Minsk: acordo “pacificador” como outrora em Munique com Hitler !
Putin: "eu não estou fazendo nada na Ucrânia!"
Por Luis Dufaur
Os canhões não pararam de trovejar após a
assinatura do “cessar-fogo” de Minsk, promovidos por Angela Merkel, François
Hollande e Vladimir Putin.
O chefe supremo da “nova-URSS” tem folgadas razões
para comemorar “sua” vitória, ou melhor, a claudicação dos líderes europeus.
Os EUA não cessaram de denunciar insistentemente
que a Rússia continuava transferindo armas pesadas ao leste a Ucrânia, segundo
a AFP.
Segundo a agência Bloomberg,
o tratado não passa de uma “bomba de tempo” e a contagem marcha atrás já
começou.
Só que ninguém imaginou que iria tão rápido.
Putin, diz a Bloomberg, demonstrou que é um
parceiro em que não se pode confiar. Ele jamais cumpriu as concessões que
prometeu fazer e está saindo vencedor da maratona de negociações.
Somando e restando, o novo “cessar-fogo” é mais
favorável aos separatistas manipulados por Moscou que o acordo anterior.
Os pro-russos conservarão o controle do território
que ganharam violando o acordo anteriormente assinado. É algo incompreensível,
escreve Leonid
Bershidsky da Bloomberg.
“Um instantinho Vladimir...!”, implora Angela Merkel.
O “diálogo” com Putin em Minsk
tendeu para um entreguismo facilmente ridularizável.
O “diálogo” com Putin em Minsk
tendeu para um entreguismo facilmente ridularizável.
Os
milicianos rebeldes ganharam uma super-autonomia, e governarão o território
ocupado sob o sopro russo.
Kiev
deverá anistiar os rebeldes, restaurar o sistema bancário no território que
está na mão de outros, fornecer serviços públicos, e pagar aposentadorias e
benefícios sociais na área dominada a controle não tão remoto pela Rússia.
As
contradições são tantas, diz Bershidsky, que a bomba de tempo pode explodir a
qualquer momento.
As
relações da Ucrânia com a União Europeia e a OTAN ficaram numa situação mais do
que volátil, e a ameaça da retomada da guerra paira como uma espada de Dâmocles
não só sobre Kiev, mas sobre a OTAN também.
Nenhum
acordo podia ficar tão perto do que Putin desejava.
Por isso, ele disse que “não é a melhor noite de sua vida, mas um belo
amanhecer”.
Vladimir Putin ficou como o personagem central das conversações
E
a plenitude do dia de Putin será quando possa trazer a Ucrânia de volta para a
esfera política, econômica e militar da “nova-URSS”.
A
BBC com argumentos análogos aponta também para uma vitória diplomática da
Rússia.
O
exército ucraniano terá que retroceder e os prosélitos de Vladimir Putin
ficarão com os territórios ganhos violando o “cessar fogo” anterior.
O
papel assinado em Minsk diz que a Ucrânia recuperará o controle de suas
fronteiras com a Rússia para impedir a entrada de armamento e soldados. Mas,
isto não acontecerá até o fim de ano. E ainda assim só se forem preenchidas
condições pouco prováveis de se concretizarem.
A
Constituição ucraniana deverá ser reformada para admitir a autonomia das
regiões rebeldes, que terão polícia, juízes e alfandegas próprias para
comerciar com a Rússia.
Para a revista socialista francesa “Le Nouvel
Observateur” em virtude das notas no pé da página do acordo, os
enclaves autônomos na prática viram unidades como que independentes que
concentram seu relacionamento com a Rússia como se fossem alheias a seu país.
Lança mísseis Katyusha pro-russo visa objetivos civis e militares em Donetsk
Para o jornal
britânico “The Telegraph”
o acordo de Minsk não resolve o problema da presença de milhares de soldados
russos no território ucraniano.
Por volta de 9.000
soldados de cinco batalhões de infantaria apoiados por tanques e artilharia
pesada entraram no país para reforçar os rebeldes.
Embora o acordo fale
da saída das forças estrangeiras, conversa não basta, comenta o jornal. É
necessário um cronograma com um limite definido, com uma autoridade, como a
OSCE, que supervisione a saída.
Tudo o que não for
isso é fogo de palha.
E o incêndio vermelho
arde com ferocidade rumo ao Ocidente insuflado desde Moscou.
Fonte: Flagelo russo.
Fonte: Flagelo russo.
Parabéns pela publicação. A Igreja Ortodoxa Russa serve ao Estado Russo? Submissa?
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