Yulia Tymoshenko, partícipe de assassinatos?
Pesquisa Internet
A Procuradoria Geral da Ukraina examina o envolvimento do ex-primeiro-ministro da Ukraina Paulo Lazarenko e Yulia Tymoshenko em dois assassinatos. Trata-se do assassinato do deputado do Parlamento e empresário Yevhen Shcherban, nascido em 1946 e assassinado em 1966. Uma das pessoas mais ricas da Ukraina no início dos anos 90. O assassinato aconteceu no aeroporto de Donetsk, por um grupo de celerados. Na ocasião também morreu fuzilada sua esposa.
Além do assassinato deste político e empresário também examina-se o o assassinato de outro empresário de Donetsk, Mamot, que foi assassinado alguns meses antes do assassinato de Shcherban.
E, nos últimos dias também foi renovado o caso do assassinato de Vadym P. Hetman, financista e político, nascido em 1935 - assassinado em 1998, dentro do elevador no prédio onde residia, em Kyiv. Hetman desenvolveu todo o sistema bancário da Ukraina.
Todos esses assassinatos foram perpetrados pelo chamado "Bando Kushmir", grupo de bandidos da região de Donetsk.
O suspeito da morte de V. Hetman foi aprisionado apenas em 2002. Foi sentenciado à prisão perpétua. Os demais componentes do bando, ou morreram, ou fugiram do país.
O vice-procurador-Geral Renat Kusmin disse: - "Assim que provarmos o envolvimento da Tymoshenko nesses assassinatos, ela será denunciada e a questão será enviada ao tribunal. Se não conseguirmos provar, eu abertamente declararei que não conseguimos provas e a questão ficará liquidada".
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A Procuradoria Geral da Ukraina examina o envolvimento do ex-primeiro-ministro da Ukraina Paulo Lazarenko e Yulia Tymoshenko em dois assassinatos. Trata-se do assassinato do deputado do Parlamento e empresário Yevhen Shcherban, nascido em 1946 e assassinado em 1966. Uma das pessoas mais ricas da Ukraina no início dos anos 90. O assassinato aconteceu no aeroporto de Donetsk, por um grupo de celerados. Na ocasião também morreu fuzilada sua esposa.
Além do assassinato deste político e empresário também examina-se o o assassinato de outro empresário de Donetsk, Mamot, que foi assassinado alguns meses antes do assassinato de Shcherban.
E, nos últimos dias também foi renovado o caso do assassinato de Vadym P. Hetman, financista e político, nascido em 1935 - assassinado em 1998, dentro do elevador no prédio onde residia, em Kyiv. Hetman desenvolveu todo o sistema bancário da Ukraina.
Todos esses assassinatos foram perpetrados pelo chamado "Bando Kushmir", grupo de bandidos da região de Donetsk.
O suspeito da morte de V. Hetman foi aprisionado apenas em 2002. Foi sentenciado à prisão perpétua. Os demais componentes do bando, ou morreram, ou fugiram do país.
O vice-procurador-Geral Renat Kusmin disse: - "Assim que provarmos o envolvimento da Tymoshenko nesses assassinatos, ela será denunciada e a questão será enviada ao tribunal. Se não conseguirmos provar, eu abertamente declararei que não conseguimos provas e a questão ficará liquidada".
CRONOLOGIA DAS NOTÍCIAS
Tyzhden (Semana), 12.08.2011
Na Procuradoria Geral afirmam que pelo assassinato de Shcherban "Yulia pagou".
O vice-Procurador Geral R. Kusmin declarou que na Procuradoria dos EUA, há uma testemunha no caso do ex-primeiro-ministro Pavlo Lazarenko sobre o pagamento pelo assassinato do deputado do Parlamento Ukrainiano Y. Shcherban, através de resursos financeiros de Pavlo Lazarenko e atual líder do Partido "União Ukrainiana Pátria" (Yulia Tymoshenko).
Pavlo Lazarenko, ex-primeiro-ministro, foi julgado nos EUA e está preso lá até dezembro de 2012.
A testemunha baseia-se numa conversa do contratante do assassinato, que teria dito: "Yulia pagará" tendo em vista pagamento pelo homicídio", - disse Kusmin.
Em agosto de 2006 a Corte Distrital dos EUA em São Francisco condenou Lazarenko à prisão de 108 meses e uma multa de 10 milhões de dólares pela lavagem de dinheiro e venda de imóveis no exterior, obtidos por meios ilegais na condução dos assuntos no cargo de primeiro-ministro da Ukraina.
A Procuradoria Geral da Ukraina, na investigação criminal, também acusa Lazarenko na organização do assassinato de Hetman e Shcherban.
O serviço de imprensa da Tymoshenko desmente a participação dela e considera que o vice-procurador sofre de doença psíquica grave.
Tyzhden (Semana), 17.08.2011
Lazarenko afirma que a Procuradoria Geral vilipendia seu nome e que não tem nada a ver com os assassinatos encomendados de Y. Shcherban e V. Hetman, segundo a declaração apresentada por sua advogada Maryna Dolhopola.
Tyzhden (Semana), 04.04.2012
Filho de Shcherban, Ruslan Shcherban, do Partido das Regiões, deu ao procurador geral Pshonka documentos de um possível envolvimento da ex-chefe da empresa "United Energy Systems da Ukraina" Yulia Tymoshenko e ex-primeiro-ministro Pavlo Lazarenko, no assassinato de Yevhen Shcherban. Porém, no julgamento dos assassinos ele não mencionou, entre os envolvidos na morte de seu pai o nome de Yulia Tymoshenko, conforme consta na sentença à "Banda de Kushnir" no Tribunal de Apelação de 2003, a qual está disponível no jornal "Verdade Ukrainiana".
Na Procuradoria Geral afirmam que Ruslan não mudou seu testemunho, apenas acrescentou fatos. E, que a Procuradoria vai examinar todas as provas.
Tyzhden ( Semana), 05.04.2012
A Procuradoria Geral renovou a investigação criminal sobre o assassinato de Yevhen Shcherban, disse na conferência de imprensa o procurador geral Viktor Pshonka.
Tyzhden (Semana), 08.04.2012
O Partido da Y. Tymoshenko quer que o Conselho investigue as circunstâncias da morte de Shcherban e Kushniriov. Para isso inicia uma Comissão Parlamentar de inquérito temporário de investigação da morte de Y. Shcherban e Y. Kushniriov, conforme avisou o presidente da facção Andriy Kozhemiakin.
Yevhen Kushniriov foi um destacado político. Ocupou vários cargos, foi deputado federal, participou da elaboração da Constituição, etc. Como governador de Kharkiv desenvolveu a região colocando-a em destaque.
Durante uma caçada foi ferido gravemente e morreu no dia seguinte. Foi incriminado seu auxiliar Dmytro Zavalnei. Zavalnei foi condenado mas, após um ano e meio consideraram que o acidente teria sido imprevisto e Zavalnei foi libertado. No entanto, os parentes de Kushniriov consideram que Zavalnei agiu intencionalmente. Kushniriov foi único dirigente do Partido das Regiões não pertencente ao clã dos "donetski". Ele representava o assim chamado "grupo de Kharkiv". Inclusive pretenderam, dentro do partido, abrir uma questão criminal, acusando-o de separatismo. Kushniriov não temia verbalizar seus pensamentos.
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 10.04.2012
Durante o julgamento dos assassinos de Shcherban, seu filho Ruslan não falou nada contra Tymoshenko. No partido da Tymoshenko "Pátria" dizem que não houve participação da Tymoshenko na morte de Shcherban e que o governo quer desacreditar Tymoshenkoo,líder da oposição, diante da sociedade mundial.
Tyzhden (Semana), 06.04.2012
"Do matador de Shcherban "extraem testemunhos contra Tymoshenko", dizem os representantes da "Pátria".
"De funcionários das estruturas de força nós temos informações confiáveis de que o Ministério Público iniciou uma pressão ativa sobre o condenado à prisão perpétua pelo assassinato de Shcherban Vadym Bolotskyi, extraindo dele falsos testemunhos contra Y. Tymoshenko", - disse o serviço de imprensa.
Nós não sabemos o que a Procuradoria Geral promete a Bolotskyi por falsos testemunhos. Mas, de repente, no nono ano de aprisionamento na Colônia nº 60 ele deu uma entrevista na qual expressou a esperança de que seu caso seja revisto", - avisa o Partido "Pátria".
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 07.04.2012
O primeiro vice-presidente do partido "Pátria" (Tymoshenko) Oleksandr Turchenov pensa que os responsáveis pelo assassinato de Shcherban podem ser pessoas do Partido das Regiões.
Em sua entrevista a um canal de TV, ele declarou que o governo "cruzou a fronteira" tentando acusar a ex-ministra. E faz isto para chocar a Europa que defende Tymoshenko e considera-a perseguida politicamente. Segundo a versão dos investigadores, Kushnir, o cabeça da quadrilha, foi assassinado exatamente no SISÓ (cadeia) de Donetsk. No SISÓ de Donetsk mataram a única testemunha desse assassinato", - disse Turchynov.
"Seria importante descobrir os verdadeiros assassinos, isto é, aquelas pessoas que encomendaram o assassinato", - disse Turchenov. "E isto até que seria fácil - basta ver quem se apropriou da propriedade de Shcherban, quem assumiu o controle de seu negócio, sua empresa. E tornar-se-á claro que atualmente estas pessoas ocupam assentos no Parlamento, ou ocupam posições muitos sérias e responsáveis. E, todos os passos, sem sombra de dúvida conduzirão ao Partido das Regiões", - disse Turchynov.
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 06.04.2012
O assassino de Shcherban foi transferido para prisão Lukianivska, em Kyiv, a pedido da Procuradoria (Este, agora, é a galinha dos ovos de ouro e precisa de cuidados especiais. - OK). Bolotskyi foi transferido da Colônia nº 60, de Luhansk, para SISÓ de Kyiv, onde deverá permanecer por um mês.
Como já foi divulgado pelo partido "Pátria", de Bolotskyi, as estruturas de segurança "extraem" falsos testemunhos contra a ex-primeira-ministra Tymoshenko.
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 07.04.2012
Procuradoria Geral tem testemunhas do assassinato de Shcherban, segundo vice-procurador Renat Kusmin. "Estas pessoas diretamente nomeiam Tymoshenko e Lazarenko como contratantes do assassinato de Shcherban". "Além do filho há outras pessoas que confirmam os conflitos de interesses entre Tymoshenko e Shcherban em relação aos contratos de gás, e entre Lazarenko e grupo de empresários de Dnipropetrovsk e região de Donetsk", - acrescentou Kusmin.
Dzerkalo Tyzhnia (Espelho da Semana), 09.04.2012
Tymoshenko espera, que o filho de Shcherban compreenda com que infamia foi aproveitado.
Yulia Tymoshenko rejeita todas as acusações na participação do assassinato de Y. Shcherban e lamenta, que neste "cenário vergonhoso" arrastaram o filho do falecido.
Ela espera que Ruslan Shcherban, que disse ter entregue documentos ao Procurador Geral sobre um possível envolvimento no assassinato de seu pai, do ex-primeiro ministro Lazarenko e Tymoshenko, compreenda "com que infâmia e baixeza foi aproveitado, e não faça mais assim", escreveu Tymoshenko.
"Eu nunca poderei perdoar, que neste cenário vergonhoso envolveram o filho da pessoa falecida. Para ele isso é uma tragédia - não uma razão para uma conferência de imprensa ou comunicado. Expô-lo ao público e obrigá-lo a especular sobre a menória do falecido pai... eu não sei de onde provêm tais monstros, em que cabeças nascem tais planos", - declarou Tymoshenko.
"Isto já é questão de maior competência moral. Aquele que irá avaliar sua vida nesta terra, não vive em "Mezhyhiria", diz no comunicado.
"Poderia ironizar muito mais sobre as tentativas do Procurador Geral amarrar-me ao assassinato de Y. Shcherban. Poderia, sarcasticamente, anunciar o meu envolvimento na morte de Michael Jacson e Whitney Houston. Mas não. Porque tais são as regras da ditadura: ela é engraçada e assustadora ao mesmo tempo. E, cada vez menos pessoas, neste país, riem do novo ditador, porque este riso é através de lágrimas", - escreveu Tymoshenko da Colônia.
A sua ligação com as questões de Shcherban, em suas palavras, - é absurdo.
Absurdo - é um absurdo. Não é objeto de análise, não pode ser contestado ou ridicularizado. Ele está do outro lado da moralidade, da honestidade, humanitarismo, bom senso. Competir contra esse absurdo é uma ocupação ingrata e sem perspectiva, porque isso é outro mundo, ilusão, antimundo", - diz o comunicado.
Tymoshenko acredita, que as pessoas compreendem a quem é vantajosa a questão de Shcherban.
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 09.04.2012
Segundo comunicado do dia 07 do corrente, da advogada Maryna Dolhopola, seu cliente Pavlo Lazarenko, ex-primeiro-ministro da Ukraina declara que não tem nenhuma relação com o assassinato, em 1996, do pai do atual deputado Yevhen Shcherban.
O ex-primeiro-ministro, que cumpre uma sentença nos EUA, está convencido que na Procuradoria "prepararam e forçaram o filho do falecido Yevhen Shcherban, Ruslan , a assinar uma descarada mentira.
Eu nunca conheci e não podia encontrar-me com Shcherban na presença de qualquer um de seus filhos, como disse Ruslan, porquanto de setembro de 1995 a julho de 1997 eu trabalhava como vice-primeiro-ministro, e em seguida como primeiro-ministro. Então, todos os meus movimentos, contatos e compromissos, especialmente fora da capital foram claramente regulamentados" - diz Lazarenko.
Segundo suas palavras, cada deslocamento "constantemente era acompanhado" pelo Serviço de Segurança do Estado e Ministério do Interior. "Encontros com Shcherban, sobre os quais, agora na posição de testemunha começou a reconhecer seu filho Ruslan, nunca houve e não poderia haver, isto é fácil de verificar. Se pode qualquer pessoa séria, em seu perfeito juízo, imaginar uma reunião de negócios do primeiro-ministro de Estado na presença de crianças?" - diz Lazarenko.
"Categoricamente afirmo, que eu nunca tive nenhuma relação de negócios com Shcherban, afirmo - nenhum!", - assegura ele. E ele entende e sabe, quem e com que finalidade obriga Ruslan Shcherban "falar mais que absurdos".
"Apenas não consigo imaginar como o filho permite-se tão descaradamente ridicularizar a memória do pai!?", surpeende-se Lazarenko.
"As desclarações que Ruslan faz hoje, contradizem tudo o que ele disse, pessoalmente no tribunal de Luhansk, em 2002, e especialmente contradiz, o que afirmou seu pai a respeito de sua segurança, pouco antes de sua trágica morte", afirma Lazarenko.
Lazarenko sugere a Ruslan ler a última entrevista, dada em final de outubro de 1996 à jornalista Olga Burda, do jornal Biznes - Donbas (Negócioos - Donbas), "Onde ele nega explicitamente a existência de qualquer conflito com o então chefe do governo e, pelo contrário, fala sobre tentativas de algumas forças em estabelecer um conflito entre os representantes de Donetsk e Dnipropetrovsk.
Ruslan Shcherban deve saber que eu não tenho nenhuma relação com a morte de seu pai. Eu gostaria de chamá-lo e lhe pedir para que seja um homem decente, e não um fantoche nas mãos daqueles que honje, manipulando sua posição filial, tão vergonhosamente e iniquamente o usam e, em seguida jogarão fora", - disse Lazarenko.
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 23.03.2012
A esposa do parceiro de Lazarenko foi jogada no SISÓ (cadeia) para obter testemunho contra Tymoshenko.
Isabella Kyrychenko declarou que a Procuradoria usou-a para chegar a seu marido com finalidade de obter provas contra Tymoshenko.
Isso ela declarou em entrevista à gazeta Kyiv Post, no momento de sua libertação do SISÓ em novembro de 2011.
Kyrychenko é cidadã dos EUA. Ela foi detida em setembro de 2011, quando chegou a Kyiv. Ela veio para vender um apartamento de seu marido, em Kyiv. Seu marido foi sócio de Lazarenko.
Kyrychenko foi questionada por dois meses. Os investigadores queriam obter provas de seu marido sobre a possibilidade de envolvimento de Tymoshenko e Pavlo Lazarenko no assassinato de Shcherban, e outros crimes.
"Desde o início os investigadores perguntavam sobre meu marido. Diziam que ele sabia sobre Tymoshenko e Lazarenko; que ele deveria responder umas 400 ou 600 perguntas. Que meu marido não é estúpido e que viria para me libertar".
Ela foi libertada em novembro devido a problemas de saúde. Seu advogado evitou responder se a sua liberdade foi em troca do testemunho de seu marido. Ele, através de um telefonema de São Francisco também não deu esta informação, mas reconheceu que a prisão da esposa foi para chegar a ele.
Pesquisa e tradução: Oksana Kowaltschuk
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