Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana)
30.04.2013
Tribunal Europeu
reconheceu a ilegalidade da prisão de Tymoshenko, mas não viu torturas.
Tribunal Europeu dos
Direitos Humanos estabeleceu motivação política na prisão da
ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko na "questão do gás", e violação
de seus direitos em relação à prisão.
Ao mesmo tempo, segundo
a maioria dos votos, o Tribunal Europeu considerou que não houve violação do
Artigo 3 (proibição da tortura) da Convenção Européia dos Direitos Humanos.
02.05.2013
A decisão do Tribunal
Europeu foi aguardada por quase dois anos. Sua queixa foi encaminhada em
10.08.2011. E, apesar de que a questão foi considerada prioritária pelo
Tribunal Europeu, demorou. Um dos motivos é que a queixa era constantemente
complementada. Acrescentavam-se à ilegalidade da detenção as más condições da
prisão de Kyiv e da Colônia Kachanivska, falta de assistência médica adequada,
transferência forçada para hospital, na qual, segundo Tymoshenko, ela recebeu
machucaduras, e monitoramento eletrônico durante 24 horas.
10.05.2013
"Ukraina é um dos
importantes países da Europa, mas ela deve passar por todo complicado caminho
de integração européia. E Ukraina, obrigatoriamente deve cumprir a decisão do
Tribunal Europeu quanto a Yulia Tymoshenko", disse o ministro checo.
10.05.2013
A Comissão de Helsinque
acredita que a prisão da Tymoshenko é símbolo da violação de direitos humanos
na Ukraina e instam às autoridades para libertá-la.
O presidente da
Comissão, senador Benjamin Cardin declarou ao ministro das Relações do Exterior
da Ukraina: "Congratulações ao recente perdão a Yurii Lutsenko e considero
que é um bom primeiro passo. Esperamos que vocês cumprirão a promessa de
realizar reformas judiciais e eleitorais. Esperamos, também, que a decisão do
Tribunal Europeu sobre a violação dos direitos de Yulia Tymoshenko e sua prisão
arbitrária tornem-se impulso para sua libertação".
O país que exerce a
presidência da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) deve
demonstrar uma democracia forte. Se este país alcançar sucesso incentivará
outros países para seguirem os compromissos da OSCE.
14.05.2013
As autoridades ukrainianas
não libertarão Yulia Tymoshenko a pedido da UE, afirmou o ministro dos Negócios
Estrangeiros Leonid Kozhara em entrevista ao "The Telegraph" em 13 de maio, durante uma visita a Londres.
"Milhões de pessoas
na Ukraina realmente acreditam que Tymoshenko foi condenada justamente," -
disse Kozhara. "Ela causou grandes danos à nossa economia, ela violou a
lei", - assegurou.
"Nós reconhecemos
que o caso da Tymoshenko é um problema nas nossas relações com UE, mas estamos
convencidos que uma questão não pode arruinar a nossa relação", - disse
Kozhara.
14.05.2013
"Vocês todos sabem
que a questão da justiça seletiva e prisão de Yulia Tymoshenko é pedra de
tropeço no Acordo de Associação entre Ukraina e UE" - disse o embaixador
da UE Ian Tombinskyi numa conferência de imprensa em Kyiv, na terça-feira.
"Não é correto
esperar até o último momento para abordagem de questão tão sensível, como a
prisão da Tymoshenko... A decisão deste assunto - nas mãos do governo
ukrainiano, e não da UE", concluiu.
16.05.2013
Tymoshenko declarou
sobre os delitos perpetrados pelos carcereiros. Ela nunca se recusou de
comparecer ao julgamento da questão do assassinato de Yevhen Shcherban. A
declaração correspondente ela apresentou em 15 de maio à Procuradoria da província
de Kharkiv, Kyiv Pechersk Tribunal Distrital e chefe da Colônia Kachanivska
Koplachikov I.M.
"Hoje (15 de maio)
às 8 horas da manhã, eu ouvi dois representantes do Serviço Penitenciário do
Estado da Ukraina, no 5º Canal de TV de que todos vocês não sabem se eu
concordo ir ao Pechersk Tribunal Distrital de Kyiv para participar do
interrogatório da testemunha Petró Kyrychenko "na questão de Yevhen
Shcherban", - declarou Tymoshenko.
"Informo-lhes que
nenhuma vez recusei da minha condução às sessões do Tribunal aos
interrogatórios de todas as testemunhas, pelo contrário - exigia em ultimato,
por escrito, e em conversas com Kolpachikov para, sem falta, transportar-me a
esses tribunais, apesar da difícil situação de minha saúde", - escreve
ex-primeira-ministra.
"Informo a todos,
que os representantes da administração da Colônia Kachanivska, liderados por
Koplachikov, antes de cada sessão falsificavam minhas declarações afirmando
minha recusa na participação em processos judiciais" - afirma Tymoshenko (Acompanhando
as edições diárias da "Verdade Ukrainiana" testemunho que este jornal
publicava as alegações de representantes da Colônia do não desejo da
Tymoshenko em comparecer às sessões, sempre desmentidas por ela, Tymoshenko, e
seus advogados - OK).
20.05.2013
Tymoshenko viu na TV a
declaração do chefe da Colônia Koplachikov que ele teria, por duas horas,
tentando convencê-la para comparecer na sessão do Tribunal. Porém, neste dia,
Koplachikov não compareceu à sua enfermaria. No dia seguinte ela recebeu a visita
do promotor de supervisão Krasnolobov e investigador Yakutin que a informaram
que, em resposta a sua declaração foi aberto processo criminal.
"Na presença do
promotor perguntei à minha colega de enfermaria se Koplachikov veio, ele ou
seus subordinados, providenciar minha ida ao Tribunal. Ela respondeu claramente
que não. Depois eu saí para reunião com meu defensor. Ao voltar, vi como o
chefe da guarda, com grosseria e brutalidade falava com minha companheira da
câmara, e ela chorava. Tenho certeza, que o processo de coerção da pessoa para
dar falso testemunho, teve início", - concluiu Tymoshenko.
Além dos líderes da UE,
presidentes de vários países europeus, EUA, líderes das igrejas ukrainianas,
pessoas de destaque da sociedade ukrainiana, presidentes de organizações
comunitárias, outros, dirigiram pedido ao governo ukrainiano para libertar
Tymoshenko.
Tradução: Oksana
Kowaltschuk
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