Por Yanukovych já tocam os sinos
Ukrainskyi Tyzhden, Semana Ukrainiana), 13.12.2013
The Economist
Considerando
a crise financeira iminente na Ukraina, a posição de Yanukovych não é
muito mais forte que no Comitê Estatal de Emergência em 1991, que perdeu
a legitimidade e autoridade dentro de três dias. Sobre isto escreve The
Economist.
Estar a uma temperatura de - 13°C,
preparados para o fato de que podem ser espancados, as pessoas no Maidan
protegiam algo muito mais caro, que o Acordo de Associação com UE, que
foi a primeira causa do protesto. Eles estavam no caminho de um estado
policial, protegendo os valores fundamentais europeus e rejeitando a
ordem pós-soviética, colocados pela Rússia. Seja qual for a vantagem das
especialmente preparadas forças governamentais, os protestantes
possuíam superioridade moral. Eles estavam do lado certo da história,
opondo-se contra governo autoritário do presidente Viktor Yanukovych", -
escreve The Economist.
A milícia recuava ao
amanhecer. "Quando alguns protestantes do Maidan dormiram em suas
barracas, novos assistentes distribuíam chá quente e sanduíches,
reconstruíam barricadas e retiravam a neve da rua", escreve a
publicação. Mas, apesar da sensação de triunfo moral, a manhã não trouxe
explicações quanto aos motivos da ação de Yanukovych.
Segundo
o jornal, à primeira vista a decisão de Yanukovych desafia o senso
comum. Começar o ataque quando dois diplomatas importantes (Ketrin
Ashton e Victória Nuland)
virão a Kyiv parecia provocação deliberada.
"Yanukovych
e Putin devem encontrar-se em Moscou na próxima semana, para assinar
uma série de acordos que incluem o gás mais barato para Ukraina, e
segundo notícias, permitirão às empresas da "Família" Yanukovych entrar
em mais um esquema não transparente de gás. Yanukovych tem medo de
entristecer Putin, o qual, provavelmente, tornou esta questão dependente
da capacidade de Yanukovych em limpar as ruas dos protestantes", -
escreve The Economist.
Segundo o jornal, a mal
sucedida dispersão causou mais um golpe em cada vez menor legitimidade
de Yanukovych. "Suas ordens sabotaram. Os oligarcas que controlam a
maioria dos canais da TV ignoraram suas ordens. Contando com a crise
financeira que avança sobre Ukraina, a posição de Yanukovych não é mais
forte que dos conspiradores comunistas (Comitê Estatal de Emergência)
durante a reviravolta na União Soviética em 1991, os quais perderam a
legitimidade e o poder em 3 dias, incitando à violência, que o país
rejeitou", - diz a publicação.
De acordo com a
publicação, o único problema que permite a Yanukovych permanecer no
poder, - é a ausência de um lider forte da oposição. "Nenhum das três
principais opções, incluindo Vitali Klychko, ex-campeão de boxe peso
pesado, realmente pode negociar em nome dos manifestantes.
Enquanto
os protestos continuam sem saída clara, Yanukovych pode ganhar tempo e
trazer o exército de pagos simpatizantes (Já está pagando segundo
notícias dos jornais ukrainianos - OK). Mas, já está entendido: "Por
Yanukovych já tocam os sinos", - concluiu a edição The Economist.
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Vitali Klychko durante a mesa redonda a
Yanukovych: "Nós sabemos hoje, que cenários de uso da força estão sendo
considerados. Eles terão consequências desastrosas para o país e também
podem ter consequências terríveis para o senhor, pessoalmente," disse
Klychko dirigindo-se ao presidente da Ukraina V. Yanukovych durante a
mesa redonda "Uniremos Ukraina".
"O senhor é pessoalmente responsável por todas as atividades e processos que acontecem e acontecerão em nosso país", - concluiu.
Yatseniuk:
"O cenário que foi escrito, não foi escrito na Ukraina", e acrescentou
que seus autores não querem ver Ukraina como estado independente e
soberano, e realizam suas ambições arrastando Ukraina para uma guerra
civil.
A oposição exige: punir os responsáveis
pelo espancamento das pessoas . Yanukovych propôs diálogo mas, como
sempre, não apresentou nenhuma ação concreta por parte do governo.
Prometeu anistiar os aprisionados (Anistia para quem não cometeu nenhum
crime e ainda foi barbarizado? Que tal pedir perdão?- OK). E não cansa
de repetir que houve provocadores dos dois lados.
A oposição
não acredita nas promessas do presidente quanto ao não uso da força
contra os manifestantes. Se não houve punição dos culpados nos
espancamentos, então não há certeza que amanhã não usarão novamente os
cassetetes.
Não houve nenhuma decisão concreta na mesa redonda de hoje.
Tiahnebok comentou: "Nada novo nós ouvimos e achei que nos trataram com visível superioridade.
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O
governo obriga funcionários de Kyiv - professores, educadores de
jardins de infância, médicos, etc. tomar parte no "antimaidan",
convocado pelo Partido das Regiões, governista. Os avisos vem com ameaça
de perda do emprego para os desobedientes. Kyiv não apoia o governo. As
pessoas estão revoltadas, elas participam do Maidan com oposicionistas.
A oposição conclama para não temer, não poderão dispensar todos.
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Outro
dia um maquinista do metrô informou às pessoas em que estação era mais
conveniente descer porque duas não estavam funcionando, e convocou-os
para ajudar as pessoas cercadas pelo Berkut. Por enquanto apenas foi
chamado para uma "conversa educativa".
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Após a mesa redonda Yanukovych fugiu dos jornalistas. "O senhor é o presidente, ninguém vai lhe bater", gritou um deles.
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O
Comitê do Conselho de Segurança decidiu aumentar o financiamento do
bloco "da força" em mais de 240 milhões de UAH. O assunto que envolvia
12 questões não levou mais de 15 minutos.
Durante o Euromaidan
para financiamento da segurança aumentaram duas dezenas de milhões.
Mais 219 milhões darão para prêmios e pagamentos de salários de juízes.
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Ex-presidente
Kuchma: "Ukraina falida. O governo planejou crescimento do PIB em 3,5%
mas recebeu um declínio de 1,5¨. Menos 5%. Onde obter este número.
Andamos pelo mundo todo e pedimos dinheiro". Ao pedido do jornalista
para comentar a situação na Ukraina, respondeu: "Se eu disser a verdade,
terei que deixar o país".
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Um
grupo de manifestantes pró-governo queixou-se aos oposicionistas que
não conseguiram recusar-se da participação nas manifestações pró
governo. "Nós somos de Vinnytsia, recebemos 300 UAH para vir. Se não
concordarmos perderemos o emprego. Não queremos voltar para o lado
deles. Digam, o que fazer?
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A justiça soltou 8 dos 9 massacrados na Bankova, pelos métodos do pós-comunismo.
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Lutsenko:
"O governo quer aprisionar os líderes e prepara-se para estado de
emergência. Para isso, o governo e seus fantoches do Kremlin precisam de
sangue".
"Advertimos Yanukovych: se este cenário for
implementado, imediatamente solicitamos o Tribunal de Haia. Se
Yanushesku (aqui ele faz referência ao ex-ditador romeno Ceausescu, cujo
nome, em ukrainiano é parecido com o nome Yanukovych. Apenas aglutinou
parte dos dois sobrenomes - OK) tentar jogar o exército contra a nação, o
caso vai a Haia", - garantiu Lutsenko.
"Este Maidan não é
pelos políticos ou heróis. Ele está aí pelo seu futuro. Yanukovych: se
você aprisionar os atuais líderes, haverá novos líderes e o Maidan será
ainda maior", - disse o político.
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Para
este final da semana preparam-se grandes manifestações dos dois lados.
Deus queira que os governistas não ataquem os oposicionistas.
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Maidan não é somente organização e luta. Ao Maidan também vem cantores ou mesmo grupos para cantar e alegrar o povo.
Resumo e tradução: Oksana Kowaltschuk
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