Bielorrússia torna-se campo de treinamento de cenários
políticos que Kremlin aplicará na Ukraina
A maioria dos presidentes de países que faziam parte da União Soviética, atribuíram a si, arbitrariamente, plenos poderes, que não foram previamente sancionados por nenhum processo democrático.
Thyzhden (Semana), 12 de março de 2012
Viktor Kaspruk
A particularidade do
presidencialismo no espaço pós-soviético é que o processo eleitoral, na verdade,
é frequentemente poucas vezes associado com a escolha e vontade política da
nação. A ordinária comprovação disso tornaram-se "as eleições de Putin na
Rússia". No entanto, dificilmente se pode falar que Putin, que apenas começa seu
terceiro mandato, - é uma espécie de fenômeno único. Afinal, Nursultan
Nazarbayev (Cazaquistão), começou a contagem de seus plenos poderes ainda em
1990, - e Aleksandr Lukashenka em 1994.
Diante disso a maioria dos presidentes de países que faziam parte da União Soviética, atribuíram a si, arbitrariamente, plenos poderes, que não foram previamente sancionados por nenhum processo democrático.
No entanto, parece que o ditador bielorrusso Aleksandr Lukashenka não conseguiu tirar proveito do enfraquecimento das relações com a Rússia que deu a ele a estadia de Vladimir Vladimirovich Putin no cargo de primeiro-ministro. Aleksandr Lukashenka quase por 18 anos explorou, com sucesso, a nostalgia de alguns bielorrussos pelo "passado brilhante" e aproveitou-se de seus complexos mentais de "homo sovieticus", incluindo o paternalismo, o igualitarismo, o princípio de "destacar-se", os temores do mercado, etc.
Infelizmente, milhões de bielorrussos demonstraram disposição, sem resistência, entregar liberdades e direitos (e mesmo não sentiram o seu gosto nos poucos anos de liberdade democrática da era de Stanislav Shushkevich) em troca da estabilidade de "caldo com batatas" do caldeirão burocrático. Hoje, quando na Bielorrússia esse caldo apresenta-se a cada mês mais ralo, o bielorrusso "homo soviéticus" está pronto para concordar com a perda da independência, embora apenas por um curto período, mas garantir para si esta porção.
Obviamente, com o retorno de Putin à presidência, a posição de Lukashenka se enfraquece. Ele terá que superar-se na retórica antiocidental de Putin, para ganhar notoriedade entre correspondente contingente na Bielorrússia e na Rússia. Este é o único trunfo de Aleksandr Lukashenka. Embora, hoje superar Putin na retórica antiocidental - é fazer da Bielorrússia uma Coréia do Norte, e a isto ao ditador bielorrusso faltará energia e habilidades.
Embora num certo sentido, Bielorrússia agora fará tentativas para livrar-se de sua "mutilação espiritual" mesmo sendo poucos os que percebem que a sociedade sem capacitação organizacional e reposição do deficit de avanço cívico rumo à Europa é quase impossível.
Diante disso a maioria dos presidentes de países que faziam parte da União Soviética, atribuíram a si, arbitrariamente, plenos poderes, que não foram previamente sancionados por nenhum processo democrático.
No entanto, parece que o ditador bielorrusso Aleksandr Lukashenka não conseguiu tirar proveito do enfraquecimento das relações com a Rússia que deu a ele a estadia de Vladimir Vladimirovich Putin no cargo de primeiro-ministro. Aleksandr Lukashenka quase por 18 anos explorou, com sucesso, a nostalgia de alguns bielorrussos pelo "passado brilhante" e aproveitou-se de seus complexos mentais de "homo sovieticus", incluindo o paternalismo, o igualitarismo, o princípio de "destacar-se", os temores do mercado, etc.
Infelizmente, milhões de bielorrussos demonstraram disposição, sem resistência, entregar liberdades e direitos (e mesmo não sentiram o seu gosto nos poucos anos de liberdade democrática da era de Stanislav Shushkevich) em troca da estabilidade de "caldo com batatas" do caldeirão burocrático. Hoje, quando na Bielorrússia esse caldo apresenta-se a cada mês mais ralo, o bielorrusso "homo soviéticus" está pronto para concordar com a perda da independência, embora apenas por um curto período, mas garantir para si esta porção.
Obviamente, com o retorno de Putin à presidência, a posição de Lukashenka se enfraquece. Ele terá que superar-se na retórica antiocidental de Putin, para ganhar notoriedade entre correspondente contingente na Bielorrússia e na Rússia. Este é o único trunfo de Aleksandr Lukashenka. Embora, hoje superar Putin na retórica antiocidental - é fazer da Bielorrússia uma Coréia do Norte, e a isto ao ditador bielorrusso faltará energia e habilidades.
Embora num certo sentido, Bielorrússia agora fará tentativas para livrar-se de sua "mutilação espiritual" mesmo sendo poucos os que percebem que a sociedade sem capacitação organizacional e reposição do deficit de avanço cívico rumo à Europa é quase impossível.
O ditador Aleksandr Lukashenka, da Bielorrussia, em visita ao ditador Hugo Chávez |
Lukashenka
com sua longa presidência conduziu Bielorrússia à estagnação, como ocorreu no
final do governo Leonid Brezhnev. O país se encontra numa situação histórica,
completamente sem saída. Realmente, "Batska" (papai) hoje não tem nenhuma
concepção real de perspectiva para desenvolvimento do país. Contudo, se não
houvesse na Rússia petróleo, gás e recursos minerais de quase todo o conjunto da
tabela periódica de Mendeleev - muito difícil dizer para onde Rússia se moveria
em tempos de desenvolvimento do putinismo.
Se Rússia não tivesse nem
petróleo, nem gás, a política econômica dos comunistas seria diferente, e
talvez os próprios comunistas não conseguissem se manter no poder por tanto
tempo. Foram os comunistas que fizeram da Rússia um país de matérias-primas,
porque para mais não foram capazes. Portanto, hoje, Kremlin colhe apenas o eco
do socialismo desenvolvido.
Lukashenka, como todos os ditadores acha que
sem ele o país não sobrevive nem um dia. Mas todos eles terminam sua vida
assassinados ou no exílio, e o país continua viver. O que acontecerá com
Bielorrússia com o afastamento de Lukashenka? É bem provável que a sua ditadura
vai acabar com tragédia de importância nacional, porque política e economia
submetidas a uma só pessoa não é viável.
Fidedigno, que sentado
novamente na cadeira presidencial, Putin, antes de tudo ocupar-se-á com questões
do "batska". Deve-se considerar alguns possíveis cenários reais de afastamento
do timoneiro bielorrusso do governo.
O primeiro deles pode ser sua
destruição física. Se realmente chegar esse comando aos responsáveis russos pela
aplicação da lei, é improvável que tão extraordinária tarefa estatal
executar-se-á com auxílio de métodos que causem aberta insatisfação na
Bielorrússia. Pelo contrário, atentado ao presidente da Bielorrússia não será
considerado seriamente.
Neste caso, provavelmente o FSB ou GRU
(Principal Direção de Inteligência) agirão advertidamente. Afinal, não importa o
quão cauteloso e desconfiado ao seu círculo íntimo é "batska", mas não será
difícil de encontrar neste círculo mais próximo aqueles que estão insatisfeitos
com seu status econômico ou cargo funcional. Embora não revelem abertamente seu
descontentamento. E aqui é muito importante a motivação do executor. Portanto,
os serviços especiais russos, através de seus agentes na Bielorrússia podem
facilmente encontrar o futuro executor desta delicada missão. O sucesso de tal
operação depende de encontrar alguém que realmente esteja pronto para ousar tal
passo e preparar-lhe o caminho para saída da Bielorrússia.
Aqui é
completamente lógico aplicar os métodos desenvolvidos e maravilhosamente
testados durante o reinado da casa de Médici em Florença, no século XV. No
serviço de Lukashenka aparece uma pessoa, a qual, em algum tempo o ajudará a
livrar-se do governo para sempre. É óbvio que "batska" que tanto anseia
rejuvenecer-se, provavelmente usa inúmeros diferentes estimuladores e
suplementos vitamínicos, entre os quais encontrar-se-ão aqueles que serão a
favor de Kremlin.
Outro cenário radical é que depois da volta a
presidência de Vladimir Putin, Moscou conseguirá desestabilizar a situaçãoo
econômica e política na Bielorrússia. A Putin não se adequa o desleal à Rússia
Lukashenka. Por muito tempo ele se mantém no poder, de modo qie todas as linhas
de direção do país estão sob seu controle e pode gerenciar o país como lhe
aprouver, e não como Kremlin decidir.
Os "sábios do Kremlin" sabem: se
conseguirem afastar Lukashenka, considerando que a oposição é fraca, ela tem
poucas possibilidades de assumir o governo. Portanto não se pode excluir que,
após o "batska" o líder bielorrusso pode ser diferente, - e aqui, final. E, ao
potencial ditador será conveniente o apoio do vizinho, não pela "amizade
eslava", simplesmente por concessões específicas, que à Rússia Lukashenka não
quer fazer.
O terceiro cenário pode ser a prisão do timoneiro, que será
instigado por seu círculo íntimo. Então ele poderá ser julgado publicamente
pelos desaparecimentos de antigos altos funcionários e pessoas, que não queriam
aceitar a longa ditadura do "batska". Aqui são possíveis duas variantes. Ou a
prisão executar-se-á pelo KGB bielorrusso ou exército, ou de Moscou virá bem
treinada força especial, a tempo de ajudar a nação insurreta contra o
ditador.
O paradoxo do governo de Lukashenka consiste no fato de que ele
não pode se dar ao luxo de abandonar o poder enquanto vivo. Na verdade, neste
caso ele terá que responder por todos os seus crimes. Por isso "batska" está
pronto para lutar até o final e procurar aliados em qualquer lugar, só para
evitar a responsabilidade por seus atos.
É possível que Lukashenka, numa
bem desenvolvida intuição de sobrevivência política, tentará não permitir a
implantação de cenários de Moscou. Então, é muito provável que logo começarão em
Minsk mudanças de pessoal nos órgãos do poder, especialmente no amado
KGB.
Qual dos cenários será implantado na Bielorrússia, agora é difícil
dizer, e, provavelmente isso ainda não sabem em Moscou. Porquanto muitos fatores
externos podem afetar uma decisão concreta. Hoje, para Ukraina é muito
importante acompanhar o que Putin irá fazer com Bielorrússia. Já é possível
dizer com segurança, que Bielorrússia é um campo de treinamento de cenários
políticos e esses cenários bielorrussos trabalhados, Kremlin possivelmente
aplicará na Ukraina.
Apesar de não ser fato que o regime de Putin
tentará implementar na Ukraina o mesmo esquema, mas na verdade a lista de
cenários para Bielorrússia é oportuna para Ukraina. Levando em conta que tanto
Lukashenka como Yanukovych preocupam-se apenas com problemas técnicos, isto é:
assegurar proteçãoo do próximo, médio e distante círculo com contra-informação e
outras medidas, mas não se preocupam sistematicamente com esta questão.
Especialmente não no senso de proteção do Yanukovych, mas no senso de proteção
de interesses da Ukraina.
E este agora é um grande problema. Porque nos
últimos meses Viktor Yanukovych "num espaço vazio" soube "quebrar os potes" com
Europa. Assim, o isolamento, além de mais instigado pelo governo da
Ukraina cresce, e quanto às relações amistosas com a Rússia apresentam-se
problemas consideráveis. Sobre o que evidenciam aquelas mesmas guerras
produtivas e de gás, que estão em andamento.
Então o "novo" e
entusiasmado pela sua terceira cadência presidencial Vladimir Putin pode muito
bem tentar disputar o mapa de "ondas revolucionárias" em seu favor. Isto é,
instigar revoluções em Bielorrússia e Ukraina com a 5ª coluna de Kremlin e
fingir, que nestes países, as revoluções nacionais já ocorreram. Naturalmente
com a tomada do poder pelos capangas do FSB e GRU.
Que isso não é
exatamente fantástica, testemunha um fato significativo. Em nosso já
independente país de 1992, em alguns dias foram capturados os santuários
nacionais: Kyivo-Pecherska e Pochaivska Lavras (Lavra é importante monastério
ortodoxo, masculino, subordinado em sua atividade a mais alta cúpula da Igreja -
OK) e milhares de igrejas ortodoxas em toda Ukraina. E, de fato, absorvida a
Igreja Ortodoxa Ukrainiana como instituição. E o mais importante que as
arrebatadas pelas já nomeadas forças, as quais conseguiram neutralizar ou até
incluir para o seu lado o Serviço de Segurança ukrainiano.
Sobre o fato
de que os acontecimentos poderão se desdobrar com este cenário, testemunham
colateralmente também os acontecimentos em Moscou. Pois justamente antes da
eleição presidencial e no dia de sua realização foram organizadas enormes
multidões dos chamados simpatizantes de Putin, os quais literalmente em poucos
minutos após os eventos desapareciam em ônibus, eram removidos. Isto não é
típico para os verdadeiros eventos de massa, mas próprio às operações
especiais.
Também diante dos políticos democráticos ukrainianos surgem
urgentes e concretas tarefas. Talvez, simplesmente falta tempo para refletir
sobre lindos slogans, e também quem será o Hetman (alusão ao chefe dos cossacos)
da Ukraina. Começa o dia de ações decisivas, e justamente esse dia dará à luz
uma nova plêiade de líderes políticos ukrainianos.
Tradução: Oksana Kowaltschuk
Foto formatação: AOliynik
Imagens:
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