Continuação - Segunda parte:
Nação ukrainiana, seu campesinato, apesar da mágoa e ressentimento causado pela NKVD e Gestapo cumpriu sua missão na Terra. O pão, cultivado e produzido pelos trabalhadores dos 40 mil "kolkhozes" (fazendas coletivas do Estado) recebeu não só a Wehrmacht, Reich e a população da Ukraina, mas também as províncias da Rússia, Bielorrússia, Estados Bálticos e até Finlândia.
Desde 1943 e até o final da guerra, Ukraina abastecia com o pão e outros alimentos o Exército Vermelho, que destruia as tropas de Hitler em solo alemão. "Agradecer" por isso aos ukrainianos em Moscou decidiram de um modo muito peculiar.
"A todos os ukrainianos - em afastados locais do país".
Em meados de 1944, quando os batalhões ribombavam além das fronteiras ukrainianas, quando nas fileiras do Exército Vermelho 4,6 milhões de ukrainianos iam ao ataque ao lado de representantes de outras repúblicas soviéticas, surgiu "inteiramente secreta" ordem do Comissário de Assuntos Internos da URSS Lavrenti Beria e sub-Comissário da Defesa Georgy Zhukov. Apresentamos o texto na íntegra:
"Absolutamente secreto"
Ordem Nº 0078/42
22 de junho de 1944, Moscou
Pelo Comissariado Popular
De Assuntos Internos da URSS e
Comissariado Popular da Defesa
da União URSS.
A agência do serviço secreto determina:
Nação ukrainiana, seu campesinato, apesar da mágoa e ressentimento causado pela NKVD e Gestapo cumpriu sua missão na Terra. O pão, cultivado e produzido pelos trabalhadores dos 40 mil "kolkhozes" (fazendas coletivas do Estado) recebeu não só a Wehrmacht, Reich e a população da Ukraina, mas também as províncias da Rússia, Bielorrússia, Estados Bálticos e até Finlândia.
Desde 1943 e até o final da guerra, Ukraina abastecia com o pão e outros alimentos o Exército Vermelho, que destruia as tropas de Hitler em solo alemão. "Agradecer" por isso aos ukrainianos em Moscou decidiram de um modo muito peculiar.
"A todos os ukrainianos - em afastados locais do país".
Em meados de 1944, quando os batalhões ribombavam além das fronteiras ukrainianas, quando nas fileiras do Exército Vermelho 4,6 milhões de ukrainianos iam ao ataque ao lado de representantes de outras repúblicas soviéticas, surgiu "inteiramente secreta" ordem do Comissário de Assuntos Internos da URSS Lavrenti Beria e sub-Comissário da Defesa Georgy Zhukov. Apresentamos o texto na íntegra:
"Absolutamente secreto"
Ordem Nº 0078/42
22 de junho de 1944, Moscou
Pelo Comissariado Popular
De Assuntos Internos da URSS e
Comissariado Popular da Defesa
da União URSS.
A agência do serviço secreto determina:
Recentemente, na Ukraina, especialmente em províncias de Kyiv, Poltava, Vinnytsia, Rivne, e outras províncias, verifica-se claramente um clima hostil da população ukrainiana contra o Exército Vermelho e as autoridades soviéticas locais. Em alguns distritos e províncias a população ukrainiana se opõe com hostilidade à realização dos "kolkhozes" e entrega de pão para o Exército Vermelho.
Eles, com a intenção de interromper o funcionamento das fazendas coletivas, com selvageria matam o gado. Para interromper o abastecimento alimentar ao Exército Vermelho, enterram o pão em covas. Em vários locais, elementos hostis, principalmente pessoas que fogem da mobilização ao Exército Vermelho, organizam nas florestas bandas "verdes" os quais, além de prejudicar os escalões militares, ainda atacam as suas pequenas unidades, e também matam funcionários do governo local.
Alguns soldados e comandantes do Exército Vermelho influenciados pela população ukrainiana, simpática ao fascismo, das províncias libertadas da Ukraina, começaram a decompor-se e passar para o lado do inimigo. Do acima exposto fica claro que a população ukrainiana colocou-se, evidenemente no caminho à volta dos ocupantes alemães. Portanto, com a meta de liquidação e controle sobre os soldados mobilizados do Exército Vermelho e os comandantes das províncias libertadas da Ukraina,
Determino:
1. Deportar para remotos países da URSS todos os ukrainianos que viveram sob o domínio dos ocupantes alemães.
2. Efetuar a deportação:
- Em primeiro lugar os ukrainianos que trabalharam e serviram aos alemães;
- Em segundo lugar deportar todos os outros ukrainianos, que se familiarizaram com a vida durante a ocupação alemã, - a deportação deve começar depois da colheita e entregue ao Estado para as necessidades do Exército Vermelho;
- A deportação deve realizar-se somente a noite e de repente, para impedir que se escondam ou que saibam os membros de sua família que estão no Exército Vermelho.
3. Sobre os soldados e comandantes nas províncias ocupadas estabelecer os seguintes controles:
- Estabelecer em departamentos especiais questões específicas a cada um;
- Verificar todas as cartas, não pela censura mas através de um departamento especial:
- Fixar um funcionário secreto a cada 5 comandantes e soldados.
4. Para combate das bandas antissoviéticas transferir a 12ª e 25ª divisões punitivas da NKVD.
Anunciar a ordem ao comando do regimento, inclusive.
Comissário do Povo da Administração Interna
Assuntos da URSS - Beria
Sub-Comissário da Defesa da URSS
Marechal da União Soviética - Zhukov
A cada um que lê este texto pela primeira vez, pode surgir a pergunta: ou ele está enlouquecendo, ou Beria com Zhukov ainda em 1944 perderam a razão, assinando tal documento.
[A redação de A Verdade Histórica diz que muitos dos historiadores atuais consideam esta ordem falsa. As últimas pesquisas levam a crer que o texto desta ordem é uma falsidade nazista, não um verdadeiro documento soviético.]
Pessoas de avançada idade lembram, rumores sobre esta ordem rastejaram antes do término da guerra. Mais tarde apareceram os que sofreram consequências da ordem de Beria - Zhukov - deportadas aldeias e povoados inteiros da Ukraina Ocidental para Sibéria e Ásia Central, mas falavam sobre isso em sussurros e só aos mais próximos.
O documento em si não é apenas único, ele é fraudatário. O conteúdo do preâmbulo - evidente falsidade, construída pela NKVD. Afinal, nada semelhante ao que é afirmado no preâmbulo da Ordem, por Beria e Zhukov, não houve e não pôde ter havido.
Fatos listados na ordem, não constam em qualquer análise de acontecimentos na Ukraina. As bandas "verdes" houveram na região de Kyiv nos anos da guerra civil. Ademais só uma "banda verde" em Obukhov. Os últimos fatos não chamam atenção, além do sorriso amargo. Delírio qualquer!
Igualmente odiosa é a segunda parte da ordem. Claramente definidos os objetivos de Beria-Zhukov, e, é claro, de Stalin. Aliás, a palavra "determino" atesta o fato de que a ordem foi definida para assinatura de uma pessoa. Esta pessoa seria exatamente Stalin, mas ele decidiu "encostar" outros, em seu lugar. Este era seu truque favorito. Anteriormente, em 13 de abril de 1494, Beria assinou a ordem do Comissário do Povo de Assuntos do Interior da URSS e Comissário do Povo da Segurança do Estadoo Nº 00419/00137 "Sobre atividades de limpeza do território da Criméia - RSSA (República Socialista Soviética Autônoma de Bashkir) de elementos antissoviéticos". Agora lembrem os exemplos, quando Joseph Stalin assinava pessoalmente as diretrizes, na base das quais NKVD, em massa, realizava forçadas deportações das nações que habitavam Criméia. E ainda, Resolução do Comitê da Defesa do Estado da URSS, de 11.05.1944, Nº 5859, sobre a deportação do território da Criméia, de todos os tártaros para República Soviética de Uzbequistão. Resolução do Comitê de Defesa do Estado da URSS de 02.06.1944, Nº 5894 sobre a deportação do território de Criméia dos búlgaros, gregos e armênios. Resolução do Comitê da Defesa do Estado da URSS de 24.06.1944, Nº 6100 sobre deportação da Criméia dos iranianos, italianos, romenos, austríacos, ciganos e outros.
Como deportavam os tártaros da Criméia. Informação histórica.
Com base nestas resoluções de Stalin e determinações de Beria, de acordo com dados de arquivo, em resultado de operações punitivas da NKVD-URSS, somente em 18-20.05.1944, da Criméia foram deportados 194.111 tártaros. Ao todoo, na primavera e no verão daquele ano, à força deportaram mais de 200 mil tártaros da Criméia, Em 27.06.1944 deportaram da Criméia 12.422 búlgaros, 15.040 gregos, 9.621 armênios, 3.652 representantes de outras nacionalidades.
Já em 04.07.1944 Beria informou a Stalin, por escrito, que a deportação da Criméia, dos tártaros, gregos , armênios, búlgaros e outros elementos antissoviéticos foi concluída.
Com base na Resolução do Conselho de Ministros da URSS, de 29.01.1949, Nº 390 - 139 as forças de ocupação soviética, de 25 a 29.03. 1949 realizaram uma operação em grande escala, sob o codimome de "Preamar", de deportação dos habitantes da Estônia, Letônia e Lituânia. De acordo com essa resolução dos Estados Bálticos era necessário deportar pessoas com as seguintes características:
1. Membros de famílias de bandidos e/ou nacionalistas, incluindo as famílias de bandidos que se escondiam, os quais já foram condenados e os que foram condenados à morte;
2. Bandidos legalizados e suas famílias, que continuavam as atividades antissoviéticas;
3. Pessoas e suas famílias que ajudavam os bandidos;
4. "Kurkuli" (pessoas com algumas posses) e suas famílias.
A execução da operação "Preamar" era obrigação do Ministério da Defesa da URSS (MGB - Ministério da Segurança do Estado) e Ministério dos Assuntos do Interior da URSS (MVD).
O Ministério da Defesa do Estado era responsável pela primeira parte da Operação "Preamar" - compilação da lista de famílias para deportação, a apreensão destas pessoas e o envio deles para os especialmente preparados locais de carga nas estações de trem. O Ministério dos Assuntos do Interior devia preparar os comboios nos locais de carga e enviá-los ao seu destino.
À Siberia como no feriado! Vídeo humorístico estoniano sobre deportações. (Vídeo)
Durante o mês de março (25 - 29.03.1949) foram deportados à força, da região Báltica quase meio milhão de estonianos, letões, lituanos e outros povos que lá viviam.
Nos países do Báltico, após recebimento de sua independência, os tribunais condenaram dezenas de dirigentes, de vários níveis do MGB e MVD,os quais participaram das deportações em março de 1949. As deportações foram reconhecidas pelos tribunais como crimes contra a humanidade, e o regime de ocupação totalitária da União Soviética, como da Alemanha nazista - criminoso. (As pessoas que a União Soviética chama de "bandidos" na verdade eram as pessoas que se opunham ao domínio totalitário, a qualquer preço, pela Rússia, das nações cujos territórios lhe interessavam - O.K.).
Por que os ukrainianos tiveram sorte?
Então o objetivo - desterrar da Ukraina todos os ukrainianos, da Criméia - todos os tártaros, dos países Bálticos - estonianos, letões, lituanos e outros "elementos antissoviéticos"! Será que isto não é genocídio destas nações e crime contra a humanidade? A deportação dos países bálticos e da Criméia foi realizada em apenas alguns dias.E por que surge a pergunta, não foi totalmente executada a ordem de Beria - Zhukov Nº 0078/42 sobre a explusão de todos os ukrainianos às regiões remotas da União Soviética?
As razões são várias.
De acordo com os dados oficiais soviéticos, a população da URSR (República Social Soviética da Ukraina) em 1940 constituía-se de 41,3 milhões de pessoas. Em 1º de janeiro de 1945 em Ukraina os órgãos oficialmente registraram 27,383 milhões de pessoas. A diferença é de 13,917 milhões de indivíduos. Por conseguinte, durante os anos da Segunda Guerra Mundial, Ukraina perdeu 14 milhões (!) de pessoas.
As perdas da Ukraina na guerra foram tão grandes, que só em 1960, até com a adesão da região do Transcarpathia (1944) e Criméia (1954) a população aqui alcançou o nível de 1941! É fácil de calcular, que no dia da assinatura da destacada ordem (22.06.1944) viviam na Ukraina 27 milhões de pessoas que sobreviveram à ocupação alemã.
Deportados "em segredo", "somente à noite" e "de repente", tal quantidade de "todos os ukrainianos" em poucos dias, como fizeram na Criméia e nos Países Bálticos, era impossível. Na União Soiética simplesmente não havia para isto tal quantidade de vagões!
Além disso, quando a ordem de Beria - Zhukov começaram trazer até os "comandantes do regimento, incluíndo", e das províncias ocidentais da Ukraina foram deportados algumas centenas de milhares de ukrainianos, os funcionários expeditos da NKVD e SMERSH (significado da palavra Smerch: morte aos espiões - O.K) em seus relatórios secretos informaram à administração que no Exército começaram "os sentimentos em massa, prejudiciais, nacionalistas e antissoviéticos, entre soldados e oficiais.
Na frente da batalha aumentaram os casos, quando soldados e comandantes, conscientemente iam ao encontro da morte, ao tomar conhecimento, que suas famílias foram represadas pelo fato de ter permanecido em ocupação temporária.
Ao mesmo tempo, quase em todo território da Ukraina intensificava sua luta de libertação nacional o Exército Insurgente Ucrainiano (UPA), em cujas fileiras havia dezenas de milhares de soldados bem treinados , organizados, disciplinados e armados. Além disso eles contavam com o apoio da população.
Eles, com a intenção de interromper o funcionamento das fazendas coletivas, com selvageria matam o gado. Para interromper o abastecimento alimentar ao Exército Vermelho, enterram o pão em covas. Em vários locais, elementos hostis, principalmente pessoas que fogem da mobilização ao Exército Vermelho, organizam nas florestas bandas "verdes" os quais, além de prejudicar os escalões militares, ainda atacam as suas pequenas unidades, e também matam funcionários do governo local.
Alguns soldados e comandantes do Exército Vermelho influenciados pela população ukrainiana, simpática ao fascismo, das províncias libertadas da Ukraina, começaram a decompor-se e passar para o lado do inimigo. Do acima exposto fica claro que a população ukrainiana colocou-se, evidenemente no caminho à volta dos ocupantes alemães. Portanto, com a meta de liquidação e controle sobre os soldados mobilizados do Exército Vermelho e os comandantes das províncias libertadas da Ukraina,
Determino:
1. Deportar para remotos países da URSS todos os ukrainianos que viveram sob o domínio dos ocupantes alemães.
2. Efetuar a deportação:
- Em primeiro lugar os ukrainianos que trabalharam e serviram aos alemães;
- Em segundo lugar deportar todos os outros ukrainianos, que se familiarizaram com a vida durante a ocupação alemã, - a deportação deve começar depois da colheita e entregue ao Estado para as necessidades do Exército Vermelho;
- A deportação deve realizar-se somente a noite e de repente, para impedir que se escondam ou que saibam os membros de sua família que estão no Exército Vermelho.
3. Sobre os soldados e comandantes nas províncias ocupadas estabelecer os seguintes controles:
- Estabelecer em departamentos especiais questões específicas a cada um;
- Verificar todas as cartas, não pela censura mas através de um departamento especial:
- Fixar um funcionário secreto a cada 5 comandantes e soldados.
4. Para combate das bandas antissoviéticas transferir a 12ª e 25ª divisões punitivas da NKVD.
Anunciar a ordem ao comando do regimento, inclusive.
Comissário do Povo da Administração Interna
Assuntos da URSS - Beria
Sub-Comissário da Defesa da URSS
Marechal da União Soviética - Zhukov
A cada um que lê este texto pela primeira vez, pode surgir a pergunta: ou ele está enlouquecendo, ou Beria com Zhukov ainda em 1944 perderam a razão, assinando tal documento.
[A redação de A Verdade Histórica diz que muitos dos historiadores atuais consideam esta ordem falsa. As últimas pesquisas levam a crer que o texto desta ordem é uma falsidade nazista, não um verdadeiro documento soviético.]
Pessoas de avançada idade lembram, rumores sobre esta ordem rastejaram antes do término da guerra. Mais tarde apareceram os que sofreram consequências da ordem de Beria - Zhukov - deportadas aldeias e povoados inteiros da Ukraina Ocidental para Sibéria e Ásia Central, mas falavam sobre isso em sussurros e só aos mais próximos.
O documento em si não é apenas único, ele é fraudatário. O conteúdo do preâmbulo - evidente falsidade, construída pela NKVD. Afinal, nada semelhante ao que é afirmado no preâmbulo da Ordem, por Beria e Zhukov, não houve e não pôde ter havido.
Fatos listados na ordem, não constam em qualquer análise de acontecimentos na Ukraina. As bandas "verdes" houveram na região de Kyiv nos anos da guerra civil. Ademais só uma "banda verde" em Obukhov. Os últimos fatos não chamam atenção, além do sorriso amargo. Delírio qualquer!
Igualmente odiosa é a segunda parte da ordem. Claramente definidos os objetivos de Beria-Zhukov, e, é claro, de Stalin. Aliás, a palavra "determino" atesta o fato de que a ordem foi definida para assinatura de uma pessoa. Esta pessoa seria exatamente Stalin, mas ele decidiu "encostar" outros, em seu lugar. Este era seu truque favorito. Anteriormente, em 13 de abril de 1494, Beria assinou a ordem do Comissário do Povo de Assuntos do Interior da URSS e Comissário do Povo da Segurança do Estadoo Nº 00419/00137 "Sobre atividades de limpeza do território da Criméia - RSSA (República Socialista Soviética Autônoma de Bashkir) de elementos antissoviéticos". Agora lembrem os exemplos, quando Joseph Stalin assinava pessoalmente as diretrizes, na base das quais NKVD, em massa, realizava forçadas deportações das nações que habitavam Criméia. E ainda, Resolução do Comitê da Defesa do Estado da URSS, de 11.05.1944, Nº 5859, sobre a deportação do território da Criméia, de todos os tártaros para República Soviética de Uzbequistão. Resolução do Comitê de Defesa do Estado da URSS de 02.06.1944, Nº 5894 sobre a deportação do território de Criméia dos búlgaros, gregos e armênios. Resolução do Comitê da Defesa do Estado da URSS de 24.06.1944, Nº 6100 sobre deportação da Criméia dos iranianos, italianos, romenos, austríacos, ciganos e outros.
Como deportavam os tártaros da Criméia. Informação histórica.
Com base nestas resoluções de Stalin e determinações de Beria, de acordo com dados de arquivo, em resultado de operações punitivas da NKVD-URSS, somente em 18-20.05.1944, da Criméia foram deportados 194.111 tártaros. Ao todoo, na primavera e no verão daquele ano, à força deportaram mais de 200 mil tártaros da Criméia, Em 27.06.1944 deportaram da Criméia 12.422 búlgaros, 15.040 gregos, 9.621 armênios, 3.652 representantes de outras nacionalidades.
Já em 04.07.1944 Beria informou a Stalin, por escrito, que a deportação da Criméia, dos tártaros, gregos , armênios, búlgaros e outros elementos antissoviéticos foi concluída.
Com base na Resolução do Conselho de Ministros da URSS, de 29.01.1949, Nº 390 - 139 as forças de ocupação soviética, de 25 a 29.03. 1949 realizaram uma operação em grande escala, sob o codimome de "Preamar", de deportação dos habitantes da Estônia, Letônia e Lituânia. De acordo com essa resolução dos Estados Bálticos era necessário deportar pessoas com as seguintes características:
1. Membros de famílias de bandidos e/ou nacionalistas, incluindo as famílias de bandidos que se escondiam, os quais já foram condenados e os que foram condenados à morte;
2. Bandidos legalizados e suas famílias, que continuavam as atividades antissoviéticas;
3. Pessoas e suas famílias que ajudavam os bandidos;
4. "Kurkuli" (pessoas com algumas posses) e suas famílias.
A execução da operação "Preamar" era obrigação do Ministério da Defesa da URSS (MGB - Ministério da Segurança do Estado) e Ministério dos Assuntos do Interior da URSS (MVD).
O Ministério da Defesa do Estado era responsável pela primeira parte da Operação "Preamar" - compilação da lista de famílias para deportação, a apreensão destas pessoas e o envio deles para os especialmente preparados locais de carga nas estações de trem. O Ministério dos Assuntos do Interior devia preparar os comboios nos locais de carga e enviá-los ao seu destino.
À Siberia como no feriado! Vídeo humorístico estoniano sobre deportações. (Vídeo)
Durante o mês de março (25 - 29.03.1949) foram deportados à força, da região Báltica quase meio milhão de estonianos, letões, lituanos e outros povos que lá viviam.
Nos países do Báltico, após recebimento de sua independência, os tribunais condenaram dezenas de dirigentes, de vários níveis do MGB e MVD,os quais participaram das deportações em março de 1949. As deportações foram reconhecidas pelos tribunais como crimes contra a humanidade, e o regime de ocupação totalitária da União Soviética, como da Alemanha nazista - criminoso. (As pessoas que a União Soviética chama de "bandidos" na verdade eram as pessoas que se opunham ao domínio totalitário, a qualquer preço, pela Rússia, das nações cujos territórios lhe interessavam - O.K.).
Por que os ukrainianos tiveram sorte?
Então o objetivo - desterrar da Ukraina todos os ukrainianos, da Criméia - todos os tártaros, dos países Bálticos - estonianos, letões, lituanos e outros "elementos antissoviéticos"! Será que isto não é genocídio destas nações e crime contra a humanidade? A deportação dos países bálticos e da Criméia foi realizada em apenas alguns dias.E por que surge a pergunta, não foi totalmente executada a ordem de Beria - Zhukov Nº 0078/42 sobre a explusão de todos os ukrainianos às regiões remotas da União Soviética?
As razões são várias.
De acordo com os dados oficiais soviéticos, a população da URSR (República Social Soviética da Ukraina) em 1940 constituía-se de 41,3 milhões de pessoas. Em 1º de janeiro de 1945 em Ukraina os órgãos oficialmente registraram 27,383 milhões de pessoas. A diferença é de 13,917 milhões de indivíduos. Por conseguinte, durante os anos da Segunda Guerra Mundial, Ukraina perdeu 14 milhões (!) de pessoas.
As perdas da Ukraina na guerra foram tão grandes, que só em 1960, até com a adesão da região do Transcarpathia (1944) e Criméia (1954) a população aqui alcançou o nível de 1941! É fácil de calcular, que no dia da assinatura da destacada ordem (22.06.1944) viviam na Ukraina 27 milhões de pessoas que sobreviveram à ocupação alemã.
Deportados "em segredo", "somente à noite" e "de repente", tal quantidade de "todos os ukrainianos" em poucos dias, como fizeram na Criméia e nos Países Bálticos, era impossível. Na União Soiética simplesmente não havia para isto tal quantidade de vagões!
Além disso, quando a ordem de Beria - Zhukov começaram trazer até os "comandantes do regimento, incluíndo", e das províncias ocidentais da Ukraina foram deportados algumas centenas de milhares de ukrainianos, os funcionários expeditos da NKVD e SMERSH (significado da palavra Smerch: morte aos espiões - O.K) em seus relatórios secretos informaram à administração que no Exército começaram "os sentimentos em massa, prejudiciais, nacionalistas e antissoviéticos, entre soldados e oficiais.
Na frente da batalha aumentaram os casos, quando soldados e comandantes, conscientemente iam ao encontro da morte, ao tomar conhecimento, que suas famílias foram represadas pelo fato de ter permanecido em ocupação temporária.
Ao mesmo tempo, quase em todo território da Ukraina intensificava sua luta de libertação nacional o Exército Insurgente Ucrainiano (UPA), em cujas fileiras havia dezenas de milhares de soldados bem treinados , organizados, disciplinados e armados. Além disso eles contavam com o apoio da população.
Tradução: Oksana Kowaltschuk
Continua...
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