Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana
Na
rua Hrushevskyi ficou ferido o deputado e comandante do Maidan Andrii
Parubii. Ele recebeu ferimentos no braço e estilhaços na perna.
"Eu já recebi tratamento médico, manco um pouco mas continuo no Maidan porque há risco de ataque".
Ele acrescentou que ao todo foram feridas entre 30-40 pessoas no Maidan. Todos estão recebendo tratamento médico.
"Agora nós estamos reforçando as barricadas devido ao risco de ataque", - acrescentou.
O
"Setor de Direito" confirmou sua participação nos conflitos do Maidan.
Como declarou em seu comentário a "Rádio Svoboda" o representante da
associação Andrii, "Setor de Direito" é 23ª centena de autodefesa do
Maidan, e à rua Hrushevskyi seus ativistas vieram para proteger as
pessoas.
Os métodos usados pelos manifestantes próximo do
estádio "Dínamo", ele nomeia como "normais", saudável reação para a
introdução da ditadura.
"E, o que resta para os
manifestantes, ukrainianos comuns, quando no país introduzem a ditadura e
domina regime de ocupação interna? Aqueles que estavam lá (na rua
Hrushevskyi) podiam ver que a nação está em fúria, ela é numerosa, e
tantos provocadores ou cenaristas da Bankova juntar é impossível!"
-comentou ele.
O "Setor de Direito", de acordo com as palavras
de seu representante, reuniu-se ainda no início do Euromaidan com a
idéia de revolução nacional, e desde o primeiro dia formava requisitos
claros de oposição.
Declaração e plano de ações anunciados do
palco durante a Câmara do Povo pelo líder do Partido "Pátria", Yatseniuk
- são apenas alguns requisitos, que o "Setor de Direito" contém em seu
"Apelo aos ukrainianos".
Aproximadamente às 15:00 horas, após
as apresentações dos líderes do Euromaidan a parte dos manifestantes
radicalmente organizados movimentou-se ao Parlamento. Na rua
Hrushevskyi, próximo ao estádio "Dínamo" encontraram-se com forças que,
como durante os acontecimentos de 1 de dezembro de 2013, para uma ordem
de uso de força esperavam as Forças Especiais do Berkut".
Os ativistas atearam fogo aos carros da milícia. Esta usou canhões de água e balas de borracha. Dos dois lados há feridos.
Centenas
de cidadãos de Lviv bloqueiam a saída das tropas internas. Em Lviv,(a
mais importante cidade do oeste ukrainiano) os moradores se reuniram
perto do prédio das forças internas, na rua Trolebus, após a informação
que apareceu na Internet, de que soldados seriam enviados para Kyiv.
Também muitos automóveis pararam na estrada e ligaram alarmes.
Testemunhas contaram, que parte das tropas internas mandaram alinhar-se e parecia que eles se preparavam para entrar nos ônibus.
Os representantes vieram conversar com os manifestantes e advertiram as pessoas de que suas ações são ilegais.
Mais tarde vieram os policiais.
Depois
da reunião, os manifestantes, entre os quais há radicais, foram fazer
piquetes no Parlamento, mas encontraram-se com as forças de segurança
perto do estádio Lobanovskyi. Teve início o confronto entre radicais e
segurança. Os ativistas atearam fogo aos carros da polícia que usou
canhões de água e balas de borracha. Tem feridos de ambos os lados.
Milícia contou as perdas (em Kyiv): 40 hospitalizados, 6 carros queimados: 4 ônibus e 2 caminhões.
Milícia prendeu cerca de 10 pessoas por distúrbios no centro de Kyiv.
As
forças de segurança espancaram a deputada Lesia Orobets e seus
seguranças. Orobets estava parada, filmando a distribuição de granadas
ao Berkut. Estas mesmas que estão sendo jogadas nos cidadãos ukrainianos
e que causam ferimentos graves com estilhaços. "Eu fui atacada por,
pelo menos 5 policiais do Berkut com máscaras e armaduras. Fui ao chão e
bati a cabeça. Mas, por sorte, eu estava com capacete, que me salvou", -
disse ela. "Em três dos meus defensores bateram com mais crueldade, na
cabeça e no corpo. De ferimentos graves salvaram as toucas e os
capacetes. Sem um líder, os protestos tem grandes chances naufragar no
sangue, o país - na ditadura" - diz Lesia convencida.
(Para
quem não lembra, Lesia Orobets é deputada oposicionista. Seu marido
dirigia um escritório. Para "comprar" Lesia, que fazia denúncias contra
os governistas, após uma "visita" do fisco ao escritório do marido,
estabeleceram uma pesada multa por supostas irregularidades encontradas.
O marido de Lesia não concordou com a existência dessas irregularidades
e, nem possuía condições para pagar quantia tão elevada. Para não
apodrecer na prisão, conseguiu sair da Ukraina. Agora vive em outro
país, Lesia ficou com duas filhas pequenas.
É assim que Yanukovych administra o país obrigando cidadãos a fugir, separando famílias.
Tradução: Oksana Kowaltschuk
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