Presidente permitirá a Tymoshenko fazer tratamento no exterior, mas somente após a aprovação de tal lei pelo Parlamento
Vysokyi Zamok ( Castelo Alto), 17.10.2013
Ivan Farion
Finalmente
houve uma certa clareza na solução do problema da Tymoshenko. Durante
visita a Donetsk, Yanukovych disse aos repórteres que, atualmente na
Ukraina, não há nenhuma lei que permita aos presos receber tratamento
médico no exterior. "Mas assim que o Parlamento aprovar uma lei, eu a
assinarei", - disse Yanukovych. Em outras palavras, transferiu a
responsabilidade ao Parlamento, deu a compreender que de outro modo para
solucionar a questão antes da cúpula de Vilnius, além do citado, não
pretende fazer uso.
Depois de vagas declarações
sobre a solução do problema, este é o primeiro sinal para ação dos
partidos dominantes e da oposição. A oposição, já por várias vezes
apresentou projetos de lei que possibilitariam solucionar a questão.
Mas, como não recebiam a "benção" da Administração Presidencial eram
bloqueados. Possivelmente, esta réplica presidencial fará com que mudem
de posição? E o gelo derreta?
Embora não seja
descartada uma opção pessimista. Ao não ser atingido o número necessário
de votos, o proprietário da Bankova, impotente, abrirá os braços e
dirá: "nada pode ser feito, foram esgotadas todas as possibilidades, eu
não posso forçar o Legislativo, porque seria antidemocrático"
No
entanto, a oposição deve esperar o melhor. Ela deve, mais uma vez,
tentar achar uma solução de compromisso com os oponentes. O deputado
independente Serhii Mishchenko (advogado por formação) já tem um projeto
de lei que permitiria aos presos fazer tratamento da saúde no exterior.
É só encaminhá-lo e, na primeira dezena de novembro poderá ser aprovado
em segunda leitura, e assinado pelo presidente.
Yaroslav Sukhyi - Partido das Regiões
"Se
o Partido das Regiões votará a lei que permitirá a Tymoshenko fazer
tratamento no exterior? Não sei. Pessoalmente, eu não vou apoiá-la.
Fazer ajustes na lei para beneficiar uma pessoa - é errado.
Se
o presidente Yanukovych pedir e disser: "precisa". Como sua pessoa de
confiança, é claro, eu votarei. Mas a minha posição eu não mudo.
Taras Berezovets - analista
A
tentativa de Yanukovych em transferir ao Parlamento a decisão do
destino da Tymoshenko significa que ele quer muito obter a muito
esperada Associação mas, será "espinhoso" o inevitável renascimento
político da Tymoshenko após sua libertação da prisão.
Na
verdade, Yanukovych já se resignou com a necessidade de enviar
Tymoshenko ao exterior, mas procura uma opção menos dolorida para si.
Tudo se resolverá no último momento. Muito significará a conversa
telefônica de Yanukovych com Merkel, que deve realizar-se nos próximos
dias.
Viktor Nebozhenko, diretor do serviço sociológico "Barômetro ukrainiano".
O
problema da Tymoshenko pode ser resolvido apenas de forma política.
Assim como o criaram, caindo na armadilha graças ao conselho do
ex-presidente Yushchenko, que disse a Yanukovych: se você quer viver
tranquilo nos próximos cinco anos - ponha Tymoshenko na prisão. Não de
acordo com normas legais Tymoshenko está na prisão, com a violação
dessas normas, penso, Yanukovych decidirá sobre sua libertação.
Por
que Yanukovych demora com a libertação da Tymoshenko? Por uma razão -
porque ele precisa assumir responsabilidade. Mas ele quer governar o
país, tomando decisões, sem responder por elas.
Quem pode
assumir responsabilidade no caso da Tymoshenko? Três mulheres: Ministro
da Justiça Lucash, Ministro da Proteção da Saúde Bohatyriova e
Comissário do Conselho Superior dos Direitos Humanos Lutkovska. Elas
podem assumir a responsabilidade política pelo trabalho sujo da
extradição da Tymoshenko ao exterior. Sobre perdão nós não falamos -
isto deve fazer o presidente. Mas ele não fará.
Tradução: Oksana Kowaltschuk
Nenhum comentário:
Postar um comentário