Presidente deposto pediu proteção às autoridades russas e apelou ao cumprimento do acordo assinado com a oposição.
O rato de esgoto reclamando o queijo
"Eu, Viktor Fedorovich
Yanukovych, dirijo-me ao povo ucraniano. Ainda me considero o legítimo chefe de
Estado ucraniano." Estas foram as primeiras
declarações do ex-Presidente que se encontra em fuga desde domingo.
Foram precisos seis dias para que Yanukovych voltasse a falar
publicamente. Em declarações à agência russa Itar-Tass, o Presidente deposto
critica o "extremismo exagerado nas ruas" da Ucrânia e afirma ter
recebido ameaças à sua integridade física.
"Tenho de pedir às autoridades russas para garantirem a
minha segurança pessoal contra os extremistas", afirmou, sem contudo
revelar o seu paradeiro.
A Rússia parece ter acedido ao pedido de Yanukovych, de acordo
com uma fonte governamental. "Em relação ao apelo feito pelo Presidente
Yanukovych pela garantia da sua segurança pessoal, informo que o pedido foi
concedido para o território da Federação Russa", afirmou a fonte, citada
pela agência Interfax.
Yanukovych garantiu ainda que vai “lutar pelo cumprimento dos importantes
acordos de compromisso para retirar a Ucrânia da crise política”, numa
referência ao acordo assinado com os líderes da oposição. Há precisamente uma
semana, Yanukovych e a oposição chegaram a acordo para a marcação de eleições
presidenciais antecipadas para este ano e para o retorno à Constituição de
2004.
No entanto, o documento previa que Yanukovych se mantivesse no
cargo até às eleições. No mesmo dia, os manifestantes na Praça da Independência
fizeram um ultimato para que Yanukovych resignasse.
No sábado, o ainda Presidente dirigiu-se para Donetsk, no Leste,
onde terá tentado ir para o estrangeiro, tendo-lhe sido negada a saída do país.
A última vez que foi visto foi na noite de domingo, na Crimeia. Desde então,
muito se tem especulado acerca do seu paradeiro.
A instabilidade no país não foi esquecida por Yanukovych:
“Torna-se evidente que o povo no sudeste da Ucrânia e na Crimeia não aceitam a
anarquia e a ausência de lei no país, onde os ministros são eleitos por uma
multidão numa praça.”
Afirmando que nunca deu indicações às Forças Armadas para
intervir na crise do país, Yanukovych avisa que se alguém o fizer, “essas
ordens serão consideradas ilegais e criminosas”.
Nos últimos dias, Yanukovych viu ser emitido um mandado de
captura internacional contra si por “homicídio em massa” e ainda a
possibilidade de ser julgado no Tribunal Penal Internacional. (Fonte: publico.pt)
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