terça-feira, 18 de outubro de 2011

NOTAS POLÍTICAS DA UCRÂNIA

União Europeia adia a visita de Yanukovych a Bruxelas.

Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana) 18.10.2011

O anúncio, pela "Interfax", foi feito pela porta-voz da Comissão Europeia Pia Hansen.

"Decidiu-se transferir esta visita para um momento mais favorável em nossas relações bilaterais", - disse Hansen.

Como afirmado pelo representante oficial da agência da Comissão européia Maya Kochianchyn, a visita foi adiada devido a necessidade de melhorar as condições para o progresso nas relações bilaterais.

"As circunstâncias, as quais lembramos, - é a necessidade para Ukraina alcançar progresso em áreas como o Estado de Direito e a independência do poder judiciário - Estes são os princípios fundamentais para UE e às relações com os parceiros da 'Parceria Oriental' ", explicou Kochianchyn.

Anteriormente, o presidente Yanukovych disse aos jornalistas estrangeiros que iria para Bruxelas na 5ª feira, dia 20, apesar do esfriamento nas relações com UE.

"Eu não vou pedir um favor. Nós somos parceiros. Se é imprescindível encontrar-se, estou pronto. Se não, eu voarei adiante", - disse ele, talvez referindo-se à próxima visita a Cuba e ao Brasil.

Ele também afirmou que o Acordo de Associação com UE pode ser adiado. "Se por alguma razão a Europa ou Ukraina não estão prontas, o acordo pode acontecer mais tarde."

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A visita de Yanukovych para Cuba e Brasil será de 21 a 24 deste mês.

Yanukovych vem ao Brasil porque foi convidado pela diáspora para comemoração dos 120 anos da imigração ukrainiana neste país. E para Cuba? Será que seria para aprender com os irmãos Castro como se mantém um povo na mais estrita dominação e conseqüente pobreza, por mais de 50 anos? Ou, também para espairecer já que os ventos europeus não lhe são muito agradáveis? - O.K.
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O Partido das Regiões considera que Europa não deve ditar condições para Ukraina

Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 18.10.2011

A declaração foi feita pelo líder Oleksandr Yefremov, comentando a informação sobre abolição da visita de Yanukovych para Bruxelas.

"A pressão a partir de Bruxelas e dirigentes da UE, às vezes, não pode ser aceitável", - disse ele.

"Não podemos violar nossas leis, para o que nos empurram esses líderes" - acrescentou Yefremov. (Ele esquece que é a Ukraina que quer se unir à UE, portanto deve aceitar as regras da UE. - O.K.)
Yefremov também confirmou as intenções anteriores do Partido em não votar pela descriminalização de artigos do Código Penal, pelos quais Tymoshenko foi condenada.

Em publicações anteriores consta que os advogados da Tymoshenko vão entrar com Apelação, mas a oposição não tem muitas esperanças.

"Eu não tenho esperanças quanto ao Tribunal de Apelação. Atualmente na Ukraina, infelizmente, não há justiça. O Tribunal Europeu colocará um ponto final nesta questão, e eles (governo) entendem isto", - disse Turchynov.

No entanto, o advogado Andryi Fedur considera que, se Tymoshenko apelar ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, esta instância pode decidir sobre a sua denúncia após o final de sua prisão.

"Enquanto a questão possa ser analisada pelo Tribunal Europeu, então ela (Tymoshenko) já poderá, Deus não permita, cumprir todos os 7 (sete) anos, porque a questão pelo Tribunal pode ser considerada, na melhor das hipóteses, em 7 - 8 anos, ou mesmo 10" - disse ele.

Tradução: Oksana Kowaltschuk

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