Inundações em Kuban como testemunho de impotência das
autoridades russas
Tyzhden (Semana), 11.07.2012
Dmytro Kalynchuk
Tyzhden (Semana), 11.07.2012
Dmytro Kalynchuk
Inundação em Kuban - julho 2012 |
Um ano após o acidente com o barco
"Bulgaria" na região de Krasnodar, Federação Russa, na noite de 7 de julho,
houve uma inundação, que, mesmo com os dados preliminares, causou perdas de 4
bilhões de rublos ( 1 (um) USD = 32,704 RUB). E, como resultado sofreram 35 mil
pessoas.
Avisos de catástrofes naturais e tecnológicas na Rússia tornaram-se quase regra. Nas cidades Novorossiysk, Gelendzhik e Criméia a inundação levou 172 vidas até 10 de julho. Ela, mais uma vez demonstrou total incapacidade da liderança russa para organizar proteção à vida de seus cidadãos em termos mesmo de desastres naturais.
Tsunami em Kuban
A inundação de Kuban criou muitos rumores entre a população: que o dilúvio ocorreu porque reduziram a água do reservatório no alto das montanhas para salvar da inundação Novorossiysk. No entanto, ambientalistas sustentam que isso seria impossível porque entre as cidades há uma cadeia de montanhas. E, para descida da água do reservatório deveria haver um sistema de eclusas que lá não existe. Finalmente os ambientalistas já verificaram que o reservatório não sofreu danos.
Foram, aproximadamente 300mm diários de precipitação. O fluxo da água em Novorossiysk e Gelendznik passou pelas ruas, mas na Criméia todo o fluxo foi para três rios, afluentes do rio Adahum, que flui através do centro da cidade. De acordo com as leis da física, a água não poderia seguir nenhum outro caminho. O reservatório Neberdzhayesk neste processo nada determinou, pois havia água suficiente e sem ele.
A água da chuva transformou-se em onda de 5-7 metros, a qual, realmente cobriu a Criméia que dormia. As inundações, nestes países - fenômeno comum. Dez anos atrás a Criméia sofreu inundações significativas, e em outubro de 2010, mais de 20 povoados foram inundados na localidade de Tuape.
Socorro aos afogados - assunto dos afogados
As forças da natureza causaram enchente, no entanto a escala da destruição e perda de vidas é resultado de falta de profissionalismo do governo. Notificação e evacuação de cidadãos - responsabilidade direta da autoridade local que ela não cumpriu. Responderam a Putin que notificaram sobre o estado de emergência às 22h30min., mas até as duas da madrugada dá mais de três horas de quando a água já estava próxima, a maioria da população nada sabia, segundo o diretor de Segurança de construções de sistemas hidráulicos, russo, Viktor Volosukhin. As vítimas da tragédia confirmaram que não houve aviso nenhum. Muitos acordaram com a água na cama. No entanto seria suficiente que os carros da polícia passassem pelas ruas com sirenes ligadas, e o Serviço de Patrulhamento das Estradas possui alto-falantes nos veículos.
As pessoas enganam-se apenas no seguinte. Sobre a catástrofe as autoridades sabiam, com antecedência não de três horas. O chefe de Emergências em Krasnodar Aleksandr Kozlikin confirmou que a autoridade municipal foi avisada sobre a possibilidade da inundação dois dias antes. E foram muitas as versões das autoridades para eximir-se da culpa...
Mas o que mais revoltou os moradores da Criméia foram as palavras de Putin, publicadas na "Novaya Gazeta" (Nova Gazeta): "... não é preciso exagerar o alcance da tragédia". Os moradores da cidade proferem palavras endereçadas a ele, que não se podem ouvir em nenhuma rua de Moscou.
E não mudou muito a atitude dos funcionários estatais após a tragédia. Segundo as vítimas, em que há casos que os funcionários do Ministério de Situações Extraordinárias recusam-se retirar as pessoas dos telhados ou ajudar a desmontar os entulhos amontoados, alegam não ter combustível. Enquanto os vitimados tentam organizar, dentro do possível, a situação, os soldados apenas observam.
Isto não perdoarão
Abandonados, a sós com elemento da natureza, podendo contar apenas consigo mesmos, as pessoas sofridas vivem em constante ansiedade. O fluxo de mentiras oficiais na TV os convence, claramente, que são indiferentes ao Estado. Em tais circunstâncias as pessoas de bom grado assumem quaisquer rumores e fofocas e são capazes de qualquer comportamento inesperado. Aos leigos é difícil entender que a água da chuva pode criar tsunami a muitos quilômetros do mar, por isso não acreditam num motivo natural da catástrofe. Eles acreditam que: "Nos afogaram deliberadamente ", porque salvaram Novorossiysk.
Como resultado de total desalento acontecem surtos generalizados de pânico. Na noite de 9 de julho, de repente, espalhou-se um boato de que vem à cidade uma segunda onda. As pessoas, em massa, começaram a correr para as montanhas. O desespero das pessoas é acrescido com as ações dos governantes. Tornaram-se frequentes as constatações de que a morte foi ocasionada por insuficiência cardíaca, e não devido a inundação, para não pagar indenização aos familiares. Ou exigem moeda de troca: para receber a ajuda comunitária as pessoas devem declarar que foram alertadas sobre a catástrofe. Claro, isso não melhora o humor dos que sofreram a tragédia. Enquanto isso a informação oficial na TV... é que todo o país ajuda. Esse otimismo não corresponde ao humor desnorteado e pânico que envolve a cidade. E pânico transforma-se em raiva.
A perspectiva de rebelião de milhares de pessoas, que já não tem nada a perder, seriamente assusta o poder. À Criméia transferiram forças policiais adicionais, que em nada ajudam no desmonte de bloqueios, somente patrulham as ruas. Ao mesmo tempo a polícia da Criméia convocou os cidadãos para entregar as armas de caça, "para evitar acidentes infelizes".
Desamparo vertical
A indiferença ao sofrimento das milhares de pessoas provavelmente tem alguns motivos. Primeiro deles - a inundação ocorreu na Região onde a Rússia pretende, em breve, receber a Olimpíada. Obviamente, um duro golpe para a imagem da Federação Russa. Então as autoridades tentaram esconder a dimensão da tragédia, para que o mundo não soubesse o verdeiro nível de segurança nos países do Mar Negro, bem como a efetividade e o informativo sobre a realização de operações de resgate. [Como sempre os comunistas vivem de mentiras. Dissimulações e tramóias que se sucedem indefinidamente, pelo menos desde 1917. Trata-se de um mal congênito e psicopático de todo comunista, sem exceção. AO]
A segunda razão é a indiferença do poder - corporação interna ligada a pessoa do governador Tkachov. A maioria dos especialistas concorda que o governador do Território de Krasnodar não sofrerá nenhuma consequência - ele, simplesmente, continuará no cargo. Não é a primeira vez que ele precisa justificar-se pelos cadáveres. Em 2007, no distrito Kamyshevatskyi houve incêndio na casa dos idosos. Morreram 63 pessoas. Em 2010 a tragédia atingiu Kushchovskyi onde realmente os bandidos reinavam, e brutalmente assassinaram uma família com filhos menores. Todos estes acontecimentos não trouxeram nenhuma consequência ao governador.
Por quê? Talvez porque é justamente este governador que supervisiona a construção das instalações olímpicas em Sochi, e junto está todo o fluxo de caixa e o recebimento dos frutos particulares da terra, para a construção de hóteis necessários às empresas. Exatamente em Krasnodar, próximo a Gelendhik está acontecendo uma construção de desconhecida propriedade, que os jornalistas russos persistentemente chamam "dacha de Putin" (casa de campo de Putin).
A história da Criméia novamente mostrou toda a fragilidade, corrupção e insegurança da verticalidade do governo Putin, da qual resultam milhares de inocentes vítimas de desastres naturais. Mas os fãs ukrainianos de Putin não percebem [ou fingem não perceber AO] tudo isso, porque recebem informações sobre a Rússia, principalmente, da mídia russa, às quais na submersa Criméia ninguém acredita.
Resumo e tradução: Oksana Kowaltschuk
Avisos de catástrofes naturais e tecnológicas na Rússia tornaram-se quase regra. Nas cidades Novorossiysk, Gelendzhik e Criméia a inundação levou 172 vidas até 10 de julho. Ela, mais uma vez demonstrou total incapacidade da liderança russa para organizar proteção à vida de seus cidadãos em termos mesmo de desastres naturais.
Tsunami em Kuban
A inundação de Kuban criou muitos rumores entre a população: que o dilúvio ocorreu porque reduziram a água do reservatório no alto das montanhas para salvar da inundação Novorossiysk. No entanto, ambientalistas sustentam que isso seria impossível porque entre as cidades há uma cadeia de montanhas. E, para descida da água do reservatório deveria haver um sistema de eclusas que lá não existe. Finalmente os ambientalistas já verificaram que o reservatório não sofreu danos.
Foram, aproximadamente 300mm diários de precipitação. O fluxo da água em Novorossiysk e Gelendznik passou pelas ruas, mas na Criméia todo o fluxo foi para três rios, afluentes do rio Adahum, que flui através do centro da cidade. De acordo com as leis da física, a água não poderia seguir nenhum outro caminho. O reservatório Neberdzhayesk neste processo nada determinou, pois havia água suficiente e sem ele.
A água da chuva transformou-se em onda de 5-7 metros, a qual, realmente cobriu a Criméia que dormia. As inundações, nestes países - fenômeno comum. Dez anos atrás a Criméia sofreu inundações significativas, e em outubro de 2010, mais de 20 povoados foram inundados na localidade de Tuape.
Socorro aos afogados - assunto dos afogados
As forças da natureza causaram enchente, no entanto a escala da destruição e perda de vidas é resultado de falta de profissionalismo do governo. Notificação e evacuação de cidadãos - responsabilidade direta da autoridade local que ela não cumpriu. Responderam a Putin que notificaram sobre o estado de emergência às 22h30min., mas até as duas da madrugada dá mais de três horas de quando a água já estava próxima, a maioria da população nada sabia, segundo o diretor de Segurança de construções de sistemas hidráulicos, russo, Viktor Volosukhin. As vítimas da tragédia confirmaram que não houve aviso nenhum. Muitos acordaram com a água na cama. No entanto seria suficiente que os carros da polícia passassem pelas ruas com sirenes ligadas, e o Serviço de Patrulhamento das Estradas possui alto-falantes nos veículos.
As pessoas enganam-se apenas no seguinte. Sobre a catástrofe as autoridades sabiam, com antecedência não de três horas. O chefe de Emergências em Krasnodar Aleksandr Kozlikin confirmou que a autoridade municipal foi avisada sobre a possibilidade da inundação dois dias antes. E foram muitas as versões das autoridades para eximir-se da culpa...
Mas o que mais revoltou os moradores da Criméia foram as palavras de Putin, publicadas na "Novaya Gazeta" (Nova Gazeta): "... não é preciso exagerar o alcance da tragédia". Os moradores da cidade proferem palavras endereçadas a ele, que não se podem ouvir em nenhuma rua de Moscou.
E não mudou muito a atitude dos funcionários estatais após a tragédia. Segundo as vítimas, em que há casos que os funcionários do Ministério de Situações Extraordinárias recusam-se retirar as pessoas dos telhados ou ajudar a desmontar os entulhos amontoados, alegam não ter combustível. Enquanto os vitimados tentam organizar, dentro do possível, a situação, os soldados apenas observam.
Isto não perdoarão
Abandonados, a sós com elemento da natureza, podendo contar apenas consigo mesmos, as pessoas sofridas vivem em constante ansiedade. O fluxo de mentiras oficiais na TV os convence, claramente, que são indiferentes ao Estado. Em tais circunstâncias as pessoas de bom grado assumem quaisquer rumores e fofocas e são capazes de qualquer comportamento inesperado. Aos leigos é difícil entender que a água da chuva pode criar tsunami a muitos quilômetros do mar, por isso não acreditam num motivo natural da catástrofe. Eles acreditam que: "Nos afogaram deliberadamente ", porque salvaram Novorossiysk.
Como resultado de total desalento acontecem surtos generalizados de pânico. Na noite de 9 de julho, de repente, espalhou-se um boato de que vem à cidade uma segunda onda. As pessoas, em massa, começaram a correr para as montanhas. O desespero das pessoas é acrescido com as ações dos governantes. Tornaram-se frequentes as constatações de que a morte foi ocasionada por insuficiência cardíaca, e não devido a inundação, para não pagar indenização aos familiares. Ou exigem moeda de troca: para receber a ajuda comunitária as pessoas devem declarar que foram alertadas sobre a catástrofe. Claro, isso não melhora o humor dos que sofreram a tragédia. Enquanto isso a informação oficial na TV... é que todo o país ajuda. Esse otimismo não corresponde ao humor desnorteado e pânico que envolve a cidade. E pânico transforma-se em raiva.
A perspectiva de rebelião de milhares de pessoas, que já não tem nada a perder, seriamente assusta o poder. À Criméia transferiram forças policiais adicionais, que em nada ajudam no desmonte de bloqueios, somente patrulham as ruas. Ao mesmo tempo a polícia da Criméia convocou os cidadãos para entregar as armas de caça, "para evitar acidentes infelizes".
Desamparo vertical
A indiferença ao sofrimento das milhares de pessoas provavelmente tem alguns motivos. Primeiro deles - a inundação ocorreu na Região onde a Rússia pretende, em breve, receber a Olimpíada. Obviamente, um duro golpe para a imagem da Federação Russa. Então as autoridades tentaram esconder a dimensão da tragédia, para que o mundo não soubesse o verdeiro nível de segurança nos países do Mar Negro, bem como a efetividade e o informativo sobre a realização de operações de resgate. [Como sempre os comunistas vivem de mentiras. Dissimulações e tramóias que se sucedem indefinidamente, pelo menos desde 1917. Trata-se de um mal congênito e psicopático de todo comunista, sem exceção. AO]
A segunda razão é a indiferença do poder - corporação interna ligada a pessoa do governador Tkachov. A maioria dos especialistas concorda que o governador do Território de Krasnodar não sofrerá nenhuma consequência - ele, simplesmente, continuará no cargo. Não é a primeira vez que ele precisa justificar-se pelos cadáveres. Em 2007, no distrito Kamyshevatskyi houve incêndio na casa dos idosos. Morreram 63 pessoas. Em 2010 a tragédia atingiu Kushchovskyi onde realmente os bandidos reinavam, e brutalmente assassinaram uma família com filhos menores. Todos estes acontecimentos não trouxeram nenhuma consequência ao governador.
Por quê? Talvez porque é justamente este governador que supervisiona a construção das instalações olímpicas em Sochi, e junto está todo o fluxo de caixa e o recebimento dos frutos particulares da terra, para a construção de hóteis necessários às empresas. Exatamente em Krasnodar, próximo a Gelendhik está acontecendo uma construção de desconhecida propriedade, que os jornalistas russos persistentemente chamam "dacha de Putin" (casa de campo de Putin).
A história da Criméia novamente mostrou toda a fragilidade, corrupção e insegurança da verticalidade do governo Putin, da qual resultam milhares de inocentes vítimas de desastres naturais. Mas os fãs ukrainianos de Putin não percebem [ou fingem não perceber AO] tudo isso, porque recebem informações sobre a Rússia, principalmente, da mídia russa, às quais na submersa Criméia ninguém acredita.
Resumo e tradução: Oksana Kowaltschuk
Imagens: Tyzhden (Semana)
Foto formatação: AOliynik
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