Tyzhden
(Semana), 13.05.2013
Alla
Lazareva
A
Comissão Européia que investiga o monopólio do gigante energético russo e as
condições do mercado mundial, parece, que obriga Moscou a frear um pouco suas
ambições.
Depois do
início da ressonante investigação em setembro do ano passado, de Bruxelas
contra os esquemas monopolistas da Gazprom nos países da UE, os russos
começaram tomar medidas, conforme exige a legislação européia, para separar o transporte
de gás, da venda. Nas negociações com a China, que Kremlin longamente
aproveitava como principal elemento de pressão sobre UE, Gazprom também foi
obrigado baixar o tom. Até a conclusão dos trabalhos da comissão especial
antitruste ainda está longe, mas segundo evidências circunstanciais os países
da Europa Central têm boas chances de reduzir a sua dependência energética da
Rússia. Bruxelas não é muito generosa nos comentários sobre a investigação do
monopolista da FR nos países da Europa Central e Oriental. "Até agora não foi estabelecido qualquer comunicado oficial, -
informou a este jornal o serviço de imprensa da Comissão Européia. - Nós
aguardamos resultados intermediários não antes do verão, mas ainda não se sabe,
se adquirirão eles o estado de informação pública."
Embora
muitos sintomas no comportamento da burocracia européia com os especialistas da
indústria do gás russo dão a possibilidade de fazer as primeiras, limitadas,
suposições. "A investigação contra o Gazprom começou em setembro. E nós
vimos, que já em novembro - dezembro os russos foram forçados a fazer
concessões no preço a um ou outro país, - diz Noell Lenoir, jornalista
parisiense, especialista em economia internacional.
Como
terminará este episódio, nós não sabemos, mas é muito provável, que os países
europeus brevemente terão que desistir de acordos bilaterais com Gazprom, os
quais ajustam em busca da felicidade tranqüila por trás das costas dos outros.
Tal prática já se esgotou. A falta de uma prática energética comum para UE - é
benefício apenas para as "grandes baleias", como Alemanha ou a Itália
e preços políticos para outros - poloneses, lituanos, estonianos..."
No
entanto, as mudanças no mercado energético europeu puxam, talvez, não a justiça
dos trabalhadores individuais da caneta e não a clarividência da classe
política, mas a lógica da economia mundial. O desenvolvimento da indústria
consideravelmente mais barata, que o natural, o gás de xisto promete aos
americanos reduzir rapidamente os custos de produção e alcançar os preços do
final de produção da China, e também fazer concorrência a Rússia comprometendo
suas exportações de combustível. Percebendo essa perspectiva, Pequim não se
apressa na construção do novo gasoduto da Rússia, ainda sob os preços esperados
por Moscou.
O gás
liquefeito e energias renováveis estão se tornando perigosos
"concorrentes" para Gazprom no mercado europeu tanto é que da
prevalência de Putin dos primeiros dias da investigação não sobrou nem rastro:
Rússia rapidinho transferiu seu escritório europeu de Luxemburgo para Suíça
(mais longe da UE), proclamou a separação da logística de transporte da venda
de gás aos consumidores (tudo conforme exigem as leis européias), reduziu os
preços para Polônia e prometeu desconto de 4,7 bilhões de dólares aos clientes
da UE no conjunto...
E isso
não é tudo. Discursando na Conferência Internacional em Paris, para a Proteção
da Concorrência, em fevereiro o Comissário Europeu de respectivas questões, o
espanhol Joaquim Almunia orgulhosamente anunciou: "Hoje nos investigamos
as atividades do consórcio "Gazprom" nos países da Europa Central e
Oriental. Logo saberemos se realmente esta empresa pratica preços políticos? Se
ficar provado que a denúncia que veio da Lituânia e conduziu à necessidade da investigação
não é infundada, haverá necessidade de exigir mudanças. Porque tal prática
prejudica os interesses de integração de novos Estados-Membros".
Se há
dois anos não se podia nem imaginar que UE discutisse a possibilidade de baixar
o preço do gás, hoje tais discussões acontecem não só entre os especialistas,
mas também no nível político.
O laço
entre o preço do gás e o preço do petróleo surgiu por razões históricas -
explicou Luke Baccarin, diretor de análise das estruturas Energy Fund
Sadvisors. Em 1970-1980 o gás vinha à Europa do Mar do Norte, Rússia e África.
Na época a preocupação era o desenvolvimento do mercado que ainda não existia.
O gás devia substituir o petróleo que dominava o mercado das fontes de energia.
Assim, às empresas como a Gaz de France, Eni da Itália, Ruhrgas da Alemanha,
era importante que o novo produto, o qual eles compravam no exterior, tivesse
parâmetros competitivos. Eles precisaram convencer os produtores para
substituir o óleo lubrificante e os resíduos de petróleo que eles aproveitavam,
por gás. De modo a evitar o aumento dos custos do processo de produção. Então
surgiram 90% dos preços do petróleo. Se olhar para a lógica que hoje protegem
os russos, então eles dizem: "Nós investimos nas jazidas da Sibéria
pesados recursos financeiros, construímos milhares de quilômetros de gasodutos.
Por isso os consumidores ocidentais devem celebrar contratos para 15, 20, 30
anos, para que nossos investimentos sejam rentáveis".
E assim
funciona ininterruptamente por três décadas o mercado europeu do gás. Com uma
importante observação: o gás natural liquefeito ajuda completar o que falta, se
o inverno for muito rigoroso. Se há cinco anos atrás, eles não excediam 5%,
hoje respondem por cerca de um terço do mercado da gás na Europa.
De acordo
com Luke Baccarin da Energy Fund Sadvisors, se Gazprom e outros operadores de
repente parassem de determinar o preço do gás pelo preço do petróleo, mudanças
instantâneas entre compradores e vendedores de gás natural não haveria, porque
o setor do varejo rapidamente responderia com elevação também. "Vale a
pena considerar se há futuro em contratos de longo prazo? - reflete o
especialista.
Hoje, ao
comprador europeu nada impede comprar gás somente nos pequenos mercados. Mas
este somente desenvolve-se bem lá onde há produção e consumo como nos EUA e
Grã-Bretanha, não na Europa continental, onde o gás liquefeito vem da África.
Os debates sobre o melhor sistema de indexação, continuam".
A
investigação da Comissão Européia contra o Gazprom, se não for tolhida com obstáculos
burocráticos dos inúmeros "lobby" pró Rússia dos quais não há
escassez na Bélgica, Alemanha, Itália e França, podem contribuir para três
mudanças importantes no mercado de combustíveis fósseis. Primeiro, quase
certamente será reconhecido e condenado o uso político de preços, de acordo com
os quais a pequena vizinha da Rússia, Lituânia, paga por 1.000m³ 90 euros a
mais, que Alemanha. O precedente, apesar de não ter mecanismos diretos de ação
para países fora da UE, abre interessantes perspectivas para organização do
mercado mundial da energia. A segunda mudança possível - abolição da proibição
da venda de gás excedente que existe exclusivamente para os membros do antigo
bloco soviético, mas nunca foi praticada em relação aos clientes ocidentais. Se
Gazprom renunciar também desta posição, então poderemos esperar a criação real,
flexível e comum de um sistema energético europeu de ajuda mútua. Terceira
chance - esta separação dos preços de gás e petróleo, o qual esperam não
somente Lituânia e Polônia apoiadores ativos da idéia, mas também países como a
França, onde o preço do gás natural no varejo para os consumidores forma o
governo, não deixando aos grandes distribuidores renda mais ou menos
confortável na venda.
A
Comissão de Controle da UE trabalha sem espalhafato. Não desejando perder os mercados
europeus lucrativos, também silenciosamente, passo a passo retrocede Rússia.
Brevemente saberemos, até que ponto.
Tradução:
Oksana Kowaltschuk
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