quarta-feira, 22 de maio de 2013

YULIA TYMOSHENKO: Tribunal Europeu reconhece ilegalidade

Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana)
 
30.04.2013
Tribunal Europeu reconheceu a ilegalidade da prisão de Tymoshenko, mas não viu torturas.
Tribunal Europeu dos Direitos Humanos estabeleceu motivação política na prisão da ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko na "questão do gás", e violação de seus direitos em relação à prisão.
Ao mesmo tempo, segundo a maioria dos votos, o Tribunal Europeu considerou que não houve violação do Artigo 3 (proibição da tortura) da Convenção Européia dos Direitos Humanos.
 
02.05.2013
A decisão do Tribunal Europeu foi aguardada por quase dois anos. Sua queixa foi encaminhada em 10.08.2011. E, apesar de que a questão foi considerada prioritária pelo Tribunal Europeu, demorou. Um dos motivos é que a queixa era constantemente complementada. Acrescentavam-se à ilegalidade da detenção as más condições da prisão de Kyiv e da Colônia Kachanivska, falta de assistência médica adequada, transferência forçada para hospital, na qual, segundo Tymoshenko, ela recebeu machucaduras, e monitoramento eletrônico durante 24 horas.
 
10.05.2013
"Ukraina é um dos importantes países da Europa, mas ela deve passar por todo complicado caminho de integração européia. E Ukraina, obrigatoriamente deve cumprir a decisão do Tribunal Europeu quanto a Yulia Tymoshenko", disse o ministro checo.
 
10.05.2013
A Comissão de Helsinque acredita que a prisão da Tymoshenko é símbolo da violação de direitos humanos na Ukraina e instam às autoridades para libertá-la.
O presidente da Comissão, senador Benjamin Cardin declarou ao ministro das Relações do Exterior da Ukraina: "Congratulações ao recente perdão a Yurii Lutsenko e considero que é um bom primeiro passo. Esperamos que vocês cumprirão a promessa de realizar reformas judiciais e eleitorais. Esperamos, também, que a decisão do Tribunal Europeu sobre a violação dos direitos de Yulia Tymoshenko e sua prisão arbitrária tornem-se impulso para sua libertação".
O país que exerce a presidência da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) deve demonstrar uma democracia forte. Se este país alcançar sucesso incentivará outros países para seguirem os compromissos da OSCE.
 
14.05.2013
As autoridades ukrainianas não libertarão Yulia Tymoshenko a pedido da UE, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros Leonid Kozhara em entrevista ao "The Telegraph" em 13 de maio, durante uma visita a Londres.
"Milhões de pessoas na Ukraina realmente acreditam que Tymoshenko foi condenada justamente," - disse Kozhara. "Ela causou grandes danos à nossa economia, ela violou a lei", - assegurou.
"Nós reconhecemos que o caso da Tymoshenko é um problema nas nossas relações com UE, mas estamos convencidos que uma questão não pode arruinar a nossa relação", - disse Kozhara.
 
14.05.2013
"Vocês todos sabem que a questão da justiça seletiva e prisão de Yulia Tymoshenko é pedra de tropeço no Acordo de Associação entre Ukraina e UE" - disse o embaixador da UE Ian Tombinskyi numa conferência de imprensa em Kyiv, na terça-feira.
"Não é correto esperar até o último momento para abordagem de questão tão sensível, como a prisão da Tymoshenko... A decisão deste assunto - nas mãos do governo ukrainiano, e não da UE", concluiu.
 
16.05.2013
Tymoshenko declarou sobre os delitos perpetrados pelos carcereiros. Ela nunca se recusou de comparecer ao julgamento da questão do assassinato de Yevhen Shcherban. A declaração correspondente ela apresentou em 15 de maio à Procuradoria da província de Kharkiv, Kyiv Pechersk Tribunal Distrital e chefe da Colônia Kachanivska Koplachikov I.M.
"Hoje (15 de maio) às 8 horas da manhã, eu ouvi dois representantes do Serviço Penitenciário do Estado da Ukraina, no 5º Canal de TV de que todos vocês não sabem se eu concordo ir ao Pechersk Tribunal Distrital de Kyiv para participar do interrogatório da testemunha Petró Kyrychenko "na questão de Yevhen Shcherban", - declarou Tymoshenko. 
"Informo-lhes que nenhuma vez recusei da minha condução às sessões do Tribunal aos interrogatórios de todas as testemunhas, pelo contrário - exigia em ultimato, por escrito, e em conversas com Kolpachikov para, sem falta, transportar-me a esses tribunais, apesar da difícil situação de minha saúde", - escreve ex-primeira-ministra.
"Informo a todos, que os representantes da administração da Colônia Kachanivska, liderados por Koplachikov, antes de cada sessão falsificavam minhas declarações afirmando minha recusa na participação em processos judiciais" - afirma Tymoshenko (Acompanhando as edições diárias da "Verdade Ukrainiana" testemunho que este jornal publicava as alegações de representantes da Colônia  do não desejo da Tymoshenko em comparecer às sessões, sempre desmentidas por ela, Tymoshenko, e seus advogados - OK).
 
20.05.2013
Tymoshenko viu na TV a declaração do chefe da Colônia Koplachikov que ele teria, por duas horas, tentando convencê-la para comparecer na sessão do Tribunal. Porém, neste dia, Koplachikov não compareceu à sua enfermaria. No dia seguinte ela recebeu a visita do promotor de supervisão Krasnolobov e investigador Yakutin que a informaram que, em resposta a sua declaração foi aberto processo criminal. 
"Na presença do promotor perguntei à minha colega de enfermaria se Koplachikov veio, ele ou seus subordinados, providenciar minha ida ao Tribunal. Ela respondeu claramente que não. Depois eu saí para reunião com meu defensor. Ao voltar, vi como o chefe da guarda, com grosseria e brutalidade falava com minha companheira da câmara, e ela chorava. Tenho certeza, que o processo de coerção da pessoa para dar falso testemunho, teve início", - concluiu Tymoshenko.
 
Além dos líderes da UE, presidentes de vários países europeus, EUA, líderes das igrejas ukrainianas, pessoas de destaque da sociedade ukrainiana, presidentes de organizações comunitárias, outros, dirigiram pedido ao governo ukrainiano para libertar Tymoshenko.
 
 
Tradução: Oksana Kowaltschuk

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