sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

PONTO DE VISTA

Vingança brutal autorizada

Майдан Незалежності, 30 листопада 2013 року
Praça  da Independência, 30.11.2013
Mykola Siryi - Ponto de vista
O autor é funcionário do Instituto estatal de direito V.M. Koretskyi da Academia de Ciências da Ukraina, advogado.

O que aconteceu na Praça da Independência, na noite de sexta-feira, 30 de novembro é sancionada vingança brutal aos jovens ukrainianos sonhadores. Vingança pelo direito de sonhar com um futuro melhor.

O cínico e cruel ataque do Berkut (destacamento especial da polícia) aos cidadãos pacíficos com a "limpeza" da rua Bankova e a Casa dos Escritores com massacre sem precedentes dos já no chão e feridas pessoas, jornalistas e deputados da oposição - isto não é nada mais, que a sancionada vingança animal à nação ukrainiana pelos 500-700 mil participantes na manifestação do dia primeiro, nas ruas de Kyiv e que disseram "Não!" à mentira e agressão do governo.

Hipocritamente aquecendo o sonho da sociedade para um futuro europeu melhor, o governo era obrigado saber que o sonho sempre penetra, em primeiro lugar, nos corações jovens e instantaneamente abarca a consciência da geração jovem. Começando no dia 21 de novembro, depois da infame declaração do governo Azarov, às ruas das cidades jorraram os jovens. Jorraram porque foram enganados, traídos e, cinicamente, lhes viraram as costas.

E, o governo decidiu dar aos jovens uma lição de vida brutal, na aparência do cassetete do Berkut, punhos e botas, cuja lição é "não sonhar com o futuro" mas trabalhar dia e noite no atual cínico, mentiroso, corrompido, antiukrainiano econômico sistema de governo. Trabalhar pelo salário que mal dá para alimentação e pagamento da moradia.

As subdivisões especiais da milícia na noite de 30 de novembro e na tarde de 1º de dezembro agiam tal, como no último ano lhes ensinou o ministro do Interior Zakharchenko. É preciso lembrar, que o ministro responde, não apenas pela prontidão de combate dos especialmente designados, mas também pela sua prontidão moralmente ética. Berkut não deslocava os estudantes da praça, mas "limpava" o território, cercando indefesos rapazes e moças, que estavam segurando a bandeira ukrainiana e cantavam o hino nacional sob o símbolo da independência nacional. E depois Berkut "limpava" Khryshchatyk e ruas adjacentes. Nenhum indício nestas ações indica a aplicação da lei. Criminais não são apenas ações de policiais individuais, criminal é toda operação da "limpeza" noturna da Praça da Independência e da rua Khryshchatyk.

Em 1º de dezembro à noite na rua Bankova, Berkut e os especialmente designados procederam do mesmo modo. Nenhum propósito, para os defensores da lei, havia no ataque aos cidadãos pacíficos que estavam no quarteirão governamental. O vergonhoso ataque às pessoas e seu vergonhoso massacre realizava-se, exclusivamente, no exercício da vingança.

 
Vídeo: 1º de dezembro de 2013

Os funcionários das subdivisões especiais receberão aumento no salário e têm benefícios sociais elevados, também porque o seu trabalho é relacionado com a necessidade de conter as emoções e agressões, e não inflamá-las; coibir as ações de massa, mas não atacá-las. O policial tem o direito de deter o infrator da ordem legal, mas de modo algum não tem direito a vingança, não tem direito bater no ferido e já no chão, não tem direito de bater e prender pessoas que não resistem. A obrigação de cada trabalhador da milícia, membro do Berkut, soldado e comandante reside em imediato cancelamento da infração que é cometida. O julgamento sumário é crime, violência sobre o desprotegido, ferido. A retenção de pessoas ocasionais e repressão a elas é crime artificial, lançado como argumento aos inocentes, acusando-os na participação ao assalto da administração. É crime.

Devo dizer muito claramente que, enquanto as forças especiais guardavam o prédio da administração presidencial, suas ações eram legais. Do momento em que o comando deu ordem atacar a todos os cidadãos que estivessem na rua Bankova, Berkut e outros destacamentos especiais transformaram-se em sancionada, organizada e armada banda. A qual agia exatamente como um bando e não como um órgão de aplicação da lei. O ataque das forças especiais à Casa do Escritor também é ataque da quadrilha organizada.

A análise jurídica de cada caso do espancamento brutal de pessoas na Praça da Independência na noite de 29 para 30 de novembro, bem como na tarde de 1º de dezembro na rua Bankova e na Casa do Escritor é impossível sem avaliação global desses dois crimes sancionados pelo governo de cruéis repressões-vinganças aos pacíficos cidadãos da Ukraina.


Cozinha do Euromaidan - fotos (clique no link acima para visualizar)



Até no metrô os ukrainianos cantam o Hino Nacional (clique no link acima para vizualizar)



Os veteranos da guerra do Afeganistão e participantes de ações de combate em outros países uniram-se à defesa do Euromaidan. (clique no link acima para visualizar)


Na praça da Independência eles formaram uma unidade de autodefesa. À sua formação entraram ex-militares, veteranos da guerra do Afeganistão, combatentes de outras ações, cossacos e voluntários com treinamento físico. Ocuparam todo o perímetro e estão prontos para defender todo o território do Euromaidan e o seu povo das provocações e agressões.

Tradução: Oksana Kowaltschuk

Nenhum comentário:

Postar um comentário