Manifestação pacífica dos ukrainianos e provocações
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 01.12.2012
A grandiosa participação de hoje foi condicionada pela sangrenta repressão contra Euromaidan na madrugada de sábado.
O
número de participantes é difícil avaliar porque ocupam parte
carroçável da Avenida Khmylnetskyi, do Parque Shevchenko, toda Avenida
Khryshchatek e a Praça da Independência.
Sobre os acontecimentos mostrados nos vídeos.
Inna
Bohoslovska, que anunciou sua retirada do Partido das Regiões, disse
que a provocação na rua Bankova, junto a Administração Presidencial pode
ser organizada pelo Partido das Regiões: "Eu tenho uma testemunha. É
auxiliar de meu marido. Ele viu que estas pessoas hospedam-se no hotel
Kyiv, e recebem 250 UAH por dia. Ela dará detalhes mais tarde.
Arsenii
Yatseniuk: "A oposição ukrainiana não tem nada em comum com o
espancamento próximo Administração presidencial. Nossa ação é pacífica.
Todos "Titushky" (Este é o apelido dado aos moços de grande estatura que
o governo recolhe no interior, especialmente nas regiões leste e sul -
as mais russificadas, para provocarem brigas e espancar pacíficos
cidadãos nas manifestações. São generosamente pagos pelo governo. Na
presente situação recebem de 200 a 500 UAH por dia. Comparando com a
aposentadoria de mais ou menos 1.000 UAH para quem trabalhou a vida
toda... - OK) e provocações que lá se realizaram, foram preparadas
exclusivamente por determinação do presidente e secretário do RNBO
(Conselho de Segurança e Defesa Nacional) Kliuiev. Nós apelamos a Viktor
Yanukovych não transgredir a lei e a Constituição. Nós temos direito a
manifestação pacífica e nós realizamos esta reunião de acordo com a
Constituição ukrainiana e suas leis. Quaisquer emprego de força
provocará reação contrária. Portanto - sem estados extraordinários.
Viktor Yanukovych, garanta a proteção da ordem cidadã e recolha seus
"Titushkah", os quais o Senhor encaminhou para provocação na Bankova.
Notícias anteriores
Canadá
condena firmemente o uso da violência, pelas autoridades ukrainianas
contra manifestantes pacíficos declarou o Ministro das Relações
Exteriores John Baird. Esses manifestantes querem associação mais
estreita com UE. Instamos o governo da Ukraina a respeitar e
verdadeiramente proteger os direitos de seus cidadãos de expressar suas
opiniões livremente, de acordo com os princípios da Organização para a
Segurança e Cooperação na Europa. Canadá fica com o povo da Ukraina para
construir uma sociedade baseada na liberdade, democracia, direitos
humanos e do Estado de Direito.
A praça Michael vieram dez embaixadores da UE e o chefe da Representação da UE na Ukraina Ian Tombinskyi.
Yatseniuk
disse que Yanukovych prepara o exército. Tropas internas do Ministério
do Interior implantadas na região de Kyiv estão em prontidão de combate.
Também
as forças do Berkut estão sendo deslocadas das regiões orientais para
Kyiv, segundo Yatseniuk. E mais, a todos os estabelecimentos de saúde de
Kyiv foi dada a ordem para preparar as enfermarias para feridos graves e
pessoas que sofrerem queimaduras.
A oposição ukrainiana não
confirma ou nega alguns meios de comunicação sobre a chegada na Ukraina
de aviões das forças especiais russas.
Yatseniuk disse não ter
dados para confirmar ou negar esta informação, mas pensa que Yanukovych
"fara tudo, especialmente a implantação de tropas russas no território
da Ukraina".
Primeiro Ministro da Polônia
Donald Tusk sobre as ações da milícia: "Nós vamos exigir explicações da
Ukraina. Eu lembro bem as palavras do presidente Yanukovych que não
haverá uso de força, que todos os protestantes que não cometerem nenhuma
violação de leis podem se sentir seguros". "Nós exigiremos explicações
sobre cidadãos poloneses que estiveram no Maidan da Independência e
participaram de manifestações pacíficas, por quê foram espancados?" -
acrescentou.
Saiu o terceiro
O
deputado Rudkovskyi saiu do Partido das Regiões: "Como a maioria de meus
compatriotas, eu considero que Ukraina - é Europa, por isso eu me
envergonho dos eventos que ocorreram hoje na Praça da Independência...",
disse ele.
Viktor Bondar, do Partido das
Regiões (partido do governo) prevê que cerca de 20 deputados abandonarão
o Partido das Regiões. "Nós estamos conversando e isto poderá ser
anunciado na segunda-feira. O Parlamento poderá ter a maioria pró
européia", - disse ele. Como já foi anunciado, também saíram do partido
governista David Zhvania e Inna Bohoslovska.
A Lviv vem os ônibus das forças de segurança.Três ônibus com Berkut e milícia já estão na cidade.
Poetas,
escritores e cantores conclamam os ukrainianos para defender o futuro. O
poeta e escritor Serhii Zhadan diz: "Não podemos permanecer em silêncio
e humildes ficar de lado, quando nos negam o direito de expressão. Não é
nem a questão da assinatura do Acordo de Associação com UE. A questão é
a necessidade de eliminar este governo. Todos nós precisamos dessas
mudanças, e eu tenho certeza que poderemos realiza-la".
Em
Ivano Franquivsk atacaram o ativista Máximo Kutsiuk. Os transeuntes
chamaram a milícia. No hospital registraram cortes profundos nas pernas.
Yaroslav
Kachynskyi, líder da oposição polonesa conclama todos os líderes
europeus imediatamente enviar seus embaixadores a Ukraina. Também apelou
ao Ministério das Relações Exteriores da Polônia Radoslav Sikorski,
Carl Bildt da Suécia e membros da missão do Parlamento Europeu Aleksandr
Kwasniewski e Pat Cox.
Morreu Lesia Gongadze, mãe do jornalista assassinado Georgy Gongadze.
A
cerimônia fúnebre acontece hoje, domingo, na Igreja da Transfiguração,
rua Cracóvia, às 19:00 horas e na segunda-feira será realizada missa de
réquiem. O enterro será no cemitério em Briukhovychakh.
Lembramos: Georgy Gongadze, filho de pai georgiano e mãe ukrainiana foi morto em 2004
e
seu corpo foi encontrado sem a cabeça, na mata. Na guerra civil na
Geórgia ele foi ferido devido a explosão de uma mina. Em seu corpo
permaneceram fragmentos devido a esta explosão e através desses
fragmentos deu-se o reconhecimento. Isto aconteceu em 2000.
Os
executores da morte de Gongadze foram condenados somente em 2012. Porém
os mandantes não. Todas as suspeitas recaem no então governo do
ex-presidente Kuchma.
Os primeiros 5.000 moradores de Lviv chegaram a Kyiv.
Um
comboio com 12 ônibus, meia centena de micro-ônibus e uma centena de
carros vieram de Lviv para Kyiv. Saíram de Lviv cerca de 1:00 hora da
noite. Vieram somente homens, mulheres e menores de idade não foram
aceitos. Na estrada não houve quaisquer obstáculos nos postos de
polícia.
Os homens dormiram ou cantaram canções insurgentes.
Os organizadores do Conselho Regional de Lviv planejam enviar a Kyiv 10 mil cidadãos.
11:00 horas do dia 01.10.2013
As pessoas da Praça Michael, em coluna, dirigem-se ao Parque Taras Shevchenko. As pessoas afluem do interior.
Na
Praça Michael instalaram um centro médico que já atendeu mais de 50
pessoas. Na maioria eles necessitam curativos e novas bandagens. Houve
também muitas pessoas resfriadas. Há remédios suficientes, ontem, para
essa finalidade coletaram 8.000 UAH. Os voluntários deste ponto clínico
vão acompanhar as pessoas que se dirigem ao Parque Taras Shevchenko
Ontem,
dia 30, não conseguiram encontrar seis pessoas que sofreram ataque no
Euromaidan. São elas: Mykola Bondar, Pavlo Pavlov, Volodymyr Kraidan,
Vasyl Uhryn, Volodymyr Preidun, Viacheslav Posnutnei.
Também sumiram objetos e documentos necessários para assistência jurídica.
Apelo do Reitor da Universidade de Kyiv Borys Hrinchenko, em 30.11.2013
"Sei,
que amanhã qualquer um de nós poderá ser demitido do trabalho, colocado
na prisão ou destruído. Eu não temo! Não temam vocês também. Para todos
nós, assassinos e prisões não há suficientes. Comigo meus colegas e
companheiros, conosco estudantes de nossa Universidade. Não há Europa
sem Ukraina, não há Ukraina sem nação, não há nação sem liberdade" -
expressou-se Viktor Ohneviuk, reitor da Universidade de Kyiv Borys
Hrinchenko.
Tradução: Oksana Kowaltschuk
Nenhum comentário:
Postar um comentário