22 de janeiro - dia da União da Ukraina(¹). Primeiras vítimas
Ukrainska Pravda - Verdade Ukrainiana, 22.01.2014
Na rua Hrushevskyi 5 pessoas morreram. Segundo os médicos quatro delas é certeza que a morte foi por arma de fogo com tiro no peito, pescoço ou cabeça.
De uma colunata do Estádio Dínamo caíram duas pessoas: Um pulou e sobreviveu, outro foi empurrado e morreu.
Na região de Borespil onde, anteriormente, os raptores levaram o jornalista Ihor Lutsenko (não confundir com o ex-ministro e ex-preso político Yurii Lutsenko), encontraram dois cadáveres com sinais de tortura.
Conhecidos os nomes de três falecidos: Serhii Nyhoian, Mykhailo Zhyznevskyi, Yurii Verbytskyi.
No Maidan preparam-se para passar a noite. As mulheres ajudam juntar a neve e colocá-la em sacos que usam para fazer barricadas. Reforçam com pedras.
Oleksandr Bryhynets: Acabo de receber informação confidencial. As forças especiais puseram fogo no prédio da rua Hrushevskyi para melhorar a visão do campo de ataque. Lembro: Hitler colocou fogo no Reystah.
O Conselho Popular encabeçaram Klychko, Yatseniuk e Tiahnebok.
Yanukovych distribui prêmios para: Halyna Hereha, secretária do conselho Municipal, Olga - esposa de Viktor Pshonka, e policiais.
A rua Hrushevskyi, próximo do estádio Dínamo, está cheia de manifestantes. Cantaram o hino da Ukraina. Além das barricadas chamejam os fogos.
21 detidos. Soube-se que foram jogados na neve, surrados e pisoteados, mas não se sabe seu destino final.
Como avisaram os funcionários, cerca de 20 pessoas adentraram às instalações da TV Kyiv e começaram destruir os equipamentos técnicos.
Berkut agarrou e bateu no rapaz de Ivano-Frankivsk, de 21 anos, estudante da Faculdade de Informática. Ele conseguiu ligar o celular no bolso. Durante uma hora sua tia ouviu-o falando com a polícia.Depois de questionado ele foi levado para um destino desconhecido. Passado algum tempo ele conseguiu ligar para tia e, silenciosamente avisou que não podia falar. Ninguém sabe onde ele está.
Na rua Hrushevskyi, próximo da Biblioteca do Parlamento construíram novas barricadas.
Aproximadamente 200 pessoas na Praça da Catedral de Cherkasy fizeram manifestação, organizaram e rezaram Te-Deum pela Ukraina.
A administração está bloqueada.
O chefe da Igreja Ortodoxa do Patriarcado de Kyiv recusou-se da ordem com a qual foi premiado por Yanukovych.
Yatseniuk disse estar pronto para enfrentar as balas com as demais pessoas.
Os participantes do fórum Econômico Mundial em Davos boicotam o Primeiro Ministro ukrainiano Mykola Azarov. O Fórum retirou o convite ao Primeiro Ministro que usaria da palavra na reunião, na sexta-feira, dia da escalada da violência em Kyiv.
Vitali Klychko disse, que durante as negociações na administração presidencial não ouviram de Viktor Yanukovych nenhuma reação às demandas do Maidan. "Amanhã, se o presidente não vier ao encontro, nós iremos à ofensiva. Outra saída não há", - declarou Klychko.
O corpo encontrado na mata de Borespil pertence a Yurii Verbytskyi, que foi sequestrado junto com Ihor Lutsenko.
Os EUA condenam fortemente a escalada da violência nas ruas de Kyiv e dizem que estão prontos para considerar medidas adicionais em resposta à violência, além da revogação de vistos para algumas pessoas.
A Alemanha e a Grã Bretanha pedem a Yanukovych não usar violência.
Serhii Nyhoian tinha 20 anos. No vídeo declama trecho da poesia de Shevchenko que exorta à luta pela liberdade. Seus pais vieram da Armênia fugindo das lutas. Nasceu na Ukraina e morreu por ela no Maidan.
NOTA:
(1) No dia 22 de janeiro de 1919 houve a reunificação da República Popular da Ukraina e República Popular da Ukraina Ocidental. Refere-se às terras ukrainianas, desde o século XVIII - início do século XX, quando elas foram divididas entre os países: Polônia, Moskóvia, Romênia, Áustria-Hungria.
(1) No dia 22 de janeiro de 1919 houve a reunificação da República Popular da Ukraina e República Popular da Ukraina Ocidental. Refere-se às terras ukrainianas, desde o século XVIII - início do século XX, quando elas foram divididas entre os países: Polônia, Moskóvia, Romênia, Áustria-Hungria.
Tradução: Oksana Kowaltschuk
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