sábado, 4 de agosto de 2012

A EUROPA DESCOBRE A UCRÂNIA

A Europa descobriu a Ukraina
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 23.07.2012

Kyiv continua recebendo turistas estrangeiros. Apenas a um ponto de informações turistícas, na Rua Khryshchatyk, diariamente, comparecem 200 turistas. Tanto quanto nos dias do Euro.

Os guias de turismo conectam esta tendência com a publicidade positiva de Kyiv, que fez a mídia estrangeira após o campeonato de futebol.

Vem pessoas do mundo inteiro, em família com crianças, em pares ou individualmente.

Os turistas reconhecem que se decidiram vir a Kyiv depois que leram as reportagens sobre a beleza da cidade, como são positivas as pessoas, e baixos preços. E, muitos foram aconselhados pelos amigos que vieram assitir aos jogos. A maioria deles já traz anotados os locais que, obrigatoriamente, deverão visitar: Lavra (monastério), Catedral Sofia, Perohovo (museu a céu aberto), Chernobyl.

Alguns se hospedam em casas de família, onde já se hospedarm seus amigos durante os jogos. E prometem a seus novos amigos hospedá-los em suas casas, quando estes forem ao seu país. (É muito positivo esse intercâmbio dos ukrainianos com o mundo democrático. Talvez assim, com o tempo eles comecem exigir mais efetivamente, um tratamento mais justo de seus governantes - OK).

Já o jornalista Ivan Farion, do jornal "Vysokyi Zamok" (Castelo Alto), de 27.07.2012, diz que Ukraina impressionou a todos os visitantes com calorosa recepção e agradavelmente surpreendeu, e não apenas com o evento esportivo.

O mérito por este êxito o atual governo atribui a si mesmo. Os estádios, as estradas e os aeroportos são atribuídos à realização da equipe presidencial e à força da política dominante. Viktor Yanukovych já distribuiu um saco de medalhas aos criadores do sucesso futebolístico - representantes governamentais, agências, administrações regionais e empresariais. No entanto, a principal palavra de agradecimento deve ser dirigida não a eles, mas a ukrainianos comuns que com sua energia incrivelmente positiva, criaram uma atmosfera única para Euro. Aquela que não pode ser adquirida ou criada por qualquer dinheiro. "Não penso, que os estrangeiros se impressionaram pelos nossos estádios, hoteis ou estradas - isso eles já viram bastante em sua casa. Eles se impressionaram com a hospitalidade, antes em nenhum lugar vista a aura da Ukraina e de seus cidadãos", diz o jornalista.

Muitos ukrainianos ofereceram gratuitamente moradia. Outros, cada um a seu modo, procuraram tornar-lhes a estadia agradável. Houve aquele senhorzinho de meia idade, que adquiriu no banco moedas comemorativas de uma UAH e as distriguía aos estrangeiros. E, aquele pequeno empresário de Lviv, que durante a realização dos jogos em sua cidade, abaixava consideravelmente seus preços. Os motoristas que cobravam o valor certo, sem acréscimo. A troca de bilhetes excedentes para jogos, etc.

Durante o Euro todos nós nos sentimos especialmente bem. Não reclamávamos do nosso sistema de transporte, das nossas calçadas, e desculpávamos aos estrangeiros as cantorias noturnas sob nossas janelas. Eramos mais afáveis com os outros, que de costume.

Naqueles dias, nós nos sentíamos membros da grande família européia. Nenhuma recomendação burocrática de Kyiv nos obrigava a ser assim. Era um anseio natural da alma ukrainiana para Europa.
Resumo e tradução: Oksana Kowaltschuk

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