Paz fria: O polo governista de
Putin desafia Europa
Tyzhden (Semana), 07.07.2012
Janusz Buhayski - membro sênior do Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais (EUA).
Tyzhden (Semana), 07.07.2012
Janusz Buhayski - membro sênior do Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais (EUA).
O presidente Vladimir Putin anseia
estabelecer a Rússia como um polo do governo em um mundo multipolar. Essa meta
estratégica implica na necessidade de supervisão atenta às diferentes
sub-regiões européias e euroasiáticas inclusive com Leste Europeu, áreas do
Báltico e Mar Negro, o Cáucaso e a Ásia Central.
O desejo de Moscou, acima de tudo é dominar os territórios da ex-URSS. Ele espera que os EUA, UE e todos os grandes países da Europa Ocidental percebam sua posição dominante nestas áreas. Entretanto a condescendência submissa a Kremlin, não só desestabilizará e dividirá muitos vizinhos da Federação Russa, mas será um desafio para segurança de novos países-membros da UE e OTAN, com simultânea ameaça à unidade européia e cooperação transatlântica.
Ambições estratégicas de Moscou
A julgar pelas declarações e ações, os líderes russos personificam um ambicioso projeto para reviver a dominação regional da Federação Russa, minar a influência dos EUA no mundo, dividir OTAN, neutralizar a UE. Os planos globais de Moscou em relação ao Ocidente - reduzir a superioridade dos EUA através da transformação de 'unipolaridade" em "multipolaridade" em que Rússia teria mais peso. Apesar da perda do status de potência mundial ela pretende se tornar um polo euroasiático de poder.
As autoridades do Kremlin acreditam que o mundo deve ser organizado de acordo com a versão atualizada da "Concepção da Europa" do século XIX, onde as superpotências equilibram seus próprios interesses, e países menores giram em torno delas como satélites ou territórios dependentes. Essas pessoas oficiais definem a sua estratégia como "multipolaridade". O projeto neoimperialista russo já não conta com instrumentos da era soviética, tais como devoção ideológica, a força militar ou plantio do governos fantoches. A primeira tarefa torna-se a propagação da influência dominante através da política de segurança externa dos vizinhos mais próximos, de tal forma que eles apoiem os planos de Kremlin.
Embora os objetivos de Moscou são de fato, neoimperialistas, suas estratégias ainda são flexíveis. Ela aplica métodos específicos, tais como tentação, ameaça, incentivos e pressões lá, onde os seus interesses nacionais são tratados como tais que prevalecem sobre os vizinhos. O real interessee nacional da FR gira em torno da conservação de sua integridade territorial e preservação de intervenção militar estrangeira. Neste contexto, à segurança de Moscou, não ameaça diretamentee a adesão de países geograficamente próximos a OTAN. No entanto, sua condição de membros na Aliança enfraquece a capacidade de controlar a política de segurança e orientação internacional desses países.
Entre as principais tarefas do terceiro mandato de Putin é a reintegração das ex-repúblicas soviéticas baseadas no estreitamento de relações econômicas, cujo ponto culminante seria um pacto político e de segurança liderado pela Rússia. Exatamentee a concepção da união Eurasiana será a base dos esforços do presidente da FR direcionados na conquista da fama de agregar países pós-soviéticos. Moscou, evidentemente, teme que o território da antiga URSS ficará, para sempre dividido e flutuará entre as "esferas de influências européias ou asiáticas. Em substituição Putin aspira criar o bloco euroasiático como contrapeso a UE no ocidente e China no oriente, bem como um forte elemento de segurança como contrapeso a OTAN. Esses laços econômicos e militares gerarão estreita reciprocidade de política que tornarão a adesão dos vizinhos da Rússia a alianças alternativas menos prováveis.
Projeto Eurasiano
O desejo de Moscou, acima de tudo é dominar os territórios da ex-URSS. Ele espera que os EUA, UE e todos os grandes países da Europa Ocidental percebam sua posição dominante nestas áreas. Entretanto a condescendência submissa a Kremlin, não só desestabilizará e dividirá muitos vizinhos da Federação Russa, mas será um desafio para segurança de novos países-membros da UE e OTAN, com simultânea ameaça à unidade européia e cooperação transatlântica.
Ambições estratégicas de Moscou
A julgar pelas declarações e ações, os líderes russos personificam um ambicioso projeto para reviver a dominação regional da Federação Russa, minar a influência dos EUA no mundo, dividir OTAN, neutralizar a UE. Os planos globais de Moscou em relação ao Ocidente - reduzir a superioridade dos EUA através da transformação de 'unipolaridade" em "multipolaridade" em que Rússia teria mais peso. Apesar da perda do status de potência mundial ela pretende se tornar um polo euroasiático de poder.
As autoridades do Kremlin acreditam que o mundo deve ser organizado de acordo com a versão atualizada da "Concepção da Europa" do século XIX, onde as superpotências equilibram seus próprios interesses, e países menores giram em torno delas como satélites ou territórios dependentes. Essas pessoas oficiais definem a sua estratégia como "multipolaridade". O projeto neoimperialista russo já não conta com instrumentos da era soviética, tais como devoção ideológica, a força militar ou plantio do governos fantoches. A primeira tarefa torna-se a propagação da influência dominante através da política de segurança externa dos vizinhos mais próximos, de tal forma que eles apoiem os planos de Kremlin.
Embora os objetivos de Moscou são de fato, neoimperialistas, suas estratégias ainda são flexíveis. Ela aplica métodos específicos, tais como tentação, ameaça, incentivos e pressões lá, onde os seus interesses nacionais são tratados como tais que prevalecem sobre os vizinhos. O real interessee nacional da FR gira em torno da conservação de sua integridade territorial e preservação de intervenção militar estrangeira. Neste contexto, à segurança de Moscou, não ameaça diretamentee a adesão de países geograficamente próximos a OTAN. No entanto, sua condição de membros na Aliança enfraquece a capacidade de controlar a política de segurança e orientação internacional desses países.
Entre as principais tarefas do terceiro mandato de Putin é a reintegração das ex-repúblicas soviéticas baseadas no estreitamento de relações econômicas, cujo ponto culminante seria um pacto político e de segurança liderado pela Rússia. Exatamentee a concepção da união Eurasiana será a base dos esforços do presidente da FR direcionados na conquista da fama de agregar países pós-soviéticos. Moscou, evidentemente, teme que o território da antiga URSS ficará, para sempre dividido e flutuará entre as "esferas de influências européias ou asiáticas. Em substituição Putin aspira criar o bloco euroasiático como contrapeso a UE no ocidente e China no oriente, bem como um forte elemento de segurança como contrapeso a OTAN. Esses laços econômicos e militares gerarão estreita reciprocidade de política que tornarão a adesão dos vizinhos da Rússia a alianças alternativas menos prováveis.
Projeto Eurasiano
Para implementar as ambições eurasianas
Moscou deve reunir em torno de si um grupo de países, leais ou dispostos a
servir aos seus interesses. Algumas tendências globais nos últimos anos
contribuem para o processo. Em primeiro lugar, trata-se de um resultado
secundário de "excesso de carga" nas relações com a Rússia que conduz a
administração Obama a partir de 2009: Washington limitou, enquanto não rejeitou
completamente, a sua campanha de expansão da OTAN, direcionada na integração dos
países pós-soviéticos. Então eles se tornaram mais abertos e mais vulneráveis à
pressão e medidas unificadoras de Moscou. Além disso, Bielorrússia, Moldávia e
Ukraina não pertencem à esfera de interesses prioritários do governo
americano.
Em segundo lugar, problemas financeiros e turbulências políticas
internas na UE desviaram a atenção de Bruxelas da cooperação com as antigas
repúblicas soviéticas. Isto, por sua vez, diminuiu a realização da Parceria
Oriental - iniciativa lançada em maio de 2009, que visava a harmonização dos
Estados europeus pós soviéticos aos padrões da UE. Ao mesmo tempo, os líderes
russos chegaram a conclusão, que UE encontra-se em sérias dificuldades, e por
isso, pelo menos durante alguns anos, preocupar-se-á com problemas internos, se
não entrar em colapso.
Em terceiro lugar, na UE estão desapontados com muitos países
pós-soviéticos. Esses países não tem planos de ação ou compromissos reais
indispensáveis para total integração com o Ocidente, ao contrário dos países da
Europa Central, que os elaboraram depois da libertação da influência de Moscou
no início de 1990, ou dos Balcâs Ocidentais que têm acordos com a União Européia
na estabilização e associação. Pelo contrário, no caso da Bielorrússia e Ukraina
temos fortes divergências com vários países europeus por causa da regressão
política e simuladas reformas econômicas.
Em quarto, a volta de Putin ao Kremlin reavivou as ambições
neoimperialistas russas através de grandes projetos geoestratégicos, entre os
quais a criação da União Euroasiática. A vantagem adicional da enérgica política
exterior de Moscou é que ela ajuda no desvio da atenção da comunidade mundial
dos problemas internos da FR (em particular, e com a oposição). A nova
presidência de Putin foi apresentada como uma necessidade vital para a segurança
nacional russa por duas razões. Isto, dizem eles, protegerá a FR da turbulência
devastadora dos protestos públicos, e contribuirá para a reestruturação da
Eurásia sob sua liderança, eliminando influências indesejáveis do Ocidente, que
propositadamente criam desafios à segurança da Rússia.
As ambições da FR em relação aos vizinhos, incluindo a Ukraina, são
dobradas: submissão da política externa aos interesses de Kremlin e integração
em organização de segurança e economia pró-Moscou. As mais distorcidas por
Moscou, multinacionais iniciativas de fortalecidas integraçoes e centralização
incluem a Comunidade de Estados Independentes (CIS), da Organização do Tratado
de Segurança Coletiva (CSTO), a Comunidade Econômica Eurasiana (EurAsEC), a
União Aduaneira (UA), Espaço Econômico Único (CES) e a planejada União Eurasiana
(EuraC).
CSTO (Organização do Tratado de Segurança Coletiva) - uma aliança
político-militar composta por Bielorrússia, Armênia, Cazaquistão, Quirguistão,
Rússia, Tajiquistão e Uzbequistão - criada contra as ambições da OTAN em
territórios da Eurásia. Hoje persiste a revisão dos princípios básicos da
organização. O estatuto atual exige.
EurAsEC criaram unanimidade nas decisões, mas, de acordo com as
alterações previstas, terão o direito de votar apenas os países diretamente
interessados na aceitação do ítem proposto. Deste modo, qualquer oposição à
política da FR (vejamos um exemplo, no caso, quando a FR considerar necessário
realizar uma ação armada no território de seu vizinho) torna-se
impossível .
EurAsEC criaram em outubro de 2000 na cúpula em Astana e Kremlin o
olham como primeiro passo para a União Euroasiática. Essa organização inclui
Bielorrússia, Rússia, Cazaquistão, Quirguistão Tajiquistão e Uzbequistão. Em
julho de 2011, Moscou, Minsk e Astana lançaram a União Aduaneira para eliminar
todas as barreiras comerciais entre os três países. Em outubro de 2011 Putin
reuniu os primeiros ministros da Bielorrússia, Armênia, Cazaquistão, Quirguistão
Moldávia, Tajiquistão e Ukraina em São Petersburgo e anunciou o acordo desses
países na criação de zona de livre comércio. Isso aconteceu depois de longos
anos de negociações infrutíferas. Em primeiro de janeiro de 2012 assinaram um
acordo formal sobre a criação de EEE (Espaço Econômico Europeu): mercado comum
indivisível que envolve três países da União Aduaneira e está aberto para o
resto de países pós-soviéticos. Antes da entrada na EEE os líderes da
Bielorrússia, Rússia e Cazaquistão também assinaram a Declaração à integração
econômica Eurasiana. O presidente Dmitry Medvedev convidou todos os membros da
EurAsES para aderir ao EEE, particularmentee seus três observadores: Armênia,
Moldávia e Ukraina.
Às entidades empresariais dos três países do Espaço Econômico Comum
é garantida a liberdade de circulação de mercadorias, serviços, capital e
trabalho. Até agora o governo Yanukovych resistiu a esta tentação, temendo a
limitação de influência dos oligarcas ukrainianos. Todos estes planos previam a
introdução de único sistema de valores semelhante a euro. O estabelecimento da
União Eurasiana foi considerado como objetivo final da integração econômica.
Previa-se o regime de livre comércio, única alfândega e rgulaçãoo sem tarifas,
acesso universal aos mercados domésticos, um único sistema de transportes,
mercado energético comum e moeda única. A cúpula de EurAsEC de Moscou, realizada
em 19 de março de 2012 delineou uma estratégia ampla de integração com o
entendimento de que a comunidade se tornará uma verdadeira união econômica em
2015. Tais medidas de integração, é claro, serão reforçadas com uma aliança
política mais estreita.
As primeiras duas semanas de seu novo período presidencial Putin
foi o hospedeiro da cimeira informal da CIS (Comunidade de Estados
Independentes), para a qual convergiram representantes da maioria das
ex-repúblicas soviéticas. Foi realizada uma sessão extraordinária da CSTO. Em
ambos os casos a base das iniciativas revelou-se a idéia de União da Eurasia.
De acordo com o entendimento de Putin, esta deve ser "potente, supranacional
união, capaz de se tornar um dos polos de poder no mundo atual e servir como uma
ponte efetiva entre a Europa e a dinâmica Ásia-Pacífico região". Putin considera
que esta organização deve ser construída sobre o legado da URSS:
"infraestrutura, sistema de especialização regional de produção desenvolvido, e
espaço comum de idioma, ciência e cultura".
Afastamento europeu
A discussão sobre o quanto serão auspiciosos os planos de
reintegração de Moscou, determinar-se-á na prática. No entanto, o alcance destes
objetivos involuntariamente prejudica a segurança e a soberania dos vizinhos da
Rússia. A pressão de funcionários russos prejudica a possibilidade destes países
realizar plenamente sua independência, escolhendo livremente suas alianças
internacionais. Pode-se tembém esperar que uma abordagem mais agressiva para a
integração dos países pós-soviéticos refletirá numa política impaciente aos
países da Europa Central e Oriental baseada na intervenção econômica,
dependência energética e neutralização política. Qualquer progresso alcançado na
integração de países pós-soviéticos com a Eurasia, econômica, política e do
sistema de segurança incentivará Moscou para continuar sua política obssessiva
em relação aos seus antigos satélites do centro e leste europeu, agora novos
membros da União Européia.
Os líderes russos consideram a UE não como uma força estratégica de
base, mas apenas como um valoroso instrumento duplicado: máquina econômica da
qual Rússia sorverá investimentos, tecnologia e produtos, e como parceiros dos
Estados Unidos aos quais ela pode contribuir em desligar-se e depois maximizar a
sua própria influência reduzindo a influência americana na Europa. A política da
Rússia quanto a UE é construída em torno de três abordagens. Primeiro, ela
procura relações diretas com as instituições da Ue como um parceiro igual, não
como um candidato ou como país-participante, porque deste modo sua influência
seria fraca. Segundo, Moscou concentra-se em forjar relações bilaterais
políticas, de negócios e energéticos com os maiores países da UE, tais como
Alemanha, França, Itália, cujos governos revelam-se mais receptivos. Esta
aproximação também enfraquece a manifestação da aprovação da coerente e única
política da UE.
Terceiro. A UE veem como um concorrente potencial da Rússia, em seu
"exterior próximo", porquanto ele pode atrair alguns países pós-soviéticos longe
da órbita de influência de Moscou. Por exemplo, na região do Mar Negro Moscou
não está interessada em projetos de vizinhança comuns sob os auspícios de
Bruxelas, porque deseja apoiar a exclusiva zona de influência, e critica o
programa de Parceria Oriental da UE como um mecanismo para minar as alianças
russas. Devido a sua ênfase aos direitos humanos e pluralismo, e também a UE
coloca ameaça ao modelo de controlada democracia e até a longa sobrevivência da
FR estruturada não democraticamente. Além disso, os padrões comerciais da UE,
são orientados à transparência, concorências e responsabilidade, comprometem o
modelo de negócios da Rússia que baseiam-se em três pilares: opacidade,
monopólio e sigilo.
Conseguindo posições de monopólio no trânsito e fornecimento de gás
natural e petróleo à Europa, Moscou aspira melhorar a sua influência dentro dos
limites da UE. A discussão entre os partidários de apoiado pela UE gasoduto
Nabucco (parte do projeto "Corredor Meridional de Gás) e patrocinado pela Rússia
gasoduto "South Stream" é uma indicação clara da luta pela segurança energética
na Europa. Apesar de cada vez mais criticada a viabilidade do "South Stream", o
Kremlin continua a utilizar diferentes táticas para frustrar a execução do
Nabucco, ou diminuir o seu valor, ou bloqueando países fornecedores do gás nos
contratos de fornecimento de longo prazo, ou minando a estabilidade no sul do
Cáucaso para criar obstáculos a investidores estrangeiros, ou propondo acordos
favoráveis para potenciais países de trânsito.
Para Ue a próxima década será de séria provação, porquanto ela não
conseguiu garantir suas posições de superpotência mundial e sua atividade
econômica sofreu graves deformações com consideráveis endividamentos de governos
de vários países da UE e persistentes dúvidas sobre o futuro da união monetária.
Muitos analistas concluem que, devido a hegemonia global dos Estados Unidos, a
UE entrou no cenário mundial como uma força ponderável. O guarda-chuva de
segurança de EUA permitiu que UE se concentra-se no desenvolvimento econômico e
integração política, sem aumentar o poder militar. No entanto, assim que a
influência dos EUA diminuir, a UE começará participar fortemente da corrida
armamentista global, mas sem "poder duro" e enfraquecimento constante de
ferramentas macias".
As autoridades russas estão bem conscientes da vulnerabilidade de
Bruxelas e aproveitarão diversas possibilidades para enfraquecer as relações
transatlânticas, ajustando relações com países membros da UE em separado. Ela
inspira-se com a diminuição da atenção do presidente Obama para com a Europa,
como prioridade estratégica e rupturas políticas internas na UE. As fraquezas do
Ocidente, contradições e indecisões incentivava e desenvolvia Moscou, porque
isto ajuda diretamente aos "putinistas" no desenvolvimento no projeto eurasiano
com o centro russo como pólo de poder.
Programa do Putin
Citações dos trabalhos eleitorais de Vladimir Putin em 2012:
"Nossos problemas nacionais e migratórios estão diretamente
relacionados com a destruição da URSS e, de fato, historicamente - grande
Rússia, que surgiu, basicamente no século XVIII. Uma vez que, inevitavelmente,
seguiram-se degradações das instituições públicas, sociais e econômicas. Com uma
enorme lacuna de desenvolvimento no espaço pós-soviético.
A auto-determinação do povo russo - uma civilização poliétnica,
consolidada com o núcleo cultural russo. E essa escolha o povo russo confirmava vez após
vez - e não nos plebiscitos e referendos, mas com sangue. Com toda sua história
milenar." (Isso é o que os russos dizem, mas não é o que as nações, total ou parcialmente submetidas ao jugo russo pela violenta e bárbara dominação sentem - OK).
(Sim, com sangue. Enquanto o povo era escravizado pelos czares, os
cossacos ukrainianos eram obrigados lutar ao lado dos russos na conquista de
mais terras para os czares. E mesmo durante a II Grande Guerra, enquanto os
jovens ukrainianos lutavam contra os alemães, Stalin provocou uma recorrente
fome na Ukraina retirando os produtos alimentícios e enviando-os à países da
Europa Ocidental para atraí-los à sua causa - OK).
O MUNDO SEMPRE SOUBE DA FOME PROVOCADA (HOLODOMOR) NA UCRÂNIA, INCLUSIVE QUANDO ESTAVA ACONTENCENDO E CALOU-SE! POR QUE? (O Cossaco).
("Rússia: questionamento nacional", "Gazeta independente",
01.03.2012)
"Percebemos que temos uma experiência histórica, a qual ninguém
tem. Nós temos um forte suporte na mentalidade, na cultura, na identidade, que
os outros não tem.
Nós vamos reforçar o nosso "estado histórico" que herdamos de
nossos antepassados. Estado-civilização que pode resolver organicamente o
problema de integração de diferentes etnias e credos.
Vivemos juntos há séculos. Juntos vencemos a mais terrível guerra
(Mas, ainda na véspera do Dia da Vitória, deste ano, Putin disse que Rússia
teria vencido sem participação ukrainiana, com o que ofendeu os ex-combatentes
ukrainianos - OK). E juntos vamos viver. E àqueles que querem, ou tentam
dividir-nos, posso dizer uma coisa - não conseguirão"...
É exatamente por este prisma que percebemos alguns aspectos do
comportamento dos EUA e da OTAN, os quais não se encaixam na lógica do
desenvolvimento atual, baseiam-se em estereótipos do pensamento bloqueado. Todos
compreendem o que eu tenho na mente. Esta propagação da OTAN, que inclui a
colocação de novos objetos de infraestrutura militar e planos de aliança (de
autoria americana) com a criação do sistema PRO (defesa contra mísseis
balísticos) na Europa. Não tocaria neste assunto, se esses jogos não se
realizassem contra a estabilidade mundial".
("Rússia e o mundo em mudança", "Gazeta russa - Domingo", Nº
5718(45), 27.02.2012).
Tradução: Oksana Kowaltschuk
Foto formatação: AOliynik
Imagens: http://tyzhden.ua/Politics/53985
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