terça-feira, 15 de maio de 2012

A TERCEIRA FOME ARTIFICIAL NA UCRÂNIA: 1946

Fome de 1946 - terceira fome artificial na Ukraina
Tyzhden (Semana), 26.11.2011
Serhii Hrabovskyi

O primeiro Holodomor (morte pela fome) aconteceu na Ukraina de 1921 até meados de 1923. Motivos: "comunismo de guerra"; Primeira Guerra Mundial e Guerra Civil; destruição da base material da agricultura devido à seca extremamente severa que causou a perda de colheitas em 1921 e 1922. A fome abarcou 21 comarcas da Ukraina. No entanto, Ukraina continuou o envio de comboios de alimentos para Rússia. O mundo inteiro tinha conhecimento da ocorrência da fome na região do Volga, enquanto sobre a fome na Ukraina silenciava-se. Somente, a partir de meados de 1922 a população faminta da Ukraina começou receber auxílio da Administração Americana de Ajuda. O governo (russo) introduziu o sistema de "rações da fome". (Tributação especial de empresas e organizações), começou a remoção e venda no exterior de propriedades de museus e igrejas. A fome foi debelada somente em meados de 1923 - muito depois que nas regiões famintas da Rússia. Durante o período da fome morreram cerca de um milhão de pessoas.
Sobre o Holodomor, segunda terrível fome na Ukraina em 1932-1933, leia neste blog:
http://noticiasdaucrania.blogspot.com.br/2011/06/integracao-do-holodomor-com-memoria.html

A fome de 1946 colocou milhões de ukrainianos no altar da "guerra-fria".
No século XX Ukraina atravessou três períodos de fome em massa. E todas as três vezes, a fome foi consequência da política estratégica do partido e táticas de Kremlin.

Não só no pós-soviético, mas também no mundo ocidental, até hoje sobrevive o mito de que o discurso de Winston Churchil, em 05.03.1946, em Westminster College, na cidade de Fulton, Missouri, provocou o início da Guerra Fria. Bem, a máquina de propaganda bolchevique tem todo o direito de estar orgulhosa de si no outro mundo, porque tantos anos se passaram e o transformado em "pura verdade", o contra-senso vive e não pensa em morrer.

Porque, basta pensar quem era Churchil naquela época - político afastado, líder de partido derrotado nas eleições do ano anterior, idoso, gorducho, sem nenhuma chance de retornar à direção da Grã-Bretanha - para entender o absurdo desta mitologia.


Churchil nada podia "declarar", não tinha autoridade para dispor sobre o destino do planeta, ele só podia expressar pensamentos privados. E ele disse - em resposta ao discurso de Stalin aos "eleitores" (isto é, à nomenclatura) de seu distrito eleitoral em Moscou, em 9 de fevereiro de 1946. E foi exatamente este discurso que realmente marcou o início da "Guerra Fria".

"O fato é que a ordem social soviética é mais viável e estável, que a ordem social não soviética, que a comunidade soviética é a melhor forma de organização comunitária, que qualquer comunidade não soviética" - assim declarou Stalin. Então, quem não quer aprender com a experiência de organização social é inimigo do progresso. O que fazem os inimigos do progresso? Mas a mesma coisa que os inimigos do povo, apenas em escala maior". Prosseguindo, Stalin descreveu com detalhes quais as áreas da economia soviética que deveriam ser atendidas em primeiro lugar, como as que proviam o exército, isto é, a indústria pesada para competir com o mundo todo. Tratava-se de "aço" para garantir as agressões bolcheviques. Por sua vez, o discurso de Churchil centrava-se na paz. Churchil tinha por foco o estabelecimento da democracia global, todos os meios necessários para resistir à agressão e ofensiva ditatorial.

Em outras palavras, a iniciativa da "Guerra Fria" estava do lado de Stalin, especialmente no Ocidente ele tinha o suficiente de simpatizantes, comunistas e socialistas da esquerda entravam para os governos de vários países europeus, e onde havia exército soviético constituiam-se regimes inteiramente dependentes de Moscou. Mas, somente com palavras e tanques afirmar a idéia bolchevique era impossível. Então, um dos principais meios para alcançar o sucesso, nesta questão, era para ser (e foi) a ajuda soviética em grande escala, com gêneros alimentícios, para Europa do pós-guerra. Por exemplo, em fevereiro de 1946 em Moscou assinaram o acordo polaco-soviético de fornecimento à Polônia de 200 mil toneladas de grãos para a semeadura da primavera. Em abril de 1946 assinaram acordo para fornecimento a França (França, naquele tempo, era efetivamente controlada por socialistas e comunistas) 500 mil toneladas de grãos. Na verdade, a palavra "Ajuda" deve ser colocada entre aspas, porque tratava-se de uma brutal política tecnológica, como diriam hoje. Porque, a fim de conquistar o coração dos franceses e levá-los a votar nas eleições para os comunistas, o "generoso" Stalin estava pronto levar à morte pela fome milhões de camponeses sujeitos a ele, tirando-lhes o último pedaço de pão. E assim aconteceu.


Ukraina crucificada
No primeiro ano da "guerra fria" aconteceu uma desagradável surpresa para Stalin. Naquele ano de 1946 a natureza da União Soviética colocou-se do lado dos imperialistas - seca, quebra de safra. Mas modificar os seus planos estratégicos Kremlin não pretendia. Porque os bolcheviques não se acostumaram retroceder diante das dificuldades e moral para eles sempre foi apenas o que servia para vitória do comunismo.

A principal cabeça-de-ponte de ofensiva da Europa, pelos planos de Stalin, devia ser Ukraina. Isso é compreensível - terra fertil, e milhões de campesinos, cujo amor e dedicação à terra não esgotaram os "kolkhozys", e localização geográfica - pode-se exportar o trigo tanto por vias férreas, quanto pelos portos. E ao fato que após a II Guerra Mundial a agricultura na Ukraina estava em ruínas, o governo não considerou - não é o caso, vão superar, nada de se acostumar! Mas aconteceu de outro modo.

A ruína não foi acidental: como os bolcheviques, também os nazistas durante a guerra utilizaram a mesma tática de "terra queimada". Como resultado foram destruídos cerca de 30 mil "kolkhozys", fazendas estatais, praticamente não havia mais tratores ou "combines", drasticamente reduziu-se o gado. Restaram apenas 30% de cavalos, 43% de bovinos, 26% de ovinos e caprinos, 11% de suínos. Em 1946 o rendimento médio de cereais nos "kolkhozys" foi de apenas 3,8 quintais métricos por hectare. A produção global de todas as culturas, inclusivee as alimentares, depois da guerra foi de 8,5 milhões de toneladas, ou seja, reduziu-se três vezes em comparação ao ano de 1940 e até menor que em 1920( e isso, apesar de que à União Soviética foram anexadas Haluchyna, Volyn, Transcarpathia, Bukovyna, sul da Bessarábia...) Enquanto isso, 43% dos trabalhadores dos "kolkhozys" não tinham vacas, 20% em geral, nenhum gado. Pagar o imposto ao governo, com produtos , todos eram obrigados: em média 40kg de carne por casa - e nenhum choro. Mais 90 ovos (mesmo se você não tem galinhas), mais de 200 l de leite, 5 a 10 rublos por árvore frutífera. Com uma palavra - aproximava-se a fome, e também porque os alimentos americanos, fornecidos sob o sistema "Lend Lease", graças aos quais o Exército Vermelho não se tornou uma multidão de exauridos, cessou. Por isso era necessário alimentar o enorme exército (exército, marinha, "conselheiros" nas fileiras dos exércitos dos países da Europa Oriental, formação da NKGB (Comissariado do Povo da Segurança do Estado) MGB (Ministério da Segurança do Estado) - a partir de outono de 1946 ultrapassava 5 milhões de "baionetas" e ainda entregavam trigo aos "irmãos da classe".
Mas Kremlin não recusou-se da exportação de grãos aos países europeus nos quais os comunistas poderiam conseguir o poder. A exportação de grãos da União Soviética somente em 1946 foi de 1,7 milhões de toneladas ou 10% de grãos de todo provisionamento do estado. Num total de 1946-1947 para Europa Central e Ocidental - Polônia, Bulgaria, Alemanha, França, Romênia, Tchecoslovaquia, etc., foram exportados 2,5 milhões de toneladas de grãos.
Então, uma grave seca, combinada com total "limpeza" dos celeiros dos agricultores, de todos os comestíveis, fez com que na segunda metade de 1946 nas aldeias novamente começasse a fome. Não admira: os trabalhadores dos "kolkhozys" da região de Kyiv, no ano total, não receberam mais de 150 gramas de grão por dia de trabalho. Nas cidades também viviam "bem". Em 29 de agosto de 1946 foi oficialmente anunciado, que em relação a seca em algumas regiões da União Soviética e com a redução de estoques públicos de alimentos foi decidido adiar por um ano o sistema de cartões de troca. Depois apareceu a deliberação sobre economia nas despesas com o pão. Nela falava-se, em particular, sobre diminuição das normas da emissão de pão para dependentes e ciranças e a privação da ração de algumas categorias de trabalhadores e funcionárioos. Nas cidades privaram da quota do pão a muitos dependentes e crianças, em maior quantidade nas regiões de Stalino, Voroshylovhrad, Dnipropetrovsk, Odessa e Kharkiv. Em geral, os regulamentos do partido-estado, de 01.10.1946 do abastecimento centralizado através de cartões, foram excluídos mais de 3,5 milhões de pessoas, deles 2,9 milhões de habitantes das zonas rurais. Tratava-se basicamente sobre pessoas impossibilitadas fisicamente ao trabalho. E era mais fácil aos capazes trabalhar com míseras rações e "vazios" dias de trabalho?
Entretanto o que pesou para liderança de Kremlin a fome de dezenas de milhões de pessoas em comparação com a perspectiva de colocar sob o seu controle - com ajuda dos comunistas locais - a França ou a Finlândia? Além disso, a elite partidária - soviética durante estes anos, ininterruptamente e não muito modestamente, abastecia-se através de distribuidores privados.
E ainda, mesmo durante o maior auge da fome, Ukraina era o principal fornecedor de grãos para Leningrado e várias províncias da Rússia, legumes - para Moscou...
Eis alguns fragmentos de documentos da época.
"Apesar de repetidas instruções para reforçar a preparação de culturas alimentícias, o senhor, a esta mais importante medida não dispensa suficiente atenção. Em 20 de outubro sua república enviou 120,783 milhões de "pud" (um "pud" equivale a 16,36 kg - medida antiga - OK) de centeio e trigo. Falta entregar 111,97 milhões de "pud". Ordeno dar às administrações regionais a instrução para realizar, conforme contas especiais dos "kollkozys" e fazendas especiais, a verificação da entrega de toda a quantidade de produtos e apresentar as rigorosas exigências de prioridade de entrega ao país o mais rapidamente possível. Os culpados pelo atraso deliberado de produtos devem ser rigorosamente responsabilizados. Sobre as medidas usadas, o senhor deverá nos relatar".
Do telegrama do ministro de abastecimento da União Soviética Dvenskyi, presidente do Conselho de Ministros da URSS ao Conselho de Ministros da República Socialista Soviética Ukrainiana, de 04.11.1946.
"No Conselho das Fazendas Coletivas elementos contrários ao Estado retardam a debulha e limpeza de grãos. Desviam muito grão aos chamados resíduos, intencionalmente realizam debulha mal feita deixando grande quantidade de grãos na palha, escondem o pão não debulhado nos palheiros, ilegalmente enterram na reserva de sementes, e as organizações locais do partido e das organizações soviéticas, e também os órgãos judiciais e das promotorias frequentemente não observam esses atos criminosos".
Do telegrama de Stalin e Jdanov a Krushchev e Korotchenko, de 26.11.1946.
Bolchevismo e canibalismo
Então, naturalmente, logo começaram a repetir-se as terríveis imagens do início de 1930. Em resultado da desnutrição entre a população da URSS (República Socialista Soviética Ukrainiana) no inverno de 1946=1947 propagou-se a distrofia. Nesta época, nos hospitais das cidades e das aldeias permaneciam 125 mil pessoas doentes. Aproximadamente mais de 100 mil precisavam de hospitalização mas não havia lugar. Até metade de 1947 já havia 900 mil doentes, até o verão - mais de um milhão.
As pessoas reviravam a terra atrás de batata ou beterraba congelada, que permaneceram na terra após a colheita. E na primavera tentavam salvar-se com a azeda, urtigas, espinafre, trevo. Em muitas regiões comiam pequenos roedores, cães, gatos.
Os pais, como no começo dos anos trinta, começaram abandonar seus filhos, porque não tinham possibilidade de alimentá-los. Novamente houve canibalismo: somente de janeiro-junho foram registrados 130 casos de canibalismo e 189 casos de ingestão de restos mortais. Pedimos atenção: registraram oficialmente, e quantos casos permanecem sem registro?
No geral, em 16 orientais, e também as anexadas a República Socialista Soviética Ukrainiana em 1940 províncias Ismailska e Chernivtsi, em 1946, devido a fome, morreram 282 mil pessoas, e em 1947 mais de 520 mil. Novamente estes são apenas casos de morte que foram registrados nos cartórios. Mas, muitas mortes ocorreram além das fronteiras da Ukraina, para onde foram em busca de salvação, no caminho para o Cáucaso, Ásia central e Kuban.
Em outras palavras, no período da fome de 1946-1947, em 18 províncias da Ukraina morreram no mínimo 800 mil pessoas. Alguns pesquisadores estimam em mais de um milhão de pessoas devido a este período de fome. Mas, ao número total de vítimas da fome, obviamente deve-se incluir também não apenas um milhão de mortos, mas as dezenas de milhares, de uma maneira ou de outra reprimida, e seus filhos. Embora em muitos locais, ensinados com a amarga experiência do passado, os presidentes dos "kolkhozys" tentavam ocultar uma parte de cereais e fechavam os olhos para pequenos "roubos" de pão dos "kolkhozys". Porém os "competentes órgãos" não dormiam. Assim, por ter escondido 360 quintais métricos de grãos e "sabotagem", para 10 anos de prisão foi condenado o presidente do "kolkhoz T. Shevchenko (Que ironia! Taras Shevchenko foi o maior poeta ukrainiano e muito combateu o domínio russo-czarista. Em seus poucos anos de vida, 1814-1861, dos quais apenas nove passou em liberdade. - OK), da Província de Chernivtsi, e 8 anos recebeu o responsável pelo depósito (Infelizmente não sei os nomes desses verdadeiros heróis da Ukraina, porque eles não constam do documento do partido, mas são dignos de respeito e merecem homenagem. E, se considerarmos em escala de toda Ukraina, quantas centenas de milhares de agricultores se salvaram!).
Passava fome em 1946 - 1947 não somente Ukraina. Moldova, baixo e médio Volga, Província de Rostov, zona Central da Rússia - todos foram alcançados pela nova espira da inteligente política de Stalin. Mas a maior fome aconteceu na Ukraina e Moldova - como já foi dito, daqui era mais fácil exportar grãos e outros produtos alimentares ao exterior.
Nesta época o líder da organização do partido e do Conselho de Comissários do Povo da União Soviética era Nikita Khrushchev. Por um lado ele recebia informações completas e objetivas sobre a situação no campo. Por outro lado, ele era um stalinista fiel e o máximo que fazia era convencer o "companheiro" Stalin que não se deve assim barbaramente tratar os agricultores.
Ainda assim Krushchev diferenciava-se radicalmente de Kosior, Postushev, Liubchenko e outros co-organizadores do "Holodomor". Ele não tinha medo de expressar opinião própria e defendê-la perante o "lider de todos os povos", embora, é claro, retrocedia e desculpava-se. "Você é muito frouxo! Mentem para você, eles jogam no seu sentimentalismo. Eles querem que gastemos nossos recursos nacionais", - jogou Stalin na face de Krushchev em janeiro de 1947. Mas, depois de um mês colocou na direção do Comitê Central do Partido Comunista, Kaganovych, "um homem de ferro", deixando o "liberal" Nikita Krushchev apenas na presidência do governo ukrainiano-soviético. Mas, o "grande lider" mandou dar uma pequena quantidade de grãos a Ukraina. Não por razões humanitárias, é claro, mas para ter o que semear na primavera.
E quando em 1947, devido a condições climáticas favoráveis e o retorno às aldeias de centenas de milhares de desmobilizados (houve redução significativa do exército porque não havia comida suficiente), foi colhida uma quantia razoável de grãos (apesar de que nem no ano de 1950 não alcançaram a quantidade que antecedeu à guerra), houve saque da aldeia com a meta de assegurar os delírios da elite de Kremlin. É compreensível: na China, os comunistas sob a direção de Mao Tse-tung lutavam pelo poder, precisava ajudar...
E movamente fragmentos de documentos:
Da carta de Kaganovych e Krushchev a Stalin, em 10.10.1947, por ocasião do cumprimento dos "kolkhozys", fazendas estatais e unidades agrícolas particulares da República Social Soviética da Ukraina, referente ao plano de entrega do pão ao Estado em 101,3%:
"A conclusão bem sucedida do plano de aquisição de grãos é resultado pessoalmente seu, companheiro Stalin, de preocupação paterna sobre os "kolkhozys" e trabalhadores da Ukraina, grande ajuda fornecida pelo partido e governo soviético para Ukraina".
Tudo isso era acompanhado com novo reforço de pressão político-ideológica, procura e encontro de "mão inimiga", e, claro "nacionalistas burgueses ukrainianos.
Na guerra, como na guerra, embora esta guerra era como que "fria"- mas para suas vítimas não ficava mais fácil.
Mas o que chama a atenção - lá, onde foi ativo o UPA (Exército Insurgente Ukrainiano), não havia fome. Em primeiro lugar, em 1946-47 os insurgentes ainda tinham força suficiente para frustrar a requisição e exportação de grãos, e em segundo lugar, as autoridades temiam que a fome em massa no oeste ukrainiano forçaria centenas de pessoas pegar em armas. Muitas pessoas do leste se salvaram da fome conseguindo alimentos de Halychena e Volyn (havia instruções especiais dos principais dirigentes do UPA para auxílio aos "orientais" e com isto ocupavam-se pessoas especialmente designadas, mas os chequistas, é claro, eliminavam os contatos dos dois lados da Ukraina, destruíam os famintos, para em seguida, colocar a culpa nos insurgentes...).
De uma ou outra forma, a luta do UPA, direta ou indiretamente salvou da morte pela fome centenas de milhares, se não milhões de pessoas. E neste número incluem-se muitos daqueles cujos descendentes hoje esconjuram todos os desempenhos dos "esfaqueadores do Bandera (Bandera foi um importante lider dos insurgentes - OK) e consideram o "companheiro" Stalin seu ídolo.
Assim, no século XX Ukraina passou por três grandes fomes. E todas as três vezes, quando no poder estava o Partido Comunista Bolchevique. Mais que isso, esta fome, todas as três vezes foi consequência da parte integrante da política partidária, estratégia e tática de Kremlin.
A fome artificial de 1946-47 revelou-se nesta série, por assim dizer, "tecnológica". Não é necessário dizer, que sem a determinação política de exportação em grande escala de grãos não haveria mais de um milhão de vítimas da fome na República Socialista Soviética Ukrainiana e centemas de milhares - em outras repúblicas da União Soviética. No entanto a "nação-vencedora" tornou-se vítima da iniciada por Kremlin "guerra fria".
Tradução: Oksana Kowaltschuk

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