sábado, 14 de dezembro de 2013

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Por Yanukovych já tocam os sinos

Ukrainskyi Tyzhden, Semana Ukrainiana), 13.12.2013
The Economist

Considerando a crise financeira iminente na Ukraina, a posição de Yanukovych não é muito mais forte que no Comitê Estatal de Emergência em 1991, que perdeu a legitimidade e autoridade dentro de três dias. Sobre isto escreve The Economist.

Estar a uma temperatura de - 13°C, preparados para o fato de que podem ser espancados, as pessoas no Maidan protegiam algo muito mais caro, que o Acordo de Associação com UE, que foi a primeira causa do protesto. Eles estavam no caminho de um estado policial, protegendo os valores fundamentais europeus e rejeitando a ordem pós-soviética, colocados pela Rússia. Seja qual for a vantagem das especialmente preparadas forças governamentais, os protestantes possuíam superioridade moral. Eles estavam do lado certo da história, opondo-se contra governo autoritário do presidente Viktor Yanukovych", - escreve The Economist.

A milícia recuava ao amanhecer. "Quando alguns protestantes do Maidan dormiram em suas barracas, novos assistentes distribuíam chá quente e sanduíches, reconstruíam barricadas  e retiravam a neve da rua", escreve a publicação. Mas, apesar da sensação de triunfo moral, a manhã não trouxe explicações quanto aos motivos da ação de Yanukovych.

Segundo o jornal, à primeira vista a decisão de Yanukovych desafia o senso comum. Começar o ataque quando dois diplomatas importantes (Ketrin Ashton e Victória Nuland)
virão a Kyiv parecia provocação deliberada.

"Yanukovych e Putin devem encontrar-se em Moscou na próxima semana, para assinar uma série de acordos que incluem o gás mais barato para Ukraina, e segundo notícias, permitirão às empresas da "Família" Yanukovych entrar em mais um esquema não transparente de gás. Yanukovych tem medo de entristecer Putin, o qual, provavelmente, tornou esta questão dependente da capacidade de Yanukovych  em limpar as ruas dos protestantes", - escreve The Economist.

Segundo o jornal, a mal sucedida dispersão causou mais um golpe em cada vez menor legitimidade de Yanukovych. "Suas ordens sabotaram. Os oligarcas que controlam a maioria dos canais da TV ignoraram suas ordens. Contando com a crise financeira que avança sobre Ukraina, a posição de Yanukovych não é mais forte que dos conspiradores comunistas (Comitê Estatal de Emergência) durante a reviravolta na União Soviética em 1991, os quais perderam a legitimidade e o poder em 3 dias, incitando à violência, que o país rejeitou", - diz a publicação.

De acordo com a publicação, o único problema que permite a Yanukovych permanecer no poder, - é a ausência de um lider forte da oposição. "Nenhum das três principais opções, incluindo Vitali Klychko, ex-campeão de boxe peso pesado, realmente pode negociar em nome dos manifestantes.

Enquanto os protestos continuam sem saída clara, Yanukovych pode ganhar tempo e trazer o exército de pagos simpatizantes (Já está pagando segundo notícias dos jornais ukrainianos - OK). Mas, já está entendido: "Por Yanukovych já tocam os sinos", - concluiu a edição The Economist.

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Vitali Klychko durante a mesa redonda a Yanukovych: "Nós sabemos hoje, que cenários de uso da força estão sendo considerados. Eles terão consequências desastrosas para o país e também podem ter consequências terríveis para o senhor, pessoalmente," disse Klychko dirigindo-se ao presidente da Ukraina V. Yanukovych durante a mesa redonda "Uniremos Ukraina".
"O senhor é pessoalmente responsável por todas as atividades e processos que acontecem e acontecerão em nosso país", - concluiu.

Yatseniuk: "O cenário que foi escrito, não foi escrito na Ukraina", e acrescentou que seus autores não querem ver Ukraina como estado independente e soberano, e realizam suas ambições arrastando Ukraina para uma guerra civil. 

A oposição exige: punir os responsáveis pelo espancamento das pessoas . Yanukovych propôs diálogo mas, como sempre, não apresentou nenhuma ação concreta por parte do governo. Prometeu anistiar os aprisionados (Anistia para quem não cometeu nenhum crime e ainda foi barbarizado? Que tal pedir perdão?- OK). E não cansa de repetir que houve provocadores dos dois lados.
A oposição não acredita nas promessas do presidente quanto ao não uso da força contra os manifestantes. Se não houve punição dos culpados nos espancamentos, então não há certeza que amanhã não usarão novamente os cassetetes. 

Não houve nenhuma decisão concreta na mesa redonda de hoje.

Tiahnebok comentou: "Nada novo nós ouvimos e achei que nos trataram com visível superioridade.

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O governo obriga funcionários de Kyiv - professores, educadores de jardins de infância, médicos, etc. tomar parte no "antimaidan", convocado pelo Partido das Regiões, governista. Os avisos vem com ameaça de perda do emprego para os desobedientes. Kyiv não apoia o governo. As pessoas estão revoltadas, elas participam do Maidan com oposicionistas. A oposição conclama para não temer, não poderão dispensar todos.

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Outro dia um maquinista do metrô informou às pessoas em que estação era mais conveniente descer porque duas não estavam funcionando, e convocou-os para ajudar as pessoas cercadas pelo Berkut. Por enquanto apenas foi chamado para uma "conversa educativa".

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Após a mesa redonda Yanukovych fugiu dos jornalistas. "O senhor é o presidente, ninguém vai lhe bater", gritou um deles.

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O Comitê do Conselho de Segurança decidiu aumentar o financiamento do bloco "da força" em mais de 240 milhões de UAH. O assunto que envolvia 12 questões não levou mais de 15 minutos.
Durante o Euromaidan para financiamento da segurança aumentaram duas dezenas de milhões. Mais 219 milhões darão para prêmios e pagamentos de salários de juízes.

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Ex-presidente Kuchma: "Ukraina falida. O governo planejou crescimento do PIB em 3,5% mas recebeu um declínio de 1,5¨. Menos 5%. Onde obter este número. Andamos pelo mundo todo e pedimos dinheiro". Ao pedido do jornalista para comentar a situação na Ukraina, respondeu: "Se eu disser a verdade, terei que deixar o país".

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Um grupo de manifestantes pró-governo queixou-se aos oposicionistas que não conseguiram recusar-se da participação nas manifestações pró governo. "Nós somos de Vinnytsia, recebemos 300 UAH para vir. Se não concordarmos perderemos o emprego. Não queremos voltar para o lado deles. Digam, o que fazer?

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A justiça soltou 8 dos 9 massacrados na Bankova, pelos métodos do pós-comunismo.

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Lutsenko: "O governo quer aprisionar os líderes e prepara-se para estado de emergência. Para isso, o governo e seus fantoches do Kremlin precisam de sangue". 
"Advertimos Yanukovych: se este cenário for implementado, imediatamente solicitamos o Tribunal de Haia. Se Yanushesku (aqui ele faz referência ao ex-ditador romeno Ceausescu, cujo nome, em ukrainiano é parecido com o nome Yanukovych. Apenas aglutinou parte dos dois sobrenomes - OK) tentar jogar o exército contra a nação, o caso vai a Haia", - garantiu Lutsenko. 
"Este Maidan não é pelos políticos ou heróis. Ele está aí pelo seu futuro. Yanukovych: se você aprisionar os atuais líderes, haverá novos líderes e o Maidan será ainda maior", - disse o político. 

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Para este final da semana preparam-se grandes manifestações dos dois lados. Deus queira que os governistas não ataquem os oposicionistas.

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Maidan não é somente organização e luta. Ao Maidan também vem cantores ou mesmo grupos para cantar e alegrar o povo.


Resumo e tradução: Oksana Kowaltschuk

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