os corpos estavam em estado desfigurado e a maioria
desses, desagregados, conduz os pesquisadores a acreditar que Salina
aproveitava-se como sepulcro anteriormente. De fato após a chegada do poder
soviético em 1939 à Halycyna, em uma das quatro minas pararam a extração de
sal, cercaram com arame farpado e, próximo a ela colocaram uma unidade da
NKVD.
Em sepultura modesta além do pinheiro enterraram
os restos mortais de cerca de 500 pessoas, as quais em junho de 1941 conseguiram
resgatar da mina de sal.
As suposições de que às minas de Salina jogavam corpos de
torturadas pessoas muito antes do início da guerra confirma o fato de que os
desumanos queriam exterminar os trabalhadores da empresa de sal. Eles temiam,
que aqueles sabiam algo, adivinhavam algo. Por isto o diretor avisou as pessoas
vir imediatamente buscar o pagamento", - lembra a moradora de Dobromyl Maria
Yatsek.
Antonina Motsiak da aldeia Kropyvnyk contou a Maria Prokopets, como
seu pai, trabalhador da mina, foi chamado para receber o pagamento. "Alguns dias
antes da guerra, os trabalhadores não eram chamados ao trabalho. E, de repente,
o diretor chamou todos para receber o pagamento... Já escurecia, quando papai
voltou para casa. Estava assustador: lábios escurecidos racharam da febre, os
olhos fixavam um ponto".
Vasyl Motsiak foi salvo porque na estrada ele encontrou moças -
trabalhadoras, que o aconselharam voltar - "porque lá é o inferno". Ele contou à
esposa e às crianças que do quintal da empresa vinham gritos e ressoavam tiros.
"Papai com as moças tiveram medo de ir pela estrada, então passaram
pela cerca viva e chegaram à mata. E então eles viram todo aquele terror,
verdadeiro inferno na terra. Atiravam nas pessoas, batiam com as coronhas das
armas, com martelos e imediatamente lançavam ao poço de sal", - lembrava
Antonina Motsiak.
Monumento sobre a mina mortal, sob ele milhares
de pessoas.
De um livro de memórias de um dos prisioneiros que conseguiu se
salvar, também pode-se recriar o quadro do massacre em Salina.
"Antes da curva de acesso à quarta mina, próximo à igreja, os
verdugos separaram as mulheres e levaram os homens diretamente para armadilha.
As mulheres foram flageladas dentro da igreja, quase sem uso de armas. Batiam na
cabeça com o que tivessem ao alcance, arrastavam à mina e jogavam dentro vivas
ou mortas.
Ao mesmo tempo, iniciou-se a ação sangrenta aos homens. Entre as
árvores colocaram metralhadoras dos dois lados, ficando um corredor até a mina.
Dos dois lados fuzilavam e arrastavam até a mina. A alguns terminavam
abatendo, outros jogavam vivos", - tais relatos de pessoas a partir das memórias
de um prisioneiro jogado vivo na mina, que conseguiu depois sair de lá.
Os aldeões, que em 26 de junho após a retirada do exército
soviético foram até Salina, lembravam que entre as árvores havia martelos
abandonados com introduzidos, neles, pregos. Obviamente, com eles, além das
coronhas, acabavam de matar as pessoas.
De acordo com os pesquisadores, em Salina encontraram a morte cerca
de 3.600 pessoas. "A tragédia de Salina pode ser comparada a Bykivnia", - diz
Maria Prokopets.
Memória Perdida
O sepulcro em Salina, nos tempos da União Soviética destruíram
várias vezes - jogavam fora a cruz, e o aterro aplainavam. No entanto cada vez
as pessoas localizavam novamente o lugar e o reparavam.
Desde 1990, no último domingo de junho aqui realiza-se Te-Deum por
iniciativa de ativistas locais. Eles pretendem construir, neste local trágico,
um panteão de memória com museu. Atualmente, construíram uma capela e um
memorial sobre a mina.
Os recursos para homenagear as vítimas inocentes receberam de
doações. Do Estado - nem um vintém.
Já por quatro anos os ativistas de Starosambirsk escrevem para o
Gabinete de Ministros com o pedido de incluir Salina na lista de locais de
memória da Ukraina. Somente com tal status Salina poderá pretender ao apoio
financeiro estatal.
"Todos os anos nos dizem que a inclusão é difícil, mas nós
continuaremos pedir a cada ano", - disse o presidente do Conselho Distrital de
Starosambirsk Volodymyr Horbovyi.
Ao lado disto, não esquecem aqui sobre os monumentos aos
combatentes soviéticos, embora muitas vezes culpam Halychyna em omissão e quase
achincalhe sobre estas sepulturas. "Nós nos esforçamos para que todos os
monumentos da II Guerra Mundial sejam adequadamente mantidos. Claro, que na
receita distrital tais recursos não há, mas procuramos diversas opções, para que
não haja túmulo esquecido. No ano passado beneficiamos o monumento aos soldados
soviéticos em Strilkakh, que custou ao orçamento do distrito 10 mil UAH", -
acrescentou Horbovyi.
Capela junto a mina.
Devido à falta de atenção, informações sobre este lugar trágico
poucos conhecem, até pouco sabem os cidadãos de Lviv e da região de Lviv.
Segundo Prokopets, durante o mês, aqui vêm, no máximo três grupos de excursão, e
pode não vir nenhum.
Durante a estada em Salina, o autor destas linhas pôde ver um grupo
de estudantes poloneses. De acordo com o guia, às crianças das escolas polonesas
contam sobre Salina porque entre os detidos na prisão de Peremyshyl
encontrava-se a elite polonesa.
Aos poloneses não impede nem a fronteira, para conhecer a trágica
história da dominação do regime bolchevique e para honrar a história de vítimas
inocentes. Na Ukraina até hoje uma grande parte de pessoas nega os crimes da
NKVD e exalta bandeiras e líderes comunistas.
"Eu não vou comentar sobre as falsificações que agora são
publicadas. Recentemente vi num canal que desenterraram vítimas inocentes mortas
por tropas da NKVD. Mais uma vez eu digo - eu não comento falsificações. Isto
são provocações e falsificações históricas.Você esteve lá (em 1941 - autor)!?
Conversou com testemunhas? E eu falei com testemunhas , às quais os seguidores
de Bandera mataram aldeias pacíficas, abateram seus filhos", - comentou os
fuzilamentos em massa, em junho de 1941, o deputado-comunista Yevhen Tsarkov.
(Bandera foi o líder da OUN - Organização dos Nacionalistas Ukrainianos que
lutou contra o domínio russo. Ele é acusado pelos russos, de lutar ao lado dos
alemães, o que não é verdadeiro. Claro, no início da chegada dos alemães, muitos
ukrainianos esperavam que os alemães os ajudassem a se livrar do jugo soviético,
mas logo viram que um usurpador não é melhor que o outro. Stepan Bandera e
Yaroslav Stetsko proclamaram o Ato do Estado Ukrainiano em 30 de junho, mas
já em 05.07.1941, isto é, poucos dias após a chegada dos alemães, Bandera foi
preso por eles e, em 15 de setembro de 1941 foi enviado à prisão na Alemanha.
Desde o início de 1942 a agosto de 1944 permaneceu no campo de concentração em
Sachsenhausen no bunker "Tsellenbau". Em setembro de 1944 foi solto. Continuou
vivendo na Alemanha. O governo soviético encarregou a KGB (antiga NKVD) para assassinar Bandera.
Isto foi executado pelo agente soviético Bohdan Stashynskyi em 15.10.1959. -
OK) .
"Nós temos o dia oficial de presos políticos, que é comemorado na
Ukraina. Entristece-me o desejo de transformar Ukraina em um país de cruzes e
tragédias. Para que, a cada mês destacar isto? Os líderes estatais devem,
talvez, vir a cada sepultura? Eu não compreendo a essência da pergunta", -
explicou sua posição quanto a comemoração dos trágicos acontecimentos de junho
de 1941 na Ukraina Ocidental, o deputado-regional Vadym Kolesnichenko. (O mesmo
que é co-autor do projeto de lei (aprovado) para introdução do idioma russo na
Ukraina como segundo idioma oficial, -OK).
Já se passaram 70 anos desde esses terríveis acontecimentos
sangrentos. Em 20 anos de independência para maioria dos ukrainianos até hoje
eles permanecem uma página secreta da história. E pela demonstração no museu
"Prisão Lontskoho", em Lviv, pela lista dos fuzilados, de 27.06.1941, com
assinatura do procurador regional e chefe da NKVD, no ano passado, contra o
diretor do museu abriram um processo criminal.
Ele é acusado pela abertura, particularmente, daquelas listas que
possuem o grifo da KGB "secreto" ou "totalmente secreto". A investigação
continua. Se for provada a culpa, ao historiador podem atribuir até oito anos de
prisão. (Este texto foi publicado em 26.06.2011. Eu leio, ou pelo menos verifico
as notícias, diariamente, de três importantes jornais ukrainianos - não lembro
ter visto alguma referência sobre este processo. Espero que não tenha
progredido. - OK).
Tradução: Oksana Kowaltschuk