domingo, 1 de dezembro de 2013

UCRÂNIA: A SITUAÇÃO ASSUME PROPORÇÕES CRÍTICAS

Manifestação pacífica dos ukrainianos e provocações
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 01.12.2012


A grandiosa participação de hoje foi condicionada pela sangrenta repressão contra Euromaidan na madrugada de sábado.
O número de participantes é difícil avaliar porque ocupam parte carroçável da Avenida Khmylnetskyi, do Parque Shevchenko, toda Avenida Khryshchatek e a Praça da Independência.

Sobre os acontecimentos mostrados nos vídeos.

Inna Bohoslovska, que anunciou sua retirada do Partido das Regiões, disse que a provocação na rua Bankova, junto a Administração Presidencial pode ser organizada pelo Partido das Regiões: "Eu tenho uma testemunha. É auxiliar de meu marido. Ele viu que estas pessoas hospedam-se no hotel Kyiv, e recebem 250 UAH por dia. Ela dará detalhes mais tarde.

Arsenii Yatseniuk: "A oposição ukrainiana não tem nada em comum com o espancamento próximo Administração presidencial. Nossa ação é pacífica. Todos "Titushky" (Este é o apelido dado aos moços de grande estatura que o governo recolhe no interior, especialmente nas regiões leste e sul - as mais russificadas, para provocarem brigas e espancar pacíficos cidadãos nas manifestações. São generosamente pagos pelo governo. Na presente situação recebem de 200 a 500 UAH por dia. Comparando com a aposentadoria de mais ou menos 1.000 UAH para quem trabalhou a vida toda... - OK) e provocações que lá se realizaram, foram preparadas exclusivamente por determinação do presidente e secretário do RNBO (Conselho de Segurança e Defesa Nacional) Kliuiev. Nós apelamos a Viktor Yanukovych não transgredir a lei e a Constituição. Nós temos direito a manifestação pacífica e nós realizamos esta reunião de acordo com a Constituição ukrainiana e suas leis. Quaisquer emprego de força provocará reação contrária. Portanto - sem estados extraordinários. Viktor Yanukovych, garanta a proteção da ordem cidadã e recolha seus "Titushkah", os quais o Senhor encaminhou para provocação na Bankova.

 Notícias anteriores

Canadá condena firmemente o uso da violência, pelas autoridades ukrainianas  contra manifestantes pacíficos declarou o Ministro das Relações Exteriores John Baird.  Esses manifestantes querem associação mais estreita com UE. Instamos o governo da Ukraina a respeitar e verdadeiramente proteger os direitos de seus cidadãos de expressar suas opiniões livremente, de acordo com os princípios da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa. Canadá fica com o povo da Ukraina para construir uma sociedade baseada na liberdade, democracia, direitos humanos e do Estado de Direito.

A praça Michael vieram dez embaixadores da UE e o chefe da Representação da UE na Ukraina Ian Tombinskyi.

Yatseniuk disse que Yanukovych prepara o exército. Tropas internas do Ministério do Interior implantadas na região de Kyiv estão em prontidão de combate.
Também as forças do Berkut estão sendo deslocadas das regiões orientais para Kyiv, segundo Yatseniuk. E mais, a todos os estabelecimentos de saúde de Kyiv foi dada a ordem para preparar as enfermarias para feridos graves e pessoas que sofrerem queimaduras.
A oposição ukrainiana não confirma ou nega alguns meios de comunicação sobre a chegada na Ukraina de aviões das forças especiais russas.
Yatseniuk disse não ter dados para confirmar ou negar esta informação, mas pensa que Yanukovych "fara tudo, especialmente a implantação de tropas russas no território da Ukraina".

Primeiro Ministro da Polônia Donald Tusk sobre as ações da milícia: "Nós vamos exigir explicações da Ukraina. Eu lembro bem as palavras do presidente Yanukovych que não haverá uso de força, que todos os protestantes que não cometerem nenhuma violação de leis podem se sentir seguros". "Nós exigiremos explicações sobre cidadãos poloneses que estiveram no Maidan da Independência e participaram de manifestações pacíficas, por quê foram espancados?" - acrescentou.

Saiu o terceiro
O deputado Rudkovskyi saiu do Partido das Regiões: "Como a maioria de meus compatriotas, eu considero que Ukraina - é Europa, por isso eu me envergonho dos eventos que ocorreram hoje na Praça da Independência...", disse ele.

Viktor Bondar, do Partido das Regiões (partido do governo) prevê que cerca de 20 deputados abandonarão o Partido das Regiões. "Nós estamos conversando e isto poderá ser anunciado na segunda-feira. O Parlamento poderá ter a maioria pró européia", - disse ele. Como já foi anunciado, também saíram do partido governista David Zhvania e Inna Bohoslovska.

A Lviv vem os ônibus das forças de segurança.Três ônibus com Berkut e milícia já estão na cidade.

Poetas, escritores e cantores conclamam os ukrainianos para defender o futuro. O poeta e escritor Serhii Zhadan diz: "Não podemos permanecer em silêncio e humildes ficar de lado, quando nos negam o direito de expressão. Não é nem a questão da assinatura do Acordo de Associação com UE. A questão é a necessidade de eliminar este governo. Todos nós precisamos dessas mudanças, e eu tenho certeza que poderemos realiza-la".

Em Ivano Franquivsk atacaram o ativista Máximo Kutsiuk. Os transeuntes chamaram a milícia. No hospital registraram cortes profundos nas pernas.

Yaroslav Kachynskyi, líder da oposição polonesa conclama todos os líderes europeus imediatamente enviar seus embaixadores a Ukraina. Também apelou ao Ministério das Relações Exteriores da Polônia Radoslav Sikorski, Carl Bildt da Suécia e membros da missão do Parlamento Europeu Aleksandr Kwasniewski e Pat Cox. 

Morreu Lesia Gongadze, mãe do jornalista assassinado Georgy Gongadze.
A cerimônia fúnebre acontece hoje, domingo, na Igreja da Transfiguração, rua Cracóvia, às 19:00 horas e na segunda-feira será realizada missa de réquiem. O enterro será no cemitério em Briukhovychakh.
Lembramos: Georgy Gongadze, filho de pai georgiano e mãe ukrainiana foi morto em 2004
e seu corpo foi encontrado sem a cabeça, na mata. Na  guerra civil na Geórgia ele foi ferido devido a explosão de uma mina. Em seu corpo permaneceram fragmentos devido a esta explosão e através desses fragmentos deu-se o reconhecimento. Isto aconteceu em 2000. 
Os executores da morte de Gongadze foram condenados somente em 2012. Porém os mandantes não. Todas as suspeitas recaem no então governo do ex-presidente Kuchma.

Os primeiros 5.000 moradores de Lviv chegaram a Kyiv.
Um comboio com 12 ônibus, meia centena de micro-ônibus e uma centena de carros vieram de Lviv para Kyiv. Saíram de Lviv cerca de 1:00 hora da noite. Vieram somente homens, mulheres e menores de idade não foram aceitos. Na estrada não houve quaisquer obstáculos nos postos de polícia. 
Os homens dormiram ou cantaram canções insurgentes.
Os organizadores do Conselho Regional de Lviv planejam enviar a Kyiv 10 mil cidadãos.

11:00 horas do dia 01.10.2013
As pessoas da Praça Michael, em coluna, dirigem-se ao Parque Taras Shevchenko. As pessoas afluem do interior.
Na Praça Michael instalaram um centro médico que já atendeu mais de 50 pessoas. Na maioria eles necessitam curativos e novas bandagens. Houve também muitas pessoas resfriadas. Há remédios suficientes, ontem, para essa finalidade coletaram 8.000 UAH. Os voluntários deste ponto clínico vão acompanhar as pessoas que se dirigem ao Parque Taras Shevchenko

Ontem, dia 30, não conseguiram encontrar seis pessoas que sofreram ataque no Euromaidan. São elas: Mykola Bondar, Pavlo Pavlov, Volodymyr Kraidan, Vasyl Uhryn, Volodymyr Preidun, Viacheslav Posnutnei.
Também sumiram objetos e documentos necessários para assistência jurídica.

Apelo do Reitor da Universidade de Kyiv Borys Hrinchenko, em 30.11.2013
"Sei, que amanhã qualquer um de nós poderá ser demitido do trabalho, colocado na prisão ou destruído. Eu não temo! Não temam vocês também. Para todos nós, assassinos e prisões não há suficientes. Comigo meus colegas e companheiros, conosco estudantes de nossa Universidade. Não há Europa sem Ukraina, não há Ukraina sem nação, não há nação sem liberdade" - expressou-se Viktor Ohneviuk, reitor da Universidade de Kyiv Borys Hrinchenko.

Tradução: Oksana Kowaltschuk

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