terça-feira, 21 de agosto de 2012

LUTSENKO SOFRE SEGUNDA CONDENAÇÃO

Segunda condenação de Lutsenko
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 17.08.2012

No dia 17.08.2012 Yurii Lutsenko foi condenado pela segunda vez. A acusação é a seguinte. Durante a campanha presidencial do ex-presidente Yushchenko, ele, o candidato, teria sido envenenado durante um jantar na residência do ex-vice-presidente do SBU (Serviço de Segurança da Ukraina) Volodymyr Satsiuk. Já durante a presidência do Yushchenk0o foi aberto inquérito contra o então motorista do ex-vice-presidente do SBU Volodymyr Satsiuk, Valyntyn Davedenko. Nada foi provado e o inquerito foi encerrado. A acusação a Lutsenko é que ele, na época, Ministro do Interior, após o encerramento do processo teria continuado por mais 18 meses, secretamente, encarregado dois funcionários para continuar com a investigação.

Segundo a acusação, a abertura do processo operacional para permitir o rastreamento a Davedenko e escutar suas chamadas telefônicas, "causou prejuízo substancial para os direitos, liberdades e interesses a Davedenko, protegidos pela lei.

Em julho a Procuradoria-Geral mudou a acusação a Lutsenko, e aos dois funcionários Tarasenko e Pavlyenov, as acusações de abuso de poder (artigo 364 do Código Penal), para negligência (§ 1º do artigo 367 CP).

O próprio Davedenko, por inúmeras vezes declarou que não se considerava vítima da perseguição alegada e até enviou um telegrama (não comparecia ao Tribunal quando solicitado) para que o deixassem em paz.

Ao colega de Lutsenko ofereceram para testemunhar contra ele. No dia 13.07.2012, Oleh Pavlyenov declarou que a ele propuseram dar um testemunho mentiroso contra o ex-ministro Yurii Lutsenko. Isto aconteceu antes da abertura do caso criminal contra ele, Pavlyenov.

Esta declaração ele deu em seu depoimento no julgamento.

"Recebi um telefonema do investigador da Procuradoria Geral, Voichenko, e ele disse: "Venha!" Respondo: "Agora eu não posso, estou no trabalho". "Venha depois do trabalho", - responde Voichenko. Respondo, que preciso notificar o advogado. Ele propõe vir sem advogado, não há nada especial.

"Isto aconteceu após a prisão de Yurii Lutsenko. Chegando ao gabinete de Voichenko, e lá à esquerda está sentado Voichenko, à direita - o representante do Ministério do Interior, Chumachenko. Vejo um jornal com a fotografia do aprisionado Lutsenko. Eu entendo que isto é uma pressão psicológica. E Voichenko diz para mim: "Quanto ao senhor vai ser aberta uma questão, dê um depoimento sobre Lutsenko".
"Como eu posso lhe dar um testemunho, se eu não posso lhe dizer nada?", - pergunto. "Nós lhe diremos", - respondeu-me Voichenko", - relatou Pavlyeunov.

"Eu considero este momento ilegal. A mim propuseram um acordo. Penso, que a maioria das testemunhas da questão cooperaram", - supôs o acusado. (Felizmente Pavlyenov, russo de origem, cidadão da Ukraina, estava enganado. Li a maioria das reportagens sobre o processo.
Foram convocadas, ao todo, 147 testemunhas. Destas, 87 testemunharam e nenhuma delas confirmou qualquer acusação contra Lutsenko, ao contrário, todas as 87 defenderam Lutsenko. Outro fato que levanta suspeitas sobre o processo acusatório: Que crime foi esse que necessitou a convocação de tantas testemunhas? A podridão está mesmo é no governo, mas este está acima da lei. - OK)

Mas, Lutsenko foi condenado a dois anos de privação da liberdade. Como já foi condenado a 4 anos no processo anterior, então estes dois anos serão absorvidos dentro da primeira condenação. E, também, restrição da liberdade para ocupar cargos relacionados com a implementação da organização e administrativo-econômicos em instituições e empresas de todas as formas de propriedade por três anos.
O senado checo insta Ukraina para liberar "presos políticos". Assim, a câmara alta do parlamento checo juntou-se a idêntica declaração aprovada em Mônaco pelo parlamento da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa), diz a "Rádio Liberdade".

A esposa do ex-ministro Lutsenko - Irena, disse que o Serviço Executivo começou a trabalhar no confisco de seus bens. "Eu recebi uma resolução do Serviço Executivo, onde diz que o confisco a propriedade está temporariamente desativado porquanto o processo civil em 640.000 UAH (80.000 USD) foi reembolsado". Este blog já publicou a matéria referente. Os amigos e ex-funcionários realizaram uma coleta e depositaram a quantia no órgão estatal correspondente. Fizeram isso porque entenderam que este dinheiro foi gasto para realização de duas festividades comemorativas ao dia da polícia e não para usufruto de Lutsenko.

Mas Irena acredita que vai haver um processo separado de confisco, em relação à residência. "Nós acreditamos na chegada de promotores, policiais, ou serviço executivo... "Eu estarei pronta, , tudo será empacotado, amarrado com fitas" - disse ela. Sobre o julgamento do marido, Irena disse que qualquer outra decisão ela não esperava. "Yurii, provavelmente será enviado à Colônia Mena, na aldeia Makoshyno em Chernihiv. Isso para nós não é surpresa. Eu penso, lá também há pessoas normais, e policiais normais. O governo pensa que Lutsenko está isolado da sociedade. Absolutamente não, é a sociedade que está isolada de pessoas normais. A decisão do juiz criou o precedente, que servir honestamente a este país não precisa , é necessário fazer-se de bobo, entregar seus líderes, os oficiais não devem ser honestos e então nós teremos futuro", - acrescentou ela.

Tradução: Oksana Kowaltschuk
Video formatação: AOliynik
Fonte dos vídeos: Ukrainska Pravda e TBi

REPORTAGEM COM IRENA, ESPOSA DE LUTSENKO



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