URGENTE ! URGENTE !! URGENTE !!!
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(mas que pode ser interrompida a qualquer momento)
Nesta madrugada os manifestantes que apoiam a adesão da Ucrânia à União Européia e que permaneceram de vigília em praça pública, foram selvagemente atacados pela polícia, os brutamontes denominados Berkut. Há feridos. Os jornais ucranianos que publicaram as notícias pela manhã, inexplicavelmente retiram-nas todas substituindo-as por outras que não retratam o que aconteceu na madrugada na Ucrânia.
O povo ucraniano ao saber do episódio voltou a ocupar em massa a principal praça da Capital em solidariedade às vítimas da violência registrada nesta madrugada.
Os líderes do protesto contra o governo dizem que as manifestações não podem ser tratadas desta forma e que irão resistir. A manifestação era pacífica, mas o governo pró-rússia ignorou o fato e autorizou o ataque de repressão. Resultado: Agrava-se a situação política na Ucrânia.
Redação do Blog.
Urgente. Dispersaram Maidan. Como isto aconteceu
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 30.11.2013
"A
praça foi brutalmente esvaziada. Dezenas de feridos. Dezenas de
detidos. Tal situação Ukraina ainda não viu", escreveu o deputado Andrii
Shevchenko em seu Twitter.
O assalto ocorreu aproximadamente às 4:00 horas da manhã. Havia poucas pessoas na praça a noite.
Após 11:00 horas libertaram 30 pessoas. Os feridos do Euromaidan estão na Praça Michel na Catedral.
Yurii
Lutsenko chama todos para comparecer no domingo, às 12:00 horas (Isto
foi no sábado pela manhã mas, como podemos ver nas reportagens e fotos
seguintes Kyiv já está cheia de gente agora, no sábado à tarde. O povo
está indignado. Para o início das manifestações pacíficas houve pedido
ao governo, o povo não infligiu nenhuma lei). Lutsenko disse: "Nós
acordamos na Bielorrússia. Na Praça da Independência o pinheirinho é de
sangue. Eu tenho um pedido aos moradores de Kyiv e visitantes: Ninguém
se distraia na pista de patinagem ou sob a árvore de Natal - elas estão
ensanguentadas. Que aí se distraia Yanukovych".
Carl
Bildt, Ministro das Relações da Suécia: "Temo que Yanukovych optou pela
política de repressão. Ainda espero que outras vozes falem. Perigo
muito sério para Ukraina".
Pela manhã veio a
notícia que o chefe da administração presidencial Serhii Livochkin
renunciou. Sua esposa Zinaida Lihacheva declarou: "Toda pessoa que se
sente ukrainiana não pode não reagir quando tal situação acontece no
país. Eu mesma estive no Maidan para apoiar a Eurointegração. Após a
dispersão brutal do Maidan o governo sentirá bloqueio e rejeição de
todos os níveis!"
Tranquilo na Praça Michel.
Manifestação improvisada.Vem muita gente. Trazem comida. Um senhor conta
os terríveis fatos da noite: "A impressão é que a polícia recebeu luz
verde. Eles batiam em todos, não desdenhando mulheres e idosos e até os
transeuntes".
Ministro das Relações Exteriores
da Polônia Radislau Sikorski: "Presidente Yanukovych subestimou e
equivocou-se quanto ao Acordo de Associação e diante da nação
ukrainiana".
Num vídeo das câmeras de
vigilância vê-se que Berkut (um destacamento de forças especiais da
polícia) mesmo terminando o dispersamento continuou batendo nas pessoas.
O
reitor da Academia Teológica, no Mosteiro de Michel, aonde grande
número de protestantes procurou abrigo do assalto a Euromaidan, Bispo
Epifânio, diz que a polícia aprisiona e coloca algemas a todos que saem
do Mosteiro. Ele pede ajuda aos deputados, imprensa, clero e crentes em
geral. Aumenta o afluxo de pessoas ao mosteiro.
Vitali
Klychko, líder do Partido UDAR, de oposição: "A oposição vai obstruir o
trabalho do Parlamento e vai exigir a renúncia do presidente
Yanukovych. Ao desenfreado regime de Yanukovych precisa colocar um
final. O Parlamento estará bloqueado. Nós não daremos chance a este
governo aprovar decisões antipopulares".
O
Ministro do Interior disse que a dispersão dos manifestantes foi
necessária para garantir a passagem de veículos para continuação dos
trabalhos na preparação para os feriados do Ano Novo (Cinismo ilimitado.
Já havia poucas pessoas pacíficas na praça-OK).
Svyatoslav
Vakarchuk, cantor: "Não há nenhum argumento para justificar o uso de
força contra civis! Não! Sob nenhuma circunstância!"
Atenção! Peço espalhar! de Vitalyi Umanets:
"Eu
sou testemunha ocular do Euromaidan: As mulheres, neste momento,
estavam no alto, os rapazes embaixo, em várias linhas, para protegê-las.
As mulheres tremiam, mas encontraram forças para cantar, mesmo com voz
trêmula, o hino da Ukraina, que neste momento lhes pareceu uma oração...
Quando Berkut se aproximou, os rapazes lhe disseram que a ação era
pacífica, permitida pelo Tribunal. Berkut ouviu em silêncio mas depois
começou o ataque. Uns caíram sobre os outros. Batiam tanto, que se não
fossem as roupas grossas de inverno, quebrariam todas as pessoas. Quando
começaram perseguir os fugitivos, alguns acabaram em frente aos painéis
de metal... E, atenção, os rapazes da milícia, não do Berkut, ajudaram
as pessoas subir através da cerca. Os fugitivos lhes gritaram: Obrigado!
Todos corriam em todas as direções. Berkut tentava alcançá-los e
continuava a bater. Mesmo aqueles que sentaram nos bancos para
descansar, na volta de um clube noturno, e não estavam envolvidos no
Euromaidan, apanharam. Eu penso que entre os soldados das Forças Especiais, nesta noite, não havia ukrainianos".
Simon
Smith, embaixador da Grã-Bretanha: "As pessoas escondem-se na Catedral
de St. Michel. O ônibus do Berkut está na rua. Todos estão nervosos."
Berkut bloqueia as saídas do metrô para Euromaidan.
Na
manhã de sábado os ukrainianos de Washington se reuniram em frente a
Casa Branca em ato de solidariedade a Euromaidan. A petição contra
sanções a Yanukovych já alcançou 100 mil assinaturas e está sujeita a
uma resposta oficial da administração Obama.
Os ônibus do Berkut estão em todo centro de Kyiv, em todos os pontos principais. Todo Maidan está cercado.
O
embaixador dos EUA Jeffrey Payyett em seu Twitter condenou a repressão
do tranquilo Euromaidan: "Por enquanto trabalho para entender o que
aconteceu, mas é claro que condenamos o uso da força contra a reunião
pacífica. Depois direi mais".
No Maidan, depois da invasão viram duas pessoas desmaiadas no chão. Aonde elas foram parar - por enquanto não se sabe.
Yatseniuk
foi aos detidos para lhes informar seus direitos. No comentário a
Interfax ele disse que os planos não mudaram, domingo haverá outra
reunião pacífica. Agora o principal é resgatar as pessoas que ainda
estão no poder da milícia. O que aconteceu a noite quando Berkut,
brutalmente, dispersou as pessoas significa o medo que Yanukovych tem de
um movimento semelhante à Revolução Laranja (2004). Todos os
participantes do Euromaidan (não os políticos) na sexta-feira, decidiram
vir para um grande conselho no domingo, que o Acordo de Associação
deverá ser assinado por um novo presidente, novo Parlamento e novo
governo.
Na região de Shevchenkivsk há
aproximadamente 30 pessoas machucadas, algumas com fraturas. Esperamos.
após três horas elas serão libertadas. Vários deputados estão lá dentro.
A
maioria dos feridos está sendo transferida aos três hospitais de
Kyiv. Eles tem ferimentos na cabeça e hematomas nos braços. Entre os
feridos há jornalistas.
Estas foram algumas das notícias da manhã de sábado - Oksana Kowaltschuk
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