quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O mundo está chocado com a situação na Ukraina e apela à contenção.


Madrugada do dia 19

No centro de Kyiv "titushky" fuzilaram dois protestantes, avisa Serhii Morhunov. Nós estávamos parados e começamos recuar. Um dos atingidos estava na minha frente. Eu consegui me esconder atrás do carro. Não sei porque eles começaram atirar.


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Os lutadores do Berkut atacaram Maidan, mas a auto-defesa conseguiu conter o ataque.
Um truculento foi apreendido e lavado ao palco. Turchenov exigiu que não fosse aplicada força porque os prisioneiros devem ser tratados com dignidade.
No Maidan e ruas próximas desligaram a luz.

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O número de vítimas subiu para 20 mortos e aproximadamente 500 feridos, segundo o dirigente do Serviço Médico no Maidan. Mesmo Turchenov, no palco do Maidan teve o rosto ferido com estilhaços, mas ele está bem.

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O presidente Yanukovych esconde-se de Klychko, Yatseniuk e Tiahnebok.
Às 22h53min. a secretária de Klychko avisou que ele foi a Bankova. E que no encontro com o presidente estava Yatseniuk. Uma hora depois a secretária avisou que Yanukovych não havia recebido nem Yatseniuk nem Klychko e que, de tempo em tempo lhes dizem que já-já serão recebidos pelo presidente. Anteriormente Tiahnebok, que desejava permanecer no Maidan, também foi a Bankova porque o presidente disse que conversaria somente com os três . Que, de repente, isto não tenha sido uma cilada...

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Ternopil (Ukraina ocidental) está envolvida em protestos de massa. Os manifestantes, indignados, atearam fogo ao departamento da polícia da cidade, e invadiram a administração regional. Quebraram os vidros, para lá voam os coquetéis Molotov.
Enquanto isso, as pessoas desmantelaram o pavimento e viraram os carros dos aplicadores da lei. Retiraram os pneus e jogaram no fogo.
Inicialmente não deixavam os bombeiros entrar mas, quando o fogo chegou ao segundo andar, permitiram. 
Aos policiais que levavam para fora, obrigavam ficar de joelhos.
Oleksandr Aronets, em sua página no Facebook informa que também ocuparam a Procuradoria e queimam "todos os processos contra heróis ukrainianos".


Em Lviv atacaram a administração da polícia e em Rivne a base do Berkut.

Notícias do dia 18 de fevereiro

O presidente do Parlamento europeu Martin Schulz está preocupado com as mortes dos manifestantes em Kyiv e exorta as partes do conflito à contenção.
Por sua vez, o senador americano, Christopher Murphy apelou a Viktor Yanukovych mostrar moderação ao lidar com a situação política na Ukraina.

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Os truculentos (governistas) bateram nos membros da equipe do "Canal 5" em Kyiv. Foi espancado o jornalista Azad Safarov e o operador Serhii Klemenko. Quando os truculentos se aproximaram, Safarov declarou: "Eu sou jornalista", mas recebeu uma cassetada na mão que segurava o microfone. O microfone caiu e dividiu-se. O jornalista continuou apanhando com cassetete nos punhos e no rosto. Ao operador quebraram a Câmera e também espancaram com cassetetes.

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TSN (Serviço televisivo de notícias) relata, que durante os trabalhos no Parque Mariinskyi também apanharam. A operadora Alla Khotsinivska e o operador Artem quando, de repente, vieram os"titushky" e exigiram a câmera. Como os operadores negaram, então ambos apanharam. Os truculentos ficaram olhando. O oficial não reagiu ao pedido de socorro e, somente pararam de bater o operador quando um dos subordinados veio e disse que não precisava bater nos jornalistas, mas a câmera quebraram.

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Atiraram no jornalista do "Glavkom" Oleksii Byk. Segundo seu amigo não foi grave.

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Pela manhã, as forças do Ministério do Interior, próximo ao Parlamento, renovaram confrontos aplicando armas traumáticas, gás e granadas de luz e som.

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Uma das granadas de luz e som atingiu o foto-correspondente da "Reuters" Gleb Haranich, e os foto-correspondentes Maxim Trebukhov e Oleksandr Kozachenko padeceram nas mãos da proteção do escritório do Partido das Regiões. (A meu ver os ataques aos jornalistas realizam-se no intuito de danificar as câmaras para que nada comprometedor de suas atividades seja publicado na imprensa - OK).

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O ataque da Polícia ao Maidan, nesta tarde é inadmissível. Yanukovych mata quaisquer chance de diálogo para solução pacífica da crise na Ukraina, disse Steven Pifer, ex-embaixador dos EUA na Ukraina.

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O Canal 5 foi desligado em toda Ukraina. Agora apenas na internet, segundo declarou no Facebook Artem Ovdienko.

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Yatseniuk apela às autoridades para anunciar uma trégua, a fim de não inundar Ukraina com sangue.

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Kharkiv e Criméia anunciam mobilização para Kyiv. No comício noturno, tradicional em Kharkiv, próximo ao monumento a Shevchenko, realizou-se uma ação em memória das vítimas de Kyiv e foi declarada uma mobilização para Kyiv. 
"Estamos organizando grupos pequenos para não serem sujeitos a bloqueios. Irão também mulheres-médicas. Auxiliamos com dinheiro, remédios, alimentos.
O Euromaidan da Criméia também está se mobilizando.

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Os taxistas da capital dobraram os preços. A comunicação pela internet perdeu-se e eles recolhem os passageiros na rua. 
O metrô foi desligado pelo governo devido aos tumultos. Dada a situação está sendo encaminhado todo arsenal disponível de transporte público: ônibus, bondes e trolebus, mas não é suficiente.

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Às 20 horas os truculentos do Ministério iniciaram o ataque ao Maidan. Do lado da Praça Européia o Berkut e tropas internas alinhavam-se em posição de combate. Às suas costas vieram os canhões de água que regam as barricadas na rua Khryshchatek e os ativistas. Começaram quebrar as barricadas apesar de haver pessoas sobre elas. Usam granadas de luz e som.
Ao mesmo tempo vem as forças de segurança a partir do Palácio de Outubro que vão às barricadas da rua Instytutska. Ao Maidan vinham dois blindados mas, de acordo com o jornalista Svyatoslav Tseholka um foi queimado.

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Arbuzov prometeu a Stefan Füle, Comissário Europeu, que Berkut não vai usar armas.  O Comissário disse que vai orar para que as promessas sejam verdadeiras.

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Durante os acontecimentos do dia 18, em Kyiv morreram  9 pessoas: 7 civis e dois policiais, segundo Polícia Metropolitana.
Um no escritório do Partido das Regiões, sufocado pela fumaça, três na Casa dos Oficiais (dois devido a ferimentos de bala e um devido a ferimento de acidente), um no carro de emergência também devido a ferimento de bala, mais duas pessoas na rua Instytutska, de ataques cardíacos. Dois policiais devido a ferimentos de bala: um na ambulância, outro no hospital.

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Dois dos três falecidos na Casa dos Oficiais já foram identificados. Um deles tinha o certificado do Conselho de Horodensk (região de Ivano-Frankivsk, do Partido Liberdade" Serhii V. Didukh. Ele apresenta ferimento grave na cabeça e rosto mutilado.
O outro tinha uma carteira de motorista, Volodymyr Kishuk, nascido em 1956 na região Zaporozhye. Ele morreu de ferimento a bala na nuca. (Isso é execução!!! O Cossaco)
O terceiro não está identificado. Ele não tinha documentos.

Yanukovych responde pessoalmente pelos acontecimentos na Ukraina, declararam o embaixador dos EUA e o Ministro das Relações Exteriores da Polônia.

Tradução: Oksana Kowaltschuk

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