segunda-feira, 14 de abril de 2014

Ultimato ucraniano ignorado por pró-russos, invadida câmara de mais uma cidade

Caro Leitor:
Não são os "pró-Rússia" que estão promovendo os conflitos no Leste da Ucrânia. São agentes russos infiltrados que se passam por nativos da região que promovem o caos e a desordem na Ucrânia visando desestabilizar o governo provisório, boicotar as eleições e promover o retorno do "rato de esgoto" fujão (Plano A) ou a federalização (Plano B) do país para dominá-lo e dividí-lo mantendo partes sob suas garras.

O Cossaco.

(actualizado às )
Presidente ucraniano em exercício, Oleksander Turchinov, fala pela primeira vez em possibilidade de referendo sobre o estatuto do país. Novas autoridades de Kiev têm recusado qualquer ideia de "federalização".

Pró-russos em Slaviansk, no domingo Gleb Garanich/Reuters  

Um ultimato que o Governo da Ucrânia deu aos separatistas pró-russos para deporem as armas e acabarem com a ocupação de edifícios públicos chegou ao fim na manhã desta segunda-feira sem que, pelo menos na cidade de Slaviansk, tivesse sido cumprido. Ao contrário, há notícias de ações de pró-russos onde ainda não tinham ocorrido. Ao mesmo tempo, pela primeira vez, as novas autoridades de Moscou admitem um referendo ao estatuto do país.

Em Horlivka, a última grande cidade da região de Donetsk onde pró-russos ainda não tinham saído à rua, manifestantes invadiram na manhã desta segunda-feira o edifício da câmara e a sede da polícia. Foram  lançados cocktais-molotov e ouviram-se explosões.
Mas em Slaviansk, onde no domingo ocorreram confrontos, apesar do ultimato que o Presidente ucraniano em exercício, Oleksander Turchinov,  tinha fixado, um correspondente da Reuters disse que a bandeira da Rússia flutuava na sede da polícia, um dos três edifícios tomados por pró-russos, e que homens armados estavam a reforçar barricadas com sacos de areia levantadas em seu redor. Um caminhão parecia estar a transportar pneus para reforçar essas barreiras.   
Turchinov estabeleceu um prazo até às 6h00 TMG desta segunda-feira  para que os edifícios fossem desocupados e os pró-russos depusessem as armas, sob pena de uma ação de segurança em larga escala que envolveria o Exército. Turchinov acusa a Rússia de inspirar e organizar as rebeliões no Leste do país. “Não vamos permitir que a Rússia repita o cenário da Crimeia”, disse. (Sim, só com palavras? Os russos estão rindo dessas ameaças vazias e inóquas - O Cossaco).
Já esta segunda-feira falou no Parlamento sobre a possibilidade de organizar um "referendo nacional" sobre o estatuto do país. "Não somos contra a realização de um referendo em todo o país que, se o Parlamento assim o decidir, poderia decorrer ao mesmo tempo que a eleição presidencial", a 25 de Maio, disse num reunião com líderes de grupos políticos. (O referendo é o que os russos querem, e o governo provisório vai promovê-lo? É o mesmo que entregar a Ucrânia a Rússia !!! Os 90 anos de comunismo sob o tacão da Rússia não foram o suficientes??? - O Cossaco)
"Estou certo de que a maioria dos ucranianos se pronunciariam por uma Ucrânia indivisível, independente, democrática e unidade", declarou também. Turchinov não explicou a questão do referendo. As novas autoridades de Kiev tinham até agora recusado qualquer ideia de "federalização".
Separatistas do Leste do país, entre os quais grupos armados, reclamam referendos locais sobre uma ligação à Rússia ou uma "federalização" da Ucrânia. A Rússia também defende uma "federalização" como forma de garantir os "legítimos interesses dos russófonos do Leste e do Sul da Ucrânia.
No domingo, o Governo de Kiev lançou uma “operação antiterrorista de larga escala” contra os militantes armados que ocuparam quartéis da polícia e outros edifícios públicos em vários pontos do Leste da Ucrânia, o que deu origem a violentos confrontos em cidades como Slaviansk, Donetsk ou Kharkov — por onde alastra a rebelião separatista pró-russa.
As trocas de tiros entre as forças especiais ucranianas e as milícias separatistas provocaram baixas de ambos os lados. Além de um número indeterminado de feridos, estão confirmadas as mortes de um oficial das forças especiais ucranianas e de um elemento das milícias pró-Rússia. A Rússia reagiu dizendo ao Governo de Kiev para cessar "a guerra contra o seu  próprio povo” e pedindo a reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas. (Se os russos estão tão compadecidos pelo seu povo, porque não recolhem esse "povo" para o seu território? O lugar de russos é na Rússia e não na Ucrânia !!! - O Cossaco).

Aumentam receios de um confronto
As autoridades de Moscou consideram “criminoso” o eventual recurso à força contra os pró-russos. (Sim, e o que os russos fizeram na Crimeia não é "criminoso" ??? Cínicos!!! Dissimulados!!! - O Cossaco) No domingo à noite, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia emitiu uma nota em que classificava a mobilização da tropa contra os rebeldes separatistas como “ordem criminal” e dizia que era o Ocidente que tinha agora “a responsabilidade de evitar uma guerra civil na Ucrânia”.
No Conselho de Segurança, que se reuniu de emergência na noite de domingo, a Rússia foi acusada de promover a instabilidade no Leste da Ucrânia. Na que foi a décima reunião dedicada à crise na Ucrânia, desde que no final do ano passado começaram os protestos que levaram à queda do Presidente Viktor Yanukovych, ficou claro o isolamento da Rússia. Nem a China, que apelou "à via diplomática", esteve ao seu lado.
Os países ocidentais acusaram as autoridades de Moscou de promoverem a desestabilização do Leste da Ucrânia com uma estratégia semelhante à usada na Crimeia. O embaixador do Reino Unido nas Nações Unidas, Mark Lyall Grant, disse que a Rússia concentrou entre 35 mil a 40 mil soldados junto à fronteira ucraniana, a juntar aos 25 mil que diz estarem deslocados na Crimeia — controlada pelas autoridades de Moscou desde o mês passado. A Rússia anunciou,  nesta segunda-feira, o lançamento com êxito de um míssil balístico intercontinental RS-24 equipado com uma ogiva múltipla.

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