sábado, 19 de outubro de 2013

TRATAMENTO DE YULIA DEPENDE DE APROVAÇÃO DE LEI

Presidente permitirá a Tymoshenko fazer tratamento no exterior, mas somente após a aprovação de tal lei pelo Parlamento

Vysokyi Zamok ( Castelo Alto), 17.10.2013
Ivan Farion

Соратники і рідні Юлії Тимошенко упевнені, що зустрінуться з нею на волі до 18 листопада.

Finalmente houve uma certa clareza na solução do problema da Tymoshenko. Durante visita a Donetsk, Yanukovych disse aos repórteres que, atualmente na Ukraina, não há nenhuma lei que permita aos presos receber tratamento médico no exterior. "Mas assim que o Parlamento aprovar uma lei, eu a assinarei", - disse Yanukovych. Em outras palavras, transferiu a responsabilidade ao Parlamento, deu a compreender que de outro modo para solucionar a questão antes da cúpula de Vilnius, além do citado, não pretende fazer uso.

Depois de vagas declarações sobre a solução do problema, este é o primeiro sinal para ação dos partidos dominantes e da oposição. A oposição, já por várias vezes apresentou projetos de lei que possibilitariam solucionar a questão. Mas, como não recebiam a "benção" da Administração Presidencial eram bloqueados. Possivelmente, esta réplica presidencial fará com que mudem de posição? E o gelo derreta?

Embora não seja descartada uma opção pessimista. Ao não ser atingido o número necessário de votos, o proprietário da Bankova, impotente, abrirá os braços e dirá: "nada pode ser feito, foram esgotadas todas as possibilidades, eu não posso forçar o Legislativo, porque seria antidemocrático"

No entanto, a oposição deve esperar o melhor. Ela deve, mais uma vez, tentar achar uma solução de compromisso com os oponentes. O deputado independente Serhii Mishchenko (advogado por formação) já tem um projeto de lei que permitiria aos presos fazer tratamento da saúde no exterior. É só encaminhá-lo e, na primeira dezena de novembro poderá ser aprovado em segunda leitura, e assinado pelo presidente. 

Yaroslav Sukhyi - Partido das Regiões
"Se o Partido das Regiões votará a lei que permitirá a Tymoshenko fazer tratamento no exterior? Não sei. Pessoalmente, eu não vou apoiá-la. Fazer ajustes na lei para beneficiar uma pessoa - é errado.
Se o presidente Yanukovych pedir e disser: "precisa". Como sua pessoa de confiança, é claro, eu votarei. Mas a minha posição eu não mudo.

Taras Berezovets - analista
A tentativa de Yanukovych em transferir ao Parlamento a decisão do destino da Tymoshenko significa que ele quer muito obter a muito esperada Associação mas, será "espinhoso" o inevitável renascimento político da Tymoshenko após sua libertação da prisão. 
Na verdade, Yanukovych já se resignou com a necessidade de enviar Tymoshenko ao exterior, mas procura uma opção menos dolorida para si. Tudo se resolverá no último momento. Muito significará a conversa telefônica de Yanukovych com Merkel, que deve realizar-se nos próximos dias.

Viktor Nebozhenko, diretor do serviço sociológico "Barômetro ukrainiano".
O problema da Tymoshenko pode ser resolvido apenas de forma política. Assim como o criaram, caindo na armadilha graças ao conselho do ex-presidente Yushchenko, que disse a Yanukovych: se você quer viver tranquilo nos próximos cinco anos - ponha Tymoshenko na prisão. Não de acordo com normas legais Tymoshenko está na prisão, com a violação dessas normas, penso, Yanukovych decidirá sobre sua libertação.
Por que Yanukovych demora com a libertação da Tymoshenko? Por uma razão - porque ele precisa assumir responsabilidade. Mas ele quer governar o país, tomando decisões, sem responder por elas.
Quem pode assumir responsabilidade no caso da Tymoshenko? Três mulheres: Ministro da Justiça Lucash, Ministro da Proteção da Saúde Bohatyriova e Comissário do Conselho Superior dos Direitos Humanos Lutkovska. Elas podem assumir a responsabilidade política pelo trabalho sujo da extradição da Tymoshenko ao exterior. Sobre perdão nós não falamos - isto deve fazer o presidente. Mas ele não fará.

Tradução: Oksana Kowaltschuk

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