Os presentes no Maidan da Independência vaiaram os líderes da oposição que vieram lhes falar sobre o acordo com o governo, para acabar com a crise.
O
discurso de Klychko interrompeu um dos centuriões do Maidan. Ele subiu ao palco
e declarou que, se o presidente Yanukovych não se demitir até às 10 horas do dia
22 de fevereiro, as pessoas vão em ataque armado. "Nós fizemos todo o momento
crucial. Nós demos chance aos políticos, para se tornassem futuros ministros,
presidentes, mas eles não querem cumprir uma única condição - para que o
ex-prisioneiro vá embora!" (Referência direta a Yanukovych que, na mocidade foi
preso duas vezes por pequenos roubos. - OK) - disse o homem do palco. "Amigos,
eu não vou verbalizar. Eu não quero fomentar aqui essa conversa boba, com a qual
nos alimentam já por dois meses e meio, eu não acredito nestes difíceis
processos políticos sobre os quais eles falam. 77 pessoas deram sua vida, e eles
negociam", - acrescentou ele.
"Eu
lhes peço: apoiem esta causa. Eu lhes digo de minha centena, aonde está meu pai
que veio até aqui: se vocês até as 10 horas da manhã não se apresentarem com a
declaração, que Yanukovych será demitido, nós vamos ao assalto com armas, eu
lhes juro", - sublinhou ele.
Os
presentes no Maidan rapidamente apoiaram esta declaração.
Neste
momento, através da multidão até o palco, trouxeram os caixões com os ativistas
mortos pelos truculentos e franco-atiradores durante os conflitos em Kyiv.
Os
presentes no palco, inclusive os políticos, dobraram um joelho, para honrar os
mortos. Mas eles não foram convincentes e suas apresentações seguintes
continuaram sob vaias.
Luzes em homenagem aos ativistas mortos
Posteriormente pronunciou-se Dmytro Yarosh, o líder do "Setor direito": "Aqueles acordos que foram alcançados, não correspondem às nossas aspirações. O 'Setor direito' não abandonará as armas. 'Setor direito" não retirará os bloqueios de nenhuma instituição estatal, enquanto não for cumprida a principal exigência - demissão de Yanukovych", - enfatizou Yarosh. "Todos são culpados: Zakharchenko, comandantes do Berkut, franco-atiradores e devem ser presos", - acrescentou.
"Setor
direito" apela a todas as pessoas do Maidan para continuação da nossa luta comum
contra o regime de ocupação interna da nossa Ukraina. Nós estamos prontos para
assumir a responsabilidade pelo desenvolvimento da revolução ukrainiana", -
disse ele.
Outras
questões que foram acordadas com o governo, ontem:
-
volta à Constituição de 2004, com reformas ulteriores;
-
liberdade, sem punição, aos ativistas, auxílio do país às famílias dos
mortos;
-
demissão de Zakharchenko;
-
aprovação da lei que possibilitará a libertação de Tymoshenko;
-
realização de eleições presidenciais em dezembro
Tradução: Oksana Kowaltschuk
COMENTÁRIOS DO BLOG:
As "conquistas" anunciadas não passam de um refinado besteirol para a oposição, mas uma importante procrastinação ao governo para articular as táticas e estratégias que os manterá no controle do país, agora com mão de ferro:
- Quanto a Constituição de 2004, vão distorcer tudo depois quando e como quiserem;
- A demissão de Zakharchenko não vai resolver nadinha, há outros iguais ou piores;
- Libertar Tymoshenko não vai ajudar o país; e
- Realizar as eleições em dezembro, um adiantamento de poucos meses (é o que Yanukovych mais deseja), não evitará fraudes nas eleições, a exemplo do que ocorreu na última.
Finalmente: Viktor Yanukovych é um homem de assinar compromissos, mais do que respeitá-los. Mas sobretudo porque a rua, a Maidan, onde se instalou a fronteira entre a liberdade e a ditadura, não esquece os mortos e exige a demissão do Presidente – a única saída aceitável para um chefe de Estado que deixou a sua capital transformar-se num teatro de guerra.
A SAÍDA: Renúncia e prisão de Yanukovych. Ele precisa pagar pelos crimes que cometeu, notadamente quanto aos assassinatos de ucranianos autênticos, vez que ele é um pária da pátria; um russificado corrupto, assassino e imoral!!!
Os Editores.
COMENTÁRIOS DO BLOG:
As "conquistas" anunciadas não passam de um refinado besteirol para a oposição, mas uma importante procrastinação ao governo para articular as táticas e estratégias que os manterá no controle do país, agora com mão de ferro:
- Quanto a Constituição de 2004, vão distorcer tudo depois quando e como quiserem;
- A demissão de Zakharchenko não vai resolver nadinha, há outros iguais ou piores;
- Libertar Tymoshenko não vai ajudar o país; e
- Realizar as eleições em dezembro, um adiantamento de poucos meses (é o que Yanukovych mais deseja), não evitará fraudes nas eleições, a exemplo do que ocorreu na última.
Finalmente: Viktor Yanukovych é um homem de assinar compromissos, mais do que respeitá-los. Mas sobretudo porque a rua, a Maidan, onde se instalou a fronteira entre a liberdade e a ditadura, não esquece os mortos e exige a demissão do Presidente – a única saída aceitável para um chefe de Estado que deixou a sua capital transformar-se num teatro de guerra.
A SAÍDA: Renúncia e prisão de Yanukovych. Ele precisa pagar pelos crimes que cometeu, notadamente quanto aos assassinatos de ucranianos autênticos, vez que ele é um pária da pátria; um russificado corrupto, assassino e imoral!!!
Os Editores.
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