sexta-feira, 22 de novembro de 2013

A UCRÂNIA RECUSA ASSOCIAR-SE À UNIÃO EUROPÉIA

Quinta-feira negra

Azarov (primeiro-ministro) recusou o Acordo de Associação com UE

Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 21.11.2013
Ukrainskyi Tyzhden (Semana Ukrainiana), 21.11.2013

O governo decidiu suspender o processo de preparação para celebração do Acordo de Associação com UE.

"Suspender o processo de preparação para celebração do Acordo de Associação entre Ukraina, por um lado, e a UE, a Comunidade Européia da Energia Atômica e seus Estados-membros, por outro lado, e a ação da decisão do Conselho de Ministros da Ukraina de 18.09.2013 "Sobre a preparação para assinatura do projeto do Acordo de Associação entre Ukraina, de um lado, e a União Européia e seus Estados-Membros, por outro lado" - diz a ordem.

De acordo com a ordem, a decisão foi tomada "com a meta de garantir a segurança nacional, um estudo mais detalhado e elaboração de medidas a serem tomadas para recuperação dos volumes de produção perdidos e direções de relações comerciais e econômicas com a Federação Russa e outros países membros da CEI"


Boyko, vice-primeiro-ministro explicou que não houve compensação da UE pelas perdas que Ukraina sofreu devido ao reduzido volume de negócios com os países da CEI, incluindo a Rússia. "Nós não recebemos um sinal claro de nossos parceiros europeus que essas perdas, que nós sentimos nos últimos 4 meses, serão compensadas. O país não pode permitir isso, portanto apareceu esta resolução", - disse ele. Boyko acrescentou, que Ukraina esperava receber da União Européia não compensação em dinheiro, mas abertura dos mercados para os bens ukrainianos. E que as perdas, desde agosto deste ano chegam a 30 - 40 bilhões de UAH.

A oposição declara sobre a traição do governo e exige o comparecimento de Yanukovych e Azarov no Parlamento.

Opiniões de alguns políticos ocidentais

Kwasniewski: Acordo de Associação não vão assinar. Nossa missão está concluída.

Carl Bildt - Ministro das Relações Exteriores da Suécia: "O governo ukrainiano de repente caiu profundamente nos braços do Kremlin. Política de pressão brutal obviamente funciona" - Escreveu em seu Twitter.

Pawel Zalewski - deputado do Parlamento europeu culpou a UE por ter permitido a Putin "virar a mesa" no que foi contestado por Marek Menkishak, chefe do departamento russo do Centro de Estudos do Oriente, que disse: "pressão de Putin foi decisiva, no entanto Putin não é presidente da Ukraina. O membro da Comissão de Parlamento Europeu dos Assuntos Externos Jacek Saryusz-Wolski apoiou este ponto de vista. Ele escreveu no seu Twitter: "Yanukovych escolheu. Não haverá Acordo de Associação com UE em Vilnius. Ukraina precisa mudar de governo, para verdadeiramente líder pró-europeu". "Infelizmente, cumpriram-se as minhas previsões. Yanukovych expôs as cartas e revelou suas verdadeiras intenções. Age contra o parecer do Estado e da nação ukrainiana", - acrescentou.

Catherine Ashton - representante da UE para os Negócios Estrangeiros: 
"É frustrante não só para UE, mas também, consideramos, para a nação ukrainiana".
"As reformas, que têm sido implementadas nos últimos meses têm sido promissoras".
" A assinatura do mais ambicioso acordo que a UE já ofereceu...".
"Nós acreditamos que o futuro da Ukraina está em uma forte relação com UE. Além disso nós nos mantemos fiéis ao nosso compromisso com o povo da Ukraina, o qual seria o principal beneficiário do acordo através da forte liberdade e prosperidade ao qual ele contribuiria", - concluiu ela.

A justiça proibiu, de 22.11.2013 a 07.01.2014 a instalação de tendas na praça do Maidan, na rua Khryshchatek e na Praça Européia em Kyiv. (Deve ser prevenção contra as  manifestações contra a ruptura do Acordo de Associação - OK).

Resumo e tradução: Oksana Kowaltschuk

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