A tensão entre Kiev e Moscou continua a subir.
Esta sexta-feira, o primeiro-ministro em exercício na Ucrânia,
Arseniy Yatsenyuk, voltou a afirmar que o país nunca reconhecerá a
anexação da Crimeia e alertou para a possível ressurreição da União Soviética.
“O maior desastre deste século será a ressurreição da União Soviética
– aquilo que Putin, quer, claramente. E este tipo de ideias perigosas
tem o apoio da maioria da população russa”.
Estas declarações seguem-se às acusações sucessivas de que a Rússia e os agentes do FSB estiveram por detrás das ações dos snipers, que mataram uma centenas de pessoas durante a revolta na praça Maidan.
Moscou continua a negar estas acusações e insiste na necessidade de
defender os cidadãos russófilos, que segundo Sergei Lavrov serão
discriminados na Ucrânia:
“O maior obstáculo à solução da crise está dentro da Ucrânia. Este
obstáculo é o fato de as autoridades ucranianas serem incapazes de
respeitar completamente e em igualdade os direitos de todos os
ucranianos sem exceção”, afirma o chefe da diplomacia russa, Sergei
Lavrov.
Enquanto prossegue o braço-de-ferro politico-diplomático, a Rússia
continua a separar as águas na Crimeia. Esta sexta-feira cerca de 200
cadetes da Academia Naval de Sebastopol deixaram a península.
Na semana passada tinham recebido uniformes russos e um ultimato
para decidirem se queriam continuar a formação na Crimeia e servir a
marinha russa ou deixar o território e partirem para a Ucrânia.
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