Ucrânia: leste calmo enquanto Kiev anuncia operação antiterrorista
15/04 13:03 CET
Ativistas pró-Rússia permaneciam
barricados esta manhã nos edifícios da administração em Slaviansk e
outras localidades do leste da Ucrânia.
Apesar da aparente calma, as tensões na região permanecem elevadas.
Em Kiev, o presidente interino, Oleksander Turchinov, afirma que está em curso uma operação antiterrorista.
“Esta manhã teve início uma operação anti-terrorista a leste da
região de Donetsk. O objetivo desta ação, volto a sublinhar, é proteger
os cidadãos da Ucrânia do terror, impedir a criminalidade e quaisquer
tentativas de dividir o país”, anunciou o presidente falando no
parlamento em Kiev.
Na segunda-feira, ativistas pró-Rússia tomaram de assalto mais edifícios públicos no leste da Ucrânia.
Em Horlivka, o assalto a uma esquadra da polícia coincidiu com o fim
do prazo dado por Kiev aos ativistas pró-Rússia para abandonarem os
locais públicos ocupados.
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Alta tensão no Leste da Ucrânia face a incerteza sobre operação militar para desalojar separatistas
15/04 03:36 CET
Passado o ultimato do governo, centenas
de ucranianos manifestaram-se na praça Maidan de Kiev para exigir uma
ação vigorosa contra os militantes pró-russos que controlam cada vez
mais edifícios oficiais no Leste do país.
O governo ucraniano disse no domingo ter lançado uma “operação
antiterrorista de grande envergadura” contra os separatistas, mas o
Exército não lançou qualquer ação militar, mesmo depois de passado o
prazo estabelecido pelo presidente interino.
Ainda assim, forças especiais ucranianas estão mobilizadas a
escassos 70 quilômetros da cidade de Slaviansk, símbolo das recentes
tensões e onde os militantes pró-russos controlam um grande número de
acessos, bem como os edifícios da polícia, dos serviços de segurança e
da administração local.
Os presidentes russo e norte-americano debateram por telefone a situação tensa no Leste da Ucrânia. Vladimir Putin
reiterou que as acusações de ingerência de Moscou são “especulações
sem fundamento”, enquanto Barack Obama afirmou que “as ações da Rússia não são coerentes nem favoráveis” a uma solução diplomática para a crise.
No terreno, o correspondente da euronews, Sergio Cantone, diz que “a
maioria da população na região de Donetsk sente-se refém das
circunstâncias. Quase todos os edifícios oficiais estão ocupados por uma
minoria consistente, enquanto a maioria silenciosa parece estar a viver
de forma passiva os acontecimentos”.
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Habitantes de Kiev querem mais força e diplomacia
14/04 20:55 CET
As pessoas, na Praça de Maidan, no centro de Kiev, reagem de forma diversa, à investida russa, no sul e leste do país;
Há quem deseje uma resposta musculada do governo, contra os separatistas, apoiados por Moscou.
Peritos de defesa ucranianos dizem que a resposta militar devia ter
acontecido mais cedo. Ninguém parou os separatistas no início, por
incompetência, ou falta de vontade política.
Um jovem diz que o Governo espera pela ajuda externa:
“Isto é uma agressão, não há dúvida. O cenário da Crimeia
está a repetir-se. Esperamos pela reação da comunidade internacional,
que tem de nos ajudar. As autoridades esperam ajuda militar, mas temos
de depender apenas de nós próprios”.
Outra habitante de Kiev admite que os ucranianos têm de defender o território ucraniano, com armas:
“O nosso governo perdeu a Crimeia, porque fomos muito tolerantes,
com o que estava a acontecer, acreditávamos numa solução pacífica. É por
isso que eu acho que temos de ser mais rigorosos e defendermos, mesmo
com armas, a nossa terra ucraniana”.
Finalmente, ainda há quem acredite na via diplomática:
“Em primeiro lugar, é necessário tentar resolver as questões
diplomaticamente e depois ficar na defensiva. E se não houver qualquer
solução diplomática? Tudo tem de ser feito para encontrá-la. O mundo
inteiro irá participar, toda a nação tem que participar para que esse
problema possa ser resolvido, sem derramamento de sangue”.
O tempo começa a escassear, para a diplomacia. As atenções
centram-se agora nas negociações multilaterais que começam na
quinta-feira, em Genebra.
Até lá, é uma corrida contra o tempo.
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