sábado, 18 de maio de 2013

LEVANTA-TE, UCRÂNIA!



"Levanta-te, Ukraina!" em Kyiv

Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), de 15 a 18.05.2013


No sábado, dia 18 de maio, em Kyiv foi realizada a manifestação "Levanta-te, Ukraina!" marcada desde o início dessas manifestações nas cidades ukrainianas.
Posteriormente, o Partido das Regiões também planejou uma marcha antifascista para a manhã do mesmo dia. Houve, ao menos, um mínimo de bom senso e, aos dois acontecimentos foram determinados locais e horários distintos.
Na manifestação da oposição discursaram os líderes e foi aceita a declaração dos três principais partidos da oposição: "Pátria", "Liberdade" e UDAR" - "Sobre coordenação de ações na luta contra o regime de Yanukovych". Mas o dia não passou sem briga entre "jovens desconhecidos" (provenientes da marcha antifascista) e apoiantes do Partido "Liberdade".

Medidas do governo para minimizar a manifestação em Kyiv:

15.05.2013 - Em resposta à declaração da deputada Iryna Herashchenko sobre a obrigação de funcionários públicos em participar na manifestação do Partido das Regiões, o primeiro-ministro encaminhou a queixa ao ministro da Educação Tabachnyk (a queixa era em relação às instituições educacionais). Este prometeu tomar providências e, por sua vez apelou à oposição para não recrutar estudantes mediante pagamento.

16.05.2013 - Aos alunos de pós-graduação da Universidade Nacional de Donetsk forçam para participar, por ordem do reitor, do comício antifascista, organizado pelo Partido das Regiões em Donetsk, no dia 17 de maio, escreveu o aluno de pós-graduação em História Valentyn Krasnoliorov, ativista do movimento social "Honesto", em sua página no Facebook. E no dia 16, alguns milhares de pessoas, principalmente estudantes, marcharam pelas principais ruas de Odessa. Na frente iam idosos com faixas "O fascismo não passará", e fecharam a procissão os ativistas da "Rodina (Pátria em russo). Símbolos principalmente do Partido das Regiões. Através do microfone expressavam sua atitude para com Mussolini, Hitler e Tiahnebok, condenando as atividades de todos os três. (Tiahnebok é um político ukrainiano, sem papas na língua, da oposição, e que somente a partir do ano passado adquiriu destaque nacional. Alguns de seus princípios ideológicos nacionalistas: proibir ideologia comunista; nova lei sobre a cidadania ukrainiana apenas para os nascidos no território ukrainiano ou ukrainianos étnicos, os que residem por mais de 10 anos e dominam o idioma ukrainiano e conhecem os principais fatos históricos; processo judicial público do comunismo; reconhecimento da ocupação da Ukraina pela Rússia bolchevista de 1918 a 1991; reconhecimento oficial com pedido de desculpas e compensação da Rússia pelo genocídio da nação ukrainiana; compensação da Rússia aos descendentes dos ukrainianos represados, etc.
Mas, ele tem feito declarações como a que segue, por ocasião da comemoração dedicada à memória de um dos líderes do Exército Insurgente Ukrainiano (UPA) Dmytro Kliachkivskyi ( apelido Klym Savur), em 17.07.2004: "Eles não tinham medo, como agora nós não devemos ter, eles pegaram uma pistola-metralhadora e foram às matas, eles preparavam-se e lutavam contra os moscovitas, contra os alemães, contra os judeus e outras imundícies, que queriam tirar de nós o nosso Estado ukrainiano... É necessário entregar Ukraina, finalmente, aos ukrainianos. Estes jovens e vocês, de cabelo branco, é a mistura, a qual teme a máfia moscovita e judia, que hoje governa Ukraina".
Oleh Tiahnebok é médico e advogado por formação. Casado e pai de três filhas. (pesquisa OK).
Em seguida os participantes da manifestação aprovaram por unanimidade a resolução "para Europa - sem fascismo." (para Europa - pela assinatura do Acordo de Associação: Ukraina - UE).
Em 16 de maio as manifestações antifascistas também ocorreram na Criméia; em 15 de maio em Chernihov e Vinnytsia e também em Zhytomyr.

17.05.2013 - Oleksandr Yefremov, líder do Partido das Regiões declarou quanto pagarão aos participantes da manifestação "Marcha antifascista", organizada por seu partido: "Nós pagamos aos nossos representantes a passagem de ônibus, e pagamos as diárias porque as pessoas têm que comer em algum lugar". Disse ele. (Tudo estaria certo, mas o fato é que os apoiantes da oposição que compraram a passagem e vinham com o transporte público ou se organizavam e pagavam o ônibus especial, ou foram proibidos ou desalojados dos meios de transporte, como é que ficam? - OK).

No Ministério do Interior juram, que não trarão forças internas para Kyiv. "Oficialmente informamos que da região de Vinnytsia realmente virão 200 soldados, mas isto não pode ser considerado como "reforço", porque recentemente, da guarnição de Kyiv tiveram alta 680 soldados recrutas, e os que vieram em seu lugar ainda participam de curso básico", diz um comunicado.

Resposta do Ministro do Interior Vitalii Zakharchenko à declaração de Volodymyr Bondarenko, deputado oposicionista, de que a oposição está recebendo dezenas de comunicados de diversas cidades da Ukraina, de que os órgãos de assuntos do interior deram ordem de bloquear quaisquer transporte que pode estar trazendo manifestantes a Kyiv, bem como não vender passagens de ônibus e trem: "Não há obstáculos para reunião pacífica de cidadãos, dos órgãos dos assuntos internos. Tal comando ninguém deu." "Se vocês tiverem alguma ocorrência, enviem tal informação para mim, pessoalmente. Eu a submeterei ao meu controle e organizarei sua verificação".

Não obstante, mais de 15 trens não puderam entrar em Kyiv, na véspera da manifestação da oposição. Ficaram parados.
O trem Donetsk-Kyiv pararam com a desculpa de haver num vagão objeto explosivo. Todos os passageiros foram evacuados.
Trinta ativistas e simpatizantes do partido "Liberdade" (Tiahnebok) foram retirados do trem Mariupol-Kyiv. Foram chamados pelo nome (sabiam até os nomes) e brutalmente jogados para fora.
O trem Sevastopol-Kyiv foi parado por 5 horas. Assim chegaria em Kyiv após a manifestação. Também não conseguiram chegar os ativistas de Melitopol, Zaporizhzhia e Dnipropetrovsk.
O trem Uzhgorod-Kyiv ficou parado no campo antes de Stryi. A desculpa era que havia explosivos escondidos na estação. 
Enquanto seguravam os trens a deputada Inna Bohoslovska, governista, disse na TV que a oposição faz acusações sobre os trens porque a oposição não conseguiu juntar pessoas para manifestação.
Yatseniuk lamentou que milhares de pessoas não conseguiram chegar a Kyiv devido a impedimentos do governo que parou trens, convenceu os proprietários de ônibus a não autorizarem viagens especiais, não deixou vender passagens populares nos trens e até retiraram do avião o representante da Criméia do "Medzhelis" da Criméia ("Medzhelis" - palavra que vem do árabe e significa: lugar de reunião, órgão análogo ao parlamento. Criméia é República Autônoma da Ukraina - OK).


FOTOS DA MANIFESTAÇÃO EM KYIV




 


 


 


Tradução: Oksana Kowaltschuk

Um comentário:

  1. O pior, meu amigo e que a Ucrania ja foi tao maltratada e ainda se encontra sob o jugo de um governo que parece querer levar para o mesmo caminho cruel a que os sovieticos levaram o povo. O povo da Ucrania deve reagir ou as mortes de tantos ucranianos tera sido em vao. Mais vilencia e morte? Inconcebivel!

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