quarta-feira, 22 de agosto de 2012

LUTSENKO FAZ UM CONTUNDENTE PRONUNCIAMENTO

Do tribunal, o pronunciamento de Yurii Lutsenko
Tyzhden (Semana), 10.08.2012

 

"Eu gostaria de falar sobre a responsabilidade de cada pessoa para o seu destino e o destino de seu país.

Os eventos neste julgamento, onde brutalmente foram violados todos os direitos possíveis de réus e, mais amplamente analisando, os acontecimentos na Ukraina como um todo, indicam que a situação em nosso país antes lembra um monte de esterco, cercado por arame farpado, que uma democracia. O balanço das atividades de 2,5 anos de Yanukovych no poder resumen-se a uma constatação - rouba-se o país, viola-se com o bando de gangsters no governo. É óbvio que o Partido das Regiões tenta esconder este fato através de mentiras divulgadas pelos meios de comunicação controlados, com os quais abarrota a sociedade antes das eleições, como os gansos para "foie gras".

A tragédia da situação geral - as pessoas estão dominadas e entorpecidas diante da máfia. A maioria das vítimas da "Família" Yanukovych, e praticamente todos, que desempenham o papel de "parafuso" do Myzhyhiria, silenciam e submetem-se ao sistema criminoso. A ausência de hábitos históricos ao individual, não sancionadas resistências de cima, para proteção da honra e dignidade pessoal fevorecem a máfia no poder. Frases como "contra o governo não conseguirás", "um soldado não vence a batalha", "para não haver guerra" e "minha casa - do lado" cobrem com areia da indiferença cidadã as isoladas tentativas de movimentos individuais interessados em modificar a situação.

É por isso que eu quero chamar a atenção dos ukrainianos para o fato que não somente Yanukovych e Azarov (primeiro-ministro) violam os negócios, protegem os assassinos e "majores" (apelido dado aos filhos dos poderosos que, quando praticam crimes não são punidos -OK), dispersam os protestos com gás lacrimogêneo, roubam propriedades e fabricam casos criminais. Tudo isso seria impossível sem as dezenas de milhares de sugadores de sangue que servilmente obedientes destroem as vidas de milhões de compatriotas e do país como um todo.
Na história isto já aconteceu mais de uma vez. Não foram Pedro I e Catarina II que de Petersburgo, mas os seus apóstatas que destruíram o Hetmanato e Sich (finalizando a época dos cossacos ukrainianos - OK). Não Stalin e Hitler, mas os seus lacaios organizaram o Holodomor e os campos de concentração.
Nosso genial compatriota Mykhailo Bulhakov em seu romance "O Mestre e a Margarida", descrevendo o satânico baile, traz diante de Margô a infanticida Frida, a qual foi seduzida e abandonada pelo dono do café." "Rainha, - de repente rangeu o gato, - permita-me perguntar-lhe: por que está aqui o patrão? Pois ele não sufocou o nenê na floresta!
Esta máxima de Bulhakov sobre a responsabilidade pessoal, por seu lugar no mundo, por geração de monstros e apoio a regimes atuais aos tempos dos czares, e Comitês Centrais, e Administração Presidencial.
Eu não quero voltar para atuais e modernas fridas em uniforme com dragonas, com emblemas de deputados, e togas de juízes. Essas criaturas com a espinha quebrada e consciência amputada - são resíduos da nação ukrainiana. E interessar-se com esterco só é interessante durante a aração da primavera.
Quero fazer um apelo à maioria absoluta de ukrainianos, que com o coração e o bolso sentem a necessidade de destruir a máfia dominante. Sentem, mas sofrem, confiando nos políticos e eleições a cada cinco anos.
Sim, a mudança de governo, o afastamento do clã Yanukovych - assunto absolutamente necessário. Mas esperar que os políticos farão isso - é um grande erro. Nem Voltaire, nem Washington, nem Havel conseguiriam terminar com a Idade Média, mesmo se por milagre se tornassem monarcas no tempo das ardentes chamas do fogo da inquisição.
A nova vida começou na Europa, quando aos cidadãos tornou-se inaceitável a cumplicidade tácita, e a silenciosa não interferência nas repressões selvagens.
Terminar com a nossa Nova Idade Média, com o governo "do passado que não passou" é impossível sem uma revolução geral de moralidade, sem um afastamento diário do organismo social, os vendilhões, sem um protesto pessoal e constante contra a mentira e a tirania a sua volta. Sem isso toda a conversa sobre a Europa - torna-se um canção moderna de ninar, não um movimento concreto.
Europa - lá, onde a tradição grego-romana passando as etapas da Antiguidade, Renascimento, Reforma e Iluminismo, definiu-se na vida econômica, política e espiritual da centralidade das responsabilidades humanas.
Todos que desejam terminar com a síntese do despotismo da ordem-bizantina e restaurar Ukraina européia, devem compreender que essa centralidade dos interesses humanos envolve também a centralidade das responsabilidades humanas.
Esperar o nível europeu de renda, direitos, segurança, meio ambiente, etc., sem posição pessoal ativa - isto me lembra a história dos anos 40 na gestão do Ministério do Interior na região de Donetsk. Lá, o inspetor da seção pegou o brigadeiro que esforçava-se em dominar a trabalhadora da fazenda coletiva. Em sua resolução o policial tomou a decisão de negar o processo criminal da questão por estupro porquanto "não ligando aos protestos de voz, a pose das pernas e movimento das mãos da cidadã completamente colaboraram com as ações do cidadão.
A tarefa de limpar o país da atual voracidade da máfia exige de cada cidadão uma resposta pessoal. Sem mudar o seu dever para sanções do Ocidente, sem calcular que o novo Maidan (protestos na região central de Kyiv, dia e noite, sob rigoroso inverno, para não permitir a vitória de Yanukovych em 2004 devido a fraude nas eleições - OK), não vai reunir-se sozinho.
Estimados amigos! Nós e vocês estamos no cativeiro desde o ano de 2010.
Por razões políticas me mantêm na cela de prisão já por 594 dias. No entanto eu me sinto livre e cheio de otimismo. O status do homem livre, como o status de uma nação livre não se dá pelo regime, ele deve ser conquistado em constante luta pela sua dignidade.
Aconteceu que nestes dias coincidiram no tempo dois processos políticos - o fim da farsa judicial em cima de mim e o início das eleições parlamentares. Naturalmente, isto não é proporcional no âmbito e no valor do evento. Mas, parece-me, que o malogro do plano Yanukovych para a destruição total da oposição no andamento dos processos judiciais dá um fiel algorítmo de vitória no processo eleitoral.
A condição essencial para o sucesso das políticas predatórias do atual regime - obediência e silêncio das vítimas. Nem Yulia Tymoshenko, nem Yurii Lutsenko, nem nossos correligionários não se assustaram e não mudaram suas convicções. O desejado silêncio, os gangsters do Partido das Regiões não alcançaram. E o grandioso buldôzer do Yanukovych patinou. O grandioso desabamento no apoio dos eleitores para o Partido das Regiões, atividade e integração das forças democráticas nacionais, - tudo isso é resultado de proteção intransigente da dignidade nacional e pessoal de lutadores concretos. (Ainda não há definição concreta do eleitorado. Baixou muito a preferência ao Partido das Regiões mas, subiu novamente nos últimos dias - OK).
Durante um ano e meio os jornalistas testemunharam o meu processo. Estou muito grato pelo fato de esclarecê-lo. Pelos meios de informação maciça a sociedade tinha a possibilidade de testemunhar a total falsificação da questão e o absurdo das acusações. A decisão do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos sobre a ilegalidade e motivação política da prisão foi o primeiro passo para a reabilitação jurídica, apesar de hoje já é fato de que o regime não conseguiu me tornar culpado aos olhos da maioria dos ukrainianos.
Isto significa que dar combate à máfia, com todos os meios acessíveis para defender seus direitos e convicções - significa ganhar! Não importa - hoje ou amanhã. A luta, a resistência ativa em qualquer caso significa permanecer uma pessoa livre. E isso faz com que a vitória seja inevitável.
Aplicando esse algorítmo do meu comportamento judicial a grandes eventos, eu quero dizer que as eleições - é chance para curar as escaras de capacidade nacional de resistência à Máfia. Eleições - chance de acabar com o Partido das Regiões, partido de ladrões e mentirosos, com espectros do passado colonial com Partido Comunista da Ukraina, com declaradas e mascaradas-repulsivas "tushkas" (apelido dado aos deputados que, depois de eleitos passam para o partido governista - significa pequena carcaça de animal - OK). Eu entendo, que a máfia, nestas eleições, amplamente aplica a mentira, a coerção e o suborno. E o que mais podem fazer os membros do grupo criminoso e organizado, que retiraram do país, só nos últimos dois anos, mais de 50 bilhões de USD à zona de offshore do Chipre?
Mas, ao mesmo tempo eu acredito, que os tempos difíceis estimularão as pessoas a um comportamento mais promissor, incluirão mecanismos para sua proteção afinal de contas. Pois votar a favor de lobos fazem-no apenas aqueles carneiros que não pensam, que não refletem, de onde virá o churrasco prometido pelo seu voto.
Isto vale muito perceber: nestas eleições não há para onde recuar, isto é luta pela sobrevivência pessoal e nacional de 88% comunidade roubada. Perdoar tudo o que fez o Partido das Regiões nestes 2,5 anos, significa empurrá-los para fazê-lo às pessoas de novo e de novo.
Sim, nós não somos a oposição perfeita. Concordo com os que criticam o populismo simplista do nosso programa, quem não se agradou com nossas listas. Mas com tudo isso - na oposição unida estão apresentados políticos, e não oligarcas e gangsteres. Seus líderes cometiam erros, mas não transformavam Ukraina em JSC - Empresa Privada do "Myzhyhiria", onde tudo pertence à "Família" governante. Com o programa da oposição pode-se argumentar, mas não recolher dentes com braços quebrados (alusão ao comportamento selvagem dos Regionais no Parlamento quando a situação esquenta - OK).
A escolha entre o Partido das Regiões e "Pátria" (Batkivshchyna) - não é escolha entre duas forças políticas. Esta é uma escolha entre a máfia e a democracia. A democracia pode-se melhorar e até mandar embora. A máfia somente pode-se vencer. Essa questão não é da Yulia Tymoshenko, Arsenii Yatseniuk, Vitali Klychko, Anatoli Hrytsenko, ou Yurii Lutsenko. Essa questão é de cada um, de quem quer viver, e não apenas sobreviver na Ukraina.
O governo de Yanukovych nos tomou quase todos os direitos. Além do direito de ação particular. O resultado das eleições já não depende dos políticos, mas dos cidadãos da Ukraina. Evitar esta escolha é impossível. Para muitas pessoas esta escolha será difícil. Mas a vida ensina, que somente o que é difícil, é realmente importante.
Dar luta à máfia - significa não apenas optar por uma oposição unida nestas eleições parlamentares. Isso significa conseguir aquilo, que ninguém pode lhe dar, - tornar-se uma pessoa livre.
E seja qual for o resultado, que anunciará a Comissão Central Organizadora, fará de você um vencedor. E somente a combinação dessas milhões de pequenas vitórias vai libertar o nosso país inteiro.
GLÓRIA À UKRAINA!"
Tradução: Oksana Kowaltschuk
Fotoformação: AOliynik
Imagem: Tyzhden

terça-feira, 21 de agosto de 2012

LUTSENKO SOFRE SEGUNDA CONDENAÇÃO

Segunda condenação de Lutsenko
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 17.08.2012

No dia 17.08.2012 Yurii Lutsenko foi condenado pela segunda vez. A acusação é a seguinte. Durante a campanha presidencial do ex-presidente Yushchenko, ele, o candidato, teria sido envenenado durante um jantar na residência do ex-vice-presidente do SBU (Serviço de Segurança da Ukraina) Volodymyr Satsiuk. Já durante a presidência do Yushchenk0o foi aberto inquérito contra o então motorista do ex-vice-presidente do SBU Volodymyr Satsiuk, Valyntyn Davedenko. Nada foi provado e o inquerito foi encerrado. A acusação a Lutsenko é que ele, na época, Ministro do Interior, após o encerramento do processo teria continuado por mais 18 meses, secretamente, encarregado dois funcionários para continuar com a investigação.

Segundo a acusação, a abertura do processo operacional para permitir o rastreamento a Davedenko e escutar suas chamadas telefônicas, "causou prejuízo substancial para os direitos, liberdades e interesses a Davedenko, protegidos pela lei.

Em julho a Procuradoria-Geral mudou a acusação a Lutsenko, e aos dois funcionários Tarasenko e Pavlyenov, as acusações de abuso de poder (artigo 364 do Código Penal), para negligência (§ 1º do artigo 367 CP).

O próprio Davedenko, por inúmeras vezes declarou que não se considerava vítima da perseguição alegada e até enviou um telegrama (não comparecia ao Tribunal quando solicitado) para que o deixassem em paz.

Ao colega de Lutsenko ofereceram para testemunhar contra ele. No dia 13.07.2012, Oleh Pavlyenov declarou que a ele propuseram dar um testemunho mentiroso contra o ex-ministro Yurii Lutsenko. Isto aconteceu antes da abertura do caso criminal contra ele, Pavlyenov.

Esta declaração ele deu em seu depoimento no julgamento.

"Recebi um telefonema do investigador da Procuradoria Geral, Voichenko, e ele disse: "Venha!" Respondo: "Agora eu não posso, estou no trabalho". "Venha depois do trabalho", - responde Voichenko. Respondo, que preciso notificar o advogado. Ele propõe vir sem advogado, não há nada especial.

"Isto aconteceu após a prisão de Yurii Lutsenko. Chegando ao gabinete de Voichenko, e lá à esquerda está sentado Voichenko, à direita - o representante do Ministério do Interior, Chumachenko. Vejo um jornal com a fotografia do aprisionado Lutsenko. Eu entendo que isto é uma pressão psicológica. E Voichenko diz para mim: "Quanto ao senhor vai ser aberta uma questão, dê um depoimento sobre Lutsenko".
"Como eu posso lhe dar um testemunho, se eu não posso lhe dizer nada?", - pergunto. "Nós lhe diremos", - respondeu-me Voichenko", - relatou Pavlyeunov.

"Eu considero este momento ilegal. A mim propuseram um acordo. Penso, que a maioria das testemunhas da questão cooperaram", - supôs o acusado. (Felizmente Pavlyenov, russo de origem, cidadão da Ukraina, estava enganado. Li a maioria das reportagens sobre o processo.
Foram convocadas, ao todo, 147 testemunhas. Destas, 87 testemunharam e nenhuma delas confirmou qualquer acusação contra Lutsenko, ao contrário, todas as 87 defenderam Lutsenko. Outro fato que levanta suspeitas sobre o processo acusatório: Que crime foi esse que necessitou a convocação de tantas testemunhas? A podridão está mesmo é no governo, mas este está acima da lei. - OK)

Mas, Lutsenko foi condenado a dois anos de privação da liberdade. Como já foi condenado a 4 anos no processo anterior, então estes dois anos serão absorvidos dentro da primeira condenação. E, também, restrição da liberdade para ocupar cargos relacionados com a implementação da organização e administrativo-econômicos em instituições e empresas de todas as formas de propriedade por três anos.
O senado checo insta Ukraina para liberar "presos políticos". Assim, a câmara alta do parlamento checo juntou-se a idêntica declaração aprovada em Mônaco pelo parlamento da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa), diz a "Rádio Liberdade".

A esposa do ex-ministro Lutsenko - Irena, disse que o Serviço Executivo começou a trabalhar no confisco de seus bens. "Eu recebi uma resolução do Serviço Executivo, onde diz que o confisco a propriedade está temporariamente desativado porquanto o processo civil em 640.000 UAH (80.000 USD) foi reembolsado". Este blog já publicou a matéria referente. Os amigos e ex-funcionários realizaram uma coleta e depositaram a quantia no órgão estatal correspondente. Fizeram isso porque entenderam que este dinheiro foi gasto para realização de duas festividades comemorativas ao dia da polícia e não para usufruto de Lutsenko.

Mas Irena acredita que vai haver um processo separado de confisco, em relação à residência. "Nós acreditamos na chegada de promotores, policiais, ou serviço executivo... "Eu estarei pronta, , tudo será empacotado, amarrado com fitas" - disse ela. Sobre o julgamento do marido, Irena disse que qualquer outra decisão ela não esperava. "Yurii, provavelmente será enviado à Colônia Mena, na aldeia Makoshyno em Chernihiv. Isso para nós não é surpresa. Eu penso, lá também há pessoas normais, e policiais normais. O governo pensa que Lutsenko está isolado da sociedade. Absolutamente não, é a sociedade que está isolada de pessoas normais. A decisão do juiz criou o precedente, que servir honestamente a este país não precisa , é necessário fazer-se de bobo, entregar seus líderes, os oficiais não devem ser honestos e então nós teremos futuro", - acrescentou ela.

Tradução: Oksana Kowaltschuk
Video formatação: AOliynik
Fonte dos vídeos: Ukrainska Pravda e TBi

REPORTAGEM COM IRENA, ESPOSA DE LUTSENKO



segunda-feira, 20 de agosto de 2012

GOVERNO PUNGUISTA ATACA EMPRESÁRIOS

Os impostos agora serão cobrados adiantado! Mesmo se não houver lucro...
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 09.08.2012 e 16.08.2012
Zinovia Voronovych
A partir do próximo ano os empresários terão que pagar os impostos com antecedência. Essa inovação escandalosa veio escondida na lei. "Sobre as alterações ao Código de Impostos do Sistema Fiscal do Estado e em conexão com a reforma administrativa na Ukraina".

Na primeira leitura não havia nada sobre antecipação de impostos. Na segunda leitura aprovaram imediatamente após a lei sobre idiomas. Quando os empresários leram o que foi acrescentado, - já era tarde... Esperavam que o presidente não assinasse, porque ao documento foram introduzidas normas, que não dizem respeito ao mérito da lei. Mas, no mesmo dia o presidente assinou a lei que matará o idioma ukrainiano, e a lei que matará o negócio na Ukraina.

Para o pagamento adiantado dos impostos os empresários até que já estão acostumados. Mas pagavam voluntariamente-obrigatoriamente. Em seu tempo, o diretor do grupo finlandês de construção Lemminkainen Infra Oy, Hugo Ader disse a este jornal que fechava seu negócio na Ukraina, devido aos adiantamentos de imposto. "Eu não conseguiria me acostumar, que o dirigente do fisco local me telefonasse e pedisse para pagar os impostos com antecedência, dizendo que poderia ser demitido do emprego porque não conseguia inserir-se nos planos" - queixava-se o empresário.

A partir de 1º de janeiro de 2013 as empresas com faturamento maior de 10 milhões de UAH (1.250.000 USD) por ano, serão obrigadas ao pagamento adiantado por lei e o farão, pagando 1/12 dos valores do ano anterior. Os empresários estão chocados, porque a realidade ukrainiana não prevê que lucro você vai obter, é irreal. Não há garantias de obter o mesmo lucro. Por exemplo, a empresa reduz a produção. Ou, pelo contrário, cresce, precisa comprar novos equipamentos e trabalha efetivamente no negativo. Mas, o imposto terá que pagar mesmo sem nenhum lucro.

O empresário Yaroslau Rushchyshyn diz que não há novidade, e que esta norma possui certa lógica, mas não na realidade ukrainiana. Nossos empresários já pagam alto imposto, de corrupção. "Esta lei - matará o empresário legítimo. Porque aos que trabalham na sombra, não importa que tipo de leis são aprovadas. E todas as normas que restringem os direitos de negócios, só pioram. É claro que os empresários referem-se a esta lei de forma negativa. O governo simplesmente legalizou o que até agora fazia ilegalmente. De resto, esse é o método do atual governo, que está longe de ser democrático. É o aumento de inspeções em todas as áreas para realização das promessas presidenciais, pelo menos antes das eleições. Não são necessários milhões - necessitam-se bilhões. E, aonde conseguí-los se a Ukraina já não fazem empréstimos? Então é necessário sacudir o négócio".

"Gostaria de aconselhar os empresários a desafiar esta disposição, - diz o chefe do Centro de Empreendedorismo Aleksander Danyliuk. - De acordo com o Código Orçamental, quaisquer alterações relacionadas com taxas de impostos, ou uma alteração do imposto deve ser adotada o mais tardar seis meses antes do ano fiscal. Ou seja, se a lei foi aprovada em julho, pode ter efeito só a partir de 1º de janeiro de 2014. Esta é uma norma muito importante, que ajuda a construir planos de negócios. Infelizmente, muitas vezes é violada. E é através da imprevisibilidade legislativa que Ukraina recebe os últimos lugares na classificação dos níveis da liberdade econômica e atração de investimentos. Nem os países com fraca democracia não se permitem isso".

Os empresários estão chocados, porque a eles, agora falta catastroficamente capital de giro, e com tais inovações o desenvolvimento em geral, pode ser esquecido. Assim como investimentos estrangeiros. Alguns até comparam o atual momento com a época de Stalin - você pode morrer, mas executar o plano é obrigatório.

Tradução: Oksana Kowaltschuk
Fotoformatação: AOliynik

sábado, 18 de agosto de 2012

ZONA DE LIVRE COMÉRCIO

Caro Leitor:

A Zona de Livre Comércio no conceito comunista russo, funciona assim:

"Eu (Rússia) exporto para você (Ucrânia); e você importa de mim".

(CIS) Commonwealth of Independent States

O Cossaco.

"Não-livre" zona de livre comércio com CIS
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 30.07.2012
Zinovia Voronovych

Produtos russos, teremos mais. Mas mais produtos ukrainianos na Rússia - dificilmente. É duvidoso se o Conselho Superior ratificou o acordo de livre comércio com a Comunidade de Estados Independentes (CIS). O primeiro-ministro argumenta, que isto contribuirá para aumentar o volume de negócios entre Ukraina e CIS.

Diz ele, quando o acordo entrar em vigor, serão mais acessíveis aos ukrainianos os automóveis russos, os vinhos moldavos, os conhaques armênios e o leite bielorrusso. Mas, se os produtores ukrainianos terão mais facilidades para vender seus produtos nos países da CIS, permanece mistério.

O acordo sobre o livre comércio entre os primeiros-ministros de Bielorrússia, Armênia, Cazaquistão, Quirguistão, Moldávia, Rússia, Tajiquistão, Ukraina, assinado em outubro do ano passado (Azerbaijão, Turcomenistão e Uzbequistão esta iniciativa não apoiaram). Mas, Ukraina não se apressava com a ratificação enquanto havia observações ao texto do acordo. Em particular, o acordo prevê condições desiguais para os países que são membros da União Aduaneira, e outros participantes da FTA (Zona do Livre Comércio). Contra ratificação pronunciou-se a Comissão Parlamentar de Assuntos Externos.

"É difícil falar sobre alguns benefícios econômicos para Ukraina após a ratificação do FTA com CIS porquanto as condições são muito assimétricas. Eu diria, mesmo, que são discriminatóriaas para Ukraina. Naqueles artigos sobre exportação, que são importantes para Ukraina, permanecem taxas muito altas. Há muitas restrições. As questões da resolução de conflitos não é detalhada, - diz o diretor de programas econômicos do Centro Razumkov Vasyl Yurchyshyn. - A ratificação desse acordo está relacionada com a aproximação das eleições parlamentares, especialmente no contexto de reforçada orientação à Rússia. Na Ukraina agora tentam restaurar os "frutíferos" laços econômicos da época soviética. Por isso, também este acordo veio à tona, e o projeto de lei do idioma...".

Tradução: Oksana Kowaltschuk


Sobre a Comunidade de Estados Independentes:

Comunidade de Estados Independentes (CEI) foi criada em Dezembro de 1991. Na Declaração adotada os participantes da Commonwealth declarou-se sua interação com base em igualdade soberana.
Atualmente, o CIS une: Azerbaijão, Arménia, Bielorrússia, Geórgia, Cazaquistão, Quirguistão, Moldávia, Rússia, Tajiquistão, Turquemenistão, Uzbequistão e Ucrânia.
Em setembro de 1993, os Chefes de Estados da CEI assinaram um acordo sobre a criação da União Econômica para formar espaço econômico comum fundamentado na livre circulação de bens, serviços, força de trabalho, capital, para elaborar a coordenação monetária, fiscal, preço, costumes, política econômica externa; reunir métodos de regulação da atividade econômica e criar condições favoráveis para o desenvolvimento das relações de produção diretos.
A fim de facilitar uma maior integração do Acordo de aprofundamento da integração no campo econômico e humanitário dos quatro países (Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia) e Acordo sobre a criação da Comunidade de Repúblicas Soberanas (Bielorrússia e Rússia) com a criação dos correspondentes órgãos de coordenação foram assinados em 1995. Em fevereiro de 1999, por decisão do Conselho Interestadual de quatro países (Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia), a República do Tajiquistão foi reconhecida como participante da união aduaneira desfrutar direitos.
Em outubro de 2000, os Chefes de cinco países (Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia, Tadjiquistão) assinaram um acordo sobre a criação de Comunidade Econômica da Eurásia. No presente Arménia, Moldávia e Ucrânia têm o estatuto de observador sob CEEA. Em outubro de 2005 o Uzbequistão fez a declaração para aderir a esta organização.
Em setembro de 2003 quatro países - Bielorrússia, Cazaquistão, Rússia e Ucrânia assinaram um acordo sobre a formação da CES (Espaço Econômico Comum).
A Integração dos países no quadro da Comunidade dos Estados Independentes é executada por meio de suas instituições coordenadoras (corpos charter, órgãos executivos e dos órgãos de cooperação ramo da CIS).
O Cossaco.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

YANUKOVYCH MENTE E HOMOLOGA LEI SOBRE IDIOMAS

Yanukovych reuniu-se com intelectuais e . . . assinou o projeto de lei sobre idiomas.
Vysolyi Zamok (Castelo Alto), 08.08.2012 e 09.08.2012
Oksana Ziobro e Zinovia Voronovych

Na quarta-feira, 8 de agosto, Viktor Yanukovych assinou a criação de Kolesnichenko - Kivalov ("Kaka" - como foi denominada pela Nação a tristemente notória Lei "Sobre os fundamentos da política linguística do país"). Não impediram o presidente nem a anticonstituição do escandaloso "Kaka", nem as inúmeras irregularidades de procedimento durante a sua aprovação no Parlamento, nem o clamor da grande parte da população.


No dia anterior, em sua residência na Criméia, Viktor Yanukovych encontrou-se com representantes da intelectualidade ukrainiana (Foto). Ouviu argumentos em favor do veto e ainda dourou a pílula dizendo que o Parlamento votará as alterações propostas à lei... No dia seguinte assinou.

O encontro foi marcado para acalmar as apaixonadas reclamações, porém, foi a administração presidencial que determinou quem participaria. Então, nem todos criticaram a aprovação da lei. No entanto, participaram também destacados escritores, veementes defensores do idioma pátrio. Leonid Kravchuk, o primeiro presidente da Ukraina, falou no início. Ele classificou a posição do Parlamento como traição, devido a violação do regulamento durante a votação, e disse que não poderia haver aceitação do projeto.

Mykola Zhylynskyi, literato e político. Diretor do Instituto de Literatura Taras Shevchenko, relata que foi ao encontro para não desperdiçar a menor possibilidade de convencer o presidente do erro da aceitação dessa lei. Anteriormente ele estudou todas as possíveis variáveis para modificação da lei, mas a saída era uma só - vetá-la.

Desde o início da reunião ficou claro que o presidente assinaria o projeto. Ele falou que estava inquieto com a situação, que estava interessado em extinguí-la, que é preciso encontrar entendimento. . . e propôs criar um grupo de trabalho, que deverá rever e melhorá-la para que o atual Parlamento ainda possa aprová-la.

Ficou claro que o presidente convocou esta reunião para, de alguma forma, camuflar a situação que surgiu. Mas, todos os programas para o estudo do problema, propostos pelo presidente, já foram realizados anteriormente.

Mykola Zhylynskyi ainda argumentou que a lei viola nove artigos da Constituição. Explicou-os apoiado por Ivan Drach e Pavlo Movchan. Paulo Movchan ainda acrescentou que esta lei vai criar diversas Ukrainas, de acordo com a origem da população: Ukraina húngara, Ukraina romena, já não falando da Ukraina russa, que haverá divisões do país. . . O presidente parecia concordar. Mas . . . nem uma única vez disse que assinará ou vetará a lei. Yanukovych tornou-se refém do Partido das Regiões e, principalmente, da confortável situação econômica que perderá sem o apoio dos regionais.

É duvidoso que alguém acredite em todo esse "lyalyalya", que esta lei é para defesa das línguas minoritárias. Imaginem Mohyliov, primeiro-ministro da Criméia (República Autônoma da Criméia), de repente começar a se comunicar no idioma tártaro! E, este é exatamente o idioma que deve ser protegido pela Carta Européia das Línguas Regionais ou Minoritárias.

A Carta Européia foi ratificada na Ukraina, ainda em 2003. Então, dizem os autores da lei "Kaka", que precisa implementá-la, mas, em um memorando explicativo referem-se, principalmente, ao idioma russo."Uma parte da sociedade ukrainiana declara oficialmentee o desejo de reconhecer o idioma russo como idioma de Estado, ou, se não for possível oficialmente estável, ao menos, oficialmente regional. Mas, justamente o idioma russo não tem relação com a Carta Européia na qual fala. O término "idiomas regionais" ou "idiomas de minórias" não inclui diáletos do idioma oficial, ou idiomas de migrantes. O idioma russo na Ukraina - é justamente o idioma de migrantes - com exceção de apenas algumas aldeias. Mesmo o leste ukrainiano, historicamente, de idioma russo, mas russificado devido a opressão de longos anos. É, justamente, o idioma ukrainiano que precisa ser protegido. Do mesmo modo que a língua dos tártaros da Criméia. Mas, na Criméia, os filhos de tártaros, no etnicamente seu território, recebem o estudo nas escolas em russo, com apenas algumas horas do idioma tártaro. A Carta Européia foi criadaa para proteger os idiomas que desaparecem, não excluir idiomas do país.

Na Ukraina realmente tem idiomas que requerem apoio do Estado, mas não é o russo, é o Tártaro da Criméia, o Gagauz (usado por 150 mil pessoas em Moldávia, Ukraina, Cazaquistão e Uzbequistão), o Romany (cigano), o Karaite (usado por mais ou menos 500 pessoas que professam o "karayimizm" - direção do judaísmo), a Krymchatska linguagem (muito parecido com o dialeto usado pelos tártaros da Criméia, também usado em Israel e Turquia. É pouco usado), a Urumska linguagem, (usado por 45 mil pessoas na Ukraina e Grécia), a Rumeyska linguagem (usado pelos gregos que habitavam a Criméia e em 1778 foram transferidos para o norte de Azov, às vezes classificado como dialeto), o Ídiche (do grupo germânico, hoje considerado como um dos dialetos do idioma alemão. Usado na Europa Central e Ocidental, Israel e EUA por mais de dois milhões de pessoas.

"Os autores da lei "Kaka" lutam para que os cidadãos não conversem no idioma ukrainiano, não o estudem. Dão preferência ao idioma russo. Dessa maneira não é possível resolver os problemas linguísticos das minorias. O documento proposto contém ameaça à sociedade ukrainiana, visto que ignora o status de Estado da língua ukrainiana, não protege a luinguagem das minorias e introduz a discórdia na sociedade ukrainiana", - diz a declaração de organizações e comunidades judaícas da Ukraina.

Os ativistas que distribuíam ou colavam panfletos contra o Partido das Regiões e a aprovação da lei "Kaka" começaram ser perseguidos e encaminhados aos tribunais. Está acontecendo em Sevastopol, Em Mykolaiv, Makiívka, Donetsk, Kirovohrad, Chercassy, Simferopol. Numa aldeia de Volyn, Vetla, bateram no casal que distribuía panfletos e, não satisfeitos ainda, voltaram a perseguí-los, agrediram novamente, inclusive ao jornalista que esteve presente e danificaram câmara e celulares.

Enquanto isso... a cidade de Mykolaiv (sul da Ukraina, a 65km do Mar Negro, com aproximadamentee 500 mil habitantes) está literalmente coberta pela propaganda a favor do idioma russo.


ISTO ESTÁ ACONTECENDO DENTRO DA UCRÂNIA!!!
Impossível acreditar sem ver as imagens que se seguem !!!
INACREDITÁVEL, ATERRADOR...
"Língua materna russa" ??? Estão reescrevendo a história!!!

É assim que o maldito comunismo age nos países estrangeiros: penetra de mansinho, ocupa os espaços, se apropria do solo, do idioma e da sua alma. E assim toda uma nação desaparece como se nunca tivesse existido. O grande poeta ucraniano, Taras Shevtchenko, (clique no link para ver o poema) está se remexendo no túmulo!!!

O Cossaco.
"NÓS EXPRESSAMOS CARINHO/E PROFUNDIDADE DE SENTIMENTOS/ COM A LINGUA NATAL - RUSSA"

"NO IDIOMA RUSSO CONVERSAM 780 MIL ENTÃO NÃO NECESSITAMOS IDIOMA RUSSO?"

"NÓS CONTAMOS HISTÓRIAS  ÀS CRIANÇAS NA LÍNGUA MATERNA - RUSSA!"

"EU - SOU UKRAINIANA E CONVERSO NA LÍNGUA MATERNA - RUSSA!"

"NA MINHA UKRAINA QUERO ESTUDAR NA LÍNGUA MATERNA - RUSSA!"

"NÓS - SOMOS UKRAINIANOS E CONVERSAMOS NA LÍNGUA MATERNA RUSSA!"


 Tradução: Oksana Kowaltschuk
Imagens da reunião: Ukrainska Pravda
Imagens dos outdoors: iPress
Foto formatação: AOliynik

domingo, 12 de agosto de 2012

RUSSIA INCORPORARÁ A UCRÂNIA COM AJUDA DE YANUKOVYCH

Sete passos do Yanukovych, que dão esperança a Kremlin absorver Ukraina
Tyzhden (Semana), 06.08.2012
Oles Oleksienko

O encontro de Yanukovych com Putin em Yalta, em 12.06.2012, mostrou que o último escolheu esperar: parece que ele acredita, que seu colega ukrainiano, com próprias mãos criará suficientes condições para passar nosso país sob pleno controle de Kremlin.

Se Bankova (endereço da presidência) demonstra que dominará a situação e pessoalmente indicará a direção do país, baseando-se na idéia de múltiplos vetores, em Moscou, analisando as ações táticas, calculam que a continuação de tendências existentes na política interna e externa do atual governo ukrainiano certamente levará à situação, em que em algum momento resistir à pressão da Rússia se tornará impossível. Então só precisa esperar a formação de uma massa crítica de fatores, que façam Kyiv indefeso. Yanukovych move-se com sucesso nesta direção. Obviamente, ele próprio não compreendendo as ações que são ditadas pelo próprio interesse, ele dança conforme tocam no Kremlin (movimento orientado para autoritarismo que já o conduziu ao isolamento do Ocidente; plantio do modelo eurasiano nas relações comerciais e de governo, e isto nas condições ukrainianas - veja ítem 5 - empurrará os oligarcas a Putin, etc.).
E, ao mesmo tempo forma-se a impressão, que alguém de seu círculo íntimo constantemente lança ao atual presidente idéias - resoluções, que a ele realmente não interessam (porque não adicionam pontos eleitorais), mas a realização deles também joga a favor das ambições imperiais de Kremlin. Trata-se, em particular, sobre a lei do Idioma, que leva à divisão do país ou, por exemplo, achincalhe de Yuri Lutsenko, o que reforça a impressão do ocidente: Yanukovych escolheu o caminho de Lukashenka (presidente da Bielorrússia).

No presente contexto, de acordo com este jornal, este cenário - a subordinação ao país vizinho - pode muito bem ser realizado num futuro próximo.

1. O apertar dos parafusos, a violação dos direitos e liberdades, cujo exemplo é a prisão dos oponentes políticos, restrição arbitrária de ações cidadãs de protesto e de liberdades de reunião, aumento da pressão sobre a mídia (últimos casos: processos criminais contra a edição on-line Ib.ua e TV CEO "TVi"). De acordo com as tendências recentes, com a aproximação das eleições parlamentares todos estes sinais tornar-se-ão mais visíveis. Deste modo Ukraina se isola das sociedades do tipo europeu e aproxima-se do modelo autoritário da "soberana democrácia" de modelo russo-bielorrusso que objetivamente facilita sua integração no novo projeto imperial na forma de União Eurasiana.

2. O isolamento político do lado da UE e do mundo civilizado, que, em geral é consequência do passo anterior do governo. A teimosia de Yanukovych em ignorar exigências de países europeus, a inobservância dos valores democráticos, direitos e liberdades humanas, expande lentamente o círculo de apoiantes do isolamento completo do regime ukrainiano atual e fará mais fundamentada e convincente a sua posição. No caso, que o poder permita uma distorção radical das preferências eleitorais dos cidadãos, durante as eleições parlamentares de outubro e a supressão de (totalmente previsível nestas circunstâncias) protestos em massa, Ukraina corre o risco de perder a imagem da "única grande democracia nos terrenos da CEI", e Viktor Yanukovych - o saldo de argumentos, que agora, ainda, forçam os europeus distingui-lo de Lukashenka. "Bielorrussiazição", sem dúvida, é confortável para Kremlin.

Como previu "Semana" (Nº 29/2012) a rubrica da parte do Acordo de Associação Econômica (TLC) ou a liberalização do regime de vistos é apenas tentativa da UE para enviar o sinal, que lá as portas para Ukraina estão abertas, desde que mude a política ou o governo. Em particular, em uma entrevista com o Centro Razumkov, o presidente da Comissão Européia José Manuel Barroso e o representante da UE para Política Externa e de Segurança Catherine Ashton, confirmaram, que a entrada em vigor do Acordo de Associação na atual situação é impossível, "e a chave para avançar em nossas relações está em Kyiv, não em Bruxelas. A nossa proposta está sobre a mesa, como visto com a rubrica do acordo. Mas o fundamento dos valoress, necessários para associação política não há. É Ukraina que deve demonstrar a vontade política, dando passos claros e concretos para reverter as tendências negativas, as quais nós observamos desde o ano 2.010".

3. Aculturação da Ukraina. A lei Kolesnichenko - Kivalov (Kaká), Se entrar em funcionamento, vai abrir o caminho para russificação total do país, não vai proteger os direitos dos idiomas regionais e não apoiará o status da língua oficial (ukrainiana), como mostra claramentee um caso recente em Rivne, com a "regional" Olena Bondarenko, a qual demonstrou que comunicar-se através do idioma ukrainiano, para ela é difícil. E ainda confirmou que a aprovação da lei Kaká é necessária, para que todos, que usam o idioma da "comunicação internacional", como ela denominou o russo, não tenham necessidade mudar para outro. A representante do Partido das Regiões até envergonhou os ukrainianos, que não conhecem o idioma russoo, porque a eles pode dirigir-se um deputado...

O governo da FR, especialmente Vladimir Putin não esconde que, justamente o idioma e cultura russa como principal marco civilizacional é base de expansão informativo-ideológica, desempenham o papel principal na realização de neoimperiais projetos nas regiões pós-soviéticas.

4. Federalização da Ukraina, que pode levar à sua divisão. O projeto político do compadre de Vladimir Putin, Viktor Medvedchuk "Escolha Ukrainiana" com óbvios slogans russos cresce sem quaisquer resistências da Bankova. Recentemente Medvedchuk começou pedalar ativamente a federalização da Ukraina. Ele é intensivamente auxiliado pelo primeiro-ministro Anatoli Mohyliov, que iniciou a plenipotência da Criméia e da Constituição local até a equalização dos direitos com o governo central de Kyiv. Essa iniciativa separatista também não causou reação adequada do responsável pela Constituição (presidente).

O único benefício da federalização pode ser a expansão de governos locais independentes. Este é o papel do regime federativo na maioria dos países que o adotam. No entanto, na Ukraina as respectivas iniciativas anunciam com metas completamente diferentes - como instrumento de preservação das diferencas interregionais e disparidades, reforço do efeito de "identidade rasgada". O motivo principal de seus partidários, na verdade, há apelações a diferentes orientações civilizacionais e orientações geopolíticas de certas regiões, o que pode indicar, que com auxílio da federalizaçãoo apenas preparam o solo, para desestabilizar a situação e minar a integridade territorial do país. Provavelmente, desta forma se preparam à reação do surgimento de um possível governo de forças ukrainianas pró-européias que ameaçará uma ruptura definitiva com o espaço pós-imperial de eurasismo russo.

5. Direta submissão dos oligarcas ukrainianos ao Kremlin, perda da soberania econômica. No país introduzem ativamente o modelo eurasiano nas relações empresas x governo. No entanto, ao contrário da Rússia, a sociedade Ukrainiana é categoricamente contra esse sistema. Nestas condições os oligarcas "ukrainianos", que, devido à sua mentalidade e aceitação do modelo vizinho, mais confortável seria aderir às condições de Putin, em vez de estar sob Yanukovych, - mais esperançoso.

Na verdade os oligarcas "ukrainianos" nunca se identificaram com o nosso país, mas eram, e ainda são parte da elite dos negócios pós-soviéticos que buscam apropriar-se e maximamente aproveitar os recursos econômicos de "seus" países em seu próprio benefício, não criando nenhum potencial novo para eles. Além de Khodorkovskyi, a Rússia de Putin tem ainda Abramovich, Dyeripask e outros, que podem existir em condições de completa confortabilidadee em troca da renúncia de interferência na política e reconhecimento de seu status de submissão quase escrava de Putin. Esse modelo segundo determinadas condições é capaz de reconhecer completamente aceitável a maioria dos oligarcas ukrainianos, que hoje já começam integrar-se na vizinha FIG - Grupo financeiro e industrial (o que testemunharam as vendas aos russos, de ativos da metalurgia por Taruta, Pinchuk e outros).

Ao mesmo tempo, o grupo empresarial de Dmytro Firtash muitos analistas consideram como um agente do Gazprom na Ukraina, que deve comprar ativos em grupos contíguos e relacionados com as esferas do mercado de gás, e depois tranferi-los ao monopolista russo. A questão parece ser apenas de preço, que por esta missão o grupo receberá (na forma de dinheiro ou, por exemplo, as ações minoritárias do Gazprom). E tudo isso acontece num contexto de crescimento dinâmico da dívida do "Naftogaz da Ukraina" (recentementee a empresa assinou um contrato com o Gazprombank da Rússia para abrir uma linha de crédito de dois bilhões de dólares) e outras empresas de energia nacionais, perante as estruturas afiliadas com Gazprom. A reoroganização planejada do próprio Naftogaz pode facilitar a obtenção do controle do monopolista russo sobre redes de distribuição na Ukraina e, portanto, a pressão sobre o consumidor. Moscou, além do gás, realmente conduz Kyiv para adoção do rublo (moeda russa).

6. A rejeição aventureira de integração em um único sistema europeu de segurança coletiva (OTAN) e a declaração da não reforçada neutralidade acontece no contexto direcionado da defesa do país. Tudo isso torna-o vulnerável diante dos desafios potenciais à integridade territorial e soberania. Negligenciar as necessidades do exército, sua comercialização, quando observa-se concomitantemente a elevação do status das tropas russas, acompanhada de aumento de gastos no país vizinho, o que pode motivar uma parcela significativa de nossos soldados para uma possível pertinência ao controle da FR, dados os próprios interesses profissionais.

7. A progressiva delegitimação do governo - vai alcançar o seu ápice no caso da deturpação das preferências eleitorais da população durante as eleições parlamentares de outubro. A desconsideração de métodos legítimos pode provocar descontentamento com a situação da maioria da população do país, e levar à procura de alternativas ao governo. A ameaça especial nesta situação apresentam as tentativas de forças antiukrainianas apoiadas por Kremlin, que aproveitarão os instrumentos de democracia direta (referendo) com finalidade antiestado, usando técnicas de manipulação. Nestas circunstâncias, a ameaça da desestabilização da situação no país e modelagem do sentido de seu desenvolvimento do exterior, no interesse do projeto neoimperial de Putin será fortalecido consideravelmente.

Tradução: Oksana Kowaltschuk
Foto formatação: AOliynik
Imagens: Tyzhden (Semana)

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

PARLAMENTO RATIFICA ACORDO DE LIVRE COMÉRCIO

Darren Hayman: "Aderindo à zona de livre comércio com UE significa para os investidores que na Ukraina tornou-se mais seguro fazer negócios."
Tyzhdyn
(Semana), 03.08.2012
Olena Pototska

Darren Hayman
Em 30 de julho o Parlamento ukrainiano ratificou o acordo de livre comércio com a CEI (Bielorrússia, Armênia, Cazaquistão, Quirguistão, Moldávia, Rússia, Tajiquistão, Ukraina), que muitos especialistas chamam de prelúdio para adesão da Ukraina à União Aduaneira, um dos projetos eurasianos de Kremlin.

Enquanto isso, em 19 de julho, em Bruxelas, foi rubricada a parte econômica do Acordo de Associação entre Ukraina e UE - de livre comércio. De fato, fixando-se em uma dessas uniões econômicas, nosso país fará uma escolha civilizacional, do qual dependerá, se realizar-se-á na perspectiva econômica, a qual, a priori não é possível no caso de basear-se nos desatualizados mercados da CEI.

Em uma entrevista a "Semana" o analítico de investimentos Darren Hayman, que tem vasta experiência em gestão financeira e sistema de comércio alternativo, identifica os principais benefícios e riscos , que prevê a zona de livre comércio com UE, e explica porque, para investidores estrangeiros é tão importante a adesão da Ukraina ao acordo comercial com UE.
Semana: As complicações nas decisões com UE recentemente impulsionou os defensores da adesão da Ukraina à União Aduaneira (UA) - formação de subdesenvolvidos países pós-soviéticos. O seu argumento mais significativo é que nesta organização nos esperam tais como somos: a nossa inabarcável corrupçãoo, o fraudulento sistema judiciário, produção não competitiva. E, pela adesão à UA Rússia promete, por exemplo, desconto no preço do gás. Em contra partida, UE exige democratização em todos os setores da vida pública, aperfeiçoamento das leis, modernização empresarial, melhoria da qualidade produtiva, isto é, realização de trabalho difícil, que se estenderá por anos. Não lhe parece que o atual governo ukrainiano simplesmente não vê benefícios econômicos em acordos comerciais com UE?
- A realidade consiste em que, a UE é o mais rico mercado da região. E fazer parte dele é uma enorme vantagem econômica para seu país. No entanto, apesar de que pouco falam sobre isso, a UE já é parceiro comercial N°1. Rússia ocupa o segundo lugar e UA - apenas o terceiro.

O acordo com UE automaticamente significará para Ukraina a implementação obrigatória de reconhecidos internacionalmente padrões econômicos, industriais e jurídicos que melhorarão a qualidade de seus produtos, e portanto, melhorará a perspectiva do país no comércio não só com a Europa, mas também com o resto do mundod. Juntar-se à União Aduaneira com a Rússia, onde ainda vegetam os obsoletos padrões soviéticos, só retadará a modernização da Ukraina.

E claro que o livre comércio com UE também vai exigir maior transparência e eficiência de negócios. Combinando com aperfeiçoamento da legislação isto reforçará substancialmente a posição de seu país aos olhos dos investidores internacionais. Justamente, a própria adesão ao tratado com UE significará aos últimos que na Ukraina tornou-se mais seguro fazer negócios. Isto abrirá o fluxo de novos investimentos e tecnologias, não somente da própria UE, mas de todo o mundo desenvolvido. Tudo isso vai aumentar a produção ukrainiana e, em geral melhorar a situação econômica no país. Os consumidores receberão produtos mais baratos e de qualidade superior.

Existem também benefícios políticos. A zona de livre comércio com UE aproximará o país do regime de vistos com UE, e em geral de sócios.
Semana: Em troca são evidentes riscos para Ukraina depois da entrada à zona de livre comércio com UE?
- O primeiro risco, com o qual vocês vão chocar-se - é político. Obviamente, depois de entrar na zona de livre comércio com a UE, a Ukraina vai esperar piora das relações com a Rússia.

Outro momento difícil - precisa preparar-se à introdução de padrões europeus que não serão baratos. Afinal de contas a criação mínima de estruturas de regulação independentes devem estar tecnicamente seguros.

Também, necessariamente, surgirão macro-economicos riscos. Especialmente, de empresas, que eram competitivas devido a alto preço na introdução de produtos, terão de enfrentar a nova concorrência na importação. Como resultado as empresas ukrainianas precisarão reduzir os preços em certos ramos o que, provavelmente, significará a exclusão do mercado.

Com isso espera-se que, fundamentalmente, aumentará a pressão sobre as pequenas empresas, que em algum momento terão dificuldades em competir com as importações mais baratas.

Se sofrerão com isso os cidadãos comuns? Sim. Provavelmente, como resultado, um significativo número de pessoas perderá o emprego. Mas é necessário observar: uma notável vantagem dos acordos com a UE será que muitas pequenas empresas, de empresários ukrainianos, ganhará acesso ao enorme mercado europeu. Naturalmente, isso irá beneficiar apenas as empresas que conseguirem aumentar a sua competitividade. Então, como resultado, o equilíbrio será alcançado: algumas empresas vão se beneficiar com o acordo com a UE, e algumas sofrerão.

Claro, tudo vai depender do que constar no acordo com UE. Porque não tem nada absoluto. Sempre podem haver exceções. Mas o Banco Central Europeu sempre encontra dinheiro para os estados membros. Para Ukraina esta questão não está encerrada. Particularmente, em relação a ajuda financeira para execução do seu regime de livre comércio com UE. Tudo isso está em discussão e com bons advogados, políticos e apoio social esses problemas podem ser resolvidos.
Semana: Eu me lembro da história, quando, apesar de todos os acordos dentro da UE, os agricultores franceses postaram-se na fronteira e simplesmente não permitiram a entrada no país da produção agrícola da Bulgária. Serão assegurados, por exemplo, os agricultores ukrainianos de tais problemas?
A vantagem para Ukraina é que vocês já viram o que aconteceu, qual o caminho que praticava Bulgária e que dificuldades superava. E agora, usando a experiência alheia, vocês podem defender certas condições do contrato, tomar a iniciativa em suas mãos e colocar todos os pingos no "i". Podem negociar todas compensações de possíveis riscos, ou completamente impedi-los. Naturalmente, acontecem coisas difíceis de prever, mas, ao menos, fazer tudo o que depender de nós para evitá-lo.

O argumento, de que com a adesão à zona de livre comércio da UE a agricultura ukrainiana será destruída é frequentemente dito por economistas russos. Não penso que isso é real, sempre há a possibilidade de proteger-se
Semana: Ainda nos tempos soviéticos a produção agrícola da Bulgária e Hungria era de qualidade bem superior que ukrainiana. Sem mencionar a espanhola, a italiana ou francesa. Hoje de economistas ocidentais frequentemente ouvimos, que a principal perspectiva de exportação da agricultura ukrainiana - é canola. Então, o que será necessário limitar para nossa ambição agraria com essa cultura?
O principal problema é que grande parte da produção agrícola da Ukraina provem de pequenos agricultores. Esta produção é absolutamente ineficaz, principalmente para ser competitiva no mercado internacional. Seus agricultores precisam aplicar a nova tecnologia e conseguir pelo menos a eficiência da Bulgária, o que é absolutamente real com a qualidade do muito melhor solo da Ukraina e maior produção.

O outro problema relacionado a esta cultura e que trava o ingresso à economia agrícola de investimentos e novas tecnologias, que aumentariam sua efetividade, - é a ausência da Ukraina de um mercado civilizado de terras.

E, é claro, trazendo produtos agrícolas ao mercado europeu precisa ter em conta que seu país ainda tem uma reputação de "país de Chernobyl". Então, comprar produtos cultivados na Ukraina, considera-se mais arriscado que em qualquer outro país.

Podem ser resolvidas todas essas questões? Conseguirá Ukraina ser um jogador destacado no mercado agrícola mundial? Sim. Mas para isso é necessário um tempo - pelo menoos vários anos, até que, por exemplo, uma cultura não tradicional, hortaliças, ocupe uma posição estável.

Naturalmente, no início será muito difícil, especialmente para pequenas explorações agrícolas. Mas a agricultura ukrainiana já tem algumas vantagens. Primeiro, este é um trabalho muito especializado e barato. E, ainda, por exemplo, a presença de portos no Mar Negro e relações com a Ásia e Oriente Médio.
Semana: O quanto é importante a assinatura do acordo da Ukraina com a UE aos investidores?
Há vários grupos de investidores. Um deles - aqueles que querem entrar no mercado ukrainiano masmo antes do país assinar acordo com UE. Mas, para isso, o país deve ter estabilidade política e econômica. Estes são, geralmente, investidores privados.

Mas há um outro grupo que espera não simplesmente a estabilidade na Ukraina, mas que ela seja garantida pela UE. Este grupo é muito numeroso. Eles querem receber informação sobre o país diretamente da UE ainda antes de começar investir. E apesar de agora em conexão com a crise nos países desenvolvidos, as pessoas retiram o dinheiro dos mercados em desenvolvimento, investidores interessados na Ukraina há muitos.

Tradução: Oksana Kowaltschuk

sábado, 4 de agosto de 2012

A EUROPA DESCOBRE A UCRÂNIA

A Europa descobriu a Ukraina
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 23.07.2012

Kyiv continua recebendo turistas estrangeiros. Apenas a um ponto de informações turistícas, na Rua Khryshchatyk, diariamente, comparecem 200 turistas. Tanto quanto nos dias do Euro.

Os guias de turismo conectam esta tendência com a publicidade positiva de Kyiv, que fez a mídia estrangeira após o campeonato de futebol.

Vem pessoas do mundo inteiro, em família com crianças, em pares ou individualmente.

Os turistas reconhecem que se decidiram vir a Kyiv depois que leram as reportagens sobre a beleza da cidade, como são positivas as pessoas, e baixos preços. E, muitos foram aconselhados pelos amigos que vieram assitir aos jogos. A maioria deles já traz anotados os locais que, obrigatoriamente, deverão visitar: Lavra (monastério), Catedral Sofia, Perohovo (museu a céu aberto), Chernobyl.

Alguns se hospedam em casas de família, onde já se hospedarm seus amigos durante os jogos. E prometem a seus novos amigos hospedá-los em suas casas, quando estes forem ao seu país. (É muito positivo esse intercâmbio dos ukrainianos com o mundo democrático. Talvez assim, com o tempo eles comecem exigir mais efetivamente, um tratamento mais justo de seus governantes - OK).

Já o jornalista Ivan Farion, do jornal "Vysokyi Zamok" (Castelo Alto), de 27.07.2012, diz que Ukraina impressionou a todos os visitantes com calorosa recepção e agradavelmente surpreendeu, e não apenas com o evento esportivo.

O mérito por este êxito o atual governo atribui a si mesmo. Os estádios, as estradas e os aeroportos são atribuídos à realização da equipe presidencial e à força da política dominante. Viktor Yanukovych já distribuiu um saco de medalhas aos criadores do sucesso futebolístico - representantes governamentais, agências, administrações regionais e empresariais. No entanto, a principal palavra de agradecimento deve ser dirigida não a eles, mas a ukrainianos comuns que com sua energia incrivelmente positiva, criaram uma atmosfera única para Euro. Aquela que não pode ser adquirida ou criada por qualquer dinheiro. "Não penso, que os estrangeiros se impressionaram pelos nossos estádios, hoteis ou estradas - isso eles já viram bastante em sua casa. Eles se impressionaram com a hospitalidade, antes em nenhum lugar vista a aura da Ukraina e de seus cidadãos", diz o jornalista.

Muitos ukrainianos ofereceram gratuitamente moradia. Outros, cada um a seu modo, procuraram tornar-lhes a estadia agradável. Houve aquele senhorzinho de meia idade, que adquiriu no banco moedas comemorativas de uma UAH e as distriguía aos estrangeiros. E, aquele pequeno empresário de Lviv, que durante a realização dos jogos em sua cidade, abaixava consideravelmente seus preços. Os motoristas que cobravam o valor certo, sem acréscimo. A troca de bilhetes excedentes para jogos, etc.

Durante o Euro todos nós nos sentimos especialmente bem. Não reclamávamos do nosso sistema de transporte, das nossas calçadas, e desculpávamos aos estrangeiros as cantorias noturnas sob nossas janelas. Eramos mais afáveis com os outros, que de costume.

Naqueles dias, nós nos sentíamos membros da grande família européia. Nenhuma recomendação burocrática de Kyiv nos obrigava a ser assim. Era um anseio natural da alma ukrainiana para Europa.
Resumo e tradução: Oksana Kowaltschuk

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

ITÁLIA CRITICA POLÍTICA UCRANIANA

Os promotores italianos falam sobre política suja na questão de Avakov
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 22.07.2012

Os promotores italianos falam sobre política suja na questão de Avakov. Então, não irão entregá-lo às mãos de Viktor Pshonka.

A equipe de Viktor Yanukovych consolida para si a reputação de um regime autoritário com o qual o Ocidente não quer ter interesses. A ilustração do tema da vez - é a extradição da Itália do político ukrainiano de oposição, ex-presidente da ODA (Administração Estatal Regional) de Kharkiv Arsen Avakov. A Procuradoria Geral da República italiana negou à Procuradoria Geral da Ukraina o pedido para enviar o aliado da Tymoshenko a Kyiv.

A este respeito o governo ukrainiano está silencioso. Foi o próprio Avakov, que em sua página do Facebork publicou a tradução da posição oficial dos procuradores italianos, cuja essência é: o Gabinete do Procurador-Geral da Itália se recusa a apoiar as acusações contra Avakov, acentua a motivação política de sua questão e enfatiza, que o retorno de Avakov à sua pátria, poderá submetê-lo a "perseguição por motivos políticos". Portanto, a procuradoria italiana não vê motivos para extradição de Avakov.

Suas conclusões os procuradores romanos enviaram ao Tribunal de Recursos, o qual emitirá a decisão final.

A Procuradoria-Geral da Ukraina acusa o ex-governador de Kharkiv em negócios ilegais com a terra. Avakov negou e disse que era vingança política do governo porque ele encabeçava a organização regional do partido da Tymoshenko.


Tradução: Oksana Kowaltschuk

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

GOVERNO PROIBE CAMPANHA DA OPOSIÇÃO

O governo, através dos tribunais, proibe a campanha da oposição.
Tyzhden (Semana), 25.07.2012

Em conformidade com a legislação, a Oposição Unida "Batkivshchyna" (Pátria) informou às autoridades os locais sobre a ação planejada.

Tentando impedir a instalação de tenda informativa em Ivankiv, o Conselho da Aldeia, em torno de 21 horas, recorreu ao Tribunal Administrativo Distrital. Este, rapidamente, à meia-noite, aprovou a lei que proibe a instalação de tendas da Oposição Unida "Pátria", em Ivankiv. "Pátria" apelou da decisão.

O Tribunal Administrativo Distrital também proibiu à oposição, a instalação de tendas em Boyarka e Skvyr, para ação judicial "Ukraina contra Yanukovych".

Anteriormente, dia 21 de julho, em Kaharnyk a milícia demoliu a tenda informativa da oposição onde recolhiam assinaturas para juntar ao processo contra o presidente Yanukovych. E no dia 20 de julho, a milícia derrubou a tenda onde trabalhavam na recepção ao público os deputados Yuri Odarchenko e Yuri Hanushchak.

Estas proibições ocorreram em Kyiv, ou seus distritos, mas fatos análogos estão ocorrendo em diversas localidades da Ukraina. No entanto os candidatos do Partido das Regiões estão distribuindo livremente pacotes de comida ou outros agrados aos eleitores.


Tradução: Oksana Kowaltschuk

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

PROCESSO CONTRA DIRETOR DA TVi ARQUIVADO

O Ministério arquivou o processo contra o diretor geral do Canal de Televisão TVi
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 27.07.2012

O Ministério Público reverteu a decisão do fisco do distrito Solomians, de Kyiv, sobre abertura do Processo Penal contra o diretor geral da TVi Mykola Kniazhytskyi por suspeita de evasão fiscal.

"Na verificação do caso a Procuradoria Geral da República concluiu que o referido processo criminal do Fisco foi instituído sem a devida verificação apropriada e sem motivos suficientes. Assim a Procuradoria de Kyiv emitiu decreto anulando a decisão sobre a abertura do caso criminal contra Mykola Kniazhytskyi.

A verificação realizou-se por ordem do Presidente Yanukovych e Procurador Geral Viktor Pshonka.

Kniazhytskyi declarou que soube do fechamento da questão através da mídia e não conhece os pormenores. (O motivo deste arquivamento é um só. A questão não foi bem pensada. Ela denunciaria muito claramente a intenção de esconder as irregularidades nas próximas eleições perante a União Européia. Yanukovych ainda tem esperança de enganar a UE quanto a lisura de suas ações. Agora estão estudando algumas alterações na lei que rege o próprio processo eleitoral. - OK)
 
Tradução: Oksana Kowaltschuk

terça-feira, 31 de julho de 2012

FREEDOM HOUSE PREOCUPADA...

Tyzhden (Semana), 20.07.2012

Freedom House está preocupada com a imagem da família Yanukovych como a maior fonte de corrupção.

A organização internacional não-governamental Freedom House está preocupada com a imagem da família do Presidente Viktor Yanukovych como a maior fonte de corrupção na Ukraina. Sobre isto falou o presidente David Kramer em entrevista a Rádio Svoboda (Liberdade).

Estamos preocupados com a proliferação da corrupção que anteriormente já existia na Ukraina", - disse David Kramer. "Em abril, quando realizamos a pesquisa, ouvimos um novo termo: "familiarização", quando as pessoas apontam diretamente para a famíliai presidencial como a maior fonte de corrupção" - disse ele.

Sobre as eleições parlamentares de outubro, Kramer se preocupa: "Temos um sentimento muito ruim quanto aos acontecimentos no transcorrer das eleições". Kramer também observou que na Ukraina piorou a justiça eleitoral e a situação dos políticos aprisionados.

Anteriormente, o jornal "Dzerkalo Tyzhnia" (Espelho da Semana), com referência às fontes competentes informou que com os ativos da "família" do presidente Yanukovych interessaram-se os representantes do Grupo de Egmont - uma organização que reúne informações financeiras de mais de 120 países, incluindo Ukraina.
Tradução: Oksana Kowaltschuk

segunda-feira, 30 de julho de 2012

OLIMPIADA 2012: O QUE ESPERAR DOS ATLETAS?

Os "olímpicos" ukrainianos não recebem comida suficiente e treinam em condições desfavoráveis.
Ukrainska Pravda - Zhyttia (Verdade Ukrainiana - Vida), 25.07.2012

Aos desportistas da equipe olímpica, do atletismo da Ukraina, não fornecem alimentação suficiente, nem mesmo água potável mais de meio litro diário. E não há onde comprar. A notícia veio pela televião TCN, a qual cjamaram os atletas para mostrar em que condições vivem.
A base se assemelha a um acampamento pioneiro esquecido, dizem os jornalistas. Da época soviética.
Os atletas usam banheiros, nos quais nem sempre funciona a drenagem, ocasionando cheiro de mofo e urina.
Os colchões velhos ocasionam dores nas costas. Os atletas que podiam, compraram novos. E, além das camas desconfortáveis e sujos travesseiros, os mosquitos perturbam o sono a noite.
"Viver nesta imundície não é agradável. E, como atrair a geração mais jovem? Vir, praticar esportes mesmo entendendo que isto já não é valorizado", indigna-se o lutador Alex Kasyanov.
A campeã mundial e da Europa, de salto triplo, Olha Solodukha, diz que a comida é pouca. "Deseja-se melhores condições e melhor alimentação, ao menos antes da Olimpíada. Não é suficiente. Principalmente para os rapazes".
Os esportistas entram na fila, e sozinhos distribuem a sopa e as saladas. Gostariam de comer mais algum alimento. Não há nada nas geladeiras, não há geladeiras. Não há mercados próximos, e ir até Kyiv é violação do regime.
Os desportistas dizem que o governo destina 205 UAH (28 USD) por dia para cada pessoa. Aonde foi parar o dinheiro não sabem.
O chefe da equipe não respondeu a esta pergunta. De início não queria que fossem tiradas fotos. Em seguida pediu aos jornalistas que se retirassem. "Os atletas precisam treinar e não reclamar".
O ginásio também assusta: tapete sujo e rasgado, aparelhos danificados ou insuficientes.
No entanto o vice-presidentee do Ministério da Juventude e Esporte Serhii Hlushchenko declarou que o governo destinou 564 milhões de UAH (70.500.000 USD) para a preparação da equipe aos XXX Jogos Olímpicos em 2012, em Londres.

Tradução: Oksana Kowaltschuk