quarta-feira, 30 de outubro de 2013

CRISE NA ECONOMIA UCRANIANA

Os empresários já sentem a aproximação da crise.

Ukrainskyi Tyzhden (Semana Ukrainiana), 2013
Marharyta Ormonadze

O humor dos empresários ukrainianos eloquentemente testemunha sobre as tendências de crise crescente na economia.

 

"Se os jornalistas escrevem, que este ativo pertence a mim e que eu minimizo os impostos, amanhã virá a polícia fiscal e, simplesmente tirarão de mim o meu negócio. Mas agora todos trabalham assim, todo país" - disse em conversa com o correspondente da "Semana", o Sr. Serhii, co-proprietário de uma das maiores empresas comerciais de Kyiv.

Empresários, com os quais conversou "Semana", admitiram que a máquina estatal ukrainiana nunca foi leal aos negócios de não oligarcas, mas as características repressivas e agressivas em favor dos "escolhidos" especialmente se fizeram sentir depois da chegada ao poder do Partido das Regiões. Forma-se a impressão, que os negócios não relacionados com os representantes do governo, agora foram tomados pela posição de alienação mental que se manifesta, frequentemente, pela estagnação. "Evoluir? E para quê? Pois amanhã, alguém do governo notará o meu sucesso e eu o perco. Na melhor das hipóteses receberei um pagamento simbólico, "compensação" simbólica por anos de dedicação na construção de uma próspera empresa. Tais exemplos eu  posso lhe contar centenas", - diz o senhor Serhii.

Durante os três anos de existência de acordo com o princípio "minha casa é ao lado" os representantes do segmento mais ativo da sociedade ukrainiana, a chamada classe média, observava como apoderavam-se dos ativos de seus colegas, concorrentes, parceiros, e aumentava-se a carga tributária. No entanto, até agora, não se atreveram à união para proteção de interesses comuns. O propósito em praça pública aconteceu no longínquo 2010... Como consequência - o declínio da atividade empresarial. Em particular, as agências de recursos humanos constatam aumento de procura, o que significa demissões em massa, especialmente nas empresas de fabricação. Assim, recentemente, sobre os planos de dispensa de 500 trabalhadores anunciou a direção da empresa de construção de vagões Krukov, um dos maiores construtores ukrainianos de vagões ferroviários. De acordo com os dados do portal internacional HeadHunter, em comparação com o primeiro semestre de 2011, a tendência positiva de vagas caiu quase pela metade. Segundo Uliana Khodorkovska, chefe do centro de pesquisa do portal HeadHunter, a tendência principal é a redução de salários: "As empresas incluídas na fase de otimização - em vez de trabalhadores altamente qualificados contratam iniciantes, que exigem salários muito menores". Com isso observa-se o declínio das vagas de trabalho na indústria, e as novas geralmente referem-se às empresas comerciais.

No entanto, os especialistas em falência dizem que durante o último ano as falências aumentaram várias vezes, e as fictícias são poucas. Ilustrativa é a redução significativa da atividade empresarial em Kyiv, onde em algumas ruas quase simultaneamente fecharam várias empresas de diferentes tamanhos. Como na rua Chervonopilska onde, em alguns meses fecharam as portas um café, um salão de beleza, um centro de fitness e uma loja.

Administração de compadres

"Semana" comunicou-se com os representantes de negócios de diferentes escalas e encontrou tês principais tendências que hoje formam as condições para o desenvolvimento do empreendedorismo. Primeiro - reforço na camaradagem em geral, e fortalecimento da centralização através da influência administrativa. À corrupção e constantes extorsões aos empresários não se acostumar. Mas a questão que a 4 - 7 anos atrás ainda era possível resolver com auxílio de presentear o funcionário, a partir de 2010, em muitos casos, não se resolve apenas com suborno. O aparato fiscal por muitas vezes reforçou a sua má vontade em executar a sua função primária - a administração pública eficiente. "Problema da degradação, negligência sistêmica generalizada e a irresponsabilidade daqueles que agem em nome do Estado. No país há, cada vez menos senso comum e tudo isto lembra uma farsa" - constata Valentin Kalashnyk, diretor de marketing da OS-Direct.


Segundo avaliações dos especialistas da "Semana", que trabalham com as comunidades e empresas, as atividades tranquilas têm apenas aqueles que têm relações familiares ou de compadrio com as autoridades locais. Em troca, são muitos os que restringiram ou venderam total ou parcialmente seus negócios aos "reizinhos" locais. Deste modo, o princípio do feudalismo floresceu em todos os sentidos - do pequeno, no nível do compadrio, ao grande, no nível da monopolização de setores-chave. Isso se refere à incorporação de empresas já existentes ao mecanismo familiar-oligárquico construído pelo governo. "O país chegou ao assim chamado coletivismo burocrático em que os lucros são distribuídos entre a burocracia partidária, quando é exatamente ela que gerencia a economia e o estado", - diz o especialista em consultoria de gestão Margarita Chernenko. Significativo, que de acordo com o relatório analítico do Banco Nacional da Ukraina quanto a análise de negócios de empresas ukrainianas "os mais otimistas permaneceram como representantes de grandes empresas envolvidas nas operações de exportação e importação, e aqueles onde a participação da porcentagem no capital estatutário é maior a 25%".

Máquina do medo 

Segunda tendência - o medo constante perante autoridades constituídas. Para se adaptar ao modelo econômico, que construiu-se no território pós-soviético, a maioria dos ukrainianos conscientemente assume desvios, ao contrário não sobrevive: alguns pagam o salário em envelopes*, outros contabilizam duplamente, etc. Um dos fatores chave de negócios bem sucedidos manteve a a possibilidade de ter um "teto" com correspondentes custos para ele. Mas a partir de 2010 (governo Yanukovych) muitos empresários foram colocados na situação em que, ou se encaixavam no sistema de relações do poder, ou acabariam entregando seus bens aos representantes do poder, por uma ninharia. Muitos daqueles, cuja atividade já sofria devido a crise econômica, aceitaram a segunda proposição. "Ao empresário é importante a crença otimista no futuro do seu negócio. Agora isto não existe. Existe uma crença persistente: no momento em que você criar um recurso valioso, ele poderá ser subtraído. Independentemente da escala, tamanho. Primeiro é preciso se preocupar com a proteção e preservação, sobre sua integração ao modelo, onde as regras formais são ignoradas, e as informais constantemente mudam", - declara Valentin Kalashnyk. 

Para consolidar a compreensão, de quem no país é o "senhor", durante os últimos anos em todas as regiões foram organizadas demonstrações de execuções, quando o negócio tiravam totalmente ou em parte. No entanto, poucos se atreveram declarar o ataque ou o surgimento de um novo proprietário ou coproprietário! Publicamente a situação foi apresentada como inspeção programada ou não programada. Por exemplo, funcionários do fisco presentes, mas nada mudou. "A empresa opera como de costume" - tais respostas evasivas recebia "Semana" às suas indagações das companhias que advertiam sobre a possível apreensão de fiscais ou do UBEZ (Escritório de Combate ao Crime Econômico). Por exemplo, no final de 2011 os problemas com a alfândega e impostos surgiram com o proprietário da rede de lojas infantis "Antoshka" Vladislav Burda. No entanto, em dezembro daquele ano o empresário declarou que resolver todos os problemas lhe ajudou o próximo  da "Família" ("Família" são os empresários e políticos que apoiam Yanukovych em todos os seus assuntos, e com ele enriquecem - OK) Yuri Ivaniushchenko, atual deputado do Partido das Regiões. Em 2012 - 2013 as forças de segurança tomavam as principais sedes de muitas empresas conhecidas, com a TMM, internet - loja "Rozytka" e "Sokil". Muitos empresários, cujos negócios na verdade não eram irrepreensíveis e não conseguiram encontrar uma linguagem comum com o governo, foram parar atrás das grades. Em particular , o proprietário do ERDE BANK, Companhia de Seguros "Bem Estar", "Business-Rádio", etc. Ruslan Demchak encontrou-se na prisão sob as acusações de fraudes financeiras. Isto aconteceu na véspera das eleições parlamentares de 2012, às quais ele concorria como candidato independente na região onde o seu oponente principal era o comunista Gregório Kaletnik, que tem laços estreitos com os mais altos escalões do poder. E, apesar de que o próprio empresário já está em liberdade, o ERDE BANK atualmente encontra-se em liquidação, e na maioria de suas empresas, de acordo com a informação da "Semana" mudaram os proprietários, embora isto não foi notificado oficialmente. Sim, é ilustrativo o fato que nos meios de comunicação mais propaganda dos comunistas está sendo transmitida, exatamente na frequência do "Business Radio".

Muitos empresários foram forçados deixar o país devido a pressão direta, política ou empresarial: proprietário da companhia ProstoPrint Denys Oleinykov, concorrente do candidato governista Tetiana Zasukha na problemática região 94, Viktor Romaniuk, proprietário da fábrica "Stalkanat-Sylur", Volodymyr Nemerovskyi e o empresário de Luhansk Ihor Liski, que encabeçavam os centros regionais do partido "Frente de Mudanças" (oposição) durante a campanha eleitoral de 2012. Nas empresas que se ocupam com planejamento offshore argumentam que os empresários ukrainianos tornaram-se mais propensos em pedir para ajudá-los conseguir a certidão de residência.

"A máquina do medo", parece que age não somente no nível de ameaças: o assassinato de empresários e representantes do governo, que de um ou outro modo têm relações com negócios, pela sua frequência e crueldade lembra os anos de 1990.

Incerteza

A terceira tendência, que forma as atuais condições da condução empresarial na Ukraina é que, mesmo na situação de estabelecimento de ditadura centralizada os proprietários de ativos não tem certeza, que dentro de algum tempo, no país, não aconteça divisão do partido do poder, ou uma nova mudança de governo, a qual arraste consigo redistribuição da propriedade.

Obviamente, nessas condições a qualquer empresário surge a interrogação se é oportuna a criação de ativos eficazes. "O futuro não está em foco. Ir para um país estrangeiro ou continuar a luta em seu país natal - tais pensamentos agora estão na cabeça da maioria daqueles, que no mundo todo são estimados como "motores sociais". Muitos optam por um caminho alternativo - temporariamente, por alguns anos "ficar no fundo": obter uma formação adicional, começar a ensinar para não perder-se mentalmente, preservar e aumentar seu próprio valor", - diz Valyntyn Kalashnyk.

Os sentimentos industriais existentes já afetam a sua competitividade - economia no nível macro. "Na experiência profissional, em primeiro lugar no nível de competência entre os gestores estão os valores e hábitos comportamentais. Na Ukraina sobre tais detalhes na avaliação dos governistas nem se cogita, - diz Margarita Chernenko. Como consequência disso há uma forte queda de qualidade a longo prazo, dos bens e serviços pátrios, em resultado da criação de condições favoráveis de negócios para um número de jogadores. Pode-se esperar medidas protecionistas para pavimentar a importação e apoio ao produtor doméstico". Aliás, isto já está acontecendo, como o aumento de impostos e a introdução da taxa de utilização em carros importados.

No entanto, o apoio artificial aos fabricantes nacionais, precisamente aos preferidos, em condições atuais não causará impacto positivo na capacidade de produzir bens e serviços de qualidade. Acima de tudo, quase certamente levará a uma queda ainda maior na competitividade das empresas ukrainianas, que passarão ao controle da "Família", oligarcas e, geralmente àqueles que hoje estão no poder.

* -  "Salários em envelopes", como parte da economia paralela, estabeleceu-se firmemente em nossas vidas e hoje cria inúmeros problemas  tanto para o indivíduo, como para a sociedade como um todo.
Salário no envelope significa que o empregado não foi registrado, ou que seu registro é parcial. Neste caso nem o empregador nem o empregado pagam seus impostos totais, ou pagam parcialmente. O empregado perde não somente o direito à segurança social, por exemplo, no caso de invalidez, como não se habilita à aposentadoria. Como dos "salários em envelopes" não são pagos os impostos, ou parte deles, a primeira vista o enganado é o Estado. Na verdade é a escassez de fundos para a saúde, educação, proteção social, etc.

Tradução: Oksana Kowaltschuk

domingo, 27 de outubro de 2013

O MAFIOSO UCRANIANO

O algoz Markov cortava até mulheres. Impunidade. Entretanto o cão que morde o dono - fuzilam.
Blog da Tetiana Chornovol, 25.10.2013

Quando a ukrainofobia do hoje preso Ihor Markov coincidia com a ideologia  da ideologia partidária de Viktor Yanukovych a ele permitia-se muito. Em Odessa sabem: Markov com prazer ajustava para si o papel de algoz, e gozava de imunidade isento de qualquer  responsabilidade.

 
Ihor Markov (à esquerda)
 
Nos comícios ele proclamava, cito: "aos nacionalistas é preciso liquidar moralmente e fisicamente". Em 2008 participou do brutal espancamento dos partidários do "Svoboda" (Liberdade). É, também, acusado de partícipe na morte do nacionalista Maksym Chaika.

A violência era seu estilo, não apenas na política.

Tudo começou com o fato de Ihor Markov desejar terrenos próximo ao mar. Para conseguir isto ele escolheu a vítima - sanatório clínico "Horkyi" na Grande Fontana em Odessa. Em 2004, durante o primeiro período do primeiro-ministro Yanukovych, Markov conseguiu comprar os "desnecessários" ao sanatório pista de danças, reservatório para água, subestação de energia e dez cabanas, por tostões - 980 mil UAH. A compradora foi a empresa de Ihor Markov - LLC "Mars", cujo diretor era seu próprio irmão. O terreno adquirido, 3,56 ha foi legalizado aos proprietários privados de graça. Iniciou-se a construção. Casas de dois e três andares cresciam nos terrenos registrados nos nomes da esposa, irmão e pai, partidários da "Rodina" (partido de Markov), parceiros de negócios de sua empresa e sócios fundadores de seu canal "ATV".

 
Construções nas terras de propriedade do sanatório. Foto da autora no ano 2009.

Durante o segundo período do primeiro-ministro Yanukovych, Markov, novamente, sentiu o apetite voraz e decidiu acrescentar ao seu resort mais um pouco do território do sanatório. Através do tribunal conseguiu mais um hectare de terra.

Mas havia um contratempo, nesta época o médico responsável pelo sanatório era Eugene Kosovyerov. Ele tentou compreender porque a área dosanatório, de alguns anos atrás, de 11 ha, foi reduzida quase  a metade, contudo dois moços com barras de ferro ensinaram-lhe não meter o nariz nos assuntos de Markov.

Dois desconhecidos encontraram-no à noite, quando ele saía do sanatório, e educadamente perguntaram se era ele o diretor do sanatório. Espancaram-no de forma metódica e com frieza. 

Ao ser atendido no hospital, na presença da polícia, Kosovyerov declarou que julgava ter sido atacado por pessoas de Ihor Markov. Mas, depois ele mudou - e nos próximos atendimentos disse que Markov era um "homem decente", e renunciou ao cargo.

Sua sucessora Tetiana Malykhin revelou-se uma mulher verdadeiramente heroica. Ela lutou obstinadamente pelo sanatório. Ela não se entregava apesar de que também apanhou com barras de ferro, sob sua porta colocaram explosivo e tentaram matá-la aplicando-lhe três golpes com faca. No entanto, Malykhin não cedeu, ela, corajosamente contou a esta autora pelo que sofreu: "Eu me opus aos esforços de acrescentar um hectare de terras do sanatório às casas, que pertencem aos parentes e companheiros marciais de Markov".

No entanto, um guerreiro não vence a guerra. Malykhin não poderia salvar o terreno do sanatório, porque ela fazia oposição não apenas a Markov, mas também ao governo de Odessa, a todos os seus ramos, que eram controlados por Markov e seus amigos, essencialmente criminosos, com carteirinha do Partido das Regiões. 

Contudo Markov não fazia segredo que a "liquidação" dos defensores da propriedade estatal realizava-se em seu interesse. E, será que poderiam haver outras variáveis se nas terras alienadas do sanatório desafiadoramente construiu o irmão de Markov. É evidente que a reputação de açougueiro e algoz lisonjeava Markov.

E tudo isso não o incriminava. Às questões sangrentas de Markov fechavam os olhos não apenas os governantes de Odessa, mas também a Procuradoria Geral. Porque Markov tinha antigos relacionamentos "sérios" com pessoas "sérias".

Particularmente, ele tinha amizade com o conhecido "regional" de Odessa Gennady Trukhanov (atual deputado do Partido das Regiões). E Trukhanov, por sua vez, é particularmente próximo, através dos irmãos Avramov com Yurii Ivaniushchenko (muito conhecido por Yurii Yenakiiyev). Em 2010-2011, quando a estrela de Yurii Yenakiiyev brilhou extraordinariamente no ambiente de Yanukovych Trukhanov até adquiriu um status não oficial de "smotriashchei (pessoa de confiança que observa tudo e todos e leva aos ouvidos de seu superior - fofoqueiro no governo) para Odessa". E status oficial - chefe do Partido das Regiões no conselho regional .  A Markov e Trukhanov une, particularmente, o ódio cínico de tudo o que é ukrainiano e seu passado turbulento com colorido de shanson.

Sob um tal "telhado" Markov por muitos anos acostumou-se à Total Permissividade, que erroneamente confundiu com Total Onipotência, e por isto está pagando.

Ele não entendeu o básico: que qualquer algoz - é apenas um cachorro na corrente, e que não tem direito de latir no proprietário. O qual, dentro dos limites da corrente pode cortar gargantas, mas além da corrente não tem direito algum.

Exemplo disso além Markov - Renat Kuzmin. Depois que o algoz da Procuradoria Geral aprisionou Yulia Tymoshenko sentiu-se "estrelinha", árbitro dos destinos. Ele esqueceu que, de fato, apenas executava ordens do senhor, o qual, enfim, comportou-se com ele como um gesto de agrado aos Comissários Europeus.

De fato, quando um raivoso cão na corrente torna-se inútil, livram-se dele sem pena.

Tal destino aguarda a todos que assumem o papel de carrasco. Sobre isso vale a pena considerar, especialmente ao deputado Lukianov, o qual em 2 de outubro incitava "Berkut" (polícia), diante do Conselho Municipal contra os deputados da oposição e demais ativistas com as palavras: "Batam neles, nós 'branquearemos' vocês", etc...

E agora, por um momento voltaremos para o roubo do sanatório Horkyi.

No início de setembro deste ano aconteceu o milagre - os tribunais de Odessa começaram tomar decisões de retirada de parceiros e vassalos do líder da "Rodina" dos lotes de terra dos quais eles se apossaram.

Após...10 anos a polícia, finalmente descobriu a falsificação de documentos pelo irmão de Markov e direção da "Ukrprofzravnetsia".

Agora preste atenção: tanto a polícia quanto os tribunais "coçaram-se" mas não depois das publicações dos jornalistas, não depois do incidente quando ao médico-chefe do sanatório os capangas armados de Markov quebraram a cabeça, não devido a luta corajosa pelo sanatório, de sua sucessora frágil mulher, que esvaia-se em sangue, mas somente depois de Ihor Markov (atualmente preso) recusou-se a apoiar o nosso curso geopolítico de Viktor Yanukovych.

O que mais pode-se comentar sobre isso?

Tradução: Oksana Kowaltschuk

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

NOTÍCIAS DA UCRÂNIA - MOSAICO

Ministro de Educação (Tabachnyk) remove o patriotismo dos programas escolares

Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 12.10.2013

Nos novos padrões estatais do ensino médio completo não há, praticamente nenhum conteúdo ukrainiano segundo  o presidente do Fundo Internacional Yaroslav Mudrei, escreve Valentyna Strelko no ZN.UA. De acordo com suas palavras o termo "língua oficial" (derzhavna mova) em padrões educacionais substituem com o termo "nativo"(ridnei), o que abre oportunidade para a promoção da língua russa no espaço educacional.

A "língua oficial" (derzhavna mova) - ukrainiana - não é destacada numa seção separada, mas vai no capítulo "línguas e literaturas" (movy i literatura) e "línguas das minorias nacionais"(movamy natsionalnykh menshyn)... Talvez, para evitar a prescrição da principal meta e componentes para seu estudo", - disse Strelko.

"Nós analisamos os manuais da língua ukrainiana para as classes iniciais. Isto, no total são 743 páginas. Nelas - ao todo são 27 teses ou propostas, onde apresentam-se palavras relacionadas com Ukraina. Somente duas vezes, nos exercícios usa-se o termo língua ukrainiana: "Língua ukrainiana - língua oficial da Ukraina" ("Ukrainska mova - derzhavna mova Ukrainy") e Nós - ukrainianos. Nossa língua - ukrainiana" - (My ukrainstsi. Mova nasha - ukrainska"), - acrescenta Strelko.

Segundo suas palavras, adicionando a isto nos "Livros para leitura" para as classes iniciais não há narrativas da história da Ukraina como, sobre os heróis cossacos, heróis das lutas pela independência da Ukraina. A história da Ukraina entra na seção geral de "ciências sociais", e em vez do termo "nação ukrainiana, povo ukrainiano usa-se o termo "População da Ukraina" (nasselynia Ukrainy").

"Atualmente, nas classes iniciais, que estudam segundo antigos padrões, há o capítulo "Eu e Ukraina". Sob as novas normas, depois de alguns anos já não haverá este conteúdo", - diz a especialista.

No entanto,  o Ministério da Educação não concorda com o ponto de vista sobre o estado insatisfatório da educação patriótica no país. O departamento apela a outras atividades que contribuem para "educação patriótica" - como - "Zirnytsia"(estrela matutina ou vespertina; iluminação deslumbrante do horizonte ao nascer ou pôr do sol), "Jovem Guarda", comemorações da Vitória na Grande Guerra Patriótica (denominação que a Rússia dá à Segunda Guerra Mundial). 

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Criméia (República Autônoma na Ukraina)

Ukrainskyi Tyzhden ( Semana Ukrainiana), 14.09.2013

Na Criméia publicaram um manual para os alunos, no qual afirma-se que os tártaros eram cúmplices de nazistas durante a II Guerra Mundial.
Medzhylis ( órgão legislativo e representativo, nos países árabes e islâmicos, semelhante ao Parlamento) da Criméia pretende apelar às autoridades locais, acusando os autores na incitação de ódio étnico.

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Ideologia comunista.

Ukrainskyi Tyzhden (Semana Ukrainiana), 23.08.2013

"Os participantes da reunião dedicada ao "Dia da Europa" homenagearam as vítimas do stalinismo e nazismo, a fim de preservar a memória das vítimas de deportações e execuções em massa", em reunião realizada em Simferopol, e conclamaram para proibir a ideologia comunista, e também expulsar os comunistas do Parlamento ukrainiano. 
De acordo com o chefe do Medzhylis, da nação tártara da Criméia Zaire Smedlyaev, os atuais e os antigos comunistas são responsáveis pelo sofrimento e sacrifícios das nações tártara  da Criméia e ukrainiana. Em sua opinião, os comunistas criam obstáculos para a não recuperação dos direitos dos tártaros, integração européia e até hoje adotam leis anti-nacionais. 

A ação foi realizada sob a bandeira do Estado da Ukraina, bandeira nacional dos tártaros da Criméia e bandeira do UPA (Exército Insurgente Ukrainiano 1943-1953).

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Aquecimento das escolas em Chernihov (Ukraina)

Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana)), 14.09.2013

Nas escolas da Província de Chernihov o aquecimento será com lenha por conta das crianças.
Os diretores receberam instrução para se prepararem à estação invernal porque o dinheiro do orçamento provavelmente não virá. 
"Os professores começaram coletar o dinheiro de pais de alunos para comprar carvão e lenha, segundo o deputado da província Yaroslav Demchekov.

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Com câncer na Ukraina - sem direito à vida?

Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 03.08.2013
Blog de Pavlo Petrenko

De acordo com dados oficiais da OMS, o risco de adquirir câncer na Ukraina tem todo terceiro homem e toda quinta mulher. As instituições oncológicas na Ukraina, diariamente registram 470 novos casos de câncer, diariamente morrem, pelo menos 250 pessoas. É uma situação crítica. Esta situação exige urgente e eficaz reação por parte da principal estrutura do país, que responde pela saúde dos ukrainianos - Ministério da Saúde.

No entanto, na prática verifica-se que o Ministério da Saúde não é que não faz tudo o que é necessário para fornecer a melhor prevenção contra as doenças oncológicas mas, pelo contrário - realmente sabota o programa nacional de combate ao câncer. Explico com números reais.

Assim, de acordo com dados oficiais do registro nacional do câncer, a incidência aumenta em ritmo super-rápido - somente no ano passado foram diagnosticados 433 mil novas neoplasias, e isto - 3% mais que em 2011. Particularmente preocupante é o nível de mortalidade por câncer, que em 2012 cresceu em um terço e constitui 14% no total da mortalidade. No geral, no ano passado na Ukraina morreram de câncer 93 mil pessoas.

Por que é assim? Porque os doentes oncológicos simplesmente não são tratados! O Ministério da Saúde não teve capacidade de prover em tempo hábil a distribuição de medicamentos adquiridos. Como consequência, nas regiões de Vinnytsia, Zhytomyr, Kirovohrad e Khmelnytskyi aproximadamente 90% de remédios os pacientes de câncer precisaram adquirir por sua conta. Se somarmos a isso o fato de que esses medicamentos custam muito, então realmente têm chance de recuperação apenas aqueles que podem pagar. E o resultado, que em toda Ukraina, entre pessoas que adquiriram câncer em 2011, não sobreviveram nem um ano um terço de doentes.

Mais que isso, o Ministério da Saúde não é somente incapaz de garantir um tratamento adequado aos doentes com câncer, mas ainda lucra com a compra pública de medicamentos para os pacientes com câncer, adquirindo-os a preços que excedem os limites estabelecidos pelo Conselho de Ministros. Por exemplo, a droga Dotsetaktyn foi comprada a um preço de 1.350 UAH no valor total de 2.705.000 UAH. Mas, sendo a compra por atacado o preço deveria ter sido de 1.276,4 UAH ou 73,6, UAH menos o valor pago.

No total, apenas a compra de três medicamentos para tratamento de câncer do sangue - Dotsetaktyn, Leykofozyn, Elihard  o Ministério da Saúde poderia poupar e, posteriormente, gastar na compra de outras drogas no valor de 335.900 UAH.

E, apesar do fato de que o Ministério da Saúde conduz o monitoramento oficial de preços para um grupo específico de medicamentos do exterior, conheciam bem o seu valor real e, no entanto compraram o mais caro.

Por que isso acontece? A resposta é óbvia - o Ministério pró-governo não desdenha nada em prol de próprio enriquecimento, mesmo no caso de condenar doentes à morte. (Este tipo de tratamento é inviável para maioria dos ukrainianos. Nos jornais há sempre pedidos de ajuda para compra de remédios ou ajuda de tratamento da saúde. Nestes dias o pedido é para uma jornalista e um redator de um jornal ukrainiano do qual, frequentemente, faço traduções. São muito frequentes os pedidos para tratamento de crianças. - OK).

Tradução: Oksana Kowaltschuk

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

GEOPOLÍTICA DOS YANUKOVYCH

Geopolítica dos Yanukovych. Viktor conduz à Europa, Sasha para Rússia.

Blog da Tetiana Chornovol, 07.10.2013

Política ukrainiana, como bordado com ponto-cruz tem dois lados: o público e a inversão. A parte da frente é "blá blá" na televisão, decretos do governo, votações parlamentares. Inversão é o movimento das finanças.

No lado frontal Azarov (primeiro ministro) borda sobre "melhorias" do país, de lá nos sorri Viktor Yanukovych, mas do lado inverso vemos Sasha (Sasha é diminutivo de Oleksandr. O Sasha desta história é o filho de Yanukovych - OK).  O inverso é todo interligado político-economicamente, e ramificado em empresas em que desaparecem bilhões do orçamento do Estado, e em seguida estendem-se até um ponto no qual aglomeram-se num antro repugnante. Viramos o bordado para o lado da frente, sobre este antro. E o que está ali bordado? O muro de seis metros do "Myzhyhiria (Intermountain - palácio do presidente).

Então, quando você vê o lado frontal e o inverso, você entende melhor o que acontece no país.

Portanto, a autora decidiu mostrar aos leitores qual é o aspecto do novo curso do Partido das Regiões e de Yanukovych na União Européia. A página frontal pode ser vista no canal da TV "Inter".

Como a "Família libertava "Ukraina" dos ocupantes ocidentais

Sua presidência Viktor Yanukovych começou com demonstrações de hostilidade não apenas aos valores ocidentais, mas também aos investidores ocidentais. Certamente, não se trata de política pública, mas do lado inverso, que é repleta de histórias de como os "ocupantes" ocidentais eram abertamente saqueados e suas empresas transferidas para "Família".

E isto não é exagero. No final de 2011, apareceu um artigo no EUobserver, fonte informativa de Bruxelas, com um artigo sobre Ukraina. Cito: "Empresas britânicas e americanas apresentaram aos funcionários seniors da UE cerca de 50 casos de "invasão corporativa", no período do governo Yanukovych - uma prática em que as empresas, que têm relações no governo ukrainiano, arrebatavam empresas com capital ocidental". Então, nos bastidores políticos ressoou, que atrás deste contexto está "Sasha Yanukovych". Para verificar, a autora telefonou à embaixada dos EUA. Lá confirmaram a existência de problemas com investidores americanos.

Em seguida, a autora, para investigação, escolheu casualmente um escândalo e começou o trabalho. Revelou-se que era um ataque invasivo à grande loja de departamentos "Univermag Ukraina".  Objeto de valor aproximado de 60 milhões de dólares. Naquele momento a loja ainda pertencia ao banco estatal irlandês Irish Bank Resolution Corporation, mas os invasores já haviam colocado o seu gestor. Ficou claro que os investidores ocidentais já perderam.

O primeiro, que a autora observou - é que os usurpadores ukrainianos eram assessorados pelos advogados de Makiivka (Região do Presidente), que no passado trabalharam nas estruturas empresariais com Anatoli Mohyliov e Dmytro Vorona.

Estas pessoas pertenceram ao círculo próximo do já falecido Vasyl Dzharty, que foram apadrinhados por Yanukovych e entraram para o círculo estreito de pessoas que acalentam valores da "Família". O primeiro afirma a vontade de Yanukovych na Criméia, o segundo trabalhava no Ministério de Interior, supervisionava compras de leilão e, em seguida foi transferido pelo presidente para Vice-Ministro da Justiça. 

O segundo assunto que me chamou a atenção, é que esta equipe trabalhava sistematicamente. Em particular, eles levaram à bancarrota a empresa pública que explorava ouro "JSC "Zakarpattpolimetaly" (Metais do Transcarpathia) no interesse de empresa privada.

Febre de ouro do Yanukovych

Nas profundezas da Ukraina tem ouro? Tem um pouco no Transcarpathia. Ainda no início do ano 2000 o então presidente Leonid Kuchma ordenou estabelecer exploração própria de ouro na Ukraina. O Estado adquiriu a técnica e por alguns anos perfurava a terra, e assim toda a idéia se esgotou. A exploração do ouro tornou-se sem perspectivas? Ou talvez o contrário, havia perspectivas já que a empresa foi impulsionada para dívidas artificiais, para através da falência privatizar as minas. Pelo menos a Yanukovych apareceram os sintomas da "corrida do ouro".

Pois uma grande dívida do JSC "Zakarpattpolimetaly" diante de uma empresa privada de Virgin Islands Cengart Financial Inc foi formada em 2007, quando Viktor Yanukovych era primeiro-ministro. Esse "acordo" organizaram o então ministro do Meio Ambiente Vasyl Dzharty e o subordinado a ele o dirigente do National Joint Stock companhy "Nadra Ukrainy" Yeduard Stavytskyi. Em tempo, esses funcionários, ao mesmo tempo, organizavam a alienação do "Myzhyhiria".

Filha de Dzharty - face da Themis ukrainiana

E, finalmente, a autora elucidou, que a ocupação e saqueamento da empresa "Nadra Ukrainy" (Entranhas da Ukraina) foi legalizada pelo Tribunal Econômico de Kyiv. Neste tribunal trabalha a filha mais velha do falecido Dzharty Victória. Ela é vice-presidente do Tribunal Econômico e uma peça muito importante no sistema de alienação de um outro negócio cobiçado por Oleksandr Yanukovych. Porque o presidente do tribunal é responsabilidade e obrigações, e Dzharty é o poder real, pois ela é aquela auxiliar, que de acordo com as instruções assegura o abastecimento e a utilização dos selos do tribunal.

E, isto significa que, se um juiz do Tribunal Econômico de Kyiv em um caso concreto, não percebeu e não levou em conta os interesses de Sasha Yanukovych, Dzharty simplesmente não colocará o selo sobre a decisão do tribunal enquanto hão houver apelação.
Foi com tais métodos de trabalho da Sra. Dzharty que se defrontaram os advogados do investidor " Univermag Ukraina" . Exatamente por isso eles perderam "Univermag Ukraina" no tribunal. 

A história com "Univermag Ukraina" eloquentemente demonstrou ao Ocidente a completa subordinação do judiciário ukrainiano não apenas aos interesses políticos de Yanukovych, mas também aos interesses comerciais de seu filho Sasha.
Pois é na política pública que Yanukovych "borda" sobre a independência dos tribunais ukrainianos quando explica porque Yulia Tymoshenko foi presa. Mas, no lado inverso do bordado  nós vemos um caso concreto de como o tribunal ignorou a propriedade de investidores estrangeiros do caro objeto da capital, a grande loja de departamentos "Univermag Ukraina" apenas porque este objeto caiu no gosto de Oleksandr Yanukovych. Realmente, os advogados de Makiivka servem a seus interesses.

Esta foto vulgar a Themis ukrainiana colocou no Facebook, como favorita.

Relaxe, você está sendo roubado por um dentista

Quando a autora aclarou o papel da filha de Dzharty na história da "Univermag Ukraina" e acrescentou a isto a relação dos advogados de Makiivka, dúvidas não permaneceram - exatamente isto - a usurpação foi realizada pela "Família". E, uma vez que este caso foi uma escolha aleatória para investigação jornalística, então, de acordo com a teoria da probabilidade, os rumores nos corredores respondem à realidade - Sasha "seleciona" as empresas alheias e não recua àquelas, apoiadas pelo dinheiro ocidental.

Então, no final de 2011 a autora ligou aos advogados dos investidores estrangeiros, com as palavras: "Relaxem, seu cliente está sendo roubado por um dentista".

Passou um ano e esta informação foi confirmada nas páginas da edição irlandesa "Business New Europe".

Um fiozinho dos usurpadores das lojas "Univermag Ukraina" correu ao antro do "Myzhyhiria"

Os usurpadores da "Univermag Ukraina" ficaram conhecidos na Irlanda, durante o julgamento do ricaço Sean Quinn, acusado de lavagem de dinheiro.

Durante o julgamento Quinn explicava que não retirava dinheiro da loja "Univermag Ukraina", porque em 2011 perdeu o controle da empresa e "iluminou" toda a cadeia de mudança de propriedade. Descobriu-se que "Univermag Ukraina" passou inteiramente às empresas ukrainianas LLC "Zenit" e LLC "Elegant Invest". (LLC - Limited Liability company ou Sociedade de responsabilidade limitada).

E, oh, milagre!!! A empresa "Elegant Invest" revelou-se empresa afiliada com a empresa LLC "Tantalit", através do Fundo "Dominante". LLC "Tantalit" é, como sabido, proprietário nominal do "Myzhyhiria, dono do famoso clube "Honka", sobre o qual Viktor Yanukovych certa vez, com orgulho disse aos alemães "Eu o construí".

A ligação dos usurpadores das lojas "Univermag Ukraina"com a "Família" observa-se  através de Dmitry Nikiforov. Este senhor fundou LLC "Elegant Invest". Ele também fundou e dirigiu LLC ZNKIF "Dominanta". Durante a usurpação da "Univermag Ukraina" 94,4% das ações "Dominanta" estavam na posse da famosa empresa "Tantalit", proprietária nominal do "Myzhyhiria".

Depois desta informação alguém ainda tem dúvidas em interesses de quem os usurpadores apoderaram-se da "Univermag Ukraina"?

E a segunda empresa? LLC "Zenit" é interessante porque seu diretor é Artem Basmadzhan. Em 2009 ele encabeçava a empresa estatal "Zakarpattpolimetaly", e neste cargo jogava nos interesses da empresa privada, credora de usurpadas minas.

Então com isto também está tudo claro, se LLC "Zenit" encontrou-se relacionado com a empresa afiliada "Tantalit", e se com a falência das minas de ouro ocupam-se juristas que usurparam "Univermag Ukraina" é evidente que o verdadeiro proprietário desta empresa vive no "Myzhyhiria".

Mas, não é compreensível, por que é necessário minas de ouro à "Família"? Ukraina não é Klondike (região no território de Yukon, no norte-oeste do Canadá, famosa pela corrida do ouro em 1897) porque a mineração de ouro no Transcarpathia nunca dará tão mega rentabilidade, como os lucros nas compradas empresas estatais. Talvez a resposta esteja no campo da psicologia e idêntica resposta à pergunta: E, por quê os "novos russos" usavam no pescoço correntes de ouro pesando quilos?"

Outro Yanukovych?
Assim a história da "Univermag Ukraina", ilustra eloquentemente, como Yanukovych considerava o Ocidente, nos primeiros anos de sua presidência. "Família" não considerava necessário cobrir as usurpações nem com pequenina folha de figueira, mesmo do tipo "Kurchenko". (Recentemente apareceu do nada um moço com este sobrenome e que está adquirindo ativos e tornando-se cada vez mais rico. Um ilustre desconhecido a um ano atrás - OK). E isto, naturalmente, dificulta o caminho para Europa.

Ainda mais, ações semelhantes continuam. Recentemente, na embaixada de um dos mais influentes países da UE a este autor confirmaram que investidores estrangeiros continuam queixando-se de roubo. O embaixador não conseguiu explicar como tal fato ocorre, pois que isto é pouco coerente com a direção européia de Yanukovych.

Contudo, talvez a lógica é, que é apenas inércia - do tipo difícil de não engolir, quando o pedaço sozinho entra na boca. Porque no inverso, nos antros mais íntimos de interesses de negócios observam-se mudanças de concepção dos Yanukovychiv. Particularmente nos negócios familiares surgiram parceiros ocidentais.

Além do que, não se trata de quaisquer centros comerciais ou hotéis, mas de uma esfera fundamental - o sucesso deste negócio proporcionará a possibilidade de falar sobre certa independência energética da Ukraina, independência da Rússia.

Trata-se da atividade da empresa "Nadra-Olesko" que, juntamente com as empresas ocidentais Shell e Chevron vai desenvolver as jazidas do gás de xisto na Ukraina.

"Nadra-Olesko" é uma companhia da "Família".  É óbvio. Ela também está encabeçada por uma pessoa do clã do falecido Dzharty - Maksym Shyshlov. Este senhor foi útil nos trabalhos referentes às estruturas de negócios, das quais os fiozinhos esticam-se até "Tantalit", seguindo até o proprietário do "Myzhyhiria".

O mais engraçado é que Shyshlov é membro do mesmo grupo empresarial que usurpou do investidor estrangeiro, as grandes lojas "Univermag Ukraina". Seu sobrenome, inclusive, é lembrado na investigação irlandesa Business Irish New Europe.

E ainda, este mesmo Shyshlov trabalhava como contador do NAK "Nadra Ukrainy" (NAK - National Joint Stock Company), quando em 2007 ao balanço desta estrutura foi transferida a residência estatal "Myzhyhiria" para posterior privatização, de acordo com os interesses de Yanukovych.

Todos esses quebra-cabeças formam uma interessante imagem: aqueles mesmos gestores-advogados, que saqueavam o negócio ocidental, agora trabalham com parceiros ocidentais. E, tanto no primeiro, como no segundo caso, fazia-se e faz-se nos interesses da "Família".

Isto é lógico, pois Viktor Yanukovych não mudou nem um pouquinho. É o mesmo de sempre - tzar, que acumula exclusivamente para si. No entanto, pode-se enriquecer de diversos modos. E agora, nos negócios da "Família" o investidor não é somente vítima sem sorte, mas um parceiro, o qual a "Família" está pronta para colocar no seu campo, e compartilhar parte dos lucros da "boca".

E assim nós estamos indo para Europa.

No entanto para nossa realidade - mesmo assim. Não União Aduaneira - já é uma vitória.

Mas existe a questão, se definitivamente o Partido das Regiões e Viktor Yanukovych se voltaram em direção à Europa, ou é apenas um movimento tático. 

Antes de tirar conclusões, é necessário olhar para as relações comerciais da "Família" e Putin. Sobre isto na próxima seção. Mas, por enquanto anuncio um fato divertido: eu não vou romper o fiozinho, heróis da publicação sobre negócios "familiares" e de Putin, projetos de empresas serão relacionadas às mesmas pessoas, que brilharam na usurpação da Joint Company "Nadra Ukrainy".

E isto é geopolítica? É onívoro! E também geopolítica ukrainiana!

Tradução: Oksana Kowaltschuk

sábado, 19 de outubro de 2013

TRATAMENTO DE YULIA DEPENDE DE APROVAÇÃO DE LEI

Presidente permitirá a Tymoshenko fazer tratamento no exterior, mas somente após a aprovação de tal lei pelo Parlamento

Vysokyi Zamok ( Castelo Alto), 17.10.2013
Ivan Farion

Соратники і рідні Юлії Тимошенко упевнені, що зустрінуться з нею на волі до 18 листопада.

Finalmente houve uma certa clareza na solução do problema da Tymoshenko. Durante visita a Donetsk, Yanukovych disse aos repórteres que, atualmente na Ukraina, não há nenhuma lei que permita aos presos receber tratamento médico no exterior. "Mas assim que o Parlamento aprovar uma lei, eu a assinarei", - disse Yanukovych. Em outras palavras, transferiu a responsabilidade ao Parlamento, deu a compreender que de outro modo para solucionar a questão antes da cúpula de Vilnius, além do citado, não pretende fazer uso.

Depois de vagas declarações sobre a solução do problema, este é o primeiro sinal para ação dos partidos dominantes e da oposição. A oposição, já por várias vezes apresentou projetos de lei que possibilitariam solucionar a questão. Mas, como não recebiam a "benção" da Administração Presidencial eram bloqueados. Possivelmente, esta réplica presidencial fará com que mudem de posição? E o gelo derreta?

Embora não seja descartada uma opção pessimista. Ao não ser atingido o número necessário de votos, o proprietário da Bankova, impotente, abrirá os braços e dirá: "nada pode ser feito, foram esgotadas todas as possibilidades, eu não posso forçar o Legislativo, porque seria antidemocrático"

No entanto, a oposição deve esperar o melhor. Ela deve, mais uma vez, tentar achar uma solução de compromisso com os oponentes. O deputado independente Serhii Mishchenko (advogado por formação) já tem um projeto de lei que permitiria aos presos fazer tratamento da saúde no exterior. É só encaminhá-lo e, na primeira dezena de novembro poderá ser aprovado em segunda leitura, e assinado pelo presidente. 

Yaroslav Sukhyi - Partido das Regiões
"Se o Partido das Regiões votará a lei que permitirá a Tymoshenko fazer tratamento no exterior? Não sei. Pessoalmente, eu não vou apoiá-la. Fazer ajustes na lei para beneficiar uma pessoa - é errado.
Se o presidente Yanukovych pedir e disser: "precisa". Como sua pessoa de confiança, é claro, eu votarei. Mas a minha posição eu não mudo.

Taras Berezovets - analista
A tentativa de Yanukovych em transferir ao Parlamento a decisão do destino da Tymoshenko significa que ele quer muito obter a muito esperada Associação mas, será "espinhoso" o inevitável renascimento político da Tymoshenko após sua libertação da prisão. 
Na verdade, Yanukovych já se resignou com a necessidade de enviar Tymoshenko ao exterior, mas procura uma opção menos dolorida para si. Tudo se resolverá no último momento. Muito significará a conversa telefônica de Yanukovych com Merkel, que deve realizar-se nos próximos dias.

Viktor Nebozhenko, diretor do serviço sociológico "Barômetro ukrainiano".
O problema da Tymoshenko pode ser resolvido apenas de forma política. Assim como o criaram, caindo na armadilha graças ao conselho do ex-presidente Yushchenko, que disse a Yanukovych: se você quer viver tranquilo nos próximos cinco anos - ponha Tymoshenko na prisão. Não de acordo com normas legais Tymoshenko está na prisão, com a violação dessas normas, penso, Yanukovych decidirá sobre sua libertação.
Por que Yanukovych demora com a libertação da Tymoshenko? Por uma razão - porque ele precisa assumir responsabilidade. Mas ele quer governar o país, tomando decisões, sem responder por elas.
Quem pode assumir responsabilidade no caso da Tymoshenko? Três mulheres: Ministro da Justiça Lucash, Ministro da Proteção da Saúde Bohatyriova e Comissário do Conselho Superior dos Direitos Humanos Lutkovska. Elas podem assumir a responsabilidade política pelo trabalho sujo da extradição da Tymoshenko ao exterior. Sobre perdão nós não falamos - isto deve fazer o presidente. Mas ele não fará.

Tradução: Oksana Kowaltschuk

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

MISSÃO COX-KWASNIEWSKI PROLONGADA ATÉ MEADOS DE NOVEMBRO

Presidente do Parlamento Europeu: Missão Cox - Kwasniewski prolongada até meados de novembro.

Ukrainskyi Tyzhden (Semana Ukrainiana, 15.10.2013

Numa conferência de imprensa com os representantes da missão do Parlamento Europeu para Ukraina P. Cox e A. Kwasniewski, o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz declarou que a missão vai se estender até meados de novembro.

Cox e Kwasniewski apresentaram na reunião de chefes de grupos políticos o projeto de carta que eles prepararam com Yulia Tymoshenko, para ser entregue ao presidente Yanukovych, a fim de que ela possa ir a Alemanha para tratamento da saúde. 
Carta semelhante eles usaram para resolver o caso Lutsenko.

Tradução: Oksana Kowaltschuk

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

A EUROPA PROPÕE LIBERDADE A YULIA TYMOSHENKO

A Europa propõe dar liberdade a Tymoshenko, mas negar a possibilidade da presidência

Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 16.10.2013

Europa propõe a Yanukovych aplicar a Yulia Tymoshenko "perdão parcial", pelo qual a ex-primeira-ministra receberá a liberdade, mas deverá pagar 200 milhões de dólares de multa e perder os direitos civis por três anos.

O deputado polonês, Marek Sivets, escreveu sobre isso em seu blog, comentando o relatório da Missão Cox-Kwasniewski no Parlamento Europeu.

"O perdão parcial significa redução da pena de prisão de sete anos para metade. Devido ao fato de que a ex-primeira-ministra já cumpriu mais da metade da pena reduzida há bases para sua liberdade condicional." - disse o deputado.

Tymoshenko deverá pagar a multa de 200 milhões de dólares e perderá seus direitos civis por três anos.

Segundo Sivets esta proposta provocou uma onda de debates no Parlamento Europeu.

Kwasniewski acredita que Ukraina deve compreender, que além desta opção Europa não vê solução para esta questão, mas a sua solução levará ao sucesso de Vilnius.

Segundo o comentário do vice-presidente do Partido Popular Europeu Jacek Sariush - Wolski: "Já não há tempo, e as chances da Ukraina para assinar o Acordo diminuem rapidamente. A UE não vai assinar o Acordo exclusivamente com base em pura retórica", - disse ele.

Parte da reforma foi implementada, mas a Ukraina deve entender, que sem a recusa à justiça seletiva em relação a Tymoshenko, o acordo de Associação não será assinado este ano", - concluiu o deputado Wolski.

Segundo o jornal "Kommersant - Ukraina" na administração do presidente, nos últimos dias, cada vez mais expressam a opinião de que antes da cúpula, Tymoshenko continuará a ser um problema não resolvido.

Diplomatas europeus concordam que, neste caso, o Acordo não será assinado - uma série de países, entre eles França, Suécia e Espanha, votarão contra a assinatura.

O encontro da Y. Tymoshenko com os embaixadores da UE Ian Tombinskyi e dos EUA Jeffrey Payietton durou três horas. Conversavam sobre o Acordo e as questões relacionadas com a situação da Tymoshenko. As informações serão apresentadas a suas direções.

O presidente da clínica alemã "Charité", Karl Max Aynhoypl, considera a cirurgia única chance da ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko para a recuperação. Ele fez esta declaração à publicação "Aerte Zeitung" "Depois de dois anos de dor nas costas e reincidência da hérnia de disco, a cirurgia, no nosso ponto de vista, é única chance para o sucesso do tratamento", - disse ele. Segundo suas palavras, na clínica Charité" estão prontos para realização de tal operação.

Tradução: Oksana Kowaltschuk

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

INTEGRAÇÃO A UE: Experiência polonesa e desafios para a Ucrânia

Dzerkalo Tyzhnia (Espelho da Semana), 27.09.2013
Oleksii Moldovan


Com a aproximação da assinatura do Acordo de Associação com UE, mais agudo é o debate a respeito de que direção deve tomar Ukraina para integrar-se. Na sociedade já se observa algum cansaço pelo prolongado estado de incerteza. É hora de fazer a escolha estratégica final, que será o ponto de referência para uma geração.

Apesar de que uma parte de políticos tenta conduzir o diálogo ao redor dessa importante escolha para Ukraina, ao nível de discussão de problemas da comunidade LGBT, a maioria dos simpatizantes da União Aduaneira, como da União Européia conduzem um debate substancial sobre benefícios econômicos e ameaças de diversos vetores da integração. É importante que os  membros de ambos os lados apresentaram sues cálculos econômicos de rendas e perdas em diferentes variáveis de desenvolvimento de ações. Semelhantes 
avaliações e projeções certamente tem o seu lugar, mas todos são baseados nos pressupostos e não em fatos. Além disso, quaisquer prognósticos quanto as perspectivas de desenvolvimento econômico para países com instituições de mercado fracas, em especial também para Ukraina, que possui pouca informação. O motivo disto é que a circulação e lógica do desenvolvimento da economia doméstica nem sempre é condicionada exclusivamente por fatores econômicos. Sua excessiva dependência de processos políticos torna praticamente impossível prever com precisão as consequências da adesão da Ukraina tanto à UA como à UE.

Entretanto, mais confiável e compreensível para o público avaliar as perspectivas da Ukraina em várias áreas de integração é a análise dos países que já são membros de diversas associações. Deste modo os cidadãos podem ver claramente o que lhes espera quando ingressarem em uma ou outra organização. Os defensores do vetor oriental podem analisar o exemplo da Bielorrússia e Cazaquistão, que fazem parte da UA. No entanto, se os representantes desta direção apontam benefícios para Ukraina nas condições de total integração para Ukraina com UA e não à zona de livre comércio dentro do CIS (Comunidade dos Estados Independentes - de jure criada), então é óbvio que do outro lado devem criar-se benefícios potenciais para Ukraina também com plena integração a UE, e não na fase intermediária, que é a associação. Neste contexto, o melhor exemplo que ilustra as perspectivas pró vetor europeu de integração da Ukraina, é a Polônia.

Polônia e Ukraina - dois países pós-socialistas, que tinham aproximadamente a mesma posição de partida no início das transformações, muito semelhante estrutura da economia, parecida posição geopolítica e sistema político polarizado. Durante muito tempo elas trilharam caminhos diferentes, portanto é muito interessante a comparação dos atuais resultados dos dois estados, particularmente o desenvolvimento social e econômico, o que torna possível avaliar a eficácia de cada uma das duas estratégias das políticas externas: nítida e ativa política de integração pró-europeia e política de equilíbrio entre o Oriente e Ocidente. Bastante indicativo nesse contexto é a análise de indicadores dos dois países.

Deve-se notar que todos os valores são deliberadamente convertidos em euro sem paridade de poder aquisitivo (PPP). Isto é devido à metodologia de reconhecimento do PPP, usada pelo Banco Mundial. Ela é aceita quando se trata de comparar os indicadores do PIB de várias dezenas de países, mas é muito "grosseiro" na análise comparativa de duas economias. Por exemplo, de acordo com as diretrizes do Banco Mundial é suficiente levar em conta o valor de uma viagem em transporte público (Na Polônia está cerca de 10 UAH, na Ukraina 2 UAH, mas o custo real de tal transporte na Polônia será até menor que na Ukraina se for usado bilhete mensal, como fazem todos os residentes permanentes das cidades. Verdadeiro corte nos preços para diversos grupos de mercadorias mostra que, em geral, os preços na Polônia são mais baixos que na Ukraina. Portanto o fator PPP, de modo algum "exagera" os mostradores do desenvolvimento econômico e social de nossos vizinhos.

Deste modo podemos nos persuadir visivelmente, que Polônia, que ainda na década de 90 do século passado claramente esforçava-se pela integração européia, alcançou maior sucesso econômico que Ukraina, que tentava obter dividendos declarando aspirações em ambos os sentidos, leste e oeste. Com isto, desde que Polônia uniu-se à UE, o crescimento econômico do país acelerou significativamente, e a taxa do PIB em todos os anos foi mais elevada do que as taxas europeias médias. Isto deu a possibilidade de reduzir a diferença no grau de desenvolvimento econômico entre Polônia e UE - a posição do PIB per capita da população do país com a média da UE cresceu de menos de 50% antes da união a UE para 63% em 2012. Além do crescimento nominal do PIB foram alcançadas importantes e positivas transformações estruturais de produção e exportação de produtos de alta tecnologia. Atualmente significativa contribuição ao PIB fazem construções de máquinas, TI-indústrias (tecnologias da informação), construção, indústria leve, educação e ciência.

A experiência polonesa refuta a tese de que a adesão a UE resfriará automaticamente as relações comerciais com os países do Oriente. Pelo contrário, após a adesão à UE Polônia aumentou suas exportações a esta região, particularmente para Rússia, o que determinou aumento geral da competitividade da economia polonesa. Se em 2004 a participação dos países orientais em exportações polonesas e importação de bens foi de 7,0 e 9,7 respectivamente (para Rússia representava 1,7 e 2,1%) em 2012 cresceu para 10,0 e 16,2 (para Rússia aumentou a 5,4 e 14,3% respectivamente).

Observamos, que única, mas bastante significativa mas bastante significativa vantagem  da Ukraina é a taxa de desemprego mais baixa. Imagem real confirma as estatísticas: o problema do desemprego é realmente crucial para Polônia. Ele é um exemplo claro do efeito negativo da adesão a UE. Altos índices de desemprego os peritos poloneses explicam com o erro político do desmantelamento das indústrias de aço e carvão, que resultou no declínio da construção de máquinas pesadas orientadas para os ramos citados. Isto aconteceu devido a rigorosas normas ambientais da UE, que começaram agir após a adesão da Polônia à UE. O governo polonês considerava o investimento de elevadas quantias na melhoria do desempenho ambiental para estas produções inadequado e economicamente não lucrativo. No entanto, essas indústrias formam um grande número de postos de trabalho, a liquidação não pôde mesmo compensar a dinâmica de desenvolvimento do setor de fabricação de alta tecnologia e de pequenas e médias empresas. Ukraina, graças ao fato de preservar a forte produção industrial (embora prejudicial ecologicamente) tem uma taxa significativamente menor de desemprego.

No entanto, apesar de um certo número de problemas, a integração da Polônia a UE está correlacionada com uma melhora significativa e absoluta dos indicadores do desenvolvimento sócio-econômico. Alcançar esse progresso Polônia conseguiu graças às possibilidades e vantagens que deu à Polônia a adesão à UE. Os benefícios eram diretos e indiretos. Deixando fora de atenção os mediatizados, embora hipervalorizados ganhos do vetor de integração pró-européia, tais como melhorias do clima de negócios, fortalecimento da economia de mercado, criação de um sistema eficaz de proteção dos direitos de propriedade, acesso direto aos mercados financeiros dos países, ausência de barreiras alfandegárias dentro da União Européia, prestemos atenção apenas aos benefícios econômicos concretos.

O mais perceptível deles, é, incondicionalmente, as dotações diretas do orçamento da UE. Elas vêm a Polônia destinadas à realização de duas prioridades da UE, ou seja - política de alinhamento e apoio da agricultura aldeã. Em geral, desde o momento da adesão a UE (01.05.2004) ela recebeu cerca de 85,3 bilhões de euros. Na verdade, como membro da UE, o país também faz contribuição para orçamento da União, de modo total de transferências líquidas é um pouco menor - 65 bilhões de euros. De acordo com as direções, dentro da política de alinhamento foi recebido 52,8 bilhões de euros, e no âmbito da política agrícola comum - mais 28,2 bilhões. Somente em 2012 do orçamento da UE Polônia recebeu quase 12 bilhões de euros "limpos". No próximo orçamento da UE para 2014-2020 à Polônia já foi designado 105,8 bilhões de euros, dos quais 72,9 bilhões - no âmbito do alinhamento.

Quanto ao mecanismo do financiamento, os fundos europeus vêm através do financiamento de programas operacionais elaborados pelas autoridades nacionais de acordo com os órgãos administrativos da UE.

É necessário acentuar que esses valores vêm ao orçamento e se destinam ao financiamento de áreas que respondem aos programas operacionais. Assim, a maior parte do dinheiro - é a despesa de capitais que não pode ser gasta em outras finalidades. Uma quantidade significativa UE dirige para modernização da infraestrutura da Polônia ( construção de estradas, aeroportos, modernização do transporte ferroviário, renovação de veículos de transporte comunal); realização de medidas de eficiência energética (desde o desenvolvimento de projetos de energia "verde" à conversão térmica para o consumo de gás); apoio a pesquisa; desenvolvimento de pequenas empresas; financiamento da educação e ciências, etc.

Além de subsídios orçamentários diretos, benefício direto da adesão à UE pode ser considerado o aumento real de investimentos estrangeiros diretos (IED - ao invés de aumento de limites na repatriação de capital, como acontece na Ukraina). Isto é confirmado pelo fato de que 90% dos investimentos na Polônia correspondem a companhias européias e americanas, e sua chegada ao país condiciona-se a integração do país ao único espaço econômico ocidental. No período 2003 - 2012 Polônia atraiu 191,9 bilhões de euros, enquanto Ukraina com muito mais potencial - 36,8 bilhões de euros. E isto para não mencionar que, a maior parte do IED, que vem para Ukraina, - é dinheiro retirado de sua economia, a fim de reduzir o nível de tributação.

Alcances anuais IED, obtidos pela Polônia e Ukraina em 2003-2012, em bilhões de euros.

рис1

Polônia:  4067   10234   8330   15741   17242  10128   9343   10507   13646   2664
Ukraina:    994    1694   5897     3547      5966   4567    3336     3574     4156   3104
Ano      :   2003   2004   2005     2006      2007   2008    2009     2010     2011    2012 

  
Tabela I. Principais índices macroeconômicos da Ukraina e Polônia. (O primeiro dado é da Ukraina, segundo da Polônia).

рис2

PIB, em bilhões de euros: 132 - 379,2
PIB, por habitante, em euros: 2901 - 9824
Exportação de mercadorias, em bilhões de euros: 51,7 - 142
Total do alcance IED, em bilhões de euros: 36,8 - 101,9
Receita orçamentária, em bilhões de euros: 32,4 - 6837
Salário mínimo, em euros: 114,1 - 380,4
Salário médio, em euros: 321,2 - 905
Aposentadoria mínima, em euros: 88,9 - 201,2
Aposentadoria média, em euros: 133,8 - 441,1
Nível de desemprego (metodologia OIT): 8,6 - 13,4

Calculado na base de informação oficial de departamentos estatísticos dos dois países.

Tabela II. Programas oficiais da Polônia 2007 - 2013 e valor financiado do orçamento da UE.

рис3

Nome operacional do programa -  Total, bilhões de euros
Programa operacional "Infraestrutura do ambiente circundante" - 27,9
16 programas operacionais regionais - 16,6
Programa operacional "Capital humano" - 9,7
Programa operacional "Economia inovadora" - 8,3
Programa operacional "Desenvolvimento das regiões do leste da Polônia" -2,3
Programa operacional "Auxílio técnico" - 0,5
Programa europeu de cooperação territorial - 0,7
Reservas - 1,3
Total - 67,3

No exemplo da Polônia nós podemos ver claramente os benefícios que esperam Ukraina no caso de plena integração à UE, aonde serão canalizados os recursos financeiros adicionais e quem, com isto será o maior beneficiado. Claro, estabelecer paralelos entre Ukraina e Polônia a este respeito suscita observações críticas em muitos especialistas, inclusive muito sensatas. A principal delas é que, Ukraina - não é Polônia. Na verdade, depois de dez anos de ativa preparação à integração e ainda mais dez anos como sócio isto é uma verdade sincera. No entanto, a mentalidade dos poloneses é muito próxima à dos ukrainianos, e o complexo de problemas, como os que atualmente enfrenta Ukraina são muito semelhantes aos problemas que eram inerentes a Polônia (como, afinal, a outros países pós-socialistas da região) antes do movimento em direção à Europa. Mesmo agora, na Polônia irrompem escândalos em uma variedade de fraudes financeiras, abuso de funcionários, desvio de verbas orçamentais, empresas sonegam impostos. Mas é exatamente aí que a pertinência do país à UE desempenhará um importante e construtivo papel. O Tribunal Europeu reprime ativamente quaisquer esforços dos órgãos governamentais do país na criação de espaços de mercado (isto é, criar benefícios não-mercantis para sujeitos individuais). A Comissão Européia acompanha, com eficácia e mérito, da parte significativa de despesas públicas (especialmente aquelas, que Polônia recebe dos fundos estruturais da UE), o que cria, automaticamente, uma cultura anticorrupção dos funcionários. As empresas européias criaram um civilizado ambiente de negócios, onde dominam os princípios de transparência, concorrência leal e diálogo participativo com os órgãos do governo.

No entanto, deve-se ressaltar que, além de potenciais e significativos benefícios na direção da integração européia, esperam Ukraina potenciais e significativas ameaças. A principal consiste no fato de que, a priori, as empresas ukrainianas não são competitivas, portanto, além de não conseguir sucesso nos mercados europeus, poderão perder nos mercados internos. Isto é, realmente, uma ameaça, porquanto as empresas européias já se encontram num nível técnico e tecnológico mais elevado. Aqui há uma série de muito importantes nuances. Antes de tudo os líderes ukrainianos devem compreender, que a ameaça para a economia doméstica não é o investimento estrangeiro, mas justamente a sua falta. Em conexão com a abertura de novo e volumoso mercado as companhias européias tem alternativa: ou expandir as exportações do capital a Ukraina, ajustando aqui sua produção, ou aumentando sua exportação de produtos acabados, investindo apenas em logística.

No estágio intermediário de integração à UE (exatamente assim é a zona de livre comércio, o FTA), as empresas européias expandirão, principalmente, a importação de mercadorias, não investimentos e tecnologias. Salvo menos clima de investimento competitivo na Ukraina, isto é determinado por uma série de estreitos fatores, não comentados entre nós por falta de informações relevantes. A questão é, particularmente, sobre as rígidas regras de tributação da renda e capital das sucursais das empresas européias que estão localizadas ao longo do perímetro da UE. Além disso, elas são privadas da possibilidade de aproveitar as ferramentas de ajuda do governo, que pode chegar até 80% dos custos de implementação de projetos inovadores (principalmente de pesquisa e desenvolvimento) e até 70% do valor da realização de projetos de investimento (na verdade, qualquer projeto de modernização ou expansão da produção).

Em geral, há muitas ameaças para economia nacional no vetor da integração, mas os benefícios potenciais são muito atraentes. Para alcançar sucesso nesta direção só é possível graças à vontade política da liderança do país em ultimar este movimento em integração plena à União Européia. Caso contrário, se Ukraina ficar na fase de associação e zona de livre comércio, (que é o Acordo de Associação a ser assinado em novembro, em Vilnius. É apenas o primeiro estágio) ela perderá todas as possibilidades do vetor oriental e não obterá dividendos significativos no sentido ocidental. 

Tradução: Oksana Kowaltschuk