Durante a prisão de Stepan Bandera, respondia pela OUN Volodymyr Lopatynskyi. Bandera reassumindo atividades junto a OUN, com Lopatynskyi vai à Itália para traçar as próximas estratégias de luta, durante a II Grande Guerra, com o dirigente geral da OUN Andrii Melnyk. Este não aceita as proposições de S. Bandera, rejeita-as todas. Não houve acordo devido a diferentes estratégias e métodos de trabalho.
Em fevereiro de 1940, em Cracóvia, S. Bandera reune todos os seus subchefes e eles anunciam a formação da assim chamada "Liderança Revolucionária da OUN". Apesar das negativas, houve a cisão entre os melhores elementos que desejavam ver Ukraina livre dos vizinhos opressores de ambos os lados, que durante séculos escravizaram a nação ukrainiana e retiraram de suas terras todas as riquezas que conseguiram corregar.
Os seguidores de Bandera na maioria eram jovens. Não se sabe seu número, já que não havia registros oficiais. (Um dos melhores e mais regulares exércitos da UNR [Conselho Nacional Ukrainiano], composto de voluntários, a partir de 1914, e com diversas formas de organização, chamava-se "Sichovi Striltsi" (Sichovi, derivado de Sich, região dos antigos cossacos e Striltsi significa fuzileiros. - O.K.). Este nome foi usado pela primeira vez com a formação das subdivisões de ucrainianos de Halychyna, no exército Austro-Hungaro, na Primeira Guerra Mundial).
Durante sua permanência em Cracóvia, Bandera ocupava-se com todas as possibilidades do preparo de quadros militares. No entanto, todos os publicitários soviéticos unanimemente e "colericamente o estigmatizavam", e a todos os nacionalistas como colaboradores de Hitler. É necessário esclarecer que antes da II Grande guerra Hitler era um atuante político, com o qual podiam, ou não, simpatizar, mas ainda não era um criminoso contra a humanidade, e relações com ele sustentavam os políticos de todo mundo, especialmente J. Stalin, que até o parabenizou pelo aniversário dois meses antes da II Grande Guerra. USA apoiaram, inclusive economicamente, o que ajudou a formação do exército nazista. Então, se nacionalistas ukrainianos aproveitavam algumas míseras possibilidades para que os membros da OUN recebessem um mínimo de treinamento militar, nisto não houve nada vergonhoso ou delinquente. (É extremamente cínica essa alegação russa de colaboracionismo ukrainiano com o nazismo. Com certeza eles queriam o apoio dos ukrainianos, para que servissem de carne de canhão. E por que o fariam? Por acaso Stalin não matou algo como 7 - 8 milhões de ucrainianos somente com o genocídio do Holodomor? E a escravidão, o extermínio dos cossacos, a obrigação dos jovens ukrainianos em participar de todas as guerras promovidas pela Rússia czarista, as migrações forçadas, os "gulags", os campos de concentração, ceifaram poucas vidas dos ukrainianos??? - O.K.) O trabalho conjunto da UVO e OUN (Organização do Exército Ukrainiano e Organização dos Nacionalistas Ukrainianos) iniciou relações com a Alemanha ainda desde a República de Weimar. Os nacionalistas ukrainianos viam na Alemanha um possível aliado, porque ela também colocava-se negativamente ao Tratado de Versalhes.
Em 15.08.1939 Alemanha autorizou a criação de um destacamento, sob o comando de Roman Sushko que deveria iniciar um levante na Ukraina antes da vinda do exército alemão. No entanto, dentro de uma semana a situação mudou. Com o acordo Molotov-Ribbentrop os alemães não se preocuparam mais com a Ukraina Ocidental.
Os chefes da OUN esperavam que a Alemanha ajudasse na criação do exército ukrainiano. Mas isto não estava nos planos dos alemães. Eles concordaram apenas no preparo de algumas centenas de pessoas de comando.
Foram formados dois batalhões, 800 homens no total: o destacamento especial "Nachtigall" e a organização "Roland", nomes que constavam nos documentos do Terceiro Reich. A principal incumbência dos dois batalhões era o desarmamento do Exército Vermelho e serviços de guarda aos comboios de munição durante a realização do plano "Barbarossa". Era uma simples subdivisão. Comandava com os dois batalhões Roman Shukhevych do lado ucrainiano, mas se submetia ao comando alemão. Respondia pelo comando geral o alemão T. Oberlender, ex-professor universitário e especialista em problemas da União Soviética.
Na noite de 30.06.1941 o batalhão Nachtigall entrou em Lviv, já abandonado pelo Exército Vermelho. Até o meio dia foram ocupados todos os pontos estratégicos. À noite, Yaroslau Stetsko, vice-presidente da OUN, proclamou o restabelecimento da independência do Estado ukrainiano e divulgou isto pela rádio de Lviv. Mais uma divulgação ocorreu em 01.07.41 pela manhã. Imediatamente todos os militares de Nachtigall receberam uma semana de dispensa e foram obrigados a entregar todos os pontos estratégicos da cidade sob a guarda da polícia alemã que chegava.
Em julho de 1941 Roman Shukhevych ficou sabendo sobre os aprisionamentos da maioria dos líderes da OUN e dirigiu-se diretamente ao Comando Superior alemão dizendo que seu batalhão não poderia mais pertencer ao exército alemão. Como resultado o batalhão foi imediatamente desmobilizado e transferido para Cracóvia.
O batalhão "Roland" permaneceu um bom tempo na Romênia e não participou de luta armada. Em agosto os dois foram considerados politicamente incertos e em outubro reunidos em um só. Todos os militares, com o "conselho" dos chefes alemães firmaram contrato por um ano como guardas junto a policia de proteção e foram levados a Bielorússia guardar pontes nos rios Berezyna e Dvyna, também lutar contra os guerrilheiros, protegendo as aldeias camponesas. Concluído o ano ninguém assinou novo contrato, o batalhão foi dissolvido, os militares foram aprisionados. Roman Shukhevych que estava em dispensa, conseguiu passar para ilegalidade.
Se Nachtingall teve relação com os fuzilamentos da inteligência polonesa e judia em Lviv nos dias 3 e 4 de julho de 1941, o assunto foi apreciado no processo de Nyremberg nos dias 15 e 30 de agosto de 1946. O Procurador Geral da União Soviética, Rudenko, falou sobre esses acontecimentos mas não soube nomear os executantes. O membro do Politburo do Partido Social da Alemanha A. Narden, aproveitou este fato e, em 1960 culpou o ministro T. Oberlender, que teve o comando de Nachtingall, e este considerou que todos os militares de Nachtingall eram partícipes do crime. Na RDA (República Democrática Alemã) juntaram testemunhos e memórias e editaram o livro "Verdade sobre Oberlender" e condenaram o ministro a prisão perpétua. No entanto, a Alemanha Ocidental considerou os argumentos não persuasivos e justificou Oberlender. Em 1966 a Procuradoria Ocidental de Hamburgo, a pedido da Representação Popular Polonesa efetuou novo julgamento. Foi estabelecido que realizaram o crime por ordem do Brigadeiro SS Shenhart. Tanto Oberlender como todo o batalhão foram reabilitados.
Acreditavam os nacionalistas ukrainianos que a Alemanha permitiria a criação de uma Ukraina independente? Em todo caso havia o exemplo da Croácia e Eslováquia, que com a ajuda alemã tornaram-se independentes. Na visão soviética eram apenas "países marionetes do nazismo". Seria interessante perguntar à população se preferiam ser um país de marionete, mas país, ou apenas território ocupado?
Talvez A. Melnyk contava com entendimento com os alemães. Stepan Bandera decidiu "colocar os alemães diante de um fato consumado: - o Estado Ukraina existe! Provavelmente este ato foi imprudente que não teve consequências ponderáveis, mas ele existiu. Em poucos dias praticamente todos os membros do assim chamado "governo de Stetsko", inclusive ele e os membros líderes das duas OUN, S. Bandera e A. Melnyk foram aprisionados pelos nazistas e levados para campo de concentração Sachsenhausen, na Alemanha.
Em fevereiro de 1940, em Cracóvia, S. Bandera reune todos os seus subchefes e eles anunciam a formação da assim chamada "Liderança Revolucionária da OUN". Apesar das negativas, houve a cisão entre os melhores elementos que desejavam ver Ukraina livre dos vizinhos opressores de ambos os lados, que durante séculos escravizaram a nação ukrainiana e retiraram de suas terras todas as riquezas que conseguiram corregar.
Os seguidores de Bandera na maioria eram jovens. Não se sabe seu número, já que não havia registros oficiais. (Um dos melhores e mais regulares exércitos da UNR [Conselho Nacional Ukrainiano], composto de voluntários, a partir de 1914, e com diversas formas de organização, chamava-se "Sichovi Striltsi" (Sichovi, derivado de Sich, região dos antigos cossacos e Striltsi significa fuzileiros. - O.K.). Este nome foi usado pela primeira vez com a formação das subdivisões de ucrainianos de Halychyna, no exército Austro-Hungaro, na Primeira Guerra Mundial).
Durante sua permanência em Cracóvia, Bandera ocupava-se com todas as possibilidades do preparo de quadros militares. No entanto, todos os publicitários soviéticos unanimemente e "colericamente o estigmatizavam", e a todos os nacionalistas como colaboradores de Hitler. É necessário esclarecer que antes da II Grande guerra Hitler era um atuante político, com o qual podiam, ou não, simpatizar, mas ainda não era um criminoso contra a humanidade, e relações com ele sustentavam os políticos de todo mundo, especialmente J. Stalin, que até o parabenizou pelo aniversário dois meses antes da II Grande Guerra. USA apoiaram, inclusive economicamente, o que ajudou a formação do exército nazista. Então, se nacionalistas ukrainianos aproveitavam algumas míseras possibilidades para que os membros da OUN recebessem um mínimo de treinamento militar, nisto não houve nada vergonhoso ou delinquente. (É extremamente cínica essa alegação russa de colaboracionismo ukrainiano com o nazismo. Com certeza eles queriam o apoio dos ukrainianos, para que servissem de carne de canhão. E por que o fariam? Por acaso Stalin não matou algo como 7 - 8 milhões de ucrainianos somente com o genocídio do Holodomor? E a escravidão, o extermínio dos cossacos, a obrigação dos jovens ukrainianos em participar de todas as guerras promovidas pela Rússia czarista, as migrações forçadas, os "gulags", os campos de concentração, ceifaram poucas vidas dos ukrainianos??? - O.K.) O trabalho conjunto da UVO e OUN (Organização do Exército Ukrainiano e Organização dos Nacionalistas Ukrainianos) iniciou relações com a Alemanha ainda desde a República de Weimar. Os nacionalistas ukrainianos viam na Alemanha um possível aliado, porque ela também colocava-se negativamente ao Tratado de Versalhes.
Em 15.08.1939 Alemanha autorizou a criação de um destacamento, sob o comando de Roman Sushko que deveria iniciar um levante na Ukraina antes da vinda do exército alemão. No entanto, dentro de uma semana a situação mudou. Com o acordo Molotov-Ribbentrop os alemães não se preocuparam mais com a Ukraina Ocidental.
Os chefes da OUN esperavam que a Alemanha ajudasse na criação do exército ukrainiano. Mas isto não estava nos planos dos alemães. Eles concordaram apenas no preparo de algumas centenas de pessoas de comando.
Foram formados dois batalhões, 800 homens no total: o destacamento especial "Nachtigall" e a organização "Roland", nomes que constavam nos documentos do Terceiro Reich. A principal incumbência dos dois batalhões era o desarmamento do Exército Vermelho e serviços de guarda aos comboios de munição durante a realização do plano "Barbarossa". Era uma simples subdivisão. Comandava com os dois batalhões Roman Shukhevych do lado ucrainiano, mas se submetia ao comando alemão. Respondia pelo comando geral o alemão T. Oberlender, ex-professor universitário e especialista em problemas da União Soviética.
Na noite de 30.06.1941 o batalhão Nachtigall entrou em Lviv, já abandonado pelo Exército Vermelho. Até o meio dia foram ocupados todos os pontos estratégicos. À noite, Yaroslau Stetsko, vice-presidente da OUN, proclamou o restabelecimento da independência do Estado ukrainiano e divulgou isto pela rádio de Lviv. Mais uma divulgação ocorreu em 01.07.41 pela manhã. Imediatamente todos os militares de Nachtigall receberam uma semana de dispensa e foram obrigados a entregar todos os pontos estratégicos da cidade sob a guarda da polícia alemã que chegava.
Em julho de 1941 Roman Shukhevych ficou sabendo sobre os aprisionamentos da maioria dos líderes da OUN e dirigiu-se diretamente ao Comando Superior alemão dizendo que seu batalhão não poderia mais pertencer ao exército alemão. Como resultado o batalhão foi imediatamente desmobilizado e transferido para Cracóvia.
O batalhão "Roland" permaneceu um bom tempo na Romênia e não participou de luta armada. Em agosto os dois foram considerados politicamente incertos e em outubro reunidos em um só. Todos os militares, com o "conselho" dos chefes alemães firmaram contrato por um ano como guardas junto a policia de proteção e foram levados a Bielorússia guardar pontes nos rios Berezyna e Dvyna, também lutar contra os guerrilheiros, protegendo as aldeias camponesas. Concluído o ano ninguém assinou novo contrato, o batalhão foi dissolvido, os militares foram aprisionados. Roman Shukhevych que estava em dispensa, conseguiu passar para ilegalidade.
Se Nachtingall teve relação com os fuzilamentos da inteligência polonesa e judia em Lviv nos dias 3 e 4 de julho de 1941, o assunto foi apreciado no processo de Nyremberg nos dias 15 e 30 de agosto de 1946. O Procurador Geral da União Soviética, Rudenko, falou sobre esses acontecimentos mas não soube nomear os executantes. O membro do Politburo do Partido Social da Alemanha A. Narden, aproveitou este fato e, em 1960 culpou o ministro T. Oberlender, que teve o comando de Nachtingall, e este considerou que todos os militares de Nachtingall eram partícipes do crime. Na RDA (República Democrática Alemã) juntaram testemunhos e memórias e editaram o livro "Verdade sobre Oberlender" e condenaram o ministro a prisão perpétua. No entanto, a Alemanha Ocidental considerou os argumentos não persuasivos e justificou Oberlender. Em 1966 a Procuradoria Ocidental de Hamburgo, a pedido da Representação Popular Polonesa efetuou novo julgamento. Foi estabelecido que realizaram o crime por ordem do Brigadeiro SS Shenhart. Tanto Oberlender como todo o batalhão foram reabilitados.
Acreditavam os nacionalistas ukrainianos que a Alemanha permitiria a criação de uma Ukraina independente? Em todo caso havia o exemplo da Croácia e Eslováquia, que com a ajuda alemã tornaram-se independentes. Na visão soviética eram apenas "países marionetes do nazismo". Seria interessante perguntar à população se preferiam ser um país de marionete, mas país, ou apenas território ocupado?
Talvez A. Melnyk contava com entendimento com os alemães. Stepan Bandera decidiu "colocar os alemães diante de um fato consumado: - o Estado Ukraina existe! Provavelmente este ato foi imprudente que não teve consequências ponderáveis, mas ele existiu. Em poucos dias praticamente todos os membros do assim chamado "governo de Stetsko", inclusive ele e os membros líderes das duas OUN, S. Bandera e A. Melnyk foram aprisionados pelos nazistas e levados para campo de concentração Sachsenhausen, na Alemanha.
Continua na parte IV
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