Se você é ukrainiano dado por Deus...
Os cidadãos da Ukraina independente não só tem o direito, mas tem obrigação de saber a verdade sobre a guerra (qualquer que tenha sido) e, finalmente, livrar-se de dogmas ideológicos, o que nos permitirá dar nas mãos àqueles políticos e forças políticas que especulam sobre a história da guerra 1941-1945, e provocam conflitos internacionais, interreligiosos e interregional em nosso país.
Vale seguir exemplo dos japoneses.
Ainda no tempo da União Soviética no Japão decidiram distinguir a data redonda da vitória da frota japonesa sobre a russa na batalha próximo Tsusimy. Moscou reagiu a este fato com violência e amor-próprio.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros protestou, afirmando indelicadeza do lado japonês sobre esta questão.
A guerra já foi a tanto tempo, diziam que todos se esqueceram dela - e por isso os organizadores pretendem reviver a crença, no povo japonês, na superioridade do Japão sobre a Rússia, persuadir os japoneses sobre a realidade da revanche pela derrota na Segunda Guerra Mundial. Os inteligentes japoneses rapidamente encontraram uma solução de compromisso: o Estado não participa nas comemorações. Se os veteranos de guerra quiserem lembrar seus companheiros mortos, que comemorem.
O incidente foi esgotado.
Que fale, quem o que quiser, mas as pessoas que sobreviveram à guerra, em primeiro lugar, os participantes da Segunda Mundial, neste ou outro lado da batalha, têm o direito de considerar 9 de maio como seu feriado. Ou Dia da Memória ou Dia da Reconciliação. Não precisa perturbá-los, muito menos embebedá-los com cachaça barata e mingau de cevadinha para lanche (este ano o trigo "mourisco" estava em falta).
Isso é humilhante, especialmente na situação em que, nem todos os mortos na guerra foram determinados e enterrados, e os sobreviventes vencedores até agora não receberam uma vida decente, digna aposentadoria, status social adequado, mas dizer o que - muito frequentemente até mesmo uma cadeira de rodas, o que lhes permitiria, ao menos, sair do apartamento!
Parece que tudo se encaixou em seus lugares. Na Ukraina uns celebram 9 de maio como feriado "com lágrimas nos olhos", recordando seus dias de luta, outros - como dia de memória pelos amigos próximos e parentes, terceiros querem que este dia seja o dia nacional de reconciliação e consenso.
As pessoas colocam flores nos monumentos e túmulos dos mortos - como a soldados do Exército Vermelho, como a UPA (Exército insurgente ukrainiano). Tem também na Ukraina túmulos irmãos de combatentes.
Os veteranos do Exército Vermelho e UPA juntos comemoravam a libertação da Ukraina do nazismo
Habitualmente, os ukrainianos, que sonhavam com a independência da Ukraina, em primeiro lugar, aqueles que lutaram pela liberdade de seu país, não associam o Dia da Independência a outros eventos históricos e, é claro, não se opõem a ela em 9 de maio. Infelizmente os acontecimentos recentes na vida política da Ukraina inserem inquietação à nossa vida e ao futuro de nossos filhos e netos.
Na maioria dirigente do país uniram-se duas forças - capitalistas e comunistas. Capitalistas, como escrevia Dmytro Dontsov, levam uma vida vegetativa, que não implica tensões musculares, que não apresenta essência de criação nacional. Mas o Partido Comunista do Semonenko - não é aquele PCUS, que, reconhecendo a falibilidade do seu programa, sozinho desintegrou-se.
Digamos assim: bolcheviques às vias de capitulação, Enquanto Stalin liquidava os mencheviques com as mãos da NKVD. E, apesar disso, nas marchas festivas na rua Khryshchatek (Kyiv), às costas de Semonenko carregam retratos de Stalin! Como se não houvesse história da Ukraina: Kruty, Holodomor, Bykivnia...
Mas o problema não é somente na posição de nossos "comunistas", mas sim, que eles se tornaram executores de provocação política com bandeiras vermelhas, fabricadas no Kremlin. E pela enésima vez provocaram os ukrainianos do sul e do oeste, propiciando desentendimentos entre irmãos.
Quando é que nós, ukrainianos, finalmente compreenderemos que a nossa invencibilidade e nosso futuro - em nossa unidade nacional, e a bandeira da vitória dos ukrainianos em todos os tempos é azul-amarela, a Bandeira Nacional da Nação da Ukraina?!
Quando é que nós nos tormaremos os donos "em nossa casa", onde "nossa verdade, nosso poder, e liberdade", como falava o último bardo dos cossacos ukrainianos Taras Shevchenko?!
Até quando nós vamos suportar os insultos vindos da capital do país vizinho, que Ukraina, como país independente - "equívoco", qual igreja para nós é principal e para onde devemos ir rezar, qual é a nossa língua, história, cultura, quem são nossos heróis nacionais, com que nomes devemos designar nossas ruas, com quem devemos manter amizade e de que uniões participar?!
Quando nós, ukrainianos deixaremos de ser "pequenos russos", servos rasteiros, lama de Moscou, os quais condenou o Grande Kobzar (Taras Shevchenko), viver segundo o princípio "minha casa está ao lado...", "dois ukrainianos - três hetmany" (três mandatários) e aprenderemos distinguir o grão da palha?!! E ainda muitos até e quando...
A resposta a estas e outras questões similares é bastante simples: Quando cada ukrainiano (nós somos mais de 80% cidadãos da Ukraina; na Federação Russa, a nação russa é reconhecida por lei como titular o que determina a designação de Federação) despertar e corajosamente, em voz bem alta disser para si, seus filhos, netos e bisnetos: "Eu sou ukrainiano, dado por Deus, conforme minha nacionalidade, alma e espírito!" - nós, de habitantes, eleitorado, nos tornaremos Nação Ukrainiana monolítica - Povo Ukrainiano.
Esperamos que todos os ukrainianos entendam o que isto significa.
Perdas
Nos anos do pós guerra o número das perdas da URSS, referentes à Segunda Guerra Mundial várias vezes mudavam.
1946 - em março, Stalin, no jornal "Pravda" afirma que a União Soviética perdeu, durante a guerra, 7 milhões de pessoas.
1953 - 1960 - já se fala em 17 milhões de vítimas.
1061 - Khrushchev aumenta o número "oficial" a 20 milhões de pessoas.
Desde 1991 - o mais próximo da verdade considera-se o número 26-27 milhões de pessoas, das quais 8 - 9 milhões - militares. O acadêmico russo Oleksandr Yakovlev acredita que os números ofciais sobre as vítimas da Segunda Guerra Mundial ainda estão subestimados e, segundo suas próprias estimativas - 30 milhões de pessoas.
Perdas da Ukraina na Segunda guerra Mundial: informação para Putin.
Ao assunto
O atual 9 de maio não foi sempre "dia vermelho no calendário". Em 1945 na URSS, dia da assinatura do Ato sobre incondicional capitulação da Alemanha declararam feriado. Mas em dezembro de 1947, ainda sob Stalin, o 9 de maio foi transferido para 1º de janeiro. Em 1965, com Leonid Brezhnev, o Dia da Vitória toornou-se novamente feriado.
Especial para Ukainska Pravda (A Verdade Ukrainiana"
Viktor Yushchenko, presidente da Ukraina (2005-2010).
Hryhoriii Omelchenko, Herói da Ukraina, deputado, membro do PACE (Associação Parlamentar do Conselho da Europa) 2006-2010, Tenente-General do Serviço de Segurança da Ukraina. Candidato a Ciências Jurídicas.
Viacheslav Sabaldyr, acadêmico - Academia de Ciências da Ukraina, laureado - prêmio do Estado da Ukraina.
Tradução: Oksana Kowaltschuk
Os cidadãos da Ukraina independente não só tem o direito, mas tem obrigação de saber a verdade sobre a guerra (qualquer que tenha sido) e, finalmente, livrar-se de dogmas ideológicos, o que nos permitirá dar nas mãos àqueles políticos e forças políticas que especulam sobre a história da guerra 1941-1945, e provocam conflitos internacionais, interreligiosos e interregional em nosso país.
Vale seguir exemplo dos japoneses.
Ainda no tempo da União Soviética no Japão decidiram distinguir a data redonda da vitória da frota japonesa sobre a russa na batalha próximo Tsusimy. Moscou reagiu a este fato com violência e amor-próprio.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros protestou, afirmando indelicadeza do lado japonês sobre esta questão.
A guerra já foi a tanto tempo, diziam que todos se esqueceram dela - e por isso os organizadores pretendem reviver a crença, no povo japonês, na superioridade do Japão sobre a Rússia, persuadir os japoneses sobre a realidade da revanche pela derrota na Segunda Guerra Mundial. Os inteligentes japoneses rapidamente encontraram uma solução de compromisso: o Estado não participa nas comemorações. Se os veteranos de guerra quiserem lembrar seus companheiros mortos, que comemorem.
O incidente foi esgotado.
Que fale, quem o que quiser, mas as pessoas que sobreviveram à guerra, em primeiro lugar, os participantes da Segunda Mundial, neste ou outro lado da batalha, têm o direito de considerar 9 de maio como seu feriado. Ou Dia da Memória ou Dia da Reconciliação. Não precisa perturbá-los, muito menos embebedá-los com cachaça barata e mingau de cevadinha para lanche (este ano o trigo "mourisco" estava em falta).
Isso é humilhante, especialmente na situação em que, nem todos os mortos na guerra foram determinados e enterrados, e os sobreviventes vencedores até agora não receberam uma vida decente, digna aposentadoria, status social adequado, mas dizer o que - muito frequentemente até mesmo uma cadeira de rodas, o que lhes permitiria, ao menos, sair do apartamento!
Parece que tudo se encaixou em seus lugares. Na Ukraina uns celebram 9 de maio como feriado "com lágrimas nos olhos", recordando seus dias de luta, outros - como dia de memória pelos amigos próximos e parentes, terceiros querem que este dia seja o dia nacional de reconciliação e consenso.
As pessoas colocam flores nos monumentos e túmulos dos mortos - como a soldados do Exército Vermelho, como a UPA (Exército insurgente ukrainiano). Tem também na Ukraina túmulos irmãos de combatentes.
Os veteranos do Exército Vermelho e UPA juntos comemoravam a libertação da Ukraina do nazismo
Habitualmente, os ukrainianos, que sonhavam com a independência da Ukraina, em primeiro lugar, aqueles que lutaram pela liberdade de seu país, não associam o Dia da Independência a outros eventos históricos e, é claro, não se opõem a ela em 9 de maio. Infelizmente os acontecimentos recentes na vida política da Ukraina inserem inquietação à nossa vida e ao futuro de nossos filhos e netos.
Na maioria dirigente do país uniram-se duas forças - capitalistas e comunistas. Capitalistas, como escrevia Dmytro Dontsov, levam uma vida vegetativa, que não implica tensões musculares, que não apresenta essência de criação nacional. Mas o Partido Comunista do Semonenko - não é aquele PCUS, que, reconhecendo a falibilidade do seu programa, sozinho desintegrou-se.
Digamos assim: bolcheviques às vias de capitulação, Enquanto Stalin liquidava os mencheviques com as mãos da NKVD. E, apesar disso, nas marchas festivas na rua Khryshchatek (Kyiv), às costas de Semonenko carregam retratos de Stalin! Como se não houvesse história da Ukraina: Kruty, Holodomor, Bykivnia...
Mas o problema não é somente na posição de nossos "comunistas", mas sim, que eles se tornaram executores de provocação política com bandeiras vermelhas, fabricadas no Kremlin. E pela enésima vez provocaram os ukrainianos do sul e do oeste, propiciando desentendimentos entre irmãos.
Quando é que nós, ukrainianos, finalmente compreenderemos que a nossa invencibilidade e nosso futuro - em nossa unidade nacional, e a bandeira da vitória dos ukrainianos em todos os tempos é azul-amarela, a Bandeira Nacional da Nação da Ukraina?!
Quando é que nós nos tormaremos os donos "em nossa casa", onde "nossa verdade, nosso poder, e liberdade", como falava o último bardo dos cossacos ukrainianos Taras Shevchenko?!
Até quando nós vamos suportar os insultos vindos da capital do país vizinho, que Ukraina, como país independente - "equívoco", qual igreja para nós é principal e para onde devemos ir rezar, qual é a nossa língua, história, cultura, quem são nossos heróis nacionais, com que nomes devemos designar nossas ruas, com quem devemos manter amizade e de que uniões participar?!
Quando nós, ukrainianos deixaremos de ser "pequenos russos", servos rasteiros, lama de Moscou, os quais condenou o Grande Kobzar (Taras Shevchenko), viver segundo o princípio "minha casa está ao lado...", "dois ukrainianos - três hetmany" (três mandatários) e aprenderemos distinguir o grão da palha?!! E ainda muitos até e quando...
A resposta a estas e outras questões similares é bastante simples: Quando cada ukrainiano (nós somos mais de 80% cidadãos da Ukraina; na Federação Russa, a nação russa é reconhecida por lei como titular o que determina a designação de Federação) despertar e corajosamente, em voz bem alta disser para si, seus filhos, netos e bisnetos: "Eu sou ukrainiano, dado por Deus, conforme minha nacionalidade, alma e espírito!" - nós, de habitantes, eleitorado, nos tornaremos Nação Ukrainiana monolítica - Povo Ukrainiano.
Esperamos que todos os ukrainianos entendam o que isto significa.
Perdas
Nos anos do pós guerra o número das perdas da URSS, referentes à Segunda Guerra Mundial várias vezes mudavam.
1946 - em março, Stalin, no jornal "Pravda" afirma que a União Soviética perdeu, durante a guerra, 7 milhões de pessoas.
1953 - 1960 - já se fala em 17 milhões de vítimas.
1061 - Khrushchev aumenta o número "oficial" a 20 milhões de pessoas.
Desde 1991 - o mais próximo da verdade considera-se o número 26-27 milhões de pessoas, das quais 8 - 9 milhões - militares. O acadêmico russo Oleksandr Yakovlev acredita que os números ofciais sobre as vítimas da Segunda Guerra Mundial ainda estão subestimados e, segundo suas próprias estimativas - 30 milhões de pessoas.
Perdas da Ukraina na Segunda guerra Mundial: informação para Putin.
Ao assunto
O atual 9 de maio não foi sempre "dia vermelho no calendário". Em 1945 na URSS, dia da assinatura do Ato sobre incondicional capitulação da Alemanha declararam feriado. Mas em dezembro de 1947, ainda sob Stalin, o 9 de maio foi transferido para 1º de janeiro. Em 1965, com Leonid Brezhnev, o Dia da Vitória toornou-se novamente feriado.
Especial para Ukainska Pravda (A Verdade Ukrainiana"
Viktor Yushchenko, presidente da Ukraina (2005-2010).
Hryhoriii Omelchenko, Herói da Ukraina, deputado, membro do PACE (Associação Parlamentar do Conselho da Europa) 2006-2010, Tenente-General do Serviço de Segurança da Ukraina. Candidato a Ciências Jurídicas.
Viacheslav Sabaldyr, acadêmico - Academia de Ciências da Ukraina, laureado - prêmio do Estado da Ukraina.
Tradução: Oksana Kowaltschuk
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