segunda-feira, 30 de maio de 2011

STEPAN BANDERA - HERÓI NACIONAL

Caro Leitor:
Circula na Internet uma desinformação que intenta desqualificar um herói-nacional ucraniano, porque teve a audácia de dizer NÃO ao comunismo e enfrentá-lo com coragem e risco da própria vida. Agora os comunistas invadem novamente a Ucrânia para transformá-la, mais uma vez, em colônia escravocrata de Moscou. Mas não é só isso. Todo o Leste Europeu se encontra ameaçado pelo expansionismo do plano “Eurasiano” que se encontra em marcha visando a dominação do mundo todo.
Por conta desta audácia no passado, rotulam Stepan Bandera no presente de "Colaborador dos Nazistas" e cassam, por decreto, seu título de HERÓI DA UCRÂNIA porque é preciso remover o sentimento de nacionalidade do povo ucraniano que ainda resiste ao comunismo e à escravidão anunciada.
Podem fazê-lo por decreto e pela força das armas, mas jamais poderão extirpar a verdade dos fatos simplesmente reescrevendo a história como é de habito dessa matula comunista que defende essa ideologia genocida e fossilizada !
O Editor.



Stepan Bandera: Estudante de Agronomia
  PARTE I
Os acontecimentos narrados neste texto referem-se, principalmente, a Ukraina Ocidental que estava sob o domínio polonês.
Palavras de Stepan Bandera:
"Em setembro de 1928 eu me estabeleci em Lviv (maior cidade da Ukraina Ocidental) e entrei para estudos de Agronomia na Escola Politécnica. Terminei oito semestres de estudos, mas não prestei exames finais devido as minhas atividades políticas.
Eu participava ativamente na organização da vida nacional ukrainiana. Era membro da Organização Estudantil "Osnova" (Base). Trabalhei na organização "Silskyi Hospodar" (significa pequeno proprietário de terra) que orientava em função da melhoria da agricultura. Também trabalhei no "Tovarestvo Prosvita" (Associação Instrutiva), viajando pelas aldeias próximas, aos domingos e santificados para esclarecimentos e ajuda à população. Participava da vida esportiva: corrida, natação. Jogava xadrez, cantava no coral. Não fumava, não usava álcool".
"Bandera trabalhava clandestinamente ainda nos tempos do ginásio, desenvolvendo as atividades na faculdade. Em 1929 é criada a OUN (Organização dos Nacionalistas ukrainianos) à qual S. Bandera se filia. A sua primeira função era distribuir literatura de teor nacionalista. Aqui ele já demonstra sua facilidade organizacional. Uma parte dessa literatura editava-se além fronteira e era preciso consegui-la por meios ilegais e proceder a sua divulgação. Outra parte editava-se ilegalmente na própria Ukraina, sob o jugo polonês. Neste caso a matriz era preparada em Lviv, que era levada para um esconderijo e editada. Essa impressão clandestina realizava-se em aldeias. Quando descoberta em uma aldeia mudava-se para outra. A polícia polonesa não media esforços para confiscar esta literatura. Muitas prisões foram realizadas. O próprio S. Bandera foi preso várias vezes, mas sempre era solto porque ele não se traía, sua aparência era calma e inocente.
Os livros soviéticos maldosamente diziam que a OUN tinha proteção alemã e até de Hitler. Então o governo polonês tinha certo receio de exercer repressões violentas contra os membros da OUN. Esta proteção nunca foi provada, porque, na prática, nunca existiu. E, não poderia existir porque Hitler ascendeu ao poder 4 anos após a criação da OUN. Apesar do suposto "receio" polonês, o primeiro presidente da OUN foi preso após alguns meses; o segundo foi preso e morto por fuzilamento após poucos meses; o terceiro apanhou até morrer na prisão; o quarto, ao sentir que era observado conseguiu fugir do país; o quinto foi dispensado da função e o sexto foi Stepan Bandera que conseguiu permanecer na função por quatro anos, sendo aprisionado depois, em 1934. Entre os anos 1929-1934 foram aprisionados mais de 1000 membros da OUN, sendo quatro condenados à morte e 16 à prisão perpétua. Os demais somaram 2000 anos em conjunto.
Stepan Bandera foi indicado como consultor de propaganda, trabalhando com pessoas que possuíam maior conhecimento de ações clandestinas e intelectuais. Foi cogitado por Evhen Konovalets para assumir liderança em 1933, mas foi aprisionado em 1934. Ao sair da prisão, no mesmo ano assumiu a liderança.
Uma revolução, como qualquer outra atividade, precisa de dinheiro. Na Rússia, por exemplo, o movimento bolchevique era sustentado pelo milionário Sawa Morozow, legendário Kamo e, ainda desconhecido Koba (Stalin), que assaltavam bancos no Cáucaso. Seguiram este caminho também os nacionalistas ukrainianos roubando os correios ou o seu transporte. Aconteceu serem apanhados e dois moços foram enforcados. Na hora do enforcamento, em toda Halychyna os sinos das igrejas tocaram e realizaram-se missas de réquiem. Foi tão grande a manifestação popular que até a polícia polonesa recuou. Depois desse acontecimento Bandera resolveu transformar este revés numa grande tragédia nacional. Neste clima E. Konovalets designou-o para liderança da OUN.
Com Bandera as ações da OUN tornaram-se mais amplas, abrangendo maior número de pessoas e de maior alcance cultural. Intensificou-se o culto às sepulturas dos "Sichovi Striltsi" (Um dos melhores e mais regulares exércitos da UNR - Conselho Nacional Ukrainiano, composto de voluntários, a partir de 1914, com diversas formas de organização. Este nome foi usado pela primeira vez com a formação das subdivisões formadas pelos "halychany" [da região Halychuna]), no exército Austro-Húngaro, na I Guerra Mundial. O Comandante geral era Evhen Konovalets). As sepulturas lembravam esposos, pais, filhos, irmãos, que morreram pela Ukraina independente, em lugares desconhecidos. Então plantavam flores, construíam monumentos ou colocavam cruzes, promoviam rezas... A polícia polonesa destruía esses túmulos, geralmente a noite.
Aos poloneses não eram de grande interesse os ukrainianos de mais idade, que lembravam que seu país já foi independente. O que eles queriam era educar a nova geração de modo a valorizar tudo o que era importante para Polônia, seus símbolos, seus heróis. Com esta finalidade liquidavam-se as escolas ukrainianas. Em outras introduziam-se as duas línguas: ukrainiano e polonês. Os professores ukrainianos eram substituídos pelos poloneses e até proibiam aos alunos conversar entre si usando a língua ukrainiana.
(Imaginem alguém se apossando de sua casa e, dando ordens à sua família. Pois era isso que acontecia. Consideremos apenas o século XX. russos e poloneses dividiram Ukraina entre si. Exploravam o país conforme lhes aprazia. Usavam a força de trabalho em seu benefício. Destruíam a cultura, a língua e até a religiosidade. E, se por ventura os ukrainianos protestassem, eram tachados de bandidos, além de torturados em prisões, enviados para o distante Norte onde trabalhavam como escravos, subalimentados. A maioria morreu devido a condições adversas. Ou, simplesmente eram fuzilados. Esta era a prática muito usada principalmente pelos russos, os verdadeiros bandidos, até os dias atuais).
A organização da OUN preparou uma ação de protesto. Aconteceu em todas as escolas, num dia determinado: foram destruídos todos os emblemas poloneses e as crianças marchavam pelas ruas, dizendo: "Exigimos escolas ucrainianas!" "Fora professores poloneses!" Infelizmente nem todos os pais apoiaram, bem como alguns políticos que imaginavam a luta pela independência em vão. Mas, muitas dessas crianças lutaram pela independência da Ukraina quando cresceram.
Nos anos 1932-1933, na Ukraina sovietizada reinava a grande fome, o Holodomor, planejada por Stalin, onde morreram, segundo vários historiadores entre 7 e 8 milhões de pessoas. O Holodomor, que o governo russo teima em não reconhecer como GENOCÍDIO, mas que foi GENOCÍDIO, sim, porque os alimentos foram retirados, à força dos camponeses, e a região foi cercada pelo exército para que ninguém pudesse sair. A União Soviética não somente não aceitou ajuda de outros países, como ainda exportou os cereais confiscados. Esta é a verdade sobre Holodomor, já reconhecido como GENOCÍDIO por inúmeras nações.
Apesar de que as fronteiras foram fechadas, a notícia sobre Holodomor chegou à Ukraina Ocidental. A direção da OUN planejou um ato de protesto: matar o cônsul da União Soviética em Lviv. Nem tudo saiu como planejado. O jovem encarregado do ato não matou o cônsul e sim um representante de Moscou que inspecionava os consulados soviéticos na Europa. O moço que atirou foi condenado à prisão perpétua.
Continua na Parte II

Um comentário:

  1. Muito interessante este blog. Parabéns.

    Edson
    http://conservador.blog.br/

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