quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

ORÇAMENTO UCRANIANO PARA 2013 ALCANÇA NÍVEIS CRÍTICOS

Proposta econômica - 2013
Tyzhden, 09.01.2013
Liubomyr Shavaliuk

A sociedade e os não relacionados com negócios do governo  serão forçados a apertar os cintos.
O ano 2012 transcorreu sob a crise da liquidez, governo espremendo fortemente as empresas para financiar ao máximo as melhorias pré-eleitorais, agravamento da balança de pagamentos, tentativas sem perspectivas do Banco Nacional contra a subida do dólar. Tudo isso completava-se com a onda crescente de rumores sobre voluntária-obrigatória absorção de atraentes ativos pela "Família".


 
 
Como resultado - os investidores no final do ano, decisivamente decepcionavam-se com a possibilidade, e mais importante - com a racionalidade de conduzir negócios na Ukraina. O assunto do salário mínimo e das pensões antes das eleições transferiu-se aos problemas de seus pagamentos depois das eleições, o que impossibilitou continuar escondendo a profunda crise fiscal que conduziu a Ukraina, o governo Azarov, durante dois anos e meio.

No entanto, pesando as tendências dos últimos tempos e a certeza do regime correto, que durante três anos ele moveu-se na direção certa pode-se esperar, que o ano de 2013 revelar-se-á ainda pior para economia, que o anterior. Aos "resultados" das ações do governo acrescentou-se a queda econômica da União Européia e nebulosas perspectivas de crescimento de pesos pesados globais - EUA e China. Nessas condições, Ukraina não teve ainda nenhum desmoronamento sistêmico da moeda, produção industrial, etc., o que até agora foi possível evitar devido ao simultâneo crescimento de profundas desproporções praticamente em todos os ramos econômicos. No entanto, tendências de contenção de crises com métodos administrativos foram praticamente esgotados.
Queda da produção global
A taxa de crescimento do produto interno bruto (PIB), em 2012 caiu quase a zero, e tem todas as chances tornar-se negativa neste ano. Há um alto risco de redução no valor nominal do alcance de exportação de produtos ukrainianos, especialmente no caso de contínua deterioração da conjuntura global na base de produtos de exportação. Os problemas da zona do euro não desaparecerão, até mesmo a previsão otimista do FMI prevê crescimento econômico de apenas 0,2%.

Ao mesmo tempo, desacelera-se a economia da Rússia, da qual a taxa de crescimento do PIB que, no III trimestre caiu para 2,9% dos habituais 4 a 5%, e o aumento industrial (o qual absorve grande parte das exportações do país) em novembro baixou para 1,9%. Pelo menos no primeiro trimestre de 2013 desenhar-se-á negativamente nas macro amostras uma colheita muito pior que em 2012 (em dezembro a exportação de trigo de fato foi suspensa), mas as exportações de grãos nos últimos tempos melhoravam significativamente a balança comercial da Ukraina.

Os problemas com a venda nos mercados estrangeiros completarão o estreitamento da demanda doméstica. O orçamento de 2013 mostra que o período do forçado aumento dos salários nominais e pensões pré-eleitorais terminou. Em 2013 seu tamanho preservar-se-á praticamente o ano todo (até 1° de dezembro) e, portanto, em um reviver da esperada inflação a maior parte do ano os rendimentos reais dos cidadãos apenas diminuirão. Em condições de inevitável otimização de negócios, que já está em andamento, pode-se esperar demissão de parte significativa de trabalhadores. Tudo isso levará à redução de gastos dos ukrainianos, daí o declínio pode não ser apenas no mercado interno, mas também se espalhar para o setor de varejo e serviços - os últimos redutos de crescimento econômico em 2012. Além disso a queda atingirá as pequenas e médias empresas.

Mesmo que se consiga uma boa colheita, e nos mercados externos no segundo semestre melhore a conjuntura, isso pode não ser suficiente para que a economia ukrainiana, com os resultados do ano, consiga chegar pelo menos a zero. E com os métodos de Azarov/Arbuzou isso não resolverás.
Romances do orçamento
Parte da receita orçamentária para 2013, evidentemente, não poderá ser executada. A previsão do governo do PIB nominal de 1.576 bilhões de UAH parece fantasmagórica, mas é a base para o ingresso geral ao orçamento. A estatística mostra, que em 2012 o PIB em preços correntes, provavelmente não passa de 1.420 bilhões de UAH. Então, o aumento de seu valor nominal no ano seguinte em 12%com a falta de crescimento real só pode acontecer devido a uma inflação equivocada, que em estagnação econômica é irreal.

É verdade, o governo reduziu em 10 bilhões de UAH o plano de ingresso geral ao orçamento em comparação com 2012. Mas isso não assegurará o Gabinete Ministerial da falta de dinheiro. Isto aparecerá mesmo que os impostos empresariais sejam pagos com antecedência e o atraso no pagamento de reembolso do IVA, que novamente começou crescer, mas com a contagem destes fatores. Na pior das situações o déficit real pode ser duas vezes maior do que o planejado, embora cresça mais suavemente do que no final de 2012.

A pressão sobre o orçamento e a dívida nacional. Em 2013 o Estado deve pagar 9 bilhões de USD de empréstimos estrangeiros e 45 milhões de UAH domésticos. Mesmo com a retomada da cooperação com o FMI para refinanciar esses valores e ainda financiar o déficit planejado de 50 bilhões de UAH será bastante complicado: Provavelmente, por causa do declínio dos rankings internacionais deteriorar-se-á a atitude ao governo e aos investidores internacionais privados, os quais absorveram quase 5 bilhões USD de Eurobonds no segundo semestre de 2012. Então, se o FMI não der dinheiro, além da impressão de dinheiro e/ou retenção de benefícios sociais, não sobrarão opções. Neste cenário, a inflação alta é inevitável, taxa de depreciação acentuada da UAH, queda brusca da renda da população e, para o final do ano aparecerá flutuando no ar a deflação técnica.
Fantasma da estagflação (Este termo é formado a partir de uma combinação dos dois termos econômicos "inflação" e "estagnação". Estagflação é um fenômeno relativamente novo que surgiu como resultado da formação de novas condições de formação de capital - Pesquisa internet).

Os preços ao consumidor em 2012 não mudaram. Em 2013 para a aceleração da inflação estará trabalhando uma série de fatores. Em primeiro lugar, a esperada desvalorização indexará os preços dos bens importados. No entanto, uma vez que estes representam apenas 20% do consumo alimentar, então a queda do curso da moeda até 20 - 30% levará a um aumento geral do nível dos preços apenas de 5%. Em segundo lugar é muito provável a alta de preços em posições administrativas, especialmente no âmbito da retomadaa das negociações com o FMI. Em terceiro lugar, se o governo não restringir as exportações de cereais, então devido a comparativamente v
baixa colheita em 2012 pode observar-se déficit e crescimento de preços nos mercados de alguns produtos alimentícios. Estes fatores atuarão contra a corrente, a qual determinará a queda da renda dos ukrainianos e da procura interna. Portantoo, a taxa geral da inflação de produtos alimentares não será alta. Ela pode ser inferior a 7,4%, como prevê o FMI e, talvez, não atinja 4,8%, os quais o governo incluiu no orçamento. Ao mesmo tempo a estimulação da economia através do orçamento, investimento financeiro ou investimentos estrangeiros podem mudar a tendência global e acelerar a inflação, mas esses recursos atualmente são limitados.
Vale observar, que com certa lógica, hoje os preços formam-se em mercados imobiliários, automobilísticos, etc. Tentativas de redesenhar os últimos aumenta os riscos dos intermediários. Visível estreitamento do mercado obriga-os introduzir aos preços cada vez mais custos. Esses dois fatores podem levar à elevação de preços dos automóveis, apesar do declínio global do poder de compra da população. Em compensação os preços dos imóveis e a quantidade de transações reais são susceptíveis de diminuição. A diminuição da atividade ativa já conduziu a alta competição pelo cliente neste segmento de negócios, e em seguida esta tendência pode-se espalhar ao imobiliário residencial da classe econômica.
Alto custo do dinheiro
Ao longo de 2012 o valor de empréstimos e depósitos era extremamente alto - consequências da crise de liquidez permanente no setor bancário. Embora as taxas de juros em dezembro caíram ligeiramente, mas razões sistêmicas para a fixação dessas tendências por enquanto não são vistas. Os ukrainianos podem começar a retirada de depósitos por causa da renda reduzida e aumento das expectativas de desvalorização, depois de esgotados os efeitos de ameaça da introdução de imposto sobre a venda da moeda. Além disso, aqueles que devido ao pânico trocaram boa parte de sua poupança em moeda estrangeira para moeda nacional, podem criar o efeito de uma demanda de desvalorização. As empresas drenarão o dinheiro dos bancos por causa de atividades não rentáveis e cada vez maiores apetites fiscais. Os estrangeiros evitarão investimentos na Ukraina, economicamente instáveis. Portanto, as instituições financeiras terão de continuar a luta por recursos financeiros, e isto manterá as taxas em um nível alto por mais algum tempo. Mesmo o novo empréstimo do FMI não vai melhorar a situação porque, provavelmente, referencia os créditos que necessita amortizar em 2013 (aproximadamente 6,25 bilhões de USD). O ano 2013 com muito alta probabilidade será o ano da desvalorização da moeda nacional.
Se a cooperação com o FMI não for restaurada, então os pagamentos de obrigações externas poderão reduzir a oferta de dinheiro para valores críticos. Neste caso, as taxas de juros baterão recordes, será possível a falência de bancos e a nacionalização de instituições financeiras problemáticas não serão discutidas porque para salvá-las no governo não há dinheiro. Depósitos e créditos com altas taxas até a desvalorização da moeda, o que é inevitável.
Esgotando reservas
Durante 2012 a taxa de câmbio ficou praticamente estável, apesar da desproporção no balanço de pagamentos crescer. 2013, com muito alta probabilidade será um ano de desvalorização da moeda nacional. O déficit comercial, pelo visto, deixará de crescer porque a diminuição da renda reduzirá o consumo de bens importados. E o capital privado, estrangeiro, desviará uma tal Ukraina pela décima estrada. Esta tendência surgia nos anos anteriores, e ela é mais destrutiva para a balança de pagamentos, que o déficit em conta corrente. O quadro completa-se com o pagamento pelo governo de 9 (nove) bilhões de USD de dívida externa, planejado para 2013. Portanto são possíveis dois cenários. Primeiro: o governo acerta com o FMI um novo crédito. Em seguida elimina os desequilíbrios e realiza uma desvalorização suave e controlada para 20 - 30%, a qual, possivelmente, poderá ser um dos acordos com o FMI. Segundo: esgotamento das reservas cambiais de 1,2 milhões de USD por mês e desvalorização incontrolável da moeda nacional, possivelmente próximo ao segundo semestre. Em qualquer caso o governo não tem valores e, depois da venda obrigatória de divisas por meio da exportação interbancária e medidas administrativas eficazes para a manutenção da taxa da moeda, mesmo dentro do governo 8,4 UAH/USD. Sem a ajuda dos valores do FMI, hoje, pode-se obter dinheiro apenas da Rússia, mas o preço desse dinheiro é conhecido. Então, finda a desvalorização nos estímulos controlados 9,5 - 10,5 UAH/USD, ou atinge caóticos e destrutivos 12 UAH/USD e mais - é uma questão em aberto.
Tradução: Oksana Kowaltschuk

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

ÚLTIMAS NOTÍCIAS DE LUTSENKO

Resumo das últimas notícias sobre Lutsenko
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 28.01.2013

Esposa de Lutsenko, que é sua protetora legal, não pode visitar Lutsenko no hospital, não permitem. Também não pode o advogado. Os telefonemas são limitados. Iryna Lutsenko encaminhou queixa à Procuradoria de Chernihov porque isto é crime segundo a legislação. Mesmo depois da queixa, o guarda não permitiu a entrada da esposa. Esclareceu que cumpria ordens da direção da prisão. Iryna Lutsenko vai encaminhar queixa ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.

O tratamento na clínica particular corre por conta da esposa. O dinheiro que o governo ukrainiano deve a Lutsenko, ainda não veio.

A Comissária Parlamentar para os Direitos Humanos Valeria Lutkovska não vai intervir na situação que, segundo ela, está de acordo com a legislação. Não é o que diz a advogada e representante de Lutsenko no Tribunal Europeu de Direitos Humanos Valentyna Telychenko. Ela estranha que a Comissária para os Direitos Humanos não entende isso. E acrescenta que o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos revê centenas de casos contra Ukraina sobre violações no julgamento e toma decisões em favor dos requerentes. No caso de preso, a entrevista com seu protetor não pode ser cancelada, desde que o prisioneiro, mesmo doente, considere que tem condições de saúde para o encontro.

Um fato bem ilustrativo. Em 17.01.2013 Ukraina perdeu 11,7 milhões de UAH num só dia, porque o Tribunal Europeu de Direitos Humanos emitiu decisões favoráveis a todas as 211 questões de cidadãos ukrainianos contra o governo ukrainiano.

E o problema com a saúde de Lutsenko continua. Segundo os médicos, a esposa conta que a segunda cirurgia de Lutsenko somente poderá ser analisada após os resultados da análise da histologia (estudo de formação ou disposição e função dos tecidos orgânicos - segundo Dic. Aurélio - OK) e também a pesquisa alternativa de material pós-operatório, de outro laboratório. Na cirurgia foram eliminados mais de 20 pólipos.

(Lutsenko, quando aprisionado, já apresentava alguns problemas de saúde o que foi agravado. Ao governo não interessa a saúde de um verdadeiro e culto patriota ukrainiano, capaz de influenciar cidadãos a favor da verdadeira independência. Daí a condenação injusta e contínuas pressões contra sua dignidade e, por conseguinte - sua saúde física - OK).

Resumo e tradução: Oksana Kowaltschuk

FATOS HISTÓRICOS UCRANIANOS SÃO EXCLUÍDOS

Estão reescrevendo a história na Ucrânia. Tudo de acordo com o "politicamente correto" soviético.
 
 
Exclusão de fatos históricos importantes
Tyzhden (Semana), 24.01.2013

O Ministério de Educação (ministro Tabachnyk) cancelou do programa da Avaliação Externa Independente fatos importates da história ukrainiana. Esta avaliação é realizada para o ingresso ao ensino superior. Somente com o resultado em mãos o candidato efetua sua matrícula na Faculdade pretendida, ou aquela que sua classificação permite.

Foram exluídos: Stepan Bandera, ideólogo e líder da OUN (Organização dos Nacionalistas Ukrainianos) e Shukhevych, principal dirigente do UPA (Exército Insurgente Ukrainiano). Também foi excluída do programa de estudos a questão da atividade dos dissidentes e "shistdesiatnyky" ("da sexta dezana" - na década de 1960-70 a assim chamada geração da inteligência ukrainiana no campo cultural (artes, literatura, etc) e político - no período de enfraquecimento do totalitarismo bolchevique-comunista, e degelo temporário de Khrushchev (desestalinização e alguma liberalização), especialmente o escritor e prisioneiro político Yevhen Sverstiuk, a artista Alla Horska, o literato Ivan Dziuba, o poeta Ivan Svitlychnii.

No Ministério recusaram-se dar explicações sobre as mudanças.

De acordo com os representantes dos centros regionais de avaliação da qualidade da educação as mudanças foram causadas pelo fato da avaliação agora ter o tempo reduzido. "A avaliação sobre a história da Ukraina diminuiu de 150 para 135 minutos. Provavelmente por isso foram excluídas algumas questões. Os manuais não mudaram, mas na programação da avaliação nós vemos uma clara torcedura em direção a história soviética". - diz a diretora do centro de Lviv Laryssa Serediak,

Segundo a Academia Nacional de Ciências "... as mudanças foram aprovadas pelos especialistas da Acadêmia Nacional de Ciências Pedagógicas. Até 2013 os programas eram aprovados por nós, mas agora Tabachnyk afastou-nos. Talvez porque os nossos cientistas com muita objetividade esclareciam os acontecimentos históricos, baseando-se nos fatos. A história soviética é subjetiva do ponto de vista para o que aconteceu, e no governo, agora, encontra-se a força política que é favorável a posições soviéticas", - disse o chefe do Departamento de História da Ukraina dos anos 20 - 30 do século XX Stanislav Kulchytskii.

O presidente honorário da União dos Veteranos Ukrainianos da II guerra Mundial, o acadêmico Ihor Yukhnovskii considera que ignorar os eventos históricos é inaceitável. "Como é possível não falar sobre os heróis do movimento de libertação da Ukraina, sobre "shistdesiatnyky"? É simplesmente insensato! Essas inovações a ninguém são necessárias. As pessoas precisam saber tudo, o que houve em nossa história. O ministro Tabachnyk não deve misturar suas vantagens soviéticas com fatos históricos", - considera Yukhnovskii.

Como foi divulgado anteriormente, o ministro da educação eliminou os nomes de Stepan Bandera e Roman Shukhevych, colocando no seu lugar Mykola Shchors e Yurii Piatakov.





Mykola Shchors - um dos símbolos da guerra russo-ukrainiana de 1917-1921, lutou contra os exércitos ukrainianos de Symon Petliúra e o Exército ukrainiano de Halychyna.

Yurii Piatakov - presidente do governo operário - camponês, temporário, fantoche, criado pelos bolcheviques no final de 1918 em Kursk (Rússia). No início de 1919 este governo mudou-se para Kharkiv (Ukraina). Piatakov, em 1937 foi acusado de "trotskismo" e depois de um julgamento em Moscou foi fuzilado.

Lembramos: em 2011 o ministro da educação Tabachnyk eliminou da história da Ukraina os capítulos dos "Heróis de Kruty", dos Ukrainianos Fuzileiros da Sich, a luta de libertação do Exército Insurgente da Ukraina (UPA) nos anos da II guerra Mundial, e tudo relacionado especialmente com história da Ukraina no século XX.

Heróis de Kruty - A batalha de Kruty teve lugar em 1918, numa estação de trem da aldeia Kruty, a 130km de Kyiv. Esta batalha durou 5 horas e foi entre 4.000 bolcheviques do exército de Muraviov e, aproximadamente 400 estudantes de Kyiv. Esta batalha não foi decisiva no transcorrer de ações militares mas adquiriu significado especial devido ao heroísmo da juventude ukrainiana. Particularmente impressionou os contemporâneos o enterro dos 27 jovens que foram capturadoss e depois executados pelos bolcheviques.

Ukrainianos Fuzileiros da Sich (USS fuzileiros). Única força nacional ukrainiana, militar, no exército austro-húngaro, formada por voluntários que responderam ao apelo do Conselho Principal Ukraiano, em agosto de 1914 e eram conduzidos pelo Conselho de Guerra Ukrainiano. Os fuzileiros ukrainianos foram de grande importância para restauração das tradições militares, criação da lexicologia militar, terminologia, folclore militar, canções e música. A memória sobre os fuzileiros ukrainianoos vive até hoje no povo ukrainiano, bem como o seu símblo, a canção "Chervona Kalyna" (viburno vermelho).

Tradução e pesquisa: Oksana Kowaltschuk

Para quem conhece a lígua ucraniana


 
Explicando o que era e como foi.

 


Hino dos fuzileiros: Chervona Kalyna

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

LUTSENKO E TYMOSHENKO

Ultimas notícias sobre Lutsenko
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 23.01.2013

Nos próximos dias o governo da Ukraina deverá pagar a Lutsenko a compensação do acórdão do Tribunal Europeu de Direitos Humanos, no valor de 15 mil euros. Já foram efetuadas as formalidades bancárias necessárias para realização do pagamento.
Bem que Lutsenko está precisando. Na data de 20.01.2013 ele foi trazido para Kyiv, para hospital "Oberih" (Clínica particular) onde foi submetido a uma cirurgia no dia 23.01.13, para remover pólipos no intestino.
A cirurgia transcorreu com êxito. Mas, além dos pólipos, Lutsenko adquiriu uma série de outras doenças: diabetes, varizes no esôfago, úlceras, hepatite.
"Por enquanto os médicos não fazem prognósticos para o período de reabilitação, já que tudo depende do restabelecimento do organismo, levando em conta outras doenças graves", - informou a secretária de imprensa do partido político de Lutsenko.


Querem prisão perpétua para Yulia Tymoshenko

Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 18.01.2013

O Procurador Geral Pshonka instaurou um processo criminal contra Pavlo Lazarenko (o mesmo que cumpriu detenção nos EUA, e ainda encontra-se preso por questõs de imigração - OK) quanto a sua participação no assassinato de Yevhen Shcherban. E apresentou a ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko a "notificação sobre suspeita" no assassinato do deputado Yevhen Shcherban (Lembramos: Yevhen Shcherban, empresário, político, deputado, foi assassinado em 03.11.1996 no aeroporto da cidade de Donetsk. O assassinato foi realizado por criminosos do bando de Vadym Bolotskykh e Hennadi Zanhelidi. Morreu o empresário, sua esposa, mecânico de bordo, técnico de avião e inspetor alfandegário do aeródromo - OK).

Segundo o Procurador, o envolvimento da Tymoshenko no assassinato foi anunciado ainda em 2001 pelo conselheiro de Lazarenko. "Esta informação não é nova, mas Tymoshenko, por todos os caminhos possíveis e impossíveis evitava a responsabilidade. Escondia-se atrás de cargos, mandato de deputado, etc.", - disse Pshonka. "A investigação acredita que Tymoshenko e Lazarenko, no início de 1996 concordaram em eliminar fisicamente Shcherban. Lazarenko devia, por meio de seu conselheiro encontrar os executores do crime, e Tymoshenko realizar o pagamento, com fundos recebidos de empresas controladas" - explicou Pshonka.

Declaração do advogado do matador de Shcherban Vadym Bolotskikh, Dmytró Poizd, no canal TVI: "É necessário interrogar Rinat Akhmetov! Eu, estando na Procuradoria Geral, vi como os procuradores temiam Rinat Akhmetov. Ele conhecia todas estas pessoas e era o tesoureiro do grupo. E, como ele subiu tanto? De onde ele tirou o capital inicial?" Acrescentou o advogado. (Rinat, filho de um simples mineiro, é atualmente empresário riquíssimo - OK). Além disso Poizd disse que Bolotskikh não colaborou com Tymoshenko, nem com Pavlo Lazarenko. Com eles não tinha nenhuma negociação sobre obtenção de armas ou dinheiro. Dinheiro Bolotskikh recebeu do grupo de Kushnir.
O Tribunhal de Recurso de Luhansk condenou o cidadão russo Vadym Bolotskish à prisão perpétua pelo assassinato de Shcherban.

Segundo o relato da oposição ukrainiana ao secretário-geral do Conselho europeu, após a morte de Y. Shcherban em 1996, houve uma transferência maciça de sua propriedade para o círculo do atual presidente Viktor Yanukovych. Também relataram que os assassinos de Shcherban, todos foram mortos na prisão em Donetsk onde, na época, o promotor era o atual Procurador Geral Pshonka, e o governador era o atual presidente Yanukovych.

A oposição também comunicou sobre a tentativa de privar da imunidade parlamentar os deputados da oposição Vlasenko, Nemeria, Holovko, Dubnevech, fatos de perseguição criminal de parlamentares e uso de força física bruta contra deputadas mulheres (Aconteceu quando três deputadas foram visitar Tymoshenko no hospital e resolveram dormir com ela no chão do corredor, em solidariedade. Tymoshenko dormiu várias noites no chão do corredor, em protesto pelas câmaras, uma delas no banheiro, outra no chuveiro, e que seriam monitoradas por funcionários homens - OK).

A oposição, ainda se queixou que o presidente do Conselho Supremo impediu aos oposicionistas S. Vlasenko e O. Kondratiuk participar da sessão da PACE, retardando o despacho sobre a composição da delegação. Situação que culminou com a retenção de Vlasenko no aeroporto de Kyiv, não permitindo sua saída da Ukraina para participar da sessão da PACE em Estrasburgo. O funcionário do Serviço de Fronteiras do Estado não tomou esta iniciativa, portanto não pôde explicar o motivo. Ele se comunicou várias vezes com seus superiores que deram esta ordem. No documento que negou a saída também não houve explicação do motivo. "Isso é violação dos direitos fundamentais de um deputado", - disse Vlasenko.

(Lembramos: Vlasenko é advogado da Yulia Tymoshenko. Ele também está sendo processado pela ex-esposa, por exigências que, segundo ele, já foram cumpridas - OK).


Segundo Valyntyna Telychenko, famosa advogada e defensora dos direitos dos cidadãos, e que representou os interesses de Yulia Tymoshenko no Tribunal Europeu de Direitos Humanos, não há nenhuma prova de envolvimento da Tymoshenko no assassinato de Shcherban. "As evidências que ligassem Tymoshenko ao assassinato de Shcherban não podem ser encontradas hoje, e não puderam ser encontradas em 2001, porque não existem. E, exatamente por isso ela não foi levada à justiça. Eu estou convencida que Tymoshenko não encomendou este assassinato. Os argumentos sobre conflito de interesses entre Shcherban versus Tymoshenko e Lazarenko só fazem sentido para aqueles que sabem sobre Shcherban exclusivamente sobre o apresentado pela Procuradoria Geral. É perseguição política encomendada, provavelmente por Bankova (sede do governo) e agora realiza-se pela Procuradoria Geral.

Tradução: Oksana Kowaltschuk        

sábado, 26 de janeiro de 2013

SAGA DE LAZARENKO - Parte 4

Saga americana de Lazarenko - Parte 4
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 11.10.12
Serhii Lyshchenko

Traição, Bahamas e 96 milhões.

Lazarenko e Kyrychenko se conheceram em 1986. Lazarenko trabalhava no gerenciamento da agricultura do comitê regional do Partido Comunista e Kyrychenko era sub-chefe de vendas.

No final da União Soviética Kyrychenko era colaborador da representação comercial soviética na Hungria e Polônia, e em 01.09.90 fundou a empresa "AhroPostachZbut" em Dnipropetrovsk. "A empresa estava envolvida em negócios da área de alimentos, produtos agrícolas, herbicidas..." descreveu o perfil de suas atividades Kyrychenko no interrogatório nos EUA.

Quando em 1992 Lazarenko tornou-se governador de Dnipropetrovsk, abriu-se luz verde para Kyrychenko. Em 1993 eles formalizaram sua relação: Lazarenko passou a receber de Kyrychenko 50% de sua renda em troca da promoção de seus interesses. Em Varsóvia eles abriram uma conta para Lazarenko, no American Bank, o que foi fundamental na construção americana quanto acusações de extorsão.

Kyrychenko concordou com o pagamento de 50% porque não via outra maneira de crescer o seu negócio. O dinheiro deveria ser creditado no nome da senhora Karova, tia da esposa de Lazarenko porque ele pretendia ficar anônimo. No mesmo dia, 13.01.1993, foiram depositados 40 mil dólares, como taxa preliminar. Ainda sendo dirigente da província de Dnipropetrovsk, Lazarenko deu permissão a Kyrychenko para exportar carvão, petróleo, aço, etc - como também para empresa da Tymoshenko "Corporação da Gasolina Ukrainiana".

As duas famílias eram realmente muito próximas. Em 1998, os Kyrychenko, que então residiam nos EUA esperaram o tempo necessário até Lazarenko voar até lá para ser padrinho da netinha deles.

Pistola em Varsóvia

Mas Petró Kyrychenko tinha seus próprios esqueletos no armário. No início de 1994 ele morava, parcialmente em Varsóvia. A polícia, ao desvendar um crime encontrou uma pistola no armário de seu escritório e, no início de 1995 ele foi aprisionado. Lazarenko correu em socorro. Também o Cônsul Geral da Ukraina e, Andrei Novakovskyi, funcionário do consulado, declarou que a pistola era sua, que ele simplesmentee a deixará no escritório de Kyrychenko. Em 02.03.95 Kyrychenko foi libertado sob a fiança de 1,3 milhões de Zloty (moeda polonesa), e no dia 07.03.95 recebeu permissão para visitar Ukraina devido a negócios - sob garantia de retorno. Mas em vez de Ukraina Kyrychenko fugiu para EUA. Imediatamente começou legalizar seus documentos para residência permanente nos EUA onde tinha uma empresa, a ABS Enterprises, mas cometeu um erro no formulário do Serviço de Imigração e Naturalização ajustando seu status-de-não-imigrante para imigrante. E declarou que nunca tinha sido preso. Em 16.01.96 ele obteve o status de residente. Mas em 1999, o agente especial do FBI Brian Earl começou um processo contra Kyrychenko pela informação falsa fornecida ao Serviço de Imigração e Naturalização.

Paralelamente, contra Kyrychenkoo começou a investigação por lavagem de dinheiro. E, em 28.05.99 a investigação suiça enviou um pedido à Procuradoria Geral de EUA sobre a prisão e extradição de Kyrychenko. Finalmente, no verão de 1999 ele foi preso nos EUA como cúmplice de Lazarenko. Ele passou 183 dias na mesma cela de Lazarenko, até que em dezembro de 1999 testemunhou contra Lazarenko porque temia que Lazarenko estivesse testemunhando contra ele. Na verdade Lazarenko dava informações contra Kuchma e Yushchenko - ex-primeiro-ministro de Kuchma.

Quando Kyrychenko despedia-se na prisão (ele foi anistiado pela delação), beijou Lazarenko (velho costume entre grandes amigos ukrainianos. O beijo é no rosto! - OK), mas depois admitiu: "Este foi beijo de Judas."

Conluio com investigação

Depois do acordo, Kyrychenko foi para prisão domiciar - com bracelete eletrônico no pé, para sua propriedade elegante em Tiburoni com vista para São Francisco e "Golden Gate". Este acordo foi mantido em segredo por muitos anos, mas agora este documento também pode ser encontrado entre os arquivos do tribunal de São Francisco. Kyrychenko declarou-se culpado em um episódio: "Eu concordo que eu tenha recebido ou manejado dinheiro roubado e ilegalmente me apropriado dele..."

A pena máxima para essa acusação era de 10 anos de prisão. Kyrychenko assinou: "Eu concordo que os fatos que se seguem são verdadeiros: com indicação de Paulo Lazarenko, cerca de 30 de julho de 1997, eu fiz a transferência de 8,2 milhões de dólares... Ele concordou em pagar 3 milhões de dólares de restituição e testemunhar a verdade. O governo dos EUA comprometeu-se em não enviar à Procuradoria Geral da Ukraina a informação dada por Kyrychenko, não fazer contra ele acusações criminais adicionais - e não deportá-lo dos EUA com sua esposa e filhas.

Este acordo abriu caminho para acusações a Lazarenkoo. EUA lhe imputaram acusações pelos artigos "conspiração para lavagem de dinheiro", "transferência da propriedade roubada" - em geral 33 pontos. Um ano depois as acusações aumentaram para 53 pontos.

Quem foi Kyrychenko

Kyrychenko era mão direita e conselheiro de Lazarenko no seu período ministerial. Para Lazarenko Kyrychenko tinha seu próprio negócio, mas era seu subordinado. Era o principal elo de ligação com a corrupção. Ele registrava em seu nome as empresas de offshore para onde ia a parte subornada de muitos empresários, começando por Tymoshenko e terminando com a russa "Itera". Depois ele transferia o dinheiro para contas pessoais, codificadas, de Lazarenko e ía à Suiça pegar os recibos no período que Lazarenko foi primeiro-ministro.

Dinheiro para política

Em 1997, em férias na Espanha, Lazarenko disse a Kyrychenko que pretendia voltar a política candidatando-se à presidência, queria eliminar Kuchma. O dinheiro que guardava seria para essa finalidade. Foi organizado o partido "Comunidade" sob a liderança de Lazarenko e Tymoshenko. Após a saída do Ministério Lazarenko sentiu perigo quanto ao dinheiro na Suiça. 96 milhões de dólares, em espécie, foram transferidos para sucursal offshore do mesmo banco SCS Alliance, nas Bermudas. No tribunal Lazarenko sustentava que financiava o Partido, o seu jornal "Verdade da Ukraina", o canal de TV "UTAR", 40% do jornal "Espelho da Semana" e o jornal "Notícias de Kyiv". E também adquiriu estações de televisão, estações de rádio, e outros meios de comunicação.

Quando os procuradores de Lazarenko revelaram seu capital, os advogados começaram procurar desculpas para tal riqueza. Em 2003 Lazarenko admitiu, pelo menos, 86 milhões de dólares. A desculpa de que todo esse dinheiro seria para luta política contra Kuchma não convenceu devido a uma vivenda de luxo no subúrbio de Novato, próximo a reserva natural Ignácio, e que lhe custou 6.745.000 dólares. Fica localizada em frente a Baía São Francisco na Rua Obertz Lane, N° 100.
 
 
 
 
 
 
 
Ninguém atende a campainha. A caixa do correio está aberta e contém uma lista telefônica já envelhecida. Seu vizinho não conhece o morador, não sabe nada. Anteriormente a casa era alugada por Eddie Murphy, ator de Holliwood. As casas próximas são de alto padrão, nas estradas Ferrari ou Porsche. Somente a vila de Lazarenko é cercada com arame farpado e há o aviso: "Propriedade Privada". Dentro há 9 dormitórios, campo de tênis e cascata de piscinas. (As fotos constam das provas do tribunal).

Lazarenko preparava-se para derrotar Kuchma em 1999 e, paralelamente apetrechava sua vida na Califórnia. A esposa e filhos mudaram-se para nova residência. O palacete sofreu grandes reformas, no valor de 700 - 750 mil dólares e foram camprados dois automóveis: "Mercedes" S 500 - 90 mil dólares e Range Rover por 60 mil dólares.

Paulo Lazarenko - banqueiro da Antígua

Na primavera de 1997 surgiram rumores sobre a sua demissão do ministério. Então, além de perder influência sobre a economia ukrainiana, ele perderia também os rios caudalosos de dinheiro que entrava na sua conta na Suiça como parte de "participação no negócio". 96 milhões de dólares ele transferiu para duas empresass offshore nas Bahamas. Com 28 milhões restantes ele, mais a parte de Kyrychenko, adquiriram 67% de ações do EuroTed Bank na ilha Antígua.
 
 

Em 1998 Lazarenko voou para EUA e comprou a mansão em Novato. Depois foi descansar no Havaí.

Tradução: Oksana Kowaltschuk
 

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

GENOCÍDIO NA UCRÂNIA EM 1941 - Parte 2

Execuções de prisioneiros em junho e julho de 1941. Como foi.






Istorychna Pravda (Verdade histórica), 24.06.2011
Ihor Derevianyi

Tal não fizeram nem os poloneses em 1939, nem os nazistas em 1944. Milícia soviética fuzilava em massa - de pistolas automáticas, através de janelas para entrega de comida. Ou lançavam granadas para dentro da câmera. Algumas dessas câmeras foi preciso murar - e a exumação foi realizada no inverno.

Junho de 1941 é lembrado na Ukraina Ocidental não apenas pelo ataque da Alemanha nazista, também pela sangrenta justiça sumária, cometida por supostamente seu próprio estado pelas costas.

Trata-se, até agora, de inédito fenômeno, até na prática do Comissariado do Povo dos Assuntos Internos (NKVD) da URSS - execuções em massa de prisioneiros políticos nas prisões da Ukraina Ocidental durante o final de junho - início de julho de 1941.

"Verdade Histórica" traz três exemplos de tais assassinatos: nas prisões de Lviv, nas minas de sal de Salina e na prisão Lonstkoho. O texto de hoje é dedicado aos assassinatos em massa em Lviv.





Primeira página da lista de execuções da prisão Nº 3 de Zolochev. Claramente visíveis inscrições no documento - sentença da chefia de investigação da NKVD - Shumakov, da Província de Lviv e aplicações de sanções à execução da sentença pelo promotor da Província Kharitonov. Duas pessoas decidiram o destino de milhares... Arquivo do Centro de Pesquisa do Movimento de Libertação (CPML).

No exemplo de Lviv pode-se mostrar exatamente as atividades sangrentas dos "valorosos combatentes com a contra-revolução".

Em Lviv havia três prisões: Nº 1 - Lontskoho, Nº 2 - Zamarstynivska e Nº 4 - Bryhidky. A prisão Nº 3 ficava no Castelo de Zolochev, a 70km da cidade - e, para cá os prisioneiros eram enviados quando as prisões de Lviv estavam superlotadas (e sempre estavam superlotadas: na prisão Lontskoho, com o limite de 1500 pessoas havia 3.638 prisioneiros.
 



Parte esquerda do documento anterior. A legenda escrita com lápis vermelho, pela mão do investigador Shumakov: "Veredicto como fuzilar os inimigos da nação". E os sobrenomes - Barenleym?, Didukh, Krachkovskyi, Tsverlinh, Bondar, Mazurchak, Kotyk...

Nas prisões de Lviv em 22.06.1941 havia 5.424 prisioneiros. A maioria era acusada de delitos previstos no artigo 54 do Código Penal da República Socialista Soviética da Ukraina, isto é - atividade contrarrevolucionária.

"Processo 59". Em dezembro de 1940 os cidadãos de Lviv eram condenados porque eles eram - ukrainianos.

As medidas oficiais imediatas na solução do problema de superlotação das prisões tornaram-se as ordens Nº 2445/M do Comissário de Segurança de Estado Merkulov, de 23.06.1941 e a ordem do chefe da Administração das prisões da NKVD da URSS, capitão da Segurança do Estado Filippov, de 23.06.1941.






Lado direito do documento anterior. Legenda com tinta preta - permissão para execução - escrita com a mão do procurador Kharitonov, de Lviv: "Autorizo fuzilar como inimigos da nação".

O primeiro documento tratava da contagem urgente de todos os reclusos nas prisões e separação daqueles que estavam sujeitos à deportação aos campos de concentração do Gulag, e aqueles que deveriam ser necessariamente fuzilados (esta tarefa era confiada a autoridades locais da KGB).

O segundo documento referia sobre a evacuação dos prisioneiros e era acrescido do "Plano de evacuação", de acordo com o qual deviam ser deportados 5.000 prisioneiros de Lviv. Para isso foram alocados 204 vagões. De acordo com a instrução da NKVD da URSS, de 29.12.1939, um vagão comportava 30 pessoas. Assim que os vagões seriam suficientes para evacuar mais de 6.000 prisioneiros. No entanto, apenas 1.822, dos 5.000 planejados foram evacuados.



Petró V. Stashynskyi (1904-1941), natural da aldeia Borshchovychi, distrito Novo-Yaryshevskyi da Província de Lviv. Aprisionado em 09.10.1940. Membro da organização "Prosvita" (Instrução), organização "Força" e OUN (Organização dos Nacionalistas Ukrainianos). Acusado pelo artigo 54 do Código Penal da URSS. Fuzilado na prisão Nº1 - Lontskoho, em Lviv, 26.06.1941. Foto tirada antes da guerra, na Praça do Mercado em Lviv. Arquivo do CPML.

3.602 pessoas permaneceram nas prisões da cidade. E, aonde foram parar os trens - os documentos silenciam.

As execuções foram iniciadas em 22 de junho - foram fuzilados os condenados à morte. Por intermédio do relatório do superior do departamento prisional da NKVD da província de Lviv, Lerman, tornou-se conhecido que até o dia 24 de junho, nas prisões de Lviv e Zolochev foram fuziladas 2.072 pessoas.

26 de junho confirmam as listas de execução - mais 2.068 pessoas foram subordinadas à destruição. Elas foram mortas de 24 a 28 de junho.

 
 
Os cadáveres de prisioneiros executados na prisão Lontskoho, Lviv, 01.07.1941. Algumas câmeras os alemães precisaram cimentar para impedir epidemias. A exumação definitiva foi realizada em fevereiro de 1942, durante o forte inverno. Arquivo CPML.

Deste modo, na província de Lviv foram fuzilados 4.140 prisioneiros. No entanto, os cálculos não se ajustam: permaneceram nas prisões 3.602 pessoas, e fuzilavam mais. A resposta para esta pergunta vem do memorando de Lerman: havia afluxo de novos prisioneiros. Os documentos prisionais destas pessoas já não se formalizavam adequadamente. Na maioria dos casos, nem mesmo expunham acusações, mas com segurança os consideravam partícipes da OUN (Organização de Nacionalistas Ukrainianos, que era o exército insurgente - OK), espiões, sabotadores - isto é, pessoas que devem ser fuziladas.






Processo de exumação dos prisioneiros assassinados na prisão. 03.07.1941,cidade de Lviv. Para realização destes serviços os alemães reuniram, obrigatoriamente, os judeus locais. Arquivo CPML

Isto é apenas uma parte da trágica estatística dos feitos de Stalin. O verdadeiro quadro é revelado quando se olha para o mapa inteiro da Ukraina Ocidental - aproximadamente 24 mil fuzilados.

No início empregavam a prática usual da NKVD: individualmente em câmeras especiais, disparo na nuca. Com a aproximação do front e os planos ainda não executados - fuzilavam em massa: levavam os prisioneiros às câmeras no subsolo e pela portinha para recebimento do alimento atiravam com armas automáticas. A janelinha abria - e o prisioneiro, em vez do alimento para sustentar sua vida, via o meio de destruição... o último que via em sua vida.




Os habitantes de Lviv procuram, entre os fuzilados, seus parentes, no pátio da prisão Nº 1, em 03.07.1941. Arquivo CPML.

E, nos últimos dias jogavam - lançavam granadas às câmeras. Ou, abriam a porta da cela, os detentos saíam no corredor pensando que estariam sendo libertados e, neste momento eram baleados com armas automáticas. Os corpos eram levados pelos caminhõess e enterrados em lugares especiais que hoje, gradualmente, estão sendo abertos por arqueólogos.

No entanto, na véspera da chegada dos alemães, os chekistas, apressando-se, escondiam os mortos nos quintaiis e porões das prisões. Posteriormente as escavações dessas hecatombes tornaram-se material de propaganda nazista - certamente não por razões humanitárias.

Acontecia também a destruição dos prisioneiros evacuados nas províncias do centro-leste da Ukraina - nas prisões de trânsito de Uman, Kyiv e Kharkiv. Essas cidades foram os chamados pontos intermediários, onde misturavam-se os detentos para evitar revoltas e fugas em massa durante a deportação.

Separadamente merece lembrança a tragédia de Zalishchytska em Ternopil, quando usando raciocínio tático foi destruída a ponte ferroviária através do rio Dniester, e dos dois lados vieram dois trens com sete vagões (14 vagões com 50-70 prisioneiros). NKVD resolveu o problema rapidamente: encharcaram os vagões com combustível, incendiaram e jogaram no rio. As margens do Dniester aqui são muito altas e ingremes - ninguém sobreviveu.

Claro, a propaganda soviética "pendurou" todos esses crimes aos nazistas (como, de resto, os fuzilamentos dos prisioneiros do exército polonês) e, infelizmente, esses mitos andam assombrando até hoje.





Surpresa e pavor no rosto da moça de Lviv, que acabou de entrar no pátio da prisão. 03.07.1941. Lviv. Arquivo CPML.

A sociedade ocidental ukrainiana vevenciou o choque do que viveu. Pois tal não faziam os poloneses no início da Segunda Guerra em 1939 (então abriram as prisões e libertaram todos os prisioneiros políticos e até advertiam: movam-se inteiramente para o leste, porquanto na zona de pré-front os ex-prisioneiros podem ser fuzilados.

Posteriormente, em 1944 tal não fizeram os nazistas (a administração deixou vivos os prisioneiros dos campos de concentração antes da chegada dos Aliados). E, isto é terrível em sua absurdicidade, o assassinato em massa de aprisionados tornou-se um dos principais fatores de enraizamento das posições antissoviéticas de gerações contemporâneas e futuras.

Todos os anos a comunidade de Lviv vêm às prisões para homenagear as vítimas, e na antiga prisão Nº 1, Lontskoho, agora funciona museu-memorial de todas as vítimas de regimes de ocupação.


Sobre o autor:
Ihor Derevianyi
Historiador, pesquisador do Museu Nacional - Memorias de vítimas dos regimes de ocupação "Prisão Lontskoho".

Tradução: Oksana Kowaltschuk

Fotoformatação: A Oliynik

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

ELITE UCRANIANA PROMOVE A DEGRADAÇÃO DA SOCIEDADE

Discurso de glamour e inferioridade. Como a elite ukrainiana promove a degradação da sociedade
Tyzhden (Semana), 14.01.2013
Roman Malko

A chamada elite atual - tanto pró-governo, como a oposicionista - se sente completamente confortável em imposto externamente "status", modelo de comportamento, unindo-se sinceramente às ações antiukrainianas.



Pessoas que hoje pretendem ao status da elite nacional, absolutamente não correspondem ao papel que deveriam desempenhar num país pós-colonial. Assim, não apenas não promovem a consolidação nacional e desenvolvimento do Estado, mas ainda provocam com suas ações e exemplos sua degradação. E não se trata apenas dos coerentes adeptos da conservação e restauração do "sovko" (pessoa soviética mutilada espiritualmente com o sistema totalitário - OK) do meio do atual partido do governo e de seus satélites-comunistas, mas, infelizmente, da atual maioria dos "avançados", assim chamadoss pró-ukrainianos e pró-europeus políticos e autoridades públicas. Geralmente eles se comportam de acordo com a imagem cuidadosamente construída, que aliás, não pode durar infinitamente para todos, então sua verdadeira essência emerge em casos particulares. Como, por exemplo, em seu comportamento durante os eventos diplomáticos.

Frequentemente os estrangeiros, que vem até aqui para trabalhar, esforçam-se para aprender o idioma ukrainiano. Mas com o tempo percebem, que nisto não há especial necessidade, porque a nossa assim chamada elite demonstra concretamente, que sem o idioma nacional pode-se calmamente passar.

Recentemente o Comitê Nobel concedeu o Prêmio da Paz a toda Europa unida. Na Ukraina também houve comemoração. A representação da UE organizou uma recepção de boas-vindas na Academia Diplomática. Do lado ukrainiano foram convidados os "representantes da elite nacional": líderes cívicos e religiosos, deputados da oposição, jornalistas e, naturalmente, diplomatas. Não a nata da sociedade, mas especialmente próximos a ela. Falavam, principalmente, sobre a integração européia, opção européia, vetor europeu e, claro, sobre a desejada abolição de vistos (fala-se tanto sobre a abolição dos vistos que, pelo jeito, é o que mais interessa - OK). Mas, sobre o que discutia-se nos corredores, que permaneça em segredo. Mencionaremos apenas, que as conversas lá aconteciam na maioria em inglês ou russo. O idioma ukrainiano soou apenas dos lábios de alguns personagens.

Há uma opinião vigente, que 20 anos - é pouco, para que o cérebro do homo sovieticus pudesse se formar em cérebro de humano livre. Moisés, dizem, por 40 anos conduziu seu povo através do deserto. E, o que parece, eles são o bastante, para "do nada" moldar toda uma camada social, que orgulhosamente se denominará "a elite". Politicamente, culturalmente, intelectualmente... etc.

Escravos do status
Status - ou, mais precisamente, específica imagem sobre ele - eis o que se acha na base do comportamento da estrutura dominante. Roupas de status. As maiis caras, de preferência reconhecíveis, para que os conhecedores determinem o seu valor e marca. Joiás, carros insanamente caros, inconvenientemente caros relógios. A partir daí - sapatos de avestruz e vasos sanitários de ouro, e todo esse absurdo, ao qual uma pessoa mentalmente sadia sente até vergonha de olhar. O importante não é a sua educaçãoo e quantos livros durante a vida você leu, não é a pessoa que você é, o que tem em sua cabeça... O importante é o seu status.
Por que na capital o mais popular é o monumento aos heróis da comédia de Mykhailo Starytskyi "Pronia Prokopovna e Holokhvastova?!" Talvez porque eles são a personificação das aspirações e desejos, em particular da elite atual? "Isto é devido a pobreza na infância" - afirmam os estudiosos de psicologia. E têm razão. Mas apenas parcialmente. É também de escravo, implantado ao nível do gene por muitos séculos de cativeiro. E isto puxa suas raízes do lado norte-leste, então o habitual escravo dirige seu olhar justamente para lá, estando convencido, de que nada melhor há no mundo que trará da capital, ainda que distante, mas tão doce ao coração. Isto é subconsciente. Inferioridade - em geral subconsciente: e pequenorussismo, e oportunismo, e mesquinhez são impossíveis de controlar (malorós = pequenorusso; maloróska = pequenarussa; Malorossia = Pequena Rússia - nome oficial da Ukraina na Rússia pré-revolucionária - OK).
O desejo de comprar um ingresso para um espetáculo alienígena, mesmo de uma sociedade hóstil, para apenas melhorar o seu status aos olhos dos outros, tornou-se tão comum que frequentemente não prestamos atenção a ele. Mesmo quando a questão chega ao absurdo, quando o pagamento se constitui de próprios princípios, auto-respeito e honra. É muito demonstrativa neste plano a participação da assim chamada elite nacional em absolutamente estranhos a ela jogos.
Alternativa mascarada
Criticando o pop russo ou o primitivismo cultural, enfatizando a necessidade de renascimento nacional, estas pessoas com satisfação juntam-se às abertamente antiukrainianas ações, vão a concertos, luzes de Ano Novo, pacientemente desprezam o seu lado, mas na esperança de obter daí os tão cobiçados para si dividendos de status. O desejo de permanecer no círculo, ser próprio, não se destacar da matriz geral da vida pública - mau comportamento lembra as ações de assustados adolescentes, aos quais é desesperadamente necessário afirmar-se no grupo escolhido.
Frequentemente aparecem na imprensa interessantes fatos da vida da "alta" sociedade. Às vezes são tão interessantes que fica difícil como interpretá-los imediatamente. Ou os políticos "laranjas" (os que fizeram a "Revolução Laranja" contra o que representava o ex-presidente Kuchma e seu apoio a Yanukovych em dezembro de 2004 - OK) "acidentalmente" comparecem a festa de aniversário do ex-presidente Kuchma, ou os oposicionistas aparecem em companhia de seus perseguidores do poder. Alguns criam interesses econômicos comuns, outros aparecem em relacionamentos íntimos e mais alguns gostam de assistir eventos esportivos com personagens abertamente suspeitos de outros países. Tudo isso tornou-se lugar comum, que a nação descreve claramente: "Eles são todos iguais..."
Ainda mais frequentemente tornou-se ver os representantes da elite nacional, oposicionistas com expressivas ambições pró-ukrainianas, dirigentes sociais ou culturais, portadores da "inteligência, honra e consciência" alinhados na fila por uma fatia de gostoso pastel ou um bilhete para alta sociedade. As autoridades incondicionais de repente revelam-se absolutamente grosseiros egoistas, lutadores ávidos - primitivos manipuladores e oportunistas.
Por que é assim? Talvez porque todos vieram da mesma caixa de areia, um incubador, um "kholkhoz" (fazenda coletiva). Todos ouviam Vysotsky, usavam gravatas vermelhas e contavam anedotas sobre Brezhnev. E tudo isso deixou nas mentes a marca fatal. Aqueles pseudovalores, apesar de sua flagrante falsidade, até hoje cultivam, clonam e multiplicam.
Por que a maioria desses políticos e de seus filhos, depois de 20 anos de independência, entre eles se comunicam preferivelmente, ou mesmo exclusivamente em russo? Não seria porque até agora não vivenciaram o processo da própria identificação? Ou é porque, a compreensão a qual nação pertencem, é muito fraca: em compensação domina o desejo servil assemelhar-se a alguém, tornar-se assim como alguém, vestir aquilo que este outro, rir de quem o outro ri. Mas em nenhum caso ser a própria pessoa.
Afinal, a coisa não é nem mesmo no idioma. A palavra-chave aqui é "agradar". Não por civilidade, respeito ou até medo. Fazê-lo para sua própria satisfação e senso de importância, para oportunidade de pertencer ao círculo eleito das pessoas com status.
Se são capazes de criar uma nação desenvolvida as pessoas que não conseguem identificar-se de nenhuma forma, não veem diferença em que língua falar, como se identificar, a que nação pertencer? Naturalmente que não. Essa é a mediocridade, movimentada apenas com o desejo de não serem piores que os representantes da "elite" pós-imperial.
Estes "homen do ano", "orgulho da nação" - todos, um a um escalpelados de há muito esquecidos "vencedor da competição socialista", "herói do trabalho", "udarnik de quinquênio" (udarnik - trabalhador de vanguarda do trabalho comunista - OK). E diferente não podia ser. Porque é agradável receber a estatueta dourada no palco inundado de luz sob brilho dos flashes, badaladas de ovações, aos olhos de toda nação. E então o que, quando anteriormente por aquela figura foi pago um grande não divulgado valor, então que todos saibam sobre isso, a questão não é o dinheiro e também não é a figura, mas no fato de que todos os jornais registrarão, dirão todas novidades. O status rapidamente subirá a tais alturas, sobre as quais não devem estar sonhando nem em sonhos mais sinceros.
Nada pessoal
Este é um grande problema. Nele deve-se procurar respostas para muitas perguntas. E não nos esqueçamos da "Pronia Prokopovna e Holokhvostova". Estes são os personagens chave da nossa história de oportunismo e de malorossismo" (aceitar a sua submissão à Rússia reconhecendo-se pequeno russo - OK). Muitas nações passaram por isso. E até a elite imperial de Moscou, em cujos descendentes os ukrainianos de hoje igualam-se, em seu tempo falavam exclusivamente francês. Mas para isso haviam outros motivos. Nossa situação é mais complicada.
Pessoas que se denominam elite nacional tal absolutamente não são nem desejam ser! Eles não levantarão uma palha do chão para distinguir-se da "pós-sovkova" massa (veja explicação anterior do "sovok" no início deste artigo - OK). O sentimento de pertencer a Ukraina e sua cultura - um mal inevitável que existe, e dele não se pode escapar mas, digamos, a vida real é bem diferente.
A ilustração recente de tal abordagem tornou-se a corporação do partido "Pátria" (partido de oposição - Y. Tymoshenko) cuja liderança no Ano Novo realizava-se nos idiomas russo e ukrainiano simultaneamente. Na verdade, a comunidade poderia até não ficar sabendo sobre a dupla moral dos oposicionistas, porque tudo aconteceu em um "modo fechado", caso não fosse a "démarche" de Oleksandr Bryhynets, o qual abandonou o evento em sinal de protesto. Tal decisão ele explicou que não tem "nada contra o idioma russo, mas não no evento da facção a qual defende o idioma ukrainiano. Por que não procederam assim os demais e se isto significa, que eles não viram nenhum problema nisto? "Semana" tentou receber resposta para esta pergunta de representantes da oposição, no entanto, a maioria deles não atendeu ao chamado (ok, aceitaremos que muitos ainda descansavam após comemorações), e o restante livrava-se dizendo: "Eu não estava lá, então não sei de nada". Além do próprio iniciador do protesto Oleksandr Bryhynets alguns expressaram sua posição. Em particular, de acordo com suas palavras O. Bryhynets ficou muito surpreso com Yatseniuk (um dos principais líderes da "Oposição Unida" - OK), o qual não apenas sabia, mas ainda tentou justificar o "biliguismo" corporativo da força política, a qual, tempestuosamente, mas sem sucesso tentou imitar a proteção do idioma ukrainiano no Parlamento de convocação anterior.
Então, quando os deputados começarem de novo "bater um no outro" publicamente "defendendo suas posições fundamentais", e a oposição começar ameaçar severamente a maioria do partido governamental pela traição de interesses nacionais, não devemos levar isto muito a sério. É so aguardar calmamente o final e rastrear o que acontecerá em seguida - quando desligarem-se as câmeras, afastar-se a imprensa e tudo voltar à vida normal. Pelo menos 50 dos 100 personagens, que uma hora antes eram inimigos ferrenhos, irão juntos beber conhaque e celebrar alegremente o dia vivido. E não porque eles são verdadeiros cavalheiros. Para a maioria deles política e determinada posição - é apenas negócio e nada pessoal".
Portanto o nicho da elite nacional na Ukraina permanece livre. As atuais excelências não demonstram nem capacidade, nem desejo de satisfazer aos critérios, dos quais depende a viabilidade e as perspectivas de desenvolvimento do Estado.
Vox Deputati
Oleksandr Bryhynets
Quanto a mim, se nós exigimos respeito por quaisquer regras sobre os outros, devemos primeiro observá-las sozinhos. Todas as atividades políticas ou não, relacionadas com as forças políticas que requerem o uso do idioma ukrainiano como língua nacional, devem ocorrer exclusivamente em ukrainiano. Penso, que o processo total de russificação na Ukraina independente começou por volta de 1999, quando Kuchma foi eleito para segundo mandato. Começaram reimprimir-se os canais, eles passaram para controle dos oligarcas, para quem a questão da cultura ukrainiana era estranha e imcompreensível. Este processo foi interrompido em 2005, mas desde o governo Yanukovych voltou o retrocesso. Por um lado, isso foi feito para contentar Rússia, por outro era vantajoso comercialmente, porque é mais fácil comprar um produto com propaganda pronta e mantê-la. Tymoshenko, durante seu segundo ministério esforçava-se em impedir a russificação mas, desde o governo Yanukovych a influência do idioma russo aumentou muito devido a métodos diretos e indiretos. Um dos últimos - participação de apresentadores russos na TV, que obrigam a todos passar para o russo, para poder compreender. Esta tecnologia levou ao problema que teve lugar em nossa corporação, quando foi usado o clichê usado na TV. As pessoas, para as quais tanto faz que idioma usar, acomodam-se sob os padrões que a TV impõe. Os empresários e políticos não estão interessados no aparecimento de pessoas preocupadas com a cultura nacional. Agora a nossa situação formou-se de tal forma, que em todos os lugares as "estrelas" são pessoas de Moscou. Vejam qualquer show - há sempre um juri composto de russos. Desta forma ensinam a nós, ukrainianos, que nós devemos ser julgados por pessoas da Rússia.
Yuri Odarchenko
Eu não estive na celebração do Ano Novo - não posso comentar. Mas, é claro, problema de russificação e "sovietização" do nosso espaço cultural, educacional e informativo é atual. Nós preparamos o projeto de lei sobre idiomas que irá retornar a situação para o seu devido curso.
Eu, pessoalmente, apelo na Justiça Administrativa de Kyiv contra a lei Kolesnichenko-Kivalov porque durante a sua aprovação ocorreram graves violações: de procedimentos, ausência de normas para votação individual, outros. Qualquer dessas violações é suficiente para reconhecer a lei ilegítima. (De acordo com os últimos atos da justiça na Ukraina, esperar ações contra as decisões do governo é perda de tempo - OK).
Volodymyr Yavorivskyi
Penso que o colega Bryhynets agiu certo. Eu não estive presente porque não gosto das festas dos partidos. Acredito que nós não podemos propagar slogans e agir de modo contrário entre nós. E, tais na aparência "miudezas", como esse passo do Bryhynets, devem apoiar todas as forças oposicionistas para limpeza declarada da hipocrisia. Que medidas devemos tomar? Exigir que todos os deputados, no Parlamento pronunciem-se no idioma ukrainiano. Se conseguirmos isso, conseguiremos também outros objetivos. Caso contrário, não resistiremos à russificação, à pilhagem do país, nem a adesão à União Aduaneira (projeto de Putin: Rússia, Bielirússia, Cazaquistão - OK). Então eu acho que tudo inicia-se de pequeno. Aparentemente pequeno, mas muito importante.
Vyacheslau Kyrylenko
Não estive na comemoração, não posso comentar. Mas a situação geral é certamente triste. O idioma ukrainiano contínua oficial apenas de jure. A política atual de facto é destinada para sua destruição. O caminho principal contra isso é através da lei, mas, é claro, são possíveis e necessários métodos extra-parlamentares e resistência. Precisamos chamar a atenção da comunidade, exigir seu uso no comércio, na prestação de serviços. Redigir leis para área de cinematografia, radiodifusão e canais televisivos.
Naturalmente, a principal solução - mudança de governo. Este não nos conduz tanto à Rússia ou Kremlin como a uma completa anarquia, beco sem saída. Nossa obrigação é fazer que nossos cidadãos compreendam esta situação.
Tradução: Oksana Kowaltschuk

sábado, 19 de janeiro de 2013

SINDROME DO KOMSOMOLETS

Por que Ukraina ainda sofre da "sindrome do komsomolets".

Tyzhden (Semana), 02.01.2013

Em 21 anos Ukraina não conseguiu formar uma classe de elite que seria responsável e consciente da criação do Estado Nacional, desenvolvimento democrático, reformas direcionadas para superação do legado totalitário do passado, dessovietização de todas as esferas da vida pública e aproximação do país aos padrões europeus.

 

Em grande medida, esta situação está condicionada ao fato de que em quase todos os níveis da sociedade ainda há pessoas remanescentes da então nomenclatura comunista, bem como um contingente considerável de seus alunos - os antigos ativistas do Komsomol. E, se com os "partocratas" (depreciativo dos dirigentes partidários do Partido Comunista da União Soviética -OK) a situação é mais ou menos compreensível (muitos deles a bom tempo estão no lixo da história, embora alguns ainda à tona), então em relação aos "jovens lobos" da nomenclatura existem certos estereótipos e ilusões. Bem, eles dizem, no Komsomol, durante a era soviética havia grande parte da juventude atual, e muitos dos atuais mandatários atribuem a esta organização o "indicador à vida".

A tradição neokomsomolska inibe significativamente o aparecimento de uma elite genuína na Ukraina e impede o seu movimento para frente. O problema aqui não está nas organizações existentes do Komsomol junto ao PCU (Partido Comunista da Ukraina), mas na "síndrome do komsomolets" (komsomolets - aquele que pertence ao Komsomol), que está totalmente presente na sociedade ukrainiana. E trata-se não apenas dos antigos membros ordinários do RLKSM (União Leninista Russa da Juventude Comunista), os quais em seu tempo voluntariamente-obrigatoriamente aderiam à imposta pelo partido, forma de movimento juvenil, quanto por assim chamado - ativo do Komsomol - sua parte mais enérgica e empreendedora. Exatamente seus representantes durante a desintegração da União Soviética revelam-se os mais dispostos a se adaptar à nova realidade capitalista, tendo um considerável capital financeiro e social (relações no topo, acesso aos melhores lugares de empreendedorismo, etc.).

A abrupta mudança de crenças ideológicas dessas pessoas condicionada, antes de tudo, ciosamente às qualidades acalentadas no Komsomol - inescrupolisidade, niilismo, inclinação maníaca ao carreirismo, avanço de degraus aos cargos partidários, acomodação, bajulação, demagogia, profanação, imoralidade, etc. Em grande medida, a maioria dessas "virtudes" tornou-se dominante no ambiente do Komsomol (especialmente entre a elite dirigente "forja de quadros") no estágio de crise de seu desenvolvimento, que aconteceu nos anos estagnados de 1970 - 1980. Nestes anos a atividade do Komsomol na luta para "encarnação à vida do grande programa de construção do comunismo" tornou-se uma grande escala de profanação, imitação, que tinha muito pouco a ver com a realidade. Moral dupla e prontidão para pregar tudo - desde a luta com o apodrecido Ocidente e fortalecimento da disciplina no trabalho à reconstrução e aceleração - em condições de colapso do "sovok" (pessoa soviética mutilada espiritualmente com o sistema totalitário - OK) contribuiu para uma viragem violenta de ativistas do Komsomol de seguidores do "grande" Lenin à prática do capitalismo selvagem e democracia imaginária. Nas novas circunstâncias eles, com a mesma energia e zelo, como pelo "socialismo desenvolvido", começaram divulgar, agora, sobre valores liberais e patrióticos, não tendo, na verdade, nada comum com eles. Os jovens leninistas antes dos demais ocuparam posições de liderança em todas as posições e níveis do nosso governo e sociedade - de política e negócios à cultura, mídia, esportes e sociedade civil. Eles estão presentes em todos os lugares: no governo, na oposição, organizações não-governamentais, mídia, show bisnes, ciência, literatura, arte, etc.

Os provenientes do Komsomol, de maneira fácil e indolor encaixaram-se no modelo oligárquico do governo e economia que se desenvolveu ao longo dos anos da independência na Ukraina, e até foram seus ativos criadores tornando-se, imediatamente após o colapso da URSS proprietários de empresas, bancos, etc. Ao lado de sua mudança de cor e transição para um novo estado de conforto do enriquecimento não controlado e acumulação de capital, eles não permitiram que a alma deixasse de ser de um verdadeiro "komsomolets". Essas pessoas sempre se esforçaram para permanecer nas mais importantes posições e configurações de relações governamentais e políticas, assegurando com isso a antiescolha pública bloqueando canais sociais para formação de uma elite genuína. Enquanto isso na Ukraina já se formaram os herdeiros espirituais do Komsomol, que não tinham experiência de pertinência nele, mas adotaram com sucesso os costumes e hábitos da última geração dos "leninivtsi" e tornaram-se não menos carreiristas, oportunistas e profanadores que seus antecessores.

Finalmente, a evidência da capacidade da sobrevivência da tradição do Komsomol nas condições ukrainianas pode ser a aceitação periódica pelo Parlamento nas comemorações de suas datas comemorativas, pelas quais votam políticos das forças pró-russas, e também do campo democrático-nacional, mostrando desta forma a sua nostalgia dos anos da juventude. Particularmente interessante votação unânime observou-se em 2009, quando pela resolução da comemoração de 90 anos da organização do Komsomol na Ukraina votaram os representantes do Partido Comunista, Partido das Regiões, Bloco do Lytvyn em plena constituição e um terço do BYT (Bloco Yulia Tymoshenko).

As estruturas juvenis de alguns partidos políticos na Ukraina (para não mencionar o PCU (Partido Comunista da Ukraina) em que atua a restaurada União Leninista Russa da Juventude Comunista, especialmente a "geração mais jovem" do Partido das Regiões - "Jovens Regionais", pelo seu caráter, retórica e forma de trabalho repercutem as melhores tradições do Komsomol. Por exemplo, como, segundo palavras de Lenin, soam as palavras de um dos ativistas propagadores Yaroslav Honcharov por ocasião da última campanha eleitoral:
"O governo prometeu assegurar a honestidade e a transparência do processo eleitoral - o governo cumpriu sua promessa".

"Semana" tentou examinar o fenômeno Komsomol em uma dimensão histórica e caracterizar o legado que ele deixou para Ukraina atual. Desde a sua criação Komsomol era apenas uma das construções da ditadura do Partido Comunista, desempenhando papel de cão na coleira". Os bolcheviques ativamente o usavam tanto para controle de massas de jovens, como para execução de tarefas concretas: desde a educação da juventude, a agitação - propagandista, trabalho defensivo e apoio às funções administrativas. Seu estatuto, papel e tarefas na URSS correspondiam a estruturas análogas de regimes totalitários: hitlerista na Alemanha nazista, organização fascista de juventude "Balila" na Itália, Guardas Vermelhos e rebeldes na China maoísta.

Komsomol como parte integrante do regime totalitário foi partícipe de todas as suas páginas negras: repressões, terror, coletivização forçada, expropriações de bens e alimentos, Holodomor, estímulo ao culto da personalidade de Stalin, luta contra os dissidentes. Cumprindo a função da educação de jovens no espírito comunista das gerações posteriores, ele abastecia o regime comunista de gerações posteriores. Nesta continua tradição de formação do partido, quando os mais velhos totalmente controlavam os jovens, manifestações abertas de conflitos entre gerações como um pré-requisito de qualquer progresso social não podia haver. Finalmente, no período de crise sistêmica do modelo do governo soviético em relação ao Komsomol claramente refletiam-se fenômenos negativos, inicialmente nele introduzidos. Ele finalmente transforma-se em escola de carreirismo, oportunismo, niilismo e profanação. Durante a transição do país do socialismo à democracia e à economia de mercado os ativistas do Komsomol, contrários aos preceitos de Lenin, foram os primeiros que acumularam capital, e agora tentam aumentá-lo, acrescentando e multiplicando e, ao mesmo tempo brincam de governantes do povo. Para superar o legado do "sovok" (pessoa soviética mutilada espiritualmente com o sistema totalitário), os ukrainianos precisam se livrar da "síndrome do Komsomolets" e limpar a elite nacional de oportunistas e profanadores.


Tradução: Oksana Kowaltschuk
Fotoformatação: AOliynik

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

LIBERDADE ECONÔMICA NA UCRÂNIA

Ukraina ocupa o último lugar na Europa em termos de liberdade econômica

Tyzhden (Semana), 10.01.2013

Segundo American Heritage Foundation em colaboração com The Wall Street Journal Ukraina ocupa o número 161 entre 177 países. Segundo os editores, 0,2 pontos obtidos a mais que na classificação anterior é "sucesso modesto em liberdade monetária e de empreendedorismo não superam a deterioração da liberdade de trabalho e a corrupção. A liberdade econômica continua sob dura repressão, as leis funcionam mal, os direitos de propriedade são insuficientes e a corrupção é generalizada.

De acordo com o resultado, Ukraina ocupa a última posição entre os 43 países europeus, e sua pontuação geral é menor do que a média global. Perdeu até para Bielorússia (154° lugar) e Rússia (139°lugar.

Na área de economias mais livres: Hong Kong, seguido por Cingapura, Austrália, Nova Zelândia, Suiça, Canadá, Chile, Ilhas Maurícias, Dinamarca e os EUA.

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Tudo em Família - I

Tyzhden (semana), 09.01.2013

O novo chefe do Serviço de Segurança da Ukraina serviu no exército russo por 7 anos. Oleksandr Yakymenko iniciou sua carreira como piloto militar soviético. Após o colapso da União Soviética, por sete anos "defendeu os interesses e a integridade territorial da Rússia" na Criméia (Ukraina). Renunciou às Forças Armadas da Rússia em 1998. Por mais de 10 anos sua biografia não é conhecida. Em agosto de 2011 Yakymenko foi nomeado chefe do Serviço de Segurança da Ukraina em Donetsk, e um ano antes no Serviço de Segurança da Ukraina em Sevastopol. Em Donetsk (Ukraina) , ele iniciou a construção da capela em honra ao St. Oleksandr Nevsky (príncipe russo).

Nos últimos anos interagiu intensivamente com Oleksandr Yanukovych, filho do presidente que, segundo fontes do jornal "Glavkom" estava diretamente envolvido no processo de formação do novo governo. Daí também a indicação de Pavlo Lebedyev para chefiar o Ministério da Defesa.

Anteriormente Yakymenko era responsável pela Direção Geral de Combatee à Corrupão e Crime Organizado.

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Tudo em família - II

Tyzhden (Semana), 09.01.2013

O pai do candidato ao posto de Presidente do Banco Nacional trabalha, atualmente, no Gazprom, Rússia. Gazprom é a maior empresa russa de energia, exploração, transporte, processamento, armazenamanto e comercialização de gás e petróleo, bem como produção e comercialização de calor e energia elétrica.

O pai de Ihor Sorkin, Vyacheslav Sorkin, ocupa o cargo de primeiro vice-chefe do Departamento de Investimento e Construção do Gazprom. Ele também é membro do Conselho de Administração do "Gazprom-invest YUG" e da Companhia Especial do Transporte de Gás.

Ihor Sorkin nasceu em Stavropol, Rússia. Estudou e trabalhou em Donetsk na Ukraina. Exerceu o cargo de gerente de empresa de projetos de extração, transporte, armazenamento e processamentoo de gás e hidrocarbonetos, cujas 40% de ações são da Gazprom.

A irmã de Ihor Sorkin - Vlada Dolgikh é uma das acionistas desta empresa.

Lembramos, o presidentee Viktor Yanukovych propôs o nome de Ihor Sorkin para presidência do Banco Nacionall da Ukraina, onde ele já ocupa o cargo de vice-presidente.

Complementando, com a notícia do dia 11: No dia 9 os Regionais no Parlamento não conseguiram a aprovação de Sorkin para presidência do Banco Nacional. Mas, já no dia seguinte houve comparecimento de parlamentares até de muletas, braço quebrado, bronquite, etc., e tudo se arranjou. A oposição até que se esforçou (com auxílio de jornalistas) mas não conseguiu evitar que alguns deputados votassem disfarçadamente com cartão do colega ausente. Agora, pelo menos disfarçam.

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Tudo em família - III

Tyzhden (Semana), 09.01.2012
Iryna Sharpinska

Para onde vai o dinheiro?

O ex-presidente do FEPU (Fundo Estatal de Propriedade da Ukraina) diz que a propriedade do estado vai para uma mão a preçoos baixos.
A principal razão para o fracasso em 2012, do plano de ingresso da privatização é a falta de ttransparência e preçoos baixos dos objetos privatizados, segundo Oleksandr Bondar.

"No ano passado, das realizados 10 (dez) privatizações (planejados 10 bilhões de UAH - Red.- No câmbio atual uma UAH corresponde a 0,12 USD - OK) - entrou apenas 6 bilhões de UAH. A principal razão é que vendem tudo para uma mão, sem qualquer tipo de concorrência, pelos preços iniciais" - disse Bondar.

O especialista explica que são muitos os objetos vendidos também nos anos anteriores. "Pela tal quantidade de objetos poderiam recolher, talvez, os fundos estabelecidos para 3 anos (a quantidade projetada de receitas para o Orçamento do Estado, para a ação de privatização para 2012-2014 constitui 40-60 bilhões de UAH - Red.)".

Comparem, "Kreyvorizhstal" (empresa de metalurgia) no governo da Tymoshenko venderam por 24 bilhões de UAH. Uma. E agora venderam um lote de objetos, tudo por 6 bilhões.Mas, se lembrarmos o que venderam no ano passado, então seria suficiente para várias tarefas anuais. Penso, será mesma coisa este ano. Único, talvez consigam vender maior quantidade, mas em termos de valor será o mesmo. Porque lá, já está determinado, anteriormente, quem compra cada ítem", - disse Bondar.

"Isso tudo vai para uma mão a preços baixos - que é a principal razão para não execução do plano", - disse o especialista.

"Uma mão" ele designa a estrutura do SCM (Sistema de Gerenciamento de Capitais - grupo financeiro e industrial na Ukraina) de propriedade de Rinat Akhmetov, RosUkrEnergo (empresa de revenda de gás natural no território da Ukraina, Europa Central e Oriental - cujo acionista é o Gazprom, Holding Centragaz AG, em que 90% as ações pertencem a empresa de Firtash) e a "Família" do presidente Viktor Yanukovych.

Eles se revezam e compram ramos inteiros também nos mercados secundários. Exemplo: todo o ramo de titânio comprou uma empresa ligada a RosUkrEnergo. Metalurgia e gerações de energia elétrica - tudo é adquirido pela SCM. Também a Zaporizhstal, líder da indústria metalúrgica, e a Fábrica de Ilich (Lenin), e muitos outros objetos" - disse Bondar.

O terceiro participante de todas essas transações - é a "Família". Quem lhe pertence e quem é o chefe - não se sabe. Mas essa estrutura é diretamente ligada ao presidente. Eles também participam de todas estas operações. Ninguém sabe com que porcentagens e em que objetos. Mas isso é compreensível, - acrescenta Bondar.

Lembramos, como relatado pelo fundo de propriedade do Estado, as receitas da privatização em 2012, de 6,763 bilhões de UAH, representam 67,6% do plano anual.

Oleksandr Bondar foi chefe do Fundo de Estado da Ukraina (1997-2003), Vice-presidente do Fundo (2005-2006) e deputado do Parlamento em duas convocações.

Tradução: Oksana Kowaltschuk