As arbitrariedades da
polícia ukrainiana continuam
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana)
Texto com base nas notícias do jornal, de
01 a 18.07.2013
AMNESTY INTERNACIONAL
A última violenta acusação ao abuso de poder por parte da
polícia na Ukraina sublinha a necessidade urgente da resposta do governo devido
a inquietude social.
Esta organização já publicou um pedido formal às autoridades
ukrainianas para aplicar medidas eficazes a fim de prevenir a impunidade de
funcionários. "A Anistia Internacional instou o Estado ukrainiano para
criar um sistema eficaz de investigação de violações por parte da polícia em
2011. No entanto, a organização continuou a registrar inúmeros casos de
tortura, exigências e extorsão de comportamento cruel dos funcionários. Esses
crimes geralmente permanecem impunes, porque os promotores locais, que têm o
dever de investigar casos semelhantes, constantemente evitam cobrar a culpa de
seus colegas policiais.
O caso de estupro, cometido pelos policiais em Vradiivka,
província de Mykolaiv, despertou o país, forçando o presidente Yanukovych
assumir a responsabilidade pessoal pela supervisão da investigação e demissão
de altos representantes da polícia".
O estupro em Vradiivka segundo imprensa ukrainiana
Em 26.06.2013 três homens arrastaram uma moça para dentro de
um automóvel, levaram-na para dentro de uma faixa florestal e estupraram. Pelo
caminho e durante o estupro bateram nela com crueldade. Ela foi encontrada na
rua, nua, e com sinais de violência. Foi diagnosticada com várias fraturas
expostas do crânio, diversos cortes na cabeça e face, várias contusões e
hematomas. Foram feitas duas cirurgias, seu estado foi considerado grave.
A sofrida Iryna Krashkova foi levada ao hospital em Mykolaiv
de helicóptero.
Irena relatou ao investigador que ela foi espancada e
estuprada por dois policiais - tenente Dmytro Polishchuk e capitão Yevhen
Dryzhak. Também participou do espancamento o taxista local Riabinenko.
No dia primeiro de julho mais de mil pessoas, moradores de
Vradiivka invadiram a delegacia. Lá eles avistaram Yevhen Dryzhak, o qual é
afilhado do dirigente provincial do Departamento dos Assuntos do Interior
Valyntyn Parseniuk. O outro estuprador - Dmytro Polishchuk é sobrinho do
procurador de Mykolaiv. Polishchuk se diz inocente. Dryzhak arrumou um álibi.
Quando as pessoas o avistaram na delegacia houve invasão. Em resposta os
policiais atiraram e lançaram gás. Um homem foi baleado no ombro e perna e uma
mulher com filho também foi machucada.
Os policiais e altos funcionários acabaram escondendo-se no
subsolo, mas os moradores destruíram todos os carros estacionados no pátio da
delegacia. A revolta dos moradores é grande porque muitos deles já sofreram
torturas da polícia. E, há o caso de alguns rapazes que foram levados ao
suicídio devido a torturas e espancamentos por crimes que não cometeram.
O governador da Província Mykola Kruhlov veio a Vradiivka
para discursar e teve que ser escoltado pela polícia até o carro e fugir.
Os moradores de Vradiivka bloquearam o departamento policial
até ser preso o terceiro estuprador que estava escondido na promotoria de
Mykolaiv.
Segundo declarações do deputado Eduard Leonov, em Vradiivka,
nos últimos três anos a polícia estuprou e matou cinco mulheres. Barbarizaram
os maridos para que eles se declarassem culpados, dos quais três se enforcaram
e um morreu em casa devido torturas da polícia.
No dia 07 de julho, aproximadamente 20 pessoas de várias
regiões de Mykolaiv resolveram ir em protesto, a pé, até Kyiv. Sua chegada em
Kyiv foi planejada para o dia 18. Eles vão exigir a dispensa de Vitali
Zakharchenko, Ministro do Interior, e uma certificação a todos os policiais,
por comissões de cidadãos.
Ações de solidariedade com os moradores de Vradiivka
aconteceram em Zhytomyr, Kirovohrad, Chernihov, Lviv, Poltava e Ternopil.
Ao promotor de Vradiivka, que foi dispensado por causa do
estupro da Iryna, deram apenas a transferência para procuradoria da região de
Kryvoozerskyi. A procuradoria de Vradiivka desmente. Segundo o Ministro do
Interior foram dispensados da polícia de Vradiivka 9 funcionários. É ver para
crer.
Os manifestantes de Vradiivka chegaram a Kyiv como previram,
no dia 18, e ocuparam a praça para manifestação. A eles se juntaram outras
pessoas, num total de 200. A polícia retirou todos, mas no dia seguinte o
pessoal de Vradiivka confirmou sua decisão de continuar na praça.
O chefe da polícia de Kyiv diz que tudo é especulação dos
políticos da oposição.
Texto e tradução: Oksana Kowaltschuk
Nenhum comentário:
Postar um comentário